Por que o PSDB, agora, é a favor do Bolsa Família?



Na quarta-feira 30, dia em que o Bolsa Família completou dez anos, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, divulgou um projeto de lei inusitado. O tucano deseja tornar permanente o programa que, por anos, atacaram. A mudança de posição chama a atenção, mas não é uma surpresa completa. Ela vem sendo construída por meio de declarações há algum tempo, mas agora toma a forma de um ato político, cujo objetivo é tentar remodelar a imagem do PSDB às vésperas das eleições de 2014.

No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSDB se dedicou a deslegitimar o Bolsa Família. Tucanos de várias estirpes afirmavam, como revela uma busca simples no próprio site do partido, que o programa era “esmola governamental”, “esmola eleitoreira”, feito para “atingir as metas eleitorais do PT”, “assistencialismo simplista que não apresenta benefícios concretos”. Em editorial intitulado “Bolsa Esmola” e publicado em 13 de setembro de 2004, o PSDB afirmava que o programa “reduziu-se a um projeto assistencialista” e “resignou-se a um populismo rasteiro”.

Esse discurso criou dois grandes problemas para o PSDB.

O primeiro é dificultar, diante da consagração do programa, que o eleitor ligue o partido ao Bolsa Família. Teria sido fácil para o partido lembrar que o Bolsa Família teve início como uma junção de quatro programas do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (Bolsa Escola, PNAA, Bolsa Alimentação e Auxílio-Gás) e que a ideia de unir os benefícios foi dada a Lula por um tucano, o governador de Goiás, Marconi Perillo. As críticas distanciaram o PSDB da origem do projeto. E abriram espaço para o PT assumir a paternidade e os dividendos eleitoras do programa a partir da sua ampliação e sofisticação. Hoje o governo é premiado pela instituição do Bolsa Família, reconhecido mundialmente.

O segundo problema criado pelo discurso do PSDB foi atrair para sua base eleitoral alguns dos setores mais reacionários da sociedade brasileira, os Almeidinhas sobre os quais escreve Matheus Pichonelli. Essa é uma fatia do eleitorado capaz de produzir furor nas redes sociais ao questionar o sufrágio universal, mas insignificante demais para eleger alguém a um cargo público. Como afirmou a ministra Tereza Campello a CartaCapital recentemente, não se discute mais quem é contra ou a favor do Bolsa Família.

Com Aécio Neves no comando, a cúpula do PSDB parece estar ciente de que o Bolsa Família é quase uma unanimidade. Muitos dos militantes do partido, entretanto, precisarão passar por uma reeducação. Em maio, na convenção que elegeu Aécio presidente do partido, o senador mineiro afirmou que o “DNA” do PSDB “está em todos os programas de transferência de renda”. Antes dele, porém, tucanos de menor expressão subiram ao palco para reclamar do “bolsa esmola”.



Via Tijolaço/Carta Capital

Comunidades rurais de Altaneira receberão o projeto de cisternas para produção de alimentos



Representantes de entidades do município de Altaneira em
reunião que definiu calendário de cadastramento das famílias.
Foto: João Alves.
Por Givanildo Gonçalves

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável - CMDS realizou na manhã desta quarta-feira, 30, reunião da comissão do projeto de implementação de cisternas para Produção de alimentos no semiárido cearense, desenvolvido pelo Banco do Nordeste - BNB e a Organização Barreira Amigos Solidários – OBAS. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável reuniu-se na sede da Associação Raízes Culturais de Altaneira - ARCA a pedido dos representantes da OBAS, por já conhecerem o trabalhos prestados por essa entidade, o objetivo dessa reunião foi criar e capacitar a comissão municipal para a execução e recebimento do projeto de cisternas para Produção de alimentos no semiárido cearense.

Esly Almeida, Agente de Desenvolvimento do BNB
esteve no Notícias em Destaque expondo pontos
do Projeto de Cisternas.
Na reunião estiveram presentes representando o BNB, a Superintendente Francisca Jeania Rogério Gomes, o Agente de Desenvolvimento, Esly Almeida Melo Filho e os representantes da OBAS Manoel Jorge Pinto da Franca e Ivam Amaro de Sousa. Várias entidades do município também estiveram presentes como, ASPROTACO, ASPROSACUM, ASPROVALER, ARCA, ABA, ACS e o poder publico.

Foi apresentado pelos representantes da OBAS Jorge Pinto e Ivam Amaro de Sousa todo o processo de execução do projeto, tratando dos critérios, seleção das famílias, escolhas das comunidades e a meta total de 60 cisternas calçadão por município. O conselho indicou para execução dos projetos as seguintes comunidades: Taboquinha, Taboleiro, Córrego, Tabocas, Açudinho, Chapada Dos Romeiros, Samambaia e Estevão. Saem na frente as comunidades da Taboquinha, Tabuleiro, Córrego, Açudinho, Chapada dos Romeiro e Samambaia, entendendo-se que a prioridade é dada pela quantidade de famílias com cisternas de primeira água (água para consumo) por comunidade, sendo estas com no mínimo 10 cisternas e ainda caso haja vaga terá a possibilidade de incluir as demais comunidades, Tabocas e Estevão.

Definiu-se também o calendário de cadastramento das famílias e de capacitações em gestão da água para produção de alimentos. As mobilizações das famílias ficaram pautadas da seguinte maneira 02 e 03/12 e o GAPA (Gestão de Água para Produção na Agricultura) 07 e 08/12. Vale ressaltar que apenas a família que já possui a cisterna redonda, do projeto 1 milhão de cisternas, poderá ser beneficiada com este projeto e mais, apenas dois municípios entre os 28 do Cariri serão contemplados, Altaneira e Granjeiro.

Maioria dos Navegantes consideram que a Rádio Altaneira Fm não praticou Censura



Um dos assuntos mais discutidos da semana foi, sem dúvida, o veto da direção da Rádio Altaneira Fm as entrevistas cedidas pelo Assessor de Comunicação da Câmara e agora também blogueiro Júnior Carvalho e, pelo professor vereador Adeilton (PP).  As entrevistas versavam sobre denúncias protocoladas pelo também vereador e vice-presidente da Câmara Antonio Leite em desfavor de Adeilton.

De acordo com as denúncias Adeilton foi nomeado em gestões anteriores para exercício de cargos comissionados em que jamais exerceu as funções. Fato esse que fez Antonio Leite anexasse portaria de nomeação do Professor para o cargo de Diretor Divisão do Meio Ambiente, função, segundo o denunciante, jamais exercida pelo vereador.

Em encontro regional promovido pelo Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, em Araripe, Júnior chegou a indagar sobre a situação exposta acima ao palestrante Nelson Rocha. ‘isso é inadmissível e inclusive o Parlamentar poder ser penalizado com a perda do cargo de vereador e também deve devolver todo o dinheiro que recebeu irreguladamente’, disse Nelson em resposta ao Assessor da Câmara publicada no Blog “A Pedreira” e que desejava expor a versão do palestrante na rádio, o que não foi veiculada no dia 25.

“Mas em uma atitude de ditadura o direto da associação arca Givanildo Gonçalves vetou a gravação que eu tinha feito com radialista João Alves e que iria ao ar no noticia em destaque que vai ao ar todos dias ao meio dia e meia”, (grifo nosso) comentou o Assessor da Câmara.

Dr. Soares foi enfático ao dizer “A censura foi clara, pois o repórter João Alves gravou entrevista com o blogueiro Junior Carvalho para o programa Notícias em Destaque e a direção vetou-a. O pior de tudo é que não houve justificativas aos ouvintes e navegantes por parte da direção da rádio comunitária” (grifo nosso).

Painel com resultado da Enquete
Na noite desta segunda-feira, 28, no grupo “A Política de Altaneira”, Raimundo Soares lançou enquete objetivando saber a opinião dos internautas sobre o lamentável ocorrido com a seguinte pergunta: Você concorda com a censura imposta ao blogueiro Junior Carvalho do "A Predeira" pela Direção da Rádio Altaneira FM? A enquete em poucos instantes gerou repercussão e vários comentários. 

Durante a manhã desta quarta-feira, 30, Dr. Soares publicou em seu Blog de Altaneira artigo enfatizando a Nota de Repúdio apresentada pelo Vereador Flávio Correia (SSD) ante a atitude da direção da Rádio. Flavio qualificou a atitude da direção da Rádio como Censura e ressaltou como sendo esta mesquinha, politiqueira, maquiavélica e com resquícios de ditadura e exigiu por parte da direção entidade mantenedora da Rádio Altaneira FM medidas severas para coibi-las. 

No que toca a enquete lançada na grupo "A Política de Altaneira", da rede social facebook, percebe-se que a maioria dos internautas não considerou o veto das entrevistas como censura. Dos 89 votantes, 51,68% afirmaram não haver censura - o que equivale a 46 votos. 48,31% foram ao encontro das posições dos blogueiros, perfazendo um total de 43 votos.

Mesmo ante os resultados o jurista Raimundo Soares Filho, o Secretário de Agricultura e Meio Ambinte, Ceza Cristovão e o Assessor de Comunicação do Poder Legislativo, Júnior Carvalho ainda cobram a publicação da Nota Explicativa da direção da Rádio que foi veiculada apenas no Notícias em Destaque, na segunda-feira, 28.

Lula é ainda uma das últimas referências populares



Lula se tornou simbolo da política partidária por sua militância
sindical ainda durante a ditadura civil-militar
Reproduzimos abaixo excelente texto de cunho reflexivo publicado no portal de comunicação Tijolaço que faz alusão ao papel importante de um dos maiores ícones da história política recente do Brasil.

O artigo intitulado “O papel de Lula não é de sombra. É de luz” nota-se que o ex-presidente ainda é tido como a principal referência popular e um dos que possuem ferramentas ideológicas para tecer críticas a desgastada direita destes pais que foi responsável direta e indiretamente pelas mazelas do Brasil, principalmente dos pequenos municípios do interior dos estados.

Vamos ao texto

Lula é, infelizmente, a última referência popular remanescente do enfrentamento deste país à ditadura e da reconquista democrática.

Outros ícones, dos mais variados matizes ideológicos, já se foram, levados pelo implacável tempo.

Milhares dos que lutaram - e cumprimos, agora, o quarto final de nossas vidas – estamos aqui. Mas, além de não sermos símbolos, muitos estão cansados, entregues ou relativizando as coisas, como compete aos avôs fazerem aos netos.

Por isso mesmo, é a Lula, mais a que a qualquer um, a quem compete o papel de dizer, com todas as letras, que a quebra das regras democráticas é, hoje, a única esperança da direita para retomar o poder que perdeu pelas urnas e pelas urnas não consegue recuperar.

Não porque, no horizonte visível, existam sinais de um golpe militar (ou civil-militar) a nos ameaçar.

Mas porque só a violência, a conflagração nas ruas pode instilar na população, com o poder de ampliação que a mídia dispõe, a ideia de que o Brasil está vivendo um caos econômico e social.

Não será a polícia militar – ou a federal, como na sua miopia o Ministro da Justiça acena – quem vai acabar com o fenômeno dos black blocs e seus correlatos, menos capazes de adotar o discurso a la Marina de “democratizar a democracia”.

Se é fato de que é preciso compreender que parte de sua origem – além do infantilismo pequeno-burguês que atravessa eras – está no vazio que se formou com a perda de identidade dos partidos e da política, não é menos imperioso mostrar – talvez até resignificar – o que pretendem e para onde rumam as forças progressistas que assumiram, há 11 anos, o comando deste país.

Não é preciso sermos selvagens, nem descorteses, nem intolerantes para evidenciarmos que somos diferentes.

Nem precisamos – aliás, não devemos nem podemos – atirar à margem os que pensam diferente e nem mesmo os que, não importa suas ligações com o passado, por quaisquer razões não desejem ou ajam para ser obstáculos ao novo.

Mas, sim, necessitamos que a população seja esclarecida e numa escala muito maior do que nós, com nossos parcos meios, tentamos fazer nos limites que nossas precariedades e nossa pequenez  permitem.

É a Lula – e ele parece demonstrar cada vez maior percepção disto – que compete este papel didático que tantas vezes foi negligenciado.

Quantas vezes o PT e outras forças progressistas, integradas ao Governo, esqueceram do que ele próprio, Lula, disse ontem no plenário da Câmara?

“Mantendo sempre um pé nas instituições e outro nas ruas, começamos ali a caminhada que nos levaria à eleição para a Presidência da República em 2002.”

Registro outro trecho desta fala de Lula para refletirmos sobre o que disse antes:

“(…)essa juventude tem que saber que faz apenas 25 anos que nós estamos vivendo no mais longo período de Constituição contínua deste País. E esta Constituição e este País — por conta desse aprendizado democrático, coisa que não aconteceu em muitos países do mundo, mesmo onde houve revoluções — permitiram que um simples operário torneiro mecânico chegasse à Presidência da República e exercesse o seu poder em sua plenitude duas vezes”.

Pois essa juventude não saberá – e se confundirá – se o operário torneiro mecânico  lhe disser isso e mostrar como – mesmo que sem tanta plenitude – o exercício do poder abriu novos caminhos para ela e para o país?

Lula encarna a legitimidade pessoal para fazer isso.

Manifestação, enfrentamentos com a polícia, até uma prisão arbitrária e ilegal ele próprio sofreu. Não há black bloc que possa falar em repressão perto dele.

Mas, para que seja compreendido, ele tem de falar.

Muito e cada vez mais claramente.

Mostrar que se, como disse, Marina e Serra são sombras sobre Eduardo Campos e Aécio Neves, ele é luz sobre Dilma.

Porque se o povo entender que a desestabilização da democracia é o único jogo que resta à direita brasileira, estes grupinhos voltam a ser o que sempre foram:nada.


Mas, sem este enfrentamento na consciência popular, eles podem ser um degrau para a impensável volta do Brasil ao passado de exclusão e dependência.

Fui chamado de Moleque



Vereador Genival Ponciano (PTB).
O Poder Legislativo de Altaneira realizou na tarde desta terça-feira, 29, a última sessão do mês de outubro. Dois requerimentos foram aprovados. O que não representa novidade, pois já virou rotina se discutir, votar e aprovar apenas requerimentos. Isso quando tem.

Todo via, o que mais chamou a atenção foi à irritação do Vereador Genival Ponciano (PTB) para com este signatário. O parlamentar se utilizou do tempo livre para falar das minhas postagens neste portal de comunicação, muitas deles direcionada a levantar questionamentos e procurar mobilizar os leitores quanto a se posicionarem sobre os trabalhos precários que os mesmos vem realizando frente à Câmara. O problema é que Genival assim não entendeu e preferiu, de forma arrogante, afirmar que sou moleque. O mesmo sentimento foi compartilhado pelos seus companheiros de bancadas, o “professor” Adeilton (PP) e a “professora” Zuleide (PSDB) que ainda me acusou ser inocente por criticar seus péssimos trabalhos.

Na manhã desta terça este moleque protocolou ofício junto à assessoria administrativa da casa objetivando solicitar espaço na tribuna daquela augusta casa na próxima sessão, terça-feira, 05 de novembro. Na oportunidade estarei discorrendo sobre os 25 anos da nossa Carta Magna, os avanços e desafios. Ante ao ocorrido, afirmo que nesta quarta-feira, 30, estarei uma vez mais protocolando ofício com o propósito de esclarecer as críticas, todas fundamentadas, por mim redigida e publicada neste portal.