O
sinal de alerta está ligado em São Januário. Com apenas três pontos ganhos e
ocupando a incômoda 19ª posição na tabela de classificação, o Vasco alcançou no
último sábado uma marca negativa: o torcedor cruz-maltino não sabia o que era
passar as seis primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro sem vitória desde
1990. Há 25 anos, o jejum foi ainda maior e o primeiro triunfo só foi alcançado
na 10ª rodada.
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Vasco perde mais uma. Desta vez para o Atlético PR. Foto: Super Vasco. |
Desde
então, as duas piores marcas tinham sido em 1991 e 2004, quando o Vasco
conseguiu vencer apenas na sexta partida. Com a derrota por 2 a 0 para o
Atlético-PR na Arena da Baixada, o Vasco do técnico Doriva acumula três
empates, três derrotas seguidas e cinco jogos sem marcar gol - três em
sequência - no Brasileirão. A equipe tem apenas uma bola na rede no torneio: do
volante Lucas contra o Internacional. É o pior ataque ao lado do lanterna
Joinville.
A
má fase vai além. A última vitória foi no dia 3 de maio, diante do Botafogo, na
final do Campeonato Carioca. No total, são oito jogos sem vencer (somados mais
dois empates contra o Cuiabá pela Copa do Brasil). Isso aconteceu pela última
vez em junho de 2009. Na época, a série teve sete empates e uma derrota.
-
É difícil. Não queríamos estar nessa situação. Nos três primeiros jogos tivemos
boas atuações, mas não saíram os gols. Só empates. Depois nos outros dois
(Atlético-MG e Ponte Preta) demos uma caída. Diante do Atlético-PR voltamos a
um bom nível. Mas ainda assim perdemos. Temos que trabalhar, focar, corrigir as
coisas e continuar acreditando. Em momento algum desconfiamos do nosso elenco.
Temos qualidade e já demonstramos isso. Precisamos reencontrar o caminho das
vitórias. Elas nos darão equilíbrio e confiança - frisou Doriva.
Apesar
da irregularidade, a comissão técnica segue recebendo apoio do presidente
Eurico Miranda e da diretoria vascaína. Foi assim na semana passada, logo após
a derrota para a Ponte Preta em São Januário. O respaldo e a segurança no
cargo, aliás, foram alguns dos motivos que levaram Doriva a declinar uma
proposta recente do Grêmio.
-
Decidi ficar no Vasco por conta da confiança que todos passam para mim. Isso
vai acontecer sempre. Futebol é desgastante no momento de tomar decisões, mas
me sinto respaldado pela diretoria. Durante a semana reforçaram essa situação
da confiança para eu desenvolver meu trabalho. Me sinto confiante e sei que
vamos sair dessa - encerrou o treinador.
O
Vasco volta ao Rio na manhã deste domingo e o elenco se reapresenta na
segunda-feira em São Januário. A próxima chance para reencontrar o caminho das
vitórias será no sábado, contra o Cruzeiro, em São Januário. Neste jogo, Doriva
terá os retornos de Jordi, Guiñazu e Gilberto, que cumpriram suspensão diante
do Furacão.
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