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Ao todo, 50% das vagas serão
reservadas para quem cursar todo o ensino médio em escolas públicas. E pelo
menos 12,5% já nesse vestibular.
No Brasil, mudança na seleção dos candidatos para as universidades federais e instituições de ensino técnico. O sistema de cotas será aplicado de forma gradual. Mas o Ministério da Educação quer primeiro melhorar a qualidade do ensino.
Para
isso, o ministério vai oferecer cursos para os alunos que entrarem nas
universidades federais pela lei de cotas. A ideia é dar um reforço e eliminar
eventuais pontos fracos na formação desses estudantes.
As
universidades e instituições federais de todo o país terão que reservar 50% das
vagas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas.
Desse
total, metade será para alunos com renda mensal de até um salário-mínimo e meio
por pessoa. A outra metade para alunos com renda familiar maior.
De
cada um desses grupos, será separado um percentual de vagas para negros, pardos
e índios, obedecendo a proporção dessas populações em cada estado, de acordo
com o IBGE.
A
política vai valer por dez anos. As universidades e as instituições federais de
ensino terão quatro anos para aplicar gradualmente a lei. Mas já para os
vestibulares deste fim de ano, elas terão de reservar, pelo menos, 12,5% das
vagas para o ingresso de alunos pelo novo sistema de cotas.
Mesmo
quem já tem um sistema de cotas, como a Universidade de Brasília, vai ter de
cumprir a lei. Ao todo, 19 universidades terão de refazer o edital. A UNB já
mudou a data do próximo vestibular, vai publicar um novo edital para se adaptar
às novas regras. E decidiu que vai aplicar o percentual mínimo exigido pelo
governo.
“A
gente tem que se preocupar com a permanência desses alunos, a gente trabalhar
de forma gradativa eu acho que a instituição acaba tendo mais poder para
garantir a permanência desses alunos que vêm de escola pública”, afirma José
Américo Garcia, decano de graduação da UNB.
O
ministro da Educação disse que, além de corrigir distorções, o sistema de cotas
deve melhorar a qualidade do Ensino Médio. “A política é temporária para
diminuir a desigualdade social, para diminuir as desigualdades raciais no
Brasil, para estimular os alunos da escola pública para que a gente trabalhe
com mais intensidade, especialmente em parceria com os governos de estado, que
são grandes responsáveis pelo Ensino Médio. Para melhorar a qualidade e garantir
que daqui a dez anos a gente não precise mais de nenhuma política de cotas”,
diz Aloísio Mercadante.
O
ministro disse ainda que o Ministério da Educação terá uma série de reuniões
com os reitores para ajudar na implementação dessas novas regras, que incluem
ainda o reforço escolar para equiparar o nível de conhecimento de todos os
alunos.
Fonte: Café História
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