O maior do trunfo do PT nas eleições 2014 chama-se José Serra


Serra parece uma daquelas figuras sobre as quais a gente fala: se não existisse, a gente tinha que inventar. Depois de explodir a aliança do PSD com o PSDB paulista, aliança esta que deixaria Alckmin numa situação altamente confortável, Serra desiste de disputar uma vaga ao senado e vai tentar a eleição para deputado federal.

Tudo relacionado à Serra a gente sabe através de colunas políticas, que recebem, sabe-se lá como, informações sobre os pensamentos do próprio. Sempre fonte em off, porque Serra e seus assessores gostam de agir no escuro, na calada da noite.

Segundo essas fontes, Serra bateu pé para ser ele o indicado na chapa de Alckmin para o Senado, apesar do governador já ter prometido a cadeira para o PSD.

A desarmonia acabou irritando Kassab e o afastando de uma aliança com Alckmin, candidato à reeleição no governo de São Paulo, e o levando a fechar acordo com Skaf, adversário do PSDB na eleição estadual.

Por isso eu falo que Serra é o maior trunfo do PT.

Ele arruma tanta kizumba no seio do próprio partido, que beneficia os adversários.

Este é o sentido do título deste post.


A análise é de Miguel do Rosário, do Tijolaço

Crianças do Projeto ARCA visitam Trilha Ecológica do Sítio Poças


As várias crianças que estão inseridas nos projetos da Fundação Educativa e Cultural ARCA realizaram na manhã do último sábado, 28/06, um passeio de reconhecimento da Trilha Ecológica do sítio Poças localizada no sítio de mesmo nome a menos de um quilometro do centro da cidade de Altaneira, nas margens da CE-388.

Crianças do Projeto ARCA visitam Trilha do Sítio Poças,
em Altaneira.
As crianças ligadas aos projetos Leitura em Arte e Cine Leitura foram acompanhadas das (dos) coordenadoras (es) Amanda Almeida, Francilene Oliveira e Lucas Saraiva. Francilene ao relatar a experiência frisou “entrar em contato com a natureza é sempre bom e com crianças melhor ainda, Altaneira estava precisando de algo como a trilha do sitio poças” e chamou a atenção para a grande movimentação de pessoas que, mesmo em pouco tempo já tomaram gosto pelo espaço.  Algo que observei durante o percurso foi o movimento de Altaneirenses na trilha, pessoas treinando de bicicletas e a pé, isso mostra que a trilha está fazendo a diferença, na nossa cidade”, pontuou.

O estudante de Educação Física, Pedro Rafael esteve durante todo o percurso acompanhando e auxiliando-os nessa caminhada de reconhecimento da trilha como um dos locais que tem favorecido e muito a saída de altaneirenses do sedentarismo, se tornado assim, um local de prática de lazer e introdutor de Altaneira junto a ARCA na rota do turismo.

Antes da caminhada em direção ao ponto de destino supracitado, os envolvidos fizeram alongamentos em frente à sede da Fundação e Associação ARCA.  Pedro avaliou o passeio como bom e classificou como um começo de manhã com “o pé direito e em contato com a natureza”.





PSOl oficializa Ailton Lopes como candidato ao Governo do Ceará


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou, em sua convenção estadual, realizada no último dia 15/06, a candidatura de Ailton Lopes ao Governo do estado do Ceará pela Frente de Esquerda Socialista que, além desta agremiação é formada também pelo PSTU e o PCB.

De acordo com as informações advindas do sítio do PSOL foi apresentada uma chapa com conteúdo classista e fortemente relacionada com o mundo do trabalho. Ailton faz parte do campo de oposição à atual gestão do sindicato dos bancários. Já Jean Carlos (PCB), candidato a vice, possui ligação com a categoria dos sapateiros. Complementando a chapa majoritária Valdir Pereira (PSTU), nome concorrente ao senado é assessor político do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro). 

Para a Frente de Esquerda essa alternativa “deverá se destacar nessas eleições como o principal polo de oposição aos governos vigentes, com um programa pautado pela independência de classe e conectado às demandas populares, expressadas nas diversas manifestações de ruas”. Há informações ainda de que a chapa será coerente com seus princípios políticos e não aceitará financiamento de empresas e nem e estabelecerá acordos políticos com setores conservadores, limitando seu arco de alianças, além dos três partidos, aos movimentos e ativistas sociais.  

Durante a convenção, também foram apresentadas as candidaturas às casas legislativas estadual e federal de dezenas de militantes, frutos da organização dos núcleos e setoriais do PSOL e de diálogos com diversos segmentos da cidade. A chapa de proporcionais conta com ambientalistas, professores, militantes de movimentos de bairros, do setor sindical, da luta pela terra, da capital e do interior, permitindo que o partido possa vocalizar e fortalecer as lutas populares, bem como eleger, no estado, parlamentares de oposição radical a projeto de desenvolvimento posto em prática pelos atuais governos (federal, estadual e municipal).

Ailton Lopes destacou que mesmo entendendo a centralidade na crítica à contradição capital-trabalho, outras contradições na sociedade serão debatidas evidenciadas pela Frente de Esquerda, “a contradição não é só capital-trabalho, ela é fundamental, mas a sociedade também vive diversas outras contradições, onde a classe trabalhadora é sempre a mais atingida, tanto em relação a questão ambiental,  como em ralação ao combate às diversas formas de opressão, seja de gênero, orientação sexual, cor”, afirmou o pré-candidato.

Para além do voto, a pré-candidatura de Ailton Lopes, deve estabelecer um dialogo amplo com a sociedade, sem propor formulas mágicas para solução do problemas sociais; a expectativa é fazer uma convocatória para uma governança estabelecida pela mobilização popular. Para tanto, uma série de seminários, na capital e no interior do estado, já estão agendados ou em andamento para aprofundar e apresentar uma plataforma de governança anticapitalista, trazendo um olhar sobre o estado do Ceará pautado na superação da desigualdade e das mais diversas formas de opressão, sistematizando as contribuições dos partidos, movimentos sociais e militantes que se engajam no campo da oposição de esquerda aos atuais governos.


Com informações do PSOL CE

Candidaturas fictícias de mulheres apenas para preenchimento de cota levará a punição de partidos


Candidaturas fictícias de mulheres para preencher cota de gênero, de servidores públicos para garantir três meses de licença remunerada ou que apresentem gastos inexistentes ou votação ínfima serão consideradas fraudulentas. O alerta foi feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por meio de uma recomendação expedida ontem. De acordo com o procurador regional eleitoral de Minas Gerais, Patrick Salgado Martins, chefe do MPE, as candidaturas fictícias são identificadas com gastos de campanha inexistentes ou irrisórios e votação ínfima. “Este ano, o Ministério Público Eleitoral estará especialmente atento a essa prática ilícita e fraudulenta”, afirma.

A recomendação também alerta partidos e coligações para a falta de documentos para o registro. De acordo com a norma, neste pleito não será feita nenhuma diligência para suprir eventual lacuna nos pedidos de registro apresentados à Justiça Eleitoral, e os requerimentos incompletos serão imediatamente impugnados. Para contestar essa decisão, o candidato terá de contratar advogado e recorrer à Justiça Eleitoral.

Um dos principais alvos da recomendação são as candidaturas fictícias apresentadas pelas agremiações partidárias apenas para alcançar os percentuais mínimos exigidos pela lei no que diz respeito à participação feminina, ou mesmo por parte de servidores públicos que não têm qualquer compromisso sério de se engajarem nas campanhas e só se candidatam para usufruir os três meses de licença remunerada.

De acordo com a Lei das Eleições, cada partido ou coligação deve preencher, nas eleições proporcionais (deputado federal e estadual), o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Como a maioria dos candidatos é do sexo masculino, esse percentual na prática é reservado às mulheres. Portanto, de acordo com a recomendação, os partidos políticos deverão obedecer fielmente o que diz a legislação eleitoral quanto ao percentual mínimo de 30% dos registros para candidaturas femininas.

Patrick Salgado alerta que esse percentual deve ser cumprido durante todo o processo eleitoral, não apenas no ato do registro das candidaturas, e os partidos e coligações devem oferecer as mesmas condições e espaços políticos para as candidatas mulheres. “O que percebemos, em toda eleição, é que os partidos usam vários subterfúgios para se esquivar do cumprimento da cota feminina. Na maioria das vezes, fazem os cálculos com base no número abstrato previsto na Lei das Eleições, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu que os percentuais legais devem levar em conta o número de registros de candidatura efetivamente requeridos.”

Desistência

Outra forma de burlar a lei está nas substituições de candidatos que ocorrem após o prazo do registro, quando as agremiações aproveitam para simular a desistência de candidatas mulheres, trocando-as por candidatos do sexo masculino. Este ano, segundo o alerta do MPE, qualquer tentativa de descumprimento da lei será objeto de impugnação. Para evitar esse tipo de fraude, o MPE vai exigir que todos os formulários de registro de candidatura sejam assinados pelas postulantes aos cargos de deputadas.

Em relação à impugnação por documentação incompleta, o procurador afirma que partidos e coligações costumam adotar a prática, mesmo sabendo de antemão quais são os documentos exigidos por lei. “É uma postura negligente e até desrespeitosa, porque obriga a Justiça Eleitoral e o próprio Ministério Público a suprir a ineficiência dos partidos e dos próprios candidatos, verificando, página por página, cada um dos milhares de pedidos de registro que são apresentados no tribunal, no curtíssimo prazo que temos para impugnação, que é de 5 dias corridos”, diz.

De olho nas fraudes

O que o Ministério Público Eleitoral vai denunciar:

Candidaturas fictícias de mulheres apenas para garantir a cota de 30% de gênero exigida pela Lei das Eleições

Troca de candidaturas femininas por masculinas, alegando desistência da disputa

Candidaturas fictícias, com gastos de campanha inexistentes ou irrisórios e votação ínfima

Candidaturas de servidores e servidoras públicas que têm por objetivo garantir apenas três meses de licença remunerada

Candidaturas com documentação incompleta


Via em.com

Livros de papel X livros digitais: minha opção


Achei, algum tempo atrás, que tinha abandonado os livros de papel pelos digitais.

Montei, nos últimos anos, uma respeitável biblioteca digital, graças sobretudo ao esplêndido acervo de literatura de domínio público em língua inglesa.

A monumental História da Inglaterra por David Hume não me custou, por exemplo, mais que alguns cliques.

As vantagens do livro digital são conhecidas. Você pode comprar sem sair da sua poltrona. Você monta uma biblioteca que não consome espaço em sua casa. Você preserva o meio ambiente ao poupar papel.

E você tem recursos tecnológicos fora do alcance dos livros normais. Um dicionário e, particularmente caro para mim, um marcador para assinalar passagens marcantes. Sempre gostei de destacar frases que me impressionam, mas raramente tive a disciplina para ler um livro acompanhado de uma caneta.

Com tanta coisa a favor dos livros digitais, alguma coisa me empurrou de volta ao papel recentemente. Agora, tenho equilibrado meu tempo de leitura entre livros digitais e livros tradicionais.

Nostalgia? Há um pouco disso, sim. Livros, tal como os conhecemos até o advento da internet, são uma das minhas paixões eternas.

Poucas coisas se igualaram em poder de arrebatamento, em minha vida, a um passeio numa livraria. Almoçar ou jantar na companhia de um livro foi sempre também um de meus programas favoritos.

Minha minibiblioteca. Tenho preferência pelos
 livros de História, Filosofia e Sociologia. 
Mas há algo mais que a força nostálgica por trás de meu movimento recente.

Percebi que minha concentração ao ler um livro é muito maior no papel que na internet. Muitas coisas distraem você quando você está conectado.

A tentação de checar as últimas notícias é grande. Como resistir a uma checagem na correspondência, ou um pulo no Facebook ou no Instagram?

No meu caso pessoal, verificar o DCM é uma atividade definitivamente convidativa: estatísticas, comentários, coisas assim.

O livro de papel como que me isola para a leitura. Por meia hora, uma, duas horas estou entregue às páginas, como numa meditação literária.

Sei que os livros de papel vão se extinguir. Nada pode evitar isso.

Mas não será com minha ajuda, tenho certeza. Haverei de levá-los em minha vida até o último de meus dias.


A análise é de Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo