O
relator da reforma do ensino médio no Congresso, senador Pedro Chaves (PSC-MS),
prevê que as escolas não serão obrigadas a ofertar todos os conteúdos e é a
favor da retirada de disciplinas, como Filosofia e Sociologia, da grade
obrigatória.
Publicado
Originalmente no Estadão
Segundo
a Medida Provisória (MP) editada pelo governo, o conteúdo do ensino médio será
dividido em dois grupos: um núcleo de disciplinas obrigatórias para todos os
anos (Português, Matemática e Inglês) e um núcleo flexível, para a segunda
metade da etapa de ensino. Nesse caso, os alunos poderiam escolher entre uma
das cinco grandes áreas: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da
Natureza ou Ensino Profissional (técnico).
“As escolas não vão ser obrigadas a oferecer
tudo. Tem escola que vai poder oferecer só uma área, outra vai oferecer duas e
algumas, as cinco áreas de ensino”, afirmou o relator em entrevista ao
Estado. Dessa forma, é possível que, mesmo que o aluno escolha estudar Ciências
Humanas, só haja oferta de ênfase em Ciências da Natureza na escola de sua
região, por exemplo.
Chaves
admite que, neste modelo, o aluno teria de buscar uma escola que ofertasse o
núcleo de estudo de seu interesse, mesmo que tenha de se deslocar. “É, de fato, um problema. Por isso, vou
precisar fazer audiências públicas e discutir com tranquilidade. Nenhuma
questão está fechada ainda.”
O
relator também se disse favorável à retirada de Filosofia e Sociologia como
disciplinas do currículo obrigatório. “Não
sou a favor de que as disciplinas sejam retiradas da grade, mas que sejam
incluídas como conteúdos transversais.”
Ele
sugere que Filosofia e Sociologia sejam abordadas nas aulas de História, assim
como a disciplina de Artes poderia ser estudada junto com Literatura.
Chaves
promete fazer “amplo debate”. Na próxima semana, ele apresentará um plano de
trabalho em que sugere cinco audiências públicas para ouvir mais de 30
entidades do setor de educação. O objetivo é votar o texto no colegiado até o
fim do ano. A votação nos plenários da Câmara e do Senado ficará para fevereiro
de 2017.
Apesar
de se posicionar abertamente a sugestões, o relator não está disposto a aceitar
emendas que possam descaracterizar o texto original enviado pelo governo.
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O senador Pedro Chaves (PSC - MS) será o relator. |
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