Do
UOL
O
Ministério da Educação (MEC) desmentiu, em nota, informações divulgadas pelo
deputado federal Jair Messias Bolsonaro em seu Facebook pessoal no domingo
(10). Em um vídeo, o deputado critica o currículo escolar das escolas públicas,
que inclui informações sobre homossexualismo e educação sexual. O deputado se
refere, especificamente, ao livro “Aparelho
Sexual e Cia”, que, segundo ele, “estimula
precocemente as crianças a se interessarem por sexo”.
De
acordo com o MEC, o ministério não produziu, adquiriu ou distribuiu o livro e
não há qualquer vinculação entre o ministério e o a obra, que não consta dos
programas de distribuição de materiais didáticos levados a cabo pela pasta.
O
ministério informa, ainda, que o livro em questão é uma publicação da editora
Cia das Letras e que a empresa responsável pelo título informa, em seu
catálogo, que a obra já vendeu 1,5 milhão de exemplares em todo o mundo, e foi
publicada em 10 idiomas.
O
vídeo também conteria informações “equivocadas” que, segundo o ministério, já
foram esclarecida antes. Em 2013, o Ministério da Educação já havia respondido
oficialmente à imprensa que “a informação
sobre a suposta recomendação é equivocada e que o livro não consta no Programa
Nacional do Livro Didático/PNLD e no Programa Nacional Biblioteca da
Escola/PNBE”.
O
ministério também disse que a revista Nova Escola, edição 279, de fevereiro de
2015, que traz a matéria “Educação
sexual: Precisamos falar sobre Romeo…”, uma reportagem sobre sexo,
sexualidade e gênero, dirigida a professores, “não é uma publicação do MEC, e sim da Editora Abril”.
“O vídeo que apresenta as obras como sendo do
MEC, em nenhum momento, comprova a vinculação do Ministério aos materiais
citados, justamente porque essa vinculação não existe”, enfatiza a nota,
divulgada na noite desta quarta-feira (13) pelo ministério.