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Museu da Democracia deverá ser construído até 2027

 

Margareth Menezes. (FOTO | Antônio Cruz | Agência Brasil).

O universo de 4 mil museus no Brasil deverá ganhar, até 2027, uma instituição com fundamento mais político do que cultural. Com anteprojeto lançado nesta quinta-feira (18), o Museu da Democracia começou a ser idealizado no dia seguinte ao dos ataques em Brasília, em 8 de janeiro do ano passado. “Foi um choque”, lembra a ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrando da visita que fez à destruída sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Memorial da Democracia buscará manter viva memória das lutas políticas e sociais



Foi lançado na terça-feira, dia 1º de setembro, às 18h o Memorial da Democracia, em um evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O Memorial é um museu virtual de iniciativa do Instituto Lula, que será responsável pela construção e manutenção do espaço.


O objetivo é mostrar a história da luta pela democracia em nosso país através de um formato de apresentação multimídia e interativo.

A nossa democracia ainda é uma criança. Nós temos de ver o risco que a democracia corre sempre, permanentemente em todo lugar”, afirma Clara Ant, diretora do instituto Lula. Ela defende que é preciso abraçar a democracia “como vital, como algo que realmente deve pautar a vida em sociedade, algo que deve realmente ser um norte que ninguém pode abandonar. Isso é, inclusive, o que garante vitalidade dentro da sociedade”, afirmou para a Rede Brasil Atual.

O museu será aberto a população com o intuito de dar visibilidade e garantir a memória histórica do processo de consolidação do direito à crítica, à polêmica, à livre organização e ao debate aberto e plural.

Concebido por uma equipe de jornalistas, historiadores, artistas e pesquisadores, o Memorial quer colocar a disposição de todos os brasileiros conteúdos dinâmicos sobre a longa caminhada, do Brasil Colônia ao século 21, em busca de democracia com justiça social.

O Memorial da Democracia vai oferecer também um acervo documental referente aos oito anos de mandato do Presidente Lula, que de acordo com o Instituto terá objetividade historiográfica e rigor museológico, sem nenhuma concessão a enfoques maniqueístas ou partidarizados. Além disso, propiciará instrumentos para distintos programas de coleta e sistematização de depoimentos sobre a história mais recente da reconstrução democrática no Brasil.

O acervo documental será aberto à visitação pública por intermédio de equipamentos digitais incorporando moderna elaboração museológica. Com variados recursos de interatividade, será oferecida aos visitantes uma educativa síntese sobre a caminhada secular do povo brasileiro rumo à democracia, conjugando entretenimento, enriquecimento cultural e ampliação do nível de informação e consciência cidadã. Ao mesmo tempo, será possível percorrer virtualmente todas as exposições e acessar documentos, fotos e filmes através do sítio internet do Memorial.

Além dos espaços expositivos, o projeto inicial também prevê a estruturação de um Centro de Pesquisa e Documentação e uma área de cursos rápidos sobre variados temas da educação democrática.

Espaços comparáveis ao projeto do Memorial têm se mostrado bem sucedidos  na valorização de  ideais de cidadania, pluralismo, solidariedade, tolerância, equidade, justiça social e não-violência. Na cidade de São Paulo, cabe citar o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Futebol, o Museu da Resistência e o Memorial do Imigrante. Em outros países, despontam como polos de atração o Museu do Apartheid, em Johannesburg, os Museus do Holocausto de Washington, Jerusalém e Berlim, o Museu da Resistência de Varsóvia, bem como o Museu dos Direitos Civis, em Memphis, dedicado à memória de Martin Luther King, entre muitos outros.

Movimento Estudantil? Presente!

De acordo com Antônio Alonso, da equipe do Memorial, no acervo documental existirá em capítulos especiais um que fala especificamente da atuação do movimento estudantil de 1967 a 1979. O capítulo traz fatos como a destruição do prédio da UNE, o assassinato do estudante Edson Luis, invasões na UnB, a UNE e demais entidades estudantis na clandestinidade depois do decreto 447. Em outros espaços de navegação também poderão ser vistas a atuação dos estudantes na luta pela democracia em fatos mais recentes como o Fora Collor em 1992. O Museu da Democracia estará no ar a partir do seu lançamento no dia 01 de setembro pelo endereço museudademocracia.com.br