Ciro defende candidato do Pros ao Governo, mas ressalta diálogo com partidos



O secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (Pros), disse preferir que o partido tenha candidato próprio para a sucessão do governador Cid Gomes (Pros), mas não descartou que haverá diálogo com outros partidos. A afirmação foi feita durante o lançamento da campanha “Ceará sem Drogas”, na Assembleia Legislativa do Ceará, nesta sexta-feira, 31. Além de Ciro, estão presentes o chefe de gabinete do governador, Danilo Serpa, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros).

Questionado sobre a sucessão estadual, Ciro disse que, na posição de militante do partido, defende a candidatura própria. “Prefiro candidato do PROS, mas digo, ao mesmo tempo, que vamos humildemente discutir com os outros partidos da base, sobre liderança do governador Cid Gomes”, frisou o ex-ministro.

Ciro tornou a destacar a lista apontada pelo grupo de Cid como principais candidatos à sucessão: o vice-governador Domingos Filho, o ex-ministro, Leônidas Cristino, o deputado estadual Mauro Filho, o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque e a secretária da Educação, Izolda Cela. “Estou citando cinco, mas podem ser dez”, completou.

O Cid será o magistrado da sucessão dele próprio”, ressaltou Ciro, afirmando que o irmão encabeçará a definição de quem apoiará. O secretário disse ainda que o grupo respeitará todas as correntes e partidos que tenham pretensões de disputar o governo, independente de serem aliadas ou não. Ele afirmou ainda que não deixaram que “brigas, futricas, calúnia, birras, apetites e ambições pessoais” atrapalhem o processo de sucessão.

Roberto Cláudio

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, não teceu comentários sobre a sucessão política. Questionado sobre se assistirá o programa de TV da ex-prefeita Luizianne Lins (PT), desafeto político de RC, o prefeito disse desejar boa sorte para a petista.

Apesar de reunião geral marcada para a tarde desta sexta-feira, 31, agentes de saúde se reuniram em protesto na Assembleia Legislativa pedindo diálogo com o prefeito.

Erramos: Na primeira edição desta matéria, foi dito que o governador Cid Gomes esteve presente no evento da Assembleia Legislativo. O correto é que o governador não compareceu.


A informação é do repórter Marcos Robério e foi publicada no O Povo

Marco Civil da Internet e CPC estão como prioridades na reabertura do Congresso


Ideli Salvatti, Ministra das Relações
Institucionais. Foto: Divulgação.
A cinco dias da volta das atividades no Congresso Nacional, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniu-se hoje (30), com os líderes do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para discutir o início do processo legislativo e tratar dos projetos que serão prioritários para o governo federal. O líder do PT no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), também participou da reunião.

O ano legislativo terá início na segunda-feira (3), com a leitura da mensagem presidencial ao Congresso Nacional. De acordo com Chinaglia, a votação das emendas ao novo Código de Processo Civil (CPC), aprovado no final de novembro de 2013, vai abrir os trabalhos da Câmara. A votação do Marco Civil da Internet também será prioridade. "A definição e do presidente da Câmara. Ele já colocou algumas matérias, pelo menos, para o primeiro dia. Vamos começar o ano legislativo dando continuidade à votação das emendas ao novo Código de Processo Civil e a segunda matéria é o Marco Civil da Internet" disse Chinaglia.

Durante a reunião, os parlamentares apresentaram à ministra um levantamento com as matérias em tramitação nas duas Casas. De acordo com o líder do governo na Câmara, o debate ficou centrado nos projetos que têm urgência constitucional, dentre eles o Marco Civil da Internet, Projeto de Lei Complementar (PLP) 328/13, do Executivo, que direciona os recursos da contribuição social de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa para o Programa Minha Casa, Minha Vida, Projeto de Lei (PL 6565/13), que concede porte de arma funcional aos agentes e guardas prisionais, PL 7495/06, do Senado, que fixa o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias e o projeto do Executivo que reserva cotas para negros no funcionalismo público federal.

A maior parte dos projetos não chegou a ser votada no ano passado por falta de acordo. Chinalgia explicou que na segunda-feira haverá uma reunião para discutir a pauta e superar as divergências "Nós marcamos uma reunião após a primeira sessão, onde vamos discutir a pauta. Se houver divergências, por exemplo, com o Marco Civil, vamos entrar em contato com a ministra Ideli [Salvatti] ou com o ministro José Eduardo Cardozo - responsável para discutir em nome do governo, o mérito dessa matéria", relatou.

Além dos projetos, Chinaglia disse que a atenção do governo estará voltada para aprovação de medidas provisórias (MPs) editadas recentemente. As principais são as MPs 625, 626 e 627, editadas em 2013. As duas primeiras concedem crédito extraordinário para o Ministério de Minas e Energia, no valor de R$ 60 milhões e para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no valor de R$ 2,5 bilhões, respectivamente. A primeira tranca a pauta da Câmara e tem que ser aprovada aprovada até 10 de fevereiro, caso contrário perde a validade. A MP 626, por sua vez, tranca a pauta do Senado e a data limite para a aprovação é 3 de abril.

A mais polêmica é a MP 627 que altera a legislação tributária relativa a vários impostos, tais como o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), a Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL), Contribuição para o PIS/PASEP e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins), entre outros. "É claro que se tiver alguma matéria [polêmica] vai ser um longo processo, a ser combinado. É negociar com o setor interessado, falando claramente quais são os limites do governo, negociando com a oposição até, mas, a partir da opinião da base", avaliou Chinaglia.

Ao ser indagado se a Copa do Mundo e as eleições de 2014 podem paralisar as votações no Congresso, Chinaglia defendeu a possibilidade de os parlamentares realizarem um esforço concentrado para a votação das principais matérias. "Acho que é possível fazer uma semana de votação concentrada. Se a gente produzir um acordo entre a base do governo e a oposição, nós votaremos", disse.

Via Agência Brasil



Presidenta Dilma anuncia saída de ministros



Aloizio Mercadante assumirá a chefia da Casa Civil.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou na tarde desta quinta-feira, 30, no Blog do Planalto, nota que confirma a saída de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, ministros da Casa Civil e da Saúde, respectivamente.

Com as mudanças o ministério da educação também foi alterado, haja vista que o até então titular da pasta Aloizio Mercadante assumirá, de acordo com a nota publicada, a chefia da Casa Civil. O atual secretário-executivo do ministério, José Henrique Paim Fernandes exercerá a função que outrora era de Aloizio. Ainda em conformidade com as informações veiculadas o médico Arthur Chioro ocupará o posto de Ministro da Saúde.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República a posse dos novos ministros está marcada para o dia 11 de Fevereiro, no Palácio do Planalto, às 11 horas.

É digno de registro que as mudanças se dão em virtude de rearranjo da base aliada para o processo eleitoral em outubro, uma vez que Gleisi Hoffmann deve ser candidata ao governo do Paraná pelo PT, enquanto que e Alexandre Padilha poderá disputar o mesmo cargo em São Paulo.


Fórum elabora Carta Mundial da Mídia Livre



Temas como a liberdade de expressão e ampliação do acesso
das massas populares a internet foram discutidos no I
Encontro de Blogueiros do Cariri, em Altaneira.
Criminalização de rádios comunitárias, blogueiros e ativistas digitais. Ausência de diversidade e pluralidade dos meios de comunicação de massa. Acesso à internet somente para quem pode pagar (caro) pelo serviço. Leis que cerceiam a liberdade de expressão do conjunto da sociedade, dando voz apenas aos “donos da mídia”. Um sistema público de comunicação frágil e insipiente. Falta de incentivo aos produtores e comunicadores independentes.

Este quadro no sistema midiático está longe de ser exclusivo do Brasil e é mais comum do que imaginamos em todo o planeta. Desafios semelhantes levaram então defensores do direito à comunicação de diferentes países a se articularem, desde 2009, em torno de um fórum de diálogo e planejamento de estratégias conjuntas para enfrentar lado a lado os mesmos problemas.

No último final de semana, esses defensores e ativistas se encontraram novamente, em Porto Alegre, num seminário internacional do Fórum Mundial de Mídia Livre, que reuniu movimentos da Argentina, França, Itália, Alemanha, Moçambique, Senegal e Marrocos. O encontro, além de debater questões centrais da luta pela democratização das comunicações no Brasil, deu um pontapé para a elaboração da Carta Mundial de Mídia Livre.

Seminário Internacional do Fórum Mundial de Mídia
Livre reuniu movimentos da Argentina, França, Itália,
Alemanha, Moçambique, Senegal e Marrocos.
O documento tem como objetivo estabelecer princípios e garantias para o funcionamento de uma outra mídia e para o exercício da liberdade de expressão em todo o mundo. Entre elas estão a reserva de espectro para emissoras comunitárias, políticas públicas de sustentabilidade a novas iniciativas de comunicação, uma governança democrática da internet, com neutralidade de rede e preservação da privacidade na web.

Nas últimas décadas, o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação, principalmente da internet, abriu novas possibilidades de compartilhamento de conhecimento assim como multiplicou a formação de redes de ativismo. Apropriando-se dessas novas tecnologias, a sociedade civil ampliou iniciativas de rádios e TVs independentes, blogs, redes sociais, plataformas de compartilhamento de áudio e vídeo, jornais e revistas eletrônicos, entre outros. Também desenvolveu software livres e interfaces alternativas aos programas e serviços comerciais, além de ter impulsionado mudanças em marcos legais como forma de promover o direito à comunicação.

No entanto, apesar desses avanços, a concentração da propriedade dos meios de comunicação de massa continua crescente. Cotidianamente, em diferentes regiões do globo, interesses de grupos sociais oprimidos seguem invisibilizados. Múltiplas visões de mundo são sonegadas ao grande público.

Em busca de uma radicalização da democracia e entendendo a informação e a comunicação democráticas como condição fundamental para a participação cidadã, as mídias livres atuam para transformar essa realidade, contra-hegemônicamente. Cumprem sua missão com independência em relação ao poder político e econômico dos governos e grandes grupos de comunicação. Não à toa, seguem marginalizadas na maior parte dos países.

A Carta Mundial da Mídia Livre surge então para ser um instrumento de mobilização de diferentes grupos e plataformas de comunicação em torno deste tema. Ela será elaborada ao longo de 2014 em mais três encontros internacionais e colocado em consulta a todos os interessados em uma plataforma virtual. Sua adoção acontecerá em 2015, em Tunes, durante o Fórum Social Mundial. O Intervozes é uma das organizações brasileiras que participa desta iniciativa, e informações sobre o andamento do processo serão publicadas na página do Fórum Mundial da Mídia Livre.


A informação é de Bia Barbosa, jornalista e integrante do intervozes e foi publicado originalmente no Carta Capital

Secult lança VIII Edital Carnaval do Ceará



Carnaval em Altaneira no ano de 2011.
Foto :Wlberlândio.
A Secretaria da Cultura do Ceará lança o VIII Edital Carnaval do Ceará, para apoiar financeiramente projetos de programação e agremiações carnavalescas em 2014, com recursos totais de R$ 1.060.000,00. O prazo de inscrições dos projetos vai do dia 31 de janeiro ao dia 10 de fevereiro. Como programação carnavalesca são consideradas as manifestações populares dedicadas a diversão, folias e folguedos, realizadas entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março, voltadas à manutenção do carnaval cearense. Como agremiações estão os grupos organizados com características peculiares, distribuídos nas categorias de maracatus, escolas de samba, blocos, cordões e afoxés.

O VIII Edital Carnaval do Ceará apoia financeiramente os grupos de maracatus, escolas de samba, blocos, cordões e afoxés. Para os projetos de programação, serão destinados R$ 428.000,00. Já o apoio financeiro às agremiações carnavalescas envolve R$ 632.000,00. Os interessados em participar devem acessar o texto e os anexos do Edital, e fazer sua inscrição no setor de Protocolo da Secult (Rua Major Facundo, 500, Centro, Fortaleza-CE), das 8h às 12h e das 14h às 16h30, até 10 de fevereiro. Até a mesma data serão aceitas inscrições via Correios, por Sedex ou correspondência registrada.

O edital regulamenta o processo de inscrição e seleção de projetos relacionados às tradições regionais cearenses e voltados às manifestações carnavalescas e visa à democratização do acesso aos recursos do Fundo Estadual da Cultura (FEC) para o fomento de bens, produtos e serviços culturais nas várias regiões do Ceará, seguindo as exigências legais - Lei Estadual nº 13.811/06, que institui o Sistema de Incentivo Estadual de Cultura (Siec), indica as fontes de financiamento e regula o Fundo Estadual da Cultura; Decreto Estadual nº 28.442/06, que regulamenta a referida Lei nº 13.811/06; Instrução Normativa 01/2005, conjunta da Secretaria da Controladoria, Secretaria da Fazenda e Secretaria do Planejamento, que disciplina a celebração de convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres, que visem à transferência de recursos financeiros, que tenham por objeto a execução de projetos ou a realização de eventos; Lei nº 8.666/93, que regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, que institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências; além de outras normas pertinentes à matéria.



Via Secult-CE

Deputados podem voltar a discutir a PEC da Educação Integral



Uma proposta de emenda à Constituição que amplia a jornada escolar da rede pública para sete horas é considerada prioritária para os líderes partidários na Câmara dos Deputados (PEC 134/07). O assunto divide opiniões entre parlamentares e professores.

Pelo texto, a ampliação da carga horária valerá para a educação infantil e os ensinos fundamental e médio regulares. As escolas teriam até 2020 para implantar a nova jornada, que deve incluir também atividades opcionais extraclasse, após as sete horas diárias mínimas de educação formal.


O Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), em discussão na Câmara, já prevê a meta de oferecer tempo integral, gradativamente, pelos próximos dez anos, nas escolas públicas do País.

Vanhoni: o ensino integral é um instrumento fundamental
para melhorar a qualidade da educação no pais. 
Melhorar a qualidade

O relator do PNE, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), considera o ensino integral um instrumento fundamental para melhorar a qualidade da educação no País.

"Todas as pesquisas demonstram que, para as crianças que frequentam o regime integral, o desenvolvimento educacional é muito mais facilitado do que o regime que temos hoje, que é de quatro horas”, afirma o relator.

O que nós precisamos é institucionalizar um programa nacional de apoio, de estímulo e de meta, porque a aprendizagem, a qualidade da educação muda no Brasil a partir do momento em que tivermos a maior parte das nossas crianças na educação integral", acrescenta Vanhoni.

Faltam condições

A diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal, Rosilene Corrêa, avalia que obrigar as escolas a ampliarem a carga horária sem as condições para isso pode tornar precário o sistema educacional.

"Primeiro, as escolas não têm espaço físico adequado para manter esses alunos lá o dia todo. Em muitos casos, estão considerando como tempo integral, mas os alunos são remanejados para atividades em outras áreas, como por exemplo, escolas-parque”, diz a sindicalista.

O aluno vêm de uma escola regular e é atendido uma ou duas vezes por semana na escola-parque e isso entra na cota de tempo integral. Outro dia, ele vai para o CIL (Centro Interescolar de Línguas). Enfim, uma acomodação, porque nossas escolas não estão preparadas, não estão estruturadas para isso. Para ter o aluno o tempo todo na escola, você tem que reduzir o número de alunos por cada escola, para que tenha espaço físico para manter esse aluno lá", acrescenta Rosilene.

Apoio técnico e financeiro

A proposta de emenda à Constituição em discussão na Câmara determina que para a implantação progressiva do ensino integral, estados e municípios contarão com "apoio técnico e financeiro" da União. Estima-se que seriam necessários R$ 20 bilhões para adotar a jornada de sete horas em todas as escolas públicas do País.
Outras propostas

Também tramitam na Câmara outras cinco propostas que instituem o ensino integral na educação pública. A mais recente é o Projeto de Lei 413/11, do deputado licenciado Gastão Vieira (PMDB-MA), atual ministro do Turismo.

Entre outras determinações, esse projeto torna obrigatório o ensino fundamental regular em tempo integral, com jornada escolar de, pelo menos, sete horas diárias.

Além do PL 413/11, tratam de ensino integral as propostas de emenda à Constituição (PEC) 317/08 e 141/07, que tramitam em conjunto com a PEC 134/07, portanto prontas para serem votadas em Plenário, e os PLs 5408/09 e 7420/06.


Via Agência Câmara Notícias

Agentes de Leitura 2014: Secult do Ceará reunirá secretários municipais da Educação e da Cultura



Flavia Regina e a criançada em roda da leitura.
A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará divulgou na tarde desta terça-feira, 28, em seu site, informações de que os Secretários da Educação e da Cultura dos municípios deste estado onde o Projeto Agentes de Leitura estará presente em 2014 foram convidados a participarem de uma reunião no Auditório da Secult nesta quarta-feira, 29. De acordo com o anúncio o objetivo do encontro é reforçar junto aos gestores destas pastas a importância do projeto e oferecer a eles as orientações e os esclarecimentos necessários.

Na oportunidade, os gestores municipais serão informados sobre as competências dos municípios na execução do projeto e assinarão um Termo de Responsabilidade, assumindo compromissos para o bom desempenho das ações. Segundo a coordenadora de Política do Livro e da Leitura da Secult, Concy Beserra  “... O projeto começa na Secult, mas a ponta é nos municípios. Os secretários precisam nos apoiar em uma série de ações para que o projeto dê certo”.

Vale ressaltar que o encontro com os secretários é oportuno e estratégico, uma vez que as capacitações para os 237 agentes de leitura, selecionados em dezembro de 2013, começarão já na próxima segunda-feira, 03. O processo de preparação dos novos agentes é realizado no próprio município onde eles moram e vão atuar. Uma equipe da Secult se desloca a cada cidade para oferecer a formação aos futuros agentes. Durante a formação, eles recebem kits de livros que serão utilizados nas atividades em campo. O projeto disponibiliza também bicicleta, mochila, camiseta, boné, protetor solar e complementação de renda em valores diferentes de acordo com a função exercida no projeto.

Estamos comprando, a um valor de R$ 222 mil, livros de várias editoras. São 280 exemplares de cada título, contemplando nove editoras do Ceará”, explica Concy Beserra. Enquanto o processo de compra dos novos livros está em andamento, as capacitações vão começar com o fornecimento de kits menores, reunindo livros do acervo da Secult, comprados, doados ou provenientes de contrapartida do Mecenato estadual – empresas que apoiam programas ou projetos culturais por meio de renúncia fiscal – ou de outros editais lançados pela Secretaria. Cada um desses kits menores terá 46 títulos e tantas oportunidades de aprendizado.

Na companhia dos agentes de leitura, o público assistido pelo projeto terá a oportunidade de se deparar com autores que trazem em suas obras ilustres cearenses da nossa arte e cultura - de “Patativa do Assaré: ave poesia”, título de Evaristo Geraldo em homenagem ao poeta popular do Cariri que recebeu cinco títulos de doutor honoris causa, a “Rachel de Queiroz: a dama do romance”, de Rouxinol do Rinaré, sobre a escritora nascida em Fortaleza, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

O cantador, violeiro e repentista que nasceu no Crato, mas adotou Quixadá como cidade, protagoniza o cordel “Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum”, de Firmino Teixeira do Amaral. O cantor e compositor Luiz Gonzaga é retratado por Arievaldo Viana em “Luiz Gonzaga:o embaixador do sertão”, mas também por Klévisson Viana em “O centenário de Luiz Gonzaga, o rei do Baião”. Aliás, entre outros títulos, Klévisson ainda presenteia os leitores com “Aldemir Martins: cores e traços”, uma homenagem ao artista plástico natural de Aurora, e “Dom Quixote em cordel”, uma versão para a saga do cavaleiro andante e sonhador escrita por Miguel de Cervantes. Muitos agentes de leitura podem até nem saber da belíssima história do valente cavaleiro, mas, assim como o personagem principal de um dos clássicos da leitura mundial, eles encarnam, nas devidas proporções, um pouco do idealismo de Dom Quixote.

Municípios contemplados em 2014

Além do município de Altaneira que contará com cinco Agentes de Leitura, mais 45 contarão com os serviços advindos do Projeto.