19 de outubro de 2015

O que é mais difícil: O Vasco escapar da série b ou o Corinthians perder o título? Matemático responde


A 31ª rodada do Campeonato Brasileiro foi a melhor possível para o líder Corinthians, que venceu o Atlético-PR por 4 a 1 na tarde do último domingo (18) e viu seu rival direto pelo título, o Atlético-MG, ser goleado pelo mesmo placar pelo Sport, no Recife. A combinação de resultados deu ao alvinegro paulista oito pontos de vantagem na ponta da tabela, além de aumentar para 98,5% sua chance de faturar a taça do nacional, de acordo com a projeção do site Chance de Gol.

Ao Galo, resta acreditar em mais um "milagre" para ficar com o caneco. Nunca na história dos pontos corridos com 20 times, desde 2006, um time tirou tamanha diferença em sete rodadas. A chance da equipe de Minas Gerais não chega a 2%.

Disputa pela Libertadores

Pela terceira rodada consecutiva no G-4, o Santos bateu o Goiás na Vila Belmiro e é favorito a ficar com a quarta vaga. Destaque também para mais um revés do Flamengo, desta vez contra o Inter no Maracanã, que praticamente acabou com o sonho do time carioca de garantir espaço no continental de 2016.

O drama do rebaixamento

Mais uma vez, o Vasco permitiu empate no final da partida, em 2 a 2 com o São Paulo. Lanterna, já está 96,8% perto da degola.



Título Brasileiro

Corinthians – 98,5%

Atlético-MG – 1,4%

Grêmio - 0,08%

Vagas na Libertadores

Corinthians – Quase 100%

Atlético-MG – 99,3%

Grêmio – 92,8%

Santos – 58,3%

Palmeiras – 31%

São Paulo – 5,3%

Internacional – 5,5%

Ponte Preta – 5,5%

Sport – 1,9%

Flamengo - 0,3%

Rebaixamento

Atlético-PR – 1,9%

Chapecoense – 1,4%

Figueirense – 27,3%

Avaí – 71,5%

Coritiba – 56,2%

Goiás – 55,6%

Joinville – 89,2%

Vasco – 96,8%

Do Afreaka: A valorização dos cabelos naturais


Francisca N’Zenze Meireles, mais conhecida como Chiquinha, vem ganhando a cada dia novos e fiéis seguidores em sua página no facebook, graças ao seu bom humor, delicadeza e maturidade ao abrir discussão sobre a padronização da beleza, especificamente no que se refere aos penteados afro. A fanpage denominada “Kindumba da Ana” já conta com mais de 15mil seguidores.

Ficou com dúvida do porquê do nome? Deixa que a própria Chiquinha explica:

As tirinhas são inspiradas em fatos verídicos, que aconteceram não só com Chiquinha mas também com suas amigas, irmãs e com diversas outras mulheres africanas ou afrodescendentes, simplesmente por optarem usar seus cabelos naturais e não alisados ou conforme os padrões impostos.

Confira algumas tirinhas:







18 de outubro de 2015

Minha identidade Negra, por Raissa Couto



Identidade. Dentre tantas palavras que eu poderia escolher pra descrever meu processo de autoaceitação, essa é a que mais me representa. Como toda menina negra a rejeição e o racismo sempre foram presentes na minha vida com início na fase pré-escola, sempre procurei me encaixar.

Mas nunca passei da menina do cabelo duro. Por anos acreditei nisso, nessa inferioridade que é imposta na vida de crianças negras, e fazia de tudo pra “compensar” isso, sendo extremamente legal e disponível pra todos. A maioria das pessoas agem que como se tudo fosse normal, porque é um problema enraizado em nossa sociedade, que destrói a autoestima de qualquer menina. Lembro de entrar em lojas de brinquedos e incansavelmente procurar por bonecas que se parecessem comigo,o que sempre falhava porque até hoje as prateleiras estão lotadas de barbies loiras, de olhos claros seguindo o padrão eurocêntrico. Minha adolescência foi marcada de alisamentos, relaxantes e muito embranquecimento, sempre fui o cupido da história, aquela que arranjava os namoros, nunca a protagonista do romance. Com tempo e minha insatisfação com processos químicos passei a me incomodar com minha imagem no espelho, mas não sabia como mudar essa realidade, me vi perdida e sozinha. Daí começaram as buscas na internet por meninas que também estavam passando por essa transição, demorou um pouco, mas encontrei pessoas maravilhosas que me ajudaram muito nesse processo. Me entender como negra, e como uma mulher bonita foi doloroso, e continua sendo, estar na contramão de tudo que lhe dizem, da mídia e das pessoas que te apontam, é como matar um leão por dia.

Depois de passar pelo bigchop (grande corte pra remover toda parte com química do cabelo) tudo mudou, finalmente me deparei comigo, com minha real imagem, despida de toda máscara, ufa, lágrimas caiam enquanto cortava eu mesma, aquela parte morta que me fez escrava por tanto anos.

Depois desse dia minha vida não tornou um mar de rosas, nem passei a ser vista como a mulher ideal para relacionamentos, empregos, continuo sendo rejeitada e invisível e a mídia me oferece como referência a globeleza, a mulata tipo exportação.

Agora a luta já não é comigo mesma, e sim contra o mundo que não vai deixar de ser racista e machista, mas nem por isso deixarei de resistir e gritar para que todos ouçam minha voz. Meu cabelo segue sendo cultivado todos os dias com muito afeto, cada vez mais armado com certeza, e agora sei quem sou e me orgulho disso, mulher negra do cabelo crespo.



Índios poderão ter direito a nome de sua etnia em documentos



A população indígena do Brasil poderá conquistar o direito de ter o nome de sua etnia em seus documentos de identidade. Projeto nesse sentido consta da pauta da reunião que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) fará nesta quarta-feira (14), após audiência pública sobre crianças desaparecidas.

De autoria do senador Telmário Mota (PDT-RR), o PLS 161/2015 altera a Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/1973) e a Lei 7.116/1983 para assegurar a qualquer indígena o direito a ter tal condição — assim como a indicação da sua etnia — expressa em certidão de nascimento, certidão de casamento e carteira de identidade. Para isso, bastará requerer a inclusão, sem necessidade de comprovar a origem étnica.

Na justificação do projeto, Telmário afirma que o “reconhecimento e o prestígio aos costumes e as tradições das comunidades indígenas são mandamentos constitucionais”. Ele acrescenta que a aprovação da proposta vai corrigir “um grande aborrecimento cotidiano infligido aos indígenas”. Atualmente, segundo o senador, o índio precisa obter o Registro Administrativo de Nascimento Indígena, expedido pela Funai.

Com efeito, inexiste lei federal que homenageie a concentração de informações, autorizando a inserção da etnia do indígena nos registros públicos (assentos de nascimento, casamento e óbito) e na carteira de identidade. Isso representa muito mais do que um transtorno burocrático aos indígenas, que necessitarão guardar e obter um documento específico para prova de sua condição. É, na verdade, um grave desrespeito às tradições e aos costumes dos indígenas, que sobrevalorizam a identificação com base na etnia. É necessário remover essa barreira burocrática de agressão aos direitos da personalidade dos indígenas, autorizando que a identidade indígena seja transposta para os registros públicos e para a carteira de identidade”, argumenta Telmário.

A proposta já recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Ângela Portela (PT-RR). Caso seja aprovado, será votado, em decisão terminativa, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Na vida cotidiana e, flagrantemente, para exercer direitos relativos à condição de indígena, realmente pode haver transtorno em obrigar o interessado a carregar consigo um documento específico, distinto dos documentos de identidade e registros que a maioria das pessoas leva consigo. É um ônus sutil que se impõe aos índios, desnecessariamente, pois bastaria inserir as informações sobre origem e etnia em seus documentos”, afirma Ângela Portela em seu relatório.

Orçamento

Após as votações ordinárias, os senadores que integram a CDH vão discutir e votar as emendas que serão incorporadas pela comissão ao projeto da Lei Orçamentária Anual de 2016.


Em convenção do PDT, prefeito de Altaneira confirma filiação e leva o agropecuarista Charles


O Partido Democrático Trabalhista (PDT) promoveu na tarde deste sábado, 17 de outubro,  na capital cearense sua convenção estadual, que reuniu dentre os participantes o ex-governador do estado e ex-ministro da educação, Cid Gomes e o prefeito do município de Altaneira, Delvamberto Soares.

Prefeito Delvambeto ao lado do ex-governador
Cid Gomes. Foto: Júnior Carvalho.
Delvamberto havia anunciado que deixaria sua atual legenda partidária, o Partido da Ordem Social (PROS) no último dia 06 de setembro em encontro realizado no restaurante Recanto Bom Gosto. Segundo informações do Blog de Altaneira, o agropecuarista Antônio Ferreira Lima, popularmente conhecido por Charles, também participou do encontro de ontem, tendo sido mais um a aderir a sigla.

O jornal o Povo anunciou que o ato, antes esperado apenas para oficializar a filiação de Cid, acabou tendo ares de apoio à candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Em suas falas, lideranças do partido elogiaram Ciro e destacaram pretensões presidenciáveis da legenda.

Roberto Cláudio, prefeito de Fortaleza comandará o PDT na capital e André figueiredo conduzirá esta agremiação a nível de estado. Filiação dos vereadores do partido, no entanto, deve ficar para março do ano que vem.

A filiação de Cid Gomes que em sua fala teceu críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e ao vice-presidente do pais, Michel Temer, ambos do PMDB, ao qual os denominou “chefe da quadrilha que achaca o País”, foi foi abonado pelo presidente nacional da legenda, o ex-ministro do Trabalho nos governos Lula e Dilma, Carlos Lupi.

17 de outubro de 2015

Preto, Pardo ou NEGRO. Qual a diferença?



A divulgação, por parte da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), de notícia sobre a ausência de pessoas pretas nos cursos mais concorridos da Universidade de São Paulo (USP) alimentou uma polêmica sobre a forma mais correta de se classificar a população pela cor ou raça. Com a bandeira do "politicamente correto" levantada, alguns defenderam que seria melhor utilizar os termos negros ou afrodescendentes. Mas é errado chamar alguém de preto?

O debate começou porque a Fuvest, responsável pela seleção dos alunos da USP, adotou o padrão de classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divide a população do País em cinco grupos: pretos, pardos, brancos, amarelos e indígenas.

A alegação é histórica: o primeiro censo demográfico do Brasil foi feito em 1872 e perguntava aos brasileiros em qual dos quatro grupos eles se enquadravam: preto, pardo, caboclo ou branco. Ao longo de mais de 140 anos, foram feitas algumas mudanças na nomenclatura, mas ainda não há consenso sobre a forma de classificar a população.

Este blogueiro  possui a mesma visão da Unegro. O termo correto para definir alguém quanto a cor/raça é NEGRO, porém
não aceito, apesar de entender, a classificação do IBGE que define ao invés de NEGRO, o PRETO. Foto: Lucélia Muniz.

José Luiz Petruccelli, que faz pesquisas sobre diversidade racial há mais de 20 anos no IBGE, reconhece que a classificação pode ser aprimorada, embora defenda que o modelo segue uma série histórica e mudanças poderiam prejudicar a comparação dos dados. "Esse é um tema muito polêmico. Alguns defendem que deveríamos usar a classificação negro, mas o negro é uma identidade social. Leva em conta uma visão política, a identidade de um povo muito mais do que a cor da pele", defende.

O especialista diz não ser correto, para efeito de pesquisas, reunir pardos e pretos em um só grupo, de negros. Segundo ele, a discriminação contra os pretos é muito maior do que a verificada entre as pessoas que se autodeclaram pardas, e essa diferença precisa estar presente nos levantamentos demográficos. "Existe diferença no comportamento social entre pretos e pardos: quanto mais escuro, mais discriminado", afirma.

Já a União de Negros pela Igualdade (Unegro), organização de movimentos sociais criada na Bahia e presente em 24 Estados, defende que o mais adequado é usar o termo negro, embora aceite as regras do IBGE. "Como não existe um critério científico para essa classificação, acordou-se em usar a nomenclatura do IBGE para pesquisas, que seria o mais próximo do viável", disse Alexandre Braga, diretor de comunicação da entidade.

Apesar de concordar que quanto mais escura a cor da pele, maior a discriminação, a Unegro acredita que o IBGE possa vir a usar apenas a classificação negro no futuro. "As pessoas se identificam mais como negras do que pretas ou pardas", afirma Alexandre.

Preto e pardo

Nas pesquisas do Censo feitas pelo IBGE, é apresentada uma relação com as cinco nomenclaturas utilizadas e as pessoas precisam indicar a qual cor pertencem. Segundo Petruccelli, cada pessoa tem liberdade para dizer a sua classificação. Ele explica que pretos normalmente são as pessoas que se enxergam com a cor mais escura. Mas em relação aos pardos não há consenso. "Normalmente são as pessoas que se classificam como ‘morenas’ ou ‘mulatas’, mas isso depende na região", afirma.

O pesquisador diz ainda que nas regiões Sul e Sudeste, a população que se declara parda normalmente é de origem africana. Porém, no Norte, muitos pardos são, na verdade, descendentes de indígenas. Ele ainda conta uma história curiosa sobre a situação no Distrito Federal. "A população local, por mais branca que seja a sua pele, se classifica como parda porque vê os brancos como os funcionários públicos que vieram de fora".

De acordo com o pesquisador do IBGE, a presença de pretos é menor no Brasil, por isso existe a tendência em reunir pardos e pretos em um grupo de negros. Ele diz que apenas para as pesquisas o termo não se aplica, mas que na convivência social é válido agrupar as duas nomenclaturas. Para o representante da Unegro, ocorre também a resistência em assumir a cor preta e muitos preferem ser incluídos na lista dos pardos - que seria uma forma intermediária. "A identidade do negro é muito maior, por isso defendemos a utilização desse termo", afirma.

E o afrodescendente?

De acordo com o diretor da Unegro, o termo afrodescendente - ou afrobrasileiro - está em desuso. "Acredito que hoje seja muito mais adequado chamar alguém de negro do que de afrodescendente. Essa é muito mais uma nomenclatura política, de ação dos movimentos sociais na luta contra discriminação do que para designar a cor", explica.

MEC apresenta novidades em relação ao Enem



O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), utilizado como método de ingresso em universidades públicas e de acesso à programas sociais como o Prouni, será aplicado nos próximos dias 24 e 25. Dos 7,7 milhões de candidatos, mais de 2,2 milhões ainda não sabem o local de realização da prova, de acordo com dados do Ministério da Educação.


O Enem deste ano traz novidades, como o fortalecimento nos procedimentos de segurança para evitar fraudes e assegurar a eficácia da prova. “O respeito ao participante também é questão de segurança, então há muito rigor nessa parte ”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Neste ano, candidatos não vão receber a confirmação do local
do exame pelos correios.
A Polícia Federal anunciou a realização de um cruzamento de dados dos candidatos e fiscais – que acompanham o exame – para identificar possíveis riscos. O monitoramento será intenso para evitar o uso de celulares e redes sociais, que também serão vigiadas. “Mesmo que o candidato faça a prova, se identificarmos qualquer fraude, ela será anulada”, alerta o ministro.

Além do reforço na segurança, com a intenção de evitar desperdícios de recursos públicos e conter gastos, uma portaria publicada hoje (16) determina que o candidato isento de taxa de inscrição pode perder o benefício nas próximas edições do exame, caso não compareça nos dois dias sem justificar ausência.

Outra medida adotada com finalidade de minimizar os gastos foi a não impressão da confirmação dos locais de prova. Em outras edições, os candidatos recebiam os cartões pelos Correios, já neste ano, a orientação é para acessarem a página do Enem e verificar onde realizarão o exame. De acordo com o ministro, isso representa uma economia de R$ 46 milhões para os cofres públicos.

Nos dias de prova, os portões dos locais de realização serão abertos às 12h e fechados às 13h, com a tradicional pontualidade. Serão 14.455 endereços de aplicação em todos os estados do país e no Distrito Federal. É recomendado para os candidatos a visitação prévia da região aonde será realizado o exame, para garantir uma adequação tranquila aos horários nos dias do exame.

Intelectuais realizam ato contra impeachment de Dilma e divulgam carta



Um grupo de intelectuais e acadêmicos se reuniu nesta sexta-feira em São Paulo para um ato de resistência ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. No encontro, também foi divulgada uma carta em que o coletivo defende que as “pedaladas fiscais” não são crime de responsabilidade e que, portanto, o que existe hoje é uma “busca sôfrega” por setores da política de um fato para justificar o afastamento da presidente.

Intelectuais se reúnem em São Paulo para criticar pedido de impeachment contra presidente Dilma Rousseff. Agência o Globo/Silvia Amorim.
A reunião aconteceu no Centro Maria Antonia, da Universidade de São Paulo (USP), um símbolo da resistência ao regime militar na capital paulista. Participaram do ato a historiadora Emilia Viotti da Costa, uma das maiores historiadoras brasileiras sobre a transição da mão de obra escrava para o trabalho assalariado; o professor e físico da Unicamp Rogério Cerqueira Leite; o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos; o professor de ciência política da USP Andre Singer; o escritor Fernando Morais; o jurista Fabio Konder Comparato; a filósofa Marilena Chauí; o presidente da Associação Nacional de Direitos Humanos, Guilherme de Almeida; o ex-senador italiano José Luiz del Roio; o historiador Luiz Felipe de Alencastro; a socióloga Maria Victoria Benevides; a historiadora Heloísa Starling, ex-vice reitora da Universidade Federal de Miinas Gerais (UFMG); Margarida Genevois, que foi presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, entre outros. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e o diretor do Instituto Lula Paulo Vannuchi acompanharam a reunião.

Impeachment foi feito para punir governantes que efetivamente cometeram crimes. A presidente Dilma não cometeu qualquer crime. Impeachment é instrumento grave para proteger a democracia, não pode ser usado para ameaça-la”, diz um trecho da carta.

Em outro momento o documento se dirige ao Congresso:

Os parlamentares brasileiros devem abandonar essa pretensão de remover a presidente sem que exista nenhuma prova direta e frontal de crime. O que vemos hoje é uma busca sôfrega de um fato ou interpretação jurídica para justificar o impeachment. (...) Busca-se agora interpretações bizarras nunca antes feitas neste país”.

O ato durou cerca de duas horas e algumas propostas de mobilização foram discutidas. O coletivo não quis fazer comentários sobre a atual situação politica e, com críticas à imprensa, negou que o governo esteja tentando um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para salvar o mandato de Dilma.

— Não vamos debater aqui questões político-partidárias — disse Paulo Sérgio.

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Marilena Chauí comparou o clima político de hoje ao do período da ditadura militar e disse que “hoje não vamos perde porque somos mais experientes".

— Nós perdemos naquela época porque não tínhamos experiência — afirmou Marilena.
Singer alertou para os riscos que o impeachment significaria para a democracia. O escritor Fernando Morais foi um dos que reforçou a importância de levar aos movimentos sociais como MST, CUT e MTST as conclusões do coletivo de intelectuais. A avaliação é de que falta informação sobre esse debate.