Conheça os 22 Deputados Federais Eleitos pelo Ceará



Confira na lista abaixo os 22 (vinte e dois) Deputados Federais eleitos neste domingo, 05 de outubro, pelo Estado do Ceará:

1 - Moroni (DEM) - 6,36% - 277.774

2 - Genecias Noronha (SD) - 5,07% - 221.567

3 - José Guimarães (PT) - 4,79% - 209.032

4 - Domingos Neto (PROS) - 4,24% - 185.226

5 - Danilo Forte (PMDB) - 4,13% - 180.157

6 - Anibal (PMDB) - 3,98% - 173.736

7 - Moses Rodrigues (PPS) - 3,37% - 147.044

8 - Luizianne Lins (PT) - 2,99% - 130.717

9 - Gorete Pereira (PR) - 3% - 130.983

10 - André Figueiredo (PDT) - 2,87% - 125.360

11 - Odorico (PT) - 2,79% - 121.640

12 - Cabo Sabino (PR) - 2,76% - 120.485

13 - Ronaldo Martins (PRB) - 2,70% - 117.930

14 - Adail Carneiro (PHS) - 2,61% - 113.885

15 - Macedo (PSL) - 2,47% - 107.734

16 - Raimundo Matos (PSDB) - 2,18% - 95.145

17 -  José Airton (PT) - 2,15% - 94.056

18 - Vitor Valim (PMDB) - 2,12% - 92.499

19 - Leonidas Cristino - 2,09% - 91.085

20 - Balman - 2,01% - 87.666

21 - Arnon Bezerra (PTB) - 1,93% - 84.474

22 - Chico Lopes (PC do B) - 1,85% - 80.578

Conheça os Deputados Distritais/Estaduais Eleitos pelo Ceará



Confira abaixo os 46 (quarenta e seis) Deputados Distritais ou Estaduais eleitos neste domingo, 05 de outubro:

1) Capitão Wagner (PR): 194.239 votos (4,36% dos votos válidos)

2) Aderlania Noronha (SD): 97.172 votos (2,18% dos votos válidos)

3) Heitor Ferrer (PDT): 93.928 votos (2,11% dos votos válidos)

4) Zezinho Albuquerque (PROS): 95.253 votos (2,14% dos votos válidos)

5) Dr. Sarto (PROS): 85.310 votos (1,91% dos votos válidos)

6) Sergio Aguiar (PROS): 85.060 votos (1,91% dos votos válidos)

7) Agenor Neto (PMDB): 78.868 votos (1,77% dos votos válidos)

8) Fernanda Pessoa (PR): 78.579 votos (1,76% dos votos válidos)

9) Dr. Bruno Gonçalves (PEN): 75.511 votos (1,69% dos votos válidos)

10) Moises Braz (PT):   75.027 votos (1,68% dos votos válidos)

11) Ivo Gomes (PROS): 73.055 votos (1,64% dos votos válidos)

12) Evandro Leitão (PDT): 70.228 votos (1,57% dos votos válidos)

13) Roberio Monteiro (PROS):    67.018 votos (1,50% dos votos válidos)

14) Welington Landim (PROS): 66.213 votos (1,48% dos votos válidos)

15) Duquinha (PROS): 64.414 votos (1,44% dos votos válidos)

16) Roberto Mesquita (PV): 64.005 votos (1,44% dos votos válidos)

17) Danniel Oliveira (PMDB): 62.550 votos (1,40% dos votos válidos)

18) Renato Roseno (PSOL): 59.887 votos (1,34% dos votos válidos)

19) Odilon Aguiar (PROS): 57.454 votos (1,29% dos votos válidos)

20) David Durand (PRB): 53.608 votos (1,20% dos votos válidos)

21) João Jaime (DEM): 52.638 votos (1,18% dos votos válidos)

22) Dr. Lucílvio Girão (SD): 52.402 votos (1,18% dos votos válidos)

23) Antonio Granja (PROS): 51.368 votos (1,15% dos votos válidos)

24) Augusta Brito (PCdoB): 50.849 votos (1,14% dos votos válidos)

25) Jeova Mota (PROS): 48.659 votos (1,09% dos votos válidos)

26) Lais Nunes (PROS): 48.929 votos (1,10% dos votos válidos)

27) Osmar Baquit (PSD): 47.553 votos (1,07% dos votos válidos)

28) Naumi Amorim (PSL): 46.836 votos (1,05% dos votos válidos)

29) Gony Arruda (PSD): 46.179 votos (1,04% dos votos válidos)

30) Mirian Sobreira (PROS): 44.451 votos (1,00% dos votos válidos)

31) Elmano (PT): 44.292 votos (0,99% dos votos válidos)

32) Ely Aguiar (PSDC): 41.632 votos (0,93% dos votos válidos)

33) Tin Gomes (PHS): 41.561 votos (0,93% dos votos válidos)

34) Dra. Silvana (PMDB): 41.449 votos (0,93% dos votos válidos)

35) Joaquim Noronha (PP): 38.751 votos (0,87% dos votos válidos)

36) Carlomano Marques (PMDB): 37.442 votos (0,84% dos votos válidos)

37) Walter Cavalcante (PMDB): 33.094 votos (0,74% dos votos válidos)

38) Bethrose (PRP): 31.666 votos (0,71% dos votos válidos)

39) Carlos Matos (PSDB): 29.036 votos (0,65% dos votos válidos)

40) Carlos Felipe (PCdoB): 28.881 votos (0,65% dos votos válidos)

41) Audic Mota (PMDB): 28.509 votos (0,64% dos votos válidos)

42) Bruno Pedrosa (PSC): 27.793 votos (0,62% dos votos válidos)

43) Ferreira Aragão (PDT): 27.607 votos (0,62% dos votos válidos)

44) Tomaz Holanda (PPS): 25.875 votos (0,58% dos votos válidos)

45) Zé Ailton Brasil (PP): 25.401 votos (0,57% dos votos válidos)

46) Julio Cesar (PTN): 23.624 votos (0,53% dos votos válidos)

Contrariando pesquisas, Camilo vence e disputará 2º turno com Eunício no Ceará


A disputa pelo Palácio da Abolição foi acirrada e, contrariando todas as pesquisas Camilo Santana, do PT e, candidato do atual governador Cid Gomes (Pros) venceu seu maior rival Eunício Oliveira (PMDB) que vinha liderando todos os cenários.

Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) disputarão
segundo turno para governador do Ceará.
O Tribunal Superior Eleitoral – TSE começou a apuração tão logo se encerrou o processo de votação as 17h00 da tarde. Os primeiros números davam a Camilo a primeira posição, mas logo depois dos 10% das urnas apuradas o pmdebista assumiu a liderança mantendo-a até por volta dos 77%. Camilo assumiu uma vez mais a ponta e a segurou até a sua totalidade dos votos apurados.

Segundo dados do TSE o petista acumulou 2.032.548 (dois milhões, trinta e dois mil e quinhentos e quarenta e oito) votos, o que equivale a 47, 79%. Eunício ostentou a segunda colocação com 1. 973.548 (hum milhão, novecentos e setenta e três mil e quinhentos e quarenta e oito) votos, vindo a perfazer um percentual de 46,40. 


A candidata pelo PSB Eliane Novais confirmou o que afirmava as pesquisa e chegou na corrida eleitoral em terceiro lugar com 144.456 (cento e quarenta e quatro mil e quatrocentos e cinquenta e seis) votos, equivalente a 3, 40% dos votos válidos. Ailton Lopes, do Psol, obteve 2,41%. Esse percentual equivale a 102.347(cento e dois mil e trezentos e quarenta e sete) votos.

Ainda de acordo com o TSE o Ceará tem 6.268.909 eleitores aptos a votar. Compareceram as urnas apenas 4.970.750 (79.84%). Esses dados correspondem a 99,74% dos votos apurados. 

Cerca de 5.000 eleitores de Altaneira vão às urnas nesse domingo


O município de Altaneira, localizado na região do cariri, é um dos poucos do Estado do Ceará onde o número de eleitores soma mais de 80 % do número de habitantes.

A EMEF Joaquim Rufino de Oliveira, no centro, é um dos
espaços onde funciona seções eleitorais. Foto: Divulgação.
Segundo dados do censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Altaneira conta com uma população equivalente a 6.856 habitantes. A pesquisa revela que houve um aumento de 1.169 pessoas em relação à população registrada no último Censo. Em 2000, o município contava com 5.687 habitantes.

Um dado curioso é que desse total, 86,3% são eleitores. Nas eleições de 2010 o município tinha 5.685 eleitores. De acordo com levantamentos feitos no site do Tribunal Regional Eleitoral do Estado – TRE-CE, no último pleito, em 2012, o município teve 233 eleitores a mais, registrando, portanto, 5.918 pessoas aptas a votar, fazendo com que este espaço social tenha tido um crescimento de  1,7% se comparado o último período eleitoral.

Neste domingo, 05 de outubro, esses mais de 5.000 mil eleitores que estão aptos a votar devem se direcionar aos locais de votação para escolher deputado distrital ou estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da república, ou simplesmente apresentar justificativa do voto para aqueles que estão fora do seu domicílio eleitoral. Para tanto, basta que acompanhado de título e um documento oficial de identificação com foto compareça em qualquer sessão eleitoral e peça o formulário de justificativa de voto.

O processo de votação está marcado para ocorrer a partir das 08h00 da manhã e com previsão para terminar as 17h00 da tarde. 


A história do voto no Brasil: o longo caminho da cidadania


Quando o Brasil for às urnas amanhã, muitos ouvirão o termo “festa da democracia”. Mas se o voto obrigatório seria um fardo para alguns, para toda a nação há motivos de sobra a comemorar. Mais de 142 milhões de brasileiros estarão aptos a escolher seus representantes, tornando o país a quarta maior democracia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, Índia e Indonésia em número de eleitores. Nossa urna eletrônica é reconhecida internacionalmente pela segurança e eficiência. O longo caminho para chegar até onde estamos, entretanto, não foi fácil. Nossa História também é recheada de fraudes, exóticos mecanismos eleitorais e restrições de camadas sociais.

Seção eleitoral feminina do Méier, em 1933, no primeiro pleito com participação das mulheres. Arquivo O Globo/Agência o Globo.
E quanto mais recuamos no tempo, mais encontramos barreiras. Nos tempos do Brasil Colônia, apenas os “homens bons da terra” votavam para a governança das vilas. Lia-se por “bom” apenas quem fosse “católico, casado ou emancipado, com cabedal e pureza de sangue”. Ou seja, a elite local.

Foi assim até que conseguimos nos libertar de Portugal, em 1822. Quando começamos a discutir como escolheríamos nossos representantes, D. Pedro I, com medo de perder parte de seu poder imperial, resolveu fechar a Assembleia Constituinte e outorgar uma nova Constituição em seu lugar em 1824.

Surgia então nossa primeira carta magna, que dentre outras coisas estipulava que as eleições seriam indiretas para a Câmara dos Deputados e Senado, com dois turnos. No primeiro, votava apenas quem possuísse renda mínima anual de 100 mil-réis, quantia bem considerável para um país onde mais da metade da população era escrava. Esse grupo escolheria os eleitores que apontariam finalmente os ocupantes dos cargos parlamentares. Para fazer parte dessa leva, era preciso ganhar ao menos 200 mil-réis por ano.

ELEIÇÃO MASCULINA E BRANCA

Um fato curioso do período é que, apesar de isso não estar expresso na Constituição de 1824, a eleição era exclusivamente um terreno branco e masculino.

— Não precisava colocar na lei, estava implícito que a regra era a exclusão de escravos e mulheres. Era algo inerente àquela sociedade do século XIX — afirma Jairo Nicolau, professor da UFRJ e autor do livro “Eleições no Brasil”.

Em 1882, um ano após as eleições para o Congresso passarem a ser diretas, foi instituído que os novos eleitores que quisessem participar das eleições deveriam saber ler e escrever, mas não precisavam comprovar mais renda. O cerceamento para os analfabetos foi confirmado em um dos primeiros decretos da República que nasceria em 1889. Dali em diante, todos os eleitores deveriam saber ao menos assinar seu nome.

O resultado foi uma queda brusca do eleitorado. Se em 1872, ano do primeiro Censo, o Brasil tinha mais de um milhão de votantes, cerca de 10% da população total, em 1896 apenas 292 mil votariam para presidente, cerca de 2% de todos os brasileiros. A República, que havia prometido mais liberdade e democracia do que o regime anterior, acabou tento menos cidadãos representados em suas fileiras.

— Essa regra teve um impacto terrível para limitar a expansão do sufrágio, e só foi corrigida com uma emenda constitucional em 1985, com a volta do voto para analfabetos. A elite não se preocupava com os pobres. “Para quê vou prover escolas para analfabetos se eles não têm voz, não me pressionam?” Hoje, ai de um político que desmonte algum programa social — explica Nicolau.

Assim como no Império, não havia proibição ao voto feminino na Constituição de 1891, mas também não havia permissão. Na onda do federalismo exacerbado, cada estado do Brasil definia seu calendário eleitoral e a forma de alistamento de eleitores para pleitos locais. E com o voto sendo declarado no momento da urna abertamente, era comum as votações serem administradas por lideranças regionais. Os “coronéis” da terra, grandes fazendeiros, arregimentavam verdadeiras tropas de eleitores para as seções eleitorais, que deveriam votar de acordo com o cabresto. E ai de quem não votasse de acordo com cabresto.

A república se tornou velha em 1930, com a subida de Getúlio Vargas ao poder. A “Revolução de 1930” também teve fortes impactos no sistema eleitoral. Em 1932, Vargas promulga o primeiro Código Eleitoral do Brasil, que dentre outras inovações, criou a Justiça Eleitoral. Se até então, eram os próprios políticos que verificavam as candidaturas uns dos outros, a partir de agora juristas especializados no processo eleitoral julgariam os imbróglios.

A revolução não para por aí. De olho na popularidade, Vargas instituiu no código o voto secreto e obrigatório, além do sufrágio feminino. O país seria o segundo na América Latina a permitir a ida de mulheres às urnas, atrás apenas do Equador. No entanto, o dever cívico seria facultativo para aquelas que fossem dependentes do marido. Ainda não se sabe, ao certo, quais argumentos fundamentaram essa decisão à época. O professor de História Contemporânea da UFMG, Rodrigo Pato Sá Motta, acredita que os legisladores poderiam nutrir o preconceito de que as donas de casa estariam subjugadas ao chefe da família, este sim com capacidade de refletir sobre o voto.

— A ideia é que a mulher que trabalha é uma pessoa independente, que pode formular juízo próprio, o que seria diferente para dona de casa. Isso revela que havia uma “semiparticipação” das mulheres – afirmou o professor.

Tudo o que é bom, infelizmente, dura pouco. Com o golpe que criou a ditadura varguista Estado Novo, toda a inovação em matéria eleitoral ficou suspensa até 1945. Esse foi o maior período da História do Brasil em que não houve eleições. Somente com a Constituição de 1946 é que os brasileiros puderam vivenciar de fato a legislação criada anos antes.

Mas o ciclo foi novamente interrompido com a chegada dos militares ao poder em 1964. Em menos de uma semana do novo regime, o Ato Institucional nº 1 trazia de volta as eleições indiretas. Mais de duzentos políticos opositores foram cassados. Já o AI-2 e outro ato complementar anulavam as eleições previstas para 1965, extinguiam os partidos políticos e criavam o sistema bipartidário entre Arena e MDB “na marra”.

CONGRESSO FECHADO TRÊS VEZES

Em 20 anos de ditadura, o Congresso Nacional foi fechado três vezes. A cada pleito com resultado desfavorável para os militares, como em 1974 e 1978, era alterada a legislação eleitoral. São desse período a figura do “senador biônico”, eleito indiretamente pelas assembleias estaduais, e a bizarra “Lei Falcão”, que limitou o horário eleitoral.

— Havia muitas restrições à participação do processo eleitoral. Não se pode aceitar o argumento de que não era uma ditadura. É maltratar a realidade histórica.

O pluripartidarismo voltou em 1978 exatamente para diluir o MDB, que ganhava força a cada pleito por conta da insatisfação da população. Surgiram nesse momento partidos que até hoje comandam a política nacional, como o PT e PMDB. A consciência popular tomou proporção visível nos protestos de Diretas Já, que embora não tenham sido bem-sucedidos em reinstaurar as eleições para a Presidência, forçaram o regime a acelerar a abertura “lenta, gradual e restrita”. Em 1985, o Congresso Nacional finalmente elege um civil presidente. No mesmo ano, mais de cem anos depois de terem sido afastados das urnas, analfabetos enfim reconquistam o direito ao voto por emenda constitucional.

A representatividade do regime democrático foi consagrada pela Constituição de 1988, que previu as eleições diretas para 1989, além do voto facultativo para jovens entre 16 e 17 anos e idosos. E não só o sufrágio foi ampliado. Em 1996, o Brasil foi um dos primeiros países no mundo a utilizar a urna eletrônica, com apurações quase instantâneas.
Olhando o “longo caminho da cidadania”, Jairo Nicolau confirma que a história do voto no Brasil tem um final feliz, pelo menos até o momento.

— É uma história que acaba bem. Mal comparando, temos um campeonato bem organizado, com boa estrutura, estádios ótimos. Mas se observarmos a qualidade dos times e o interesse da torcida em ver os jogos, isso é outra história.

Via O Globo