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Representantes das comunidades quilombolas Bananeiras, Cachimbo e Samambaia. (FOTO | Reprodução | WhatsApp). |
Por Nicolau Neto, editor
Na última quarta-feira, 20, dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares, e o primeiro como feriado a nível nacional, Altaneira teve reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares três comunidades quilombolas.
A
cerimônia de oficialização das certificações que foram emitidas e publicadas no
Diário Oficial da União ainda em agosto deste ano, foi realizada na EEFTI
Joaquim de Morais, no Distrito do São Romão, e contou com representantes das
três comunidades quilombolas, autoridades políticas, professores, professoras e
integrantes do distrito.
As
comunidades quilombolas reconhecidas foram Bananeira, Cachimbo e Samambaia,
localizadas na zona rural. Conforme o blog destacou, as portarias que deram
esse reconhecimento foram publicadas no Diário Oficial da União nas datas de 1°
de agosto (Cachimbo) e 19 do mesmo mês (Bananeiras e Samambaia).
Com
as documentações, Altaneira entra na lista de municípios do Cariri - a exemplo
de Araripe, Jardim, Potengi e Salitre -, com comunidades remanescentes de
quilombos devidamente reconhecidas e legalizadas. Com pouco mais de 900 pessoas
residentes nos três quilombos, eles passam agora a terem todos os direitos e
amparos legais assegurados pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal (CF)
de 1988 que se referem à defesa e à valorização do patrimônio cultural
brasileiro e afro-brasileiro e à obrigação do poder público em promover e
proteger estes patrimônios culturais.
Note-se
ainda que “o artigo 68 do Ato das
disposições constitucionais transitórias garante a propriedade definitiva de
seu território aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam
ocupando suas terras. Com isso, os remanescentes quilombolas passam a ter
direito a benefícios sociais, como participação nos programas do governo
federal, a exemplo do Minha Casa, do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar, CRAS Quilombola, dentre outras.” (Blog Negro Nicolau,
2024).
Processo de organização das documentações
exigidas pela FCP
“O blog foi pioneiro na divulgação das
primeiras informações sobre os moradores se autodeclarem como remanescentes de
quilombolas, além de indicar os caminhos legais para essa certificação”,
destacou o professor Nicolau em seu portal. "Ainda em 2021”, escreveu, "e
dois anos depois houve por parte de representantes, liderados pelo professor
Robernilson Pequeno, uma série de reuniões para a organização dos documentos
para a certificação e, foi desse processo, conforme destacou Diego em seus
estudos monográficos sobre a Bananeiras, que houve a separação das comunidades,
o que fez surgir mais dois quilombos, o Cachimbo e a Samambaia”.
Em
entrevista ao CETV 1° edição, da Verdes Mares Cariri, a pedagoga, professora da
URCA e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações
Étnico-Raciais (NEGRER), afirmou “que a
certificação é importante e é um passaporte para que as comunidades possam acessar
as políticas públicas".
Com
essas três certificações em Altaneira, sobe para 13 o número de comunidades
quilombolas reconhecidas somente no cariri.
Abaixo outras fotos da cerimônia de oficialização das certificações
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