Por Nicolau Neto, editor
Na
semana passada mais um caso de violência nas escolas deixou grande parte da
sociedade brasileira, sobretudo aqueles e aquelas que defendem os direitos
humanos, estarrecidos (as). Uma professora de 71 anos que tinha evitado uma
briga entre dois estudantes do ensino fundamental em São Paulo foi morta a
facadas dentro da unidade de ensino.
Mas
o que teria acontecido de fato dentro da escola? O que motivou a briga entre os
estudantes? O que poderia ter sido feito para evitar a morte da professora?
Segundo
informações colhidas junto aos principais sites do país, "'colegas contam que a briga começou porque o
agressor usou termos racistas durante uma discussão. "Chamou o menino de
preto, de macaco e aí o menino não gostou, partiu pra cima dele, aí a Bete, que
é a professora, separou"', destacou um dos estudantes.
Percebe-
se que o racismo esta entre os motivos apontados para o atentado que culminou
na morte da professora. A professora não mais esta entre nós. Foi uma das
vítimas do racismo. Mas o estudante que sofreu os ataques racistas está aí.
Como ele está? Como ele passará a ver a escola a partir de agora?
Trabalhar
o racismo estrutural dentro das escolas é mais que necessário. Evita casos como
esses. Discutir e fazer cumprir o que preceitua a Lei 10.639/2003 é, sem
dúvida, um caminho para isso.
Essa
semana estamos levando pra aulas essa questão. Posteriormente, faremos oficinas
sobre análise dos livros didáticos utilizados. Precisamos destacar que a
negritude não só construiu esse país, como foram e são intelectuais em várias
áreas.
Na imagem que ilustra esse texto, dados da lei supracitada trabalhada nas turmas de segundos e terceiros anos na segunda (3) e hoje (4).
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