Você
certamente deve imaginar que o Brasil é mais perigoso para os negros do que
para os brancos viverem. Mas, como tudo na vida, precisamos de dados e
estáticas para tirar esse realidade do campo da imaginação e projetá-la diante
dos nossos olhos. E nós temos!
Publicado
originalmente no Ceert
Segundo
o Ministério da Justiça, jovens negros têm 2,5 mais chances de morrer
assassinados do que os jovens brancos no país.
Esse
número estarrecedor fica ainda pior quando olhamos para os índices por estados.
Na Paraíba, por exemplo, que é o primeiro do ranking, um jovem preto ou pardo
tem 13,4 mais chances ser vítima de homicídio do que um branco.
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Dados assustadores comprovam: Brasil é o país que mais mara negros e LBBTs. Foto: Super Pride |
Por
lá, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes é de 8,6 para os brancos e de
115,4 para os negros. Para não haver distorções, a conta leva em consideração a
quantidade de habitantes negros e brancos em cada estado.
Outros
estados do Nordeste aparecem no topo da lista, como Pernambuco (11,57) e
Alagoas (8,75). Na outra ponta está o Paraná, única unidade da federação em que
os brancos morrem mais do que os negros (índice de 0,66). Um lugar em que as
taxas de homicídios de negros e brancos fossem iguais teria um resultado igual
a 1.
Os
números fazem parte do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e
Desigualdade Racial, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em
parceria com o Ministério da Justiça. O estudo usou dados de 2012 e considera
pessoas de 12 a 29 anos.
Além
do chamado “risco relativo de homicídios
entre negros e brancos”, o índice leva em consideração indicadores de
mortalidade, frequência à escola, situação de emprego, pobreza e desigualdade.
Com
exceção do risco relativo, que é calculado com base nas taxas de homicídios de
negros e brancos, todos os demais indicadores seguem uma escala de 0 a 1, sendo
que quanto maior o valor, maior a vulnerabilidade.
Agora,
imagina uma pessoa que, além de ser negra e viver nessas localidades, também é
homossexual. É, caro leitor, o Brasil também mata seus cidadãos LGBT. Um a cada
28 horas, segundo dados do GGB (Grupo Gay da Bahia)! E quando o racismo e a
homofobia se cruzam, os crimes são potencializados nos colocando no topo do
ranking de países que mais mata homossexuais e travestis no mundo.
E
é exatamente sobre racismo e homofobia que falamos no novo vídeo do Põe na
Roda. Convido você à assistir essa edição mais do que especial do Sauna Justa,
o nosso quadro de bate-papo (cabeça).
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