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Forrozeiros reivindicam que São João se torne feriado nacional



Cerca de 20 dos principais nomes do forró tradicional nordestino estiveram hoje (17) nos ministérios do Turismo e da Cultura para pedir, entre outras reivindicações, empenho dos ministros Henrique Eduardo Alves e Juca Ferreira para que o dia de São João se torne feriado nacional.

O Ministro do Turismo, Henrique Alves, durante encontro com artistas e grupo de forró de nove estados brasileiros.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Atualmente, o São João, comemorado em 24 de junho, é feriado em alguns estados do Nordeste, como Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraíba. Em agosto de 2015, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para que o feriado seja nacionalizado.

Gostaríamos que o São João se tornasse uma festa do calendário oficial do governo brasileiro, que o 24 de junho seja feriado nacional e que nós tenhamos força como movimento cultural do Brasil, porque o São João é a maior festa brasileira”, disse o cantor e compositor cearense Alcymar Monteiro.

Os artistas argumentam que, enquanto festas como o carnaval têm seus eventos concentrados em algumas poucas capitais brasileiras, o São João está mais presente nas pequenas cidades do interior. Com a nacionalização do feriado, os forrozeiros esperam que os governos de regiões com tradição mais tímida de festas juninas passem a investir mais na data.

Existe uma dificuldade do trabalhador de outras regiões que não o Nordeste em participar da festa”, disse o cantor baiano Adelmario Coelho, que lidera o movimento “São João – Um Novo Produto do Turismo Cultural para Unir o Brasil”.

Entre as principais queixas apresentadas pelos músicos durante a reunião com o ministro Henrique Eduardo Alves, está a descaracterização das festas juninas. Parlamentares das bancadas da Bahia e de Pernambuco também participaram do encontro.

Segundo os artistas, atualmente, grande parte do dinheiro investido nas festas juninas é destinado a bandas com músicas de apelo sexual, muitas vezes de objetificação da mulher. “Poucos controlam [os patrocínios], inclusive com conteúdo machista, e nós não podemos fortalecer isso com dinheiro público”, disse Coelho.

Garantia de recursos

O grupo que veio a Brasília está preocupado em garantir recursos para a realização das festas juninas deste ano, no momento em que diversas cidades brasileiras enxugaram o orçamento para o setor cultural. Dezenas de prefeituras cancelaram o apoio oficial ao carnaval deste ano, por exemplo.

Uma das principais reivindicações é que os artistas tenham maior inserção no Cadastur, do Ministério do Turismo, para que possam se beneficiar de programas como o Artista do Turismo, que paga cachês para shows por meio de convênios com os municípios.

O secretário de Turismo da Bahia, Nelson Pelegrino, sugeriu na reunião que o cadastro seja aprimorado para facilitar o acesso dos forrozeiros e que empresas públicas, principalmente bancos, repassem mais recursos de patrocínio às festas de São João.

Outra preocupação dos artistas é garantir que sejam liberadas emendas parlamentares destinadas a financiar o São João, tradicionalmente uma das principais fontes de recursos para as festas. No ano passado, devido ao atraso na aprovação do orçamento federal, o empenho dos recursos para as festas juninas foi prejudicado, segundo a senadora Lídice da Matta (PSB-BA).

Foram também colocados muitas condicionantes para que as emendas de promoção do São João fossem liberadas. Este ano esperamos que seja diferente, embora não tenha sido apresentado ainda nem o contingenciamento fiscal”, disse a senadora.

O empenho de emendas em eventos foi praticamente proibido no ano passado, e sem essas emendas fica difícil a participação efetiva dos deputados na garantia da festa”, reclamou o deputado Wolney Queiroz (PDT-PE).

Promessas

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, se comprometeu a trabalhar para que uma emenda parlamentar de R$ 13 milhões, aprovada pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, seja liberada pelo Ministério do Planejamento e empregada integralmente na promoção das festas juninas.

Alves disse que vai conversar com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para que eventos relacionados à cultura junina do Nordeste e ao forró tradicional sejam incluídos na programação oficial dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
O ministro também se comprometeu a incluir a cultura junina nas apresentações de promoção do turismo no Brasil feitas pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em outros países. “Vamos fazer com que essa festividade, tão entranhada no nosso Nordeste, possa tomar conta do país e do mundo”, disse o ministro.

Se eles fizerem metade do que dizem, já saímos daqui vitoriosos”, comentou o cantor e compositor paraibano Genival Lacerda, antigo parceiro de Luiz Gonzaga e um dos artistas mais reverenciados do forró.

Sobre a Copa e os Festejos Juninos em Altaneira


Amigos reunidos na residência do prof. Paulo Robson
para assistir o jogo de abertura da copa entre Brasil
 e Croácia. Foto: Emanuele.
Não é novidade para ninguém que os festejos juninos são considerados os mais tradicionais e um dos maiores, porém genuínos eventos da região nordeste do Brasil, mesmo que, é importante deixar claro, não sejam os únicos, muito menos é referência apenas desta região. 

O são João, ou a época das quadrilhas juninas, como se costumou a denominar esse período consegue reunir, a exemplo, dos festejos destinados à padroeira do município de Altaneira, os familiares distantes que, por um motivo ou outro, passam o restante do ano longe do doce lar, da “terra alencarina” – como ecoa o hino municipal.

Este ano, as comidas típicas (canjica, pamonha, milho verde, milho assado, as músicas que forma a base do São João, como o forró, xote, baião, reisado, samba de coco, além das cantigas juninas, com seus acordeões, triângulos, zabumbas, violão, cavaquinho e pandeiro - embora algumas sejam pouco ou quase não usadas por aqui – além dos fogos de artifício (traque, bombinhas, chuvinha, buscapé, ….), às quadrilhas de matuto, às fogueiras espalhadas pelas ruas das cidades turvando o céu de um branco levemente acinzentado,  estão dando, principalmente no Ginásio Poliesportivo, os enfeite permitindo a construção de uma outra conotação no município que a partir desta sexta-feira, 13 e nos próximo dois dias, se juntará a outra que está entre as maiores paixões do povo brasileiro - o futebol .

Torcedor em frente a Farmácia Mãe Glória que teve as
bandeiras do Brasil como decoração para a Copa.
Foto: João Alves.
Assim como os festejos juninos, a copa, iniciada nesta quinta, 12/02, com o jogo entre Brasil e Croácia, fez com que algumas ruas e pontos comerciais entrassem no clima. Percebe-se que houve como em qualquer outro espaço, a construção de símbolos para esse momento com a fixação de bandeiras em pontos estratégicos, nas casas ou estabelecimentos comerciais. Outros, porém, foram mais ousados. Utilizaram seus próprios veículos.

Diferentemente de outros locais, aqui não teve protesto. O jogo foi assistido em casa com reunião familiar e amigos ou em espaços públicos. Afinal, não dá para se utilizar de falsos discursos, de demagogia ou oportunismos políticos baratos, contraditórios e vazios de quem a trancos e barrancos tentam voltar ao poder.

Sobre o jogo e a mídia.

Tínhamos só duas opções de canais pra assistir esse jogo de estreia do Brasil contra a Croácia - Globo ou Band. Aguentar as babaquices e as asneiras do Galvão e sua equipe ou as contradições e chatices de Neto. Já que o governo brasileiro ainda não fez nada pra diminuir o poder da Globo e a Band ainda (mesmo depois de tanto tempo) engatinha nos eventos esportivos, tive que assistir via globo. Quanto ao jogo, como todo brasileiro, estive torcendo pela vitória da seleção brasileira. Um jogo sem grandes emoções e com poucas jogadas de efeito. Mas o importante foi a vitória.

Confira outros fotos compartilhadas por João Alves