Jessika de Oliveira lança livro de contos com protagonistas negras e vai à Flica

 

Jessika Oliveira é escritora, pesquisadora e membro da Academia Internacional da Literatura Brasileira | Foto: Arquivo Pessoal.

Mulher, negra, mãe e escritora, Jessika de Oliveira é membro da Academia Internacional da Literatura Brasileira e natural de Baixa Grande, região no centro-norte da Bahia. No início de novembro, a escritora baiana lança o seu primeiro livro de contos: "Festa de Aniversário". A obra reúne histórias protagonizadas por mulheres negras. A capa da publicação é de autoria de Macis Pierrot.

"Festa de Aniversário é meu primeiro livro de contos e traz o protagonismo de mulheres negras em destaque. As cinco personagens deste livro tem histórias diferentes, mas algo em comum a todas elas", explica a escritora à Alma Preta Jornalismo.

Jessika sempre se interessou em histórias de mulheres que se pareciam com ela. Dentro de casa, as mulheres da família sempre foram a inspiração de Jessika, a começar pela bisavó Silvina de Andrade, que foi a personagem principal na sua compreensão sobre as lutas do feminismo negro, construído no dia-a-dia.

"Desde muito antes, até quando eu ainda não sabia que era escritora, sempre escrevi inspirada nas mulheres. Começando pela minha família, tive o privilégio de conviver com a minha bisavó Silvina de Andrade e a partir dela pude entender sobre o movimento feminista, aquele que muitas vezes não consegue chegar a universidade, mas que transforma a comunidade", conta Jessika.

Mais detalhes sobre a obra poderão ser conferidos na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na região do Recôncavo Baiano. O livro será lançado na 10ª edição do evento, que retorna de forma presencial a partir do dia 3 de novembro, após dois anos paralisado por causa da pandemia.

Será a primeira vez que a escritora baiana irá participar da Flica, evento que reúne grandes nomes da literatura nacional e que este ano terá como tema "Liberdade, Literatura e Brasis", em menção à diversidade e ao protagonismo da participação popular em diferentes momentos históricos no Brasil.

"Receber o convite da Flica, para mim, foi um misto de sensações. Estar na Flica é uma forma de reconhecimento de toda a minha trajetória dentro da literatura. Estou muito feliz e quero entregar o máximo que puder para suprir as minhas expectativas e de todas as pessoas que me acompanham", comenta a escritora.

Além de Jessika, a Flica irá contar com grandes nomes da literatura brasileira e internacional como o poeta cubano Yamil Díaz Gomez, a escritora brasileira Cidinha da Silva, Aldri Anunciação, Carla Akotirene, além de nomes como MV Bill e Sulivã Bispo.

Sobre as vendas do livro "Festa de Aniversário", a obra será comercializada de forma presencial na Flica e pode ser adquirida de forma remota pelo e-mail:comkescritora@gmail.com.

A programação completa e mais informações sobre a Flica estão disponíveis no site do evento e nas redes sociais.

__________

Com informações do Alma Preta.

IPEC: Lula tem 54% dos votos válidos no segundo turno, Bolsonaro 46%

O ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro — Foto: Nelson Almeida/AFP

Por Nicolau Neto, editor

Foi divulgado nesta segunda-feira, 17, nova pesquisa do Ipec para a presidência da República. Os dados foram encomendados pela Globo e apresenta o ex-presidente Lula (PT) na frente na disputa com 50% de intenção de votos, enquanto o atual presidente Bolsonaro está com  43,2 %.

Quando considerados somente os votos válidos, se a eleição fosse hoje, Lula venceria 54%. Já o atual presidente aparece com 46%. É importante destacar que para calcular os votos válidos, os brancos, nulos e aqueles eleitores que se declaram indecisos não são considerados. É esse o procedimento que Justiça Eleitoral usa para divulgar o resultado oficial da eleição.

Esses dados foram colhidos entre entre sábado (15) e esta segunda. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Estudantes vão às ruas na terça (18) contra os cortes na educação e a corrupção no governo Bolsonaro

 

Criada no governo Lula, Universidade Federal do ABC (UFAB) se junta às demais, bem como aos institutos federais de ensino técnico e tecnológico, na mobilização que promete tomar as ruas no dia 18.  (FOTO  | Divulgação |UNE).

Estudantes universitários, do ensino médio e da pós-graduação reafirmaram a agenda em defesa da educação e prometem tomar as ruas nesta terça-feira (18)contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). A mobilização é motivada pelos sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Eduação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que afetam a rede federal com um todo – universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado. E também contra a corrupção no governo, mais visivelmente no MEC.

No início do mês, o governo havia anunciado cortes no MEC da ordem de R$ 2,4 bilhões, com impactos sobre os cofres da rede capazes de inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos. Diante da forte repercussão negativa, com anúncio de manifestações estudantis semelhantes ao chamado “Tsunami da Educação“, travado no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), houve recuo.

No último dia 7 o ministro da Educação, Victor Godoy, divulgou vídeo anunciando o desbloqueio de recursos para universidades, institutos federais e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Semana que vem e dia 18 continuam como dias de Mobilização! Não dá para acreditar na fala desse governo, até o momento o desbloqueio nas contas não aconteceu e muito menos o decreto oficializando o desbloqueio!”, disse na ocasião a diretora de Relações Institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Thaís Falone.

Estudantes vão às ruas contra Bolsonaro também por cortes na pesquisa

Nesta quinta-feira (13), entidades divulgaram nota conjunta sobre o desvio de R$ 1,2 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal do setor, para pagar despesas de outras pastas do governo federal, deixando importantes programas e projetos do MCTI e agências financiadoras de pesquisa, como a Finep e o CNPq à míngua.

Para isso, o governo Bolsonaro editou três portarias, abrindo espaço no orçamento para os ministérios da Economia, do Desenvolvimento Regional e do Trabalho e Previdência. O governo já havia tentado bloquear os recursos do fundo, como em julho, por meio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional 17/22 que abria uma brecha para o bloqueio e a transferência de mais de R$ 2,5 bilhões. Mas na votação do Congresso Nacional o trecho foi rejeitado.

Para a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), “a Ciência e Educação brasileira estão sendo sacrificadas pela determinação do Governo Federal em continuar com o método de destruição do sistema de produção do conhecimento e desenvolvimento científico e tecnológico

Ontem (13), uma comissão da UNE esteve no campus Santo André da Universidade Federal do ABC (UFABC), onde os estudantes, a exemplo de outras universidades, também estão mobilizados. “Estamos aqui na UFABC (Universidade criada pelo Presidente @lulaoficial) e é lindo ver que os estudantes estão mobilizados para derrotar Bolsonaro inimigo nº 1 da educação. Dia 18 vamos ocupar às ruas de todo Brasil”, disse a presidenta da entidade, Bruna Brelaz.

__________

Com informações da RBA.

Bolsonaro corta 97,5% das verbas para construção de creches em 2023

 

Bolsonaro também cortou 95% dos recursos para oferecer infraestrutura às escolas de educação infantil. (FOTO | Altemar Alcantara/Semcom).

Na proposta de Orçamento para 2023, o governo do presidente Jair Bolsonaro cortou 97,5% das verbas para a construção de novas creches. O projeto enviado ao Congresso Nacional prevê apenas R$ 2,5 milhões para “implantação de escolas para educação infantil”, conforme revelou reportagem do jornal O Globo nesta sexta-feira (14). Assim, esse valor é suficiente para construir apenas cinco novas creches em todo o Brasil.

Os cortes de recursos para a construção de unidades de ensino para crianças de zero a 3 anos vem se aprofundando durante a era Bolsonaro. No ano passado, por exemplo, o orçamento federal previa R$ 100 milhões, menos da metade que o previsto em 2020, R$ 220 milhões.

A educação infantil é atribuição dos municípios. Mas cabe à União apoiar financeiramente as prefeituras, sobretudo as mais pobres, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Além disso, no mês passado, Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é dever do Estado garantir vagas em creches e pré-escolas a crianças de até 5 anos.

Desse modo, os cortes inviabilizam as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê que até 2024 metade das crianças de até 3 anos de idade estejam nas creches. Para isso, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), seriam necessários um total de R$ 37,4 bilhões em investimentos, que garantiriam a abertura de mais 2,6 milhões de vagas.

Promessas

A matéria do O Globo mostra, ainda, que, em 2019, o governo federal prometeu entregar mais de 4 mil creches até o fim de 2022. Os recursos seriam aplicados através do Proinfância, programa de ampliação do acesso à educação infantil. No entanto, a atual gestão só entregou cerca de 800 creches em todo o Brasil. Desse total, apenas sete foram iniciadas e concluídas na atual gestão.

O então ministro da Educação Fernando Haddad criou o Proinfância, em 2007, durante o governo Lula. Durante as gestões petistas, até 2015, o governo federal construiu 8.787 creches e pré-escolas, com investimento de R$ 10 bilhões.

Pré-escola

O orçamento federal também prevê o corte de 95% dos recursos para oferecer infraestrutura às escolas de educação infantil, especialmente a pré-escola (para alunos de quatro e cinco anos). A construção de creches e o apoio para pré-escolas são as duas únicas ações orçamentárias voltadas para a educação infantil no Orçamento federal. Com o corte em ambas, o recurso destinado para essa etapa da aprendizagem saiu de R$ 151 milhões neste ano para apenas R$ 5 milhões no ano que vem. Trata-se de uma redução de 96% no total. A educação infantil compreende creche (de 0 a 3 anos) e a pré-escola.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), ex-candidata à Presidência, que agora apoia o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que é preciso lutar para reverter esses cortes no Congresso.

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) classificou como “grave” os cortes promovidos pelo governo Bolsonaro na educação infantil. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) destacou que os gastos de Bolsonaro no cartão corporativo superam os valores para a construção de novas creches no ano que vem.

________

Com informações da RBA.

Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos, e Bolsonaro, 47%

 

FOTO | Iruata/Reuters e Washington Alves/Reuters).

Por Nicolau Neto, editor

Foi divulgado nesta sexta-feira, 14, mais uma rodada de pesquisa presidencial. Os números são do Datafolha e foi  encomendada pela Globo e pela "Folha de S.Paulo".

De acordo com os dados, Lula (PT) continua a frente. O ex-presidente aparece com 49% de intenção de votos neste segundo turno. Seu concorrente, o presidente Bolsonaro (PL) vem com 44%.

A pesquisa que foi realizada entre quinta-feira, 13, e hoje (14) mostra ainda que ao se considerar somente os votos válidos, Lula figura com 53% contra 47% do atual mandatário. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Balbúrdia e fascismo: como o governo Bolsonaro sucateou a educação

 

(Ellanah Jorge | Uol).

Em 2016, quando eu era professor de uma escola, fui interpelado por um pai de um aluno, durante uma reunião pedagógica, que me questionou, acintosamente, sobre uma proposta de redação que eu havia solicitado para turma. Eram alunos de ensino médio e propus a eles que refletissem e depois escrevessem sobre a importância de se discutir as questões de gênero na sociedade.

O pai do aluno argumentava que o papel da escola não era ensinar “Ideologia de gênero” e sim matemática e português, e ainda propôs: “por que o senhor não ensina Machado de Assis pra eles, professor? “. Fiquei olhando para aquele sujeito e, logo em seguida, eu respondi que “ensinar Machado” talvez fosse até mais grave para os alunos, de acordo com os critérios dele. Argumentei ainda que tais discussões também estavam de acordo com as diretrizes e propostas do ENEM, e que portanto era importante que os alunos escrevessem sobre temas como gênero, por exemplo. Foi então que este mesmo pai, já imbuído pela conduta do movimento fascista do “escola sem partido” disse, em tom ameaçador: “Professor, ouça bem o que eu vou lhe dizer: nós vamos chegar no MEC e vamos mudar toda essa bagunça esquerdista”. Naquele momento, eu percebi o sentimento fascista começava a ganhar força e os professores passaram a ser vistos como doutrinadores.

A vontade de mexer nas bases da educação e nas instituições vem desde sempre durante a administração bolsonarista. O desmonte e a destruição do ensino é, talvez, o principal projeto do governo Bolsonaro. A tentativa do último bloqueio de verbas para as universidades foi só mais um capítulo trágico da educação brasileira nos últimos anos. O recuo desse bloqueio, dias depois, se deu após reações na internet a das entidades educacionais. Na verdade, desde que o governo Bolsonaro assumiu o ministério da educação vimos uma série de ataques ao ensino, tanto no nível do discurso ideológico, quanto no corte de verbas essenciais para manutenção de itens básicos para manter uma instituição funcionando.

Quem não se lembra de Abraham Weitraub, o então ministro da educação, que prometeu cortar as verbas de universidades que promoviam “Balbúrdias”? “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”. Na época, a declaração gerou reações das entidades educacionais.

O fato é que todo esse discurso fascista sobre a educação acaba servindo, na verdade, como uma espécie de cortina de fumaça para justamente encobrir e pôr em prática este projeto de destruição. Pois enquanto se discute a “balburdias” ou “ideologias de gênero”, as verbas vão sendo reduzidas e precarizando a educação.

Nos últimos as universidades e institutos federais têm amargado a redução sistemática de recursos financeiros. O que só confirma que, definitivamente, educar a população brasileira não está nos horizontes do bolsonarismo, muito pelo contrário, estamos diante de um governo que sempre olhou para o setor acadêmico como um inimigo a ser combatido e aniquilado.

Para mim, o que causa mais indignação é saber que, nem com toda a contribuição das universidades públicas durante a tragédia da pandemia, seja no desenvolvimento de pesquisas de vacinas, ou em pesquisas de prevenção, o governo não se sensibilizou com importância da ciência e do conhecimento em momentos tão difíceis e traumáticos pelo que passamos.

______________

Texto de Jeferson Tenório, originalmente no Uol e replicado no Geledés.

Potengi sediará primeira Copa In9ve de futsal

 

Potengi. (FOTO | Reprodução | Site da Prefeitura). 

Por Nicolau Neto, editor 

Será realizado neste sábado, 15, a primeira Copa In9ve de Futsal. O evento envolverá equipes  de três municípios do Cariri. Alem do anfitrião, Alltaneira e Santana do Cariri.

Segundo informações do jornalista Pablo Luan e publicada no Portal Tapera, o evento está previsto para começar às 19h no Ginásio José Josimar de Oliveira e visa incentivar e valorizar a prática desta modalidade na região.

Com Lula à frente, Quaest mostra estabilidade na disputa do segundo turno

 

Diferença oscilou um ponto percentual para cima a favor de Lula em uma semana,m diz Quaest. (FOTO | Reprodução | Ricardo Stuckert).

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13) mostra estabilidade no cenário eleitoral na disputa pela presidência, com Lula recebendo 49% das intenções de voto totais. Por sua vez, Bolsonaro tem 41%. Em votos válidos, Lula aparece com 54% e Bolsonaro, com 46%. São 6% os que declaram voto em branco ou nulo, enquanto 4% dizem estar indecisos.

Segundo a Quaest, Lula ampliou sua liderança no Nordeste, indo a 68% das intenções de voto, em comparação com 62% na última semana. Por outro lado, no Sudeste, onde Bolsonaro e Lula estavam empatados, agora Bolsonaro abriu uma vantagem de cinco pontos, com a preferência de 46% dos eleitores contra 41% do petista.

Já nos estratos de renda, os dois candidatos permaneceram estáveis, oscilando não mais do que três ponto. O petista que foi de 41% para 44% entre aqueles com renda familiar mensal de 2 a 5 salários-mínimos. Bolsonaro caiu de 48% para 45% nesse estrato.

Na divisão por gênero, o candidato da coligação Brasil da Esperança oscilou de 52% para 50% entre as mulheres, enquanto o candidato do PL foi de 38% a 39%. Por outro lado, Lula oscilou para cima (45% a 47%) entre os homens, enquanto o presidente caiu de 45% para 42%.

Um dado “relevante” apontado pelo diretor da Quaest, Felipe Nunes, é a constatação do voto em Lula entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT). “Pela primeira vez fora da margem de erro, é possível constatar que 54% de quem votou em Ciro no 1º turno, vão votar em Lula no 2º turno, enquanto 21% vão votar em Bolsonaro.”

“Nova “modelagem”

A Quaest “está incorporando” uma nova “modelagem” em sua metodologia para ponderar “possíveis efeitos da abstenção”. Por essa ponderação, diz Nunes, medem-se “as chances de cada indivíduo ir votar, levando em conta dados como o interesse pela eleição e o comportamento anterior do eleitor”. Com essa metodologia, em votos válidos, a diferença a favor de Lula cai dois pontos percentuais, de 54% a 46% para 53% a 47%¨.

O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 120 municípios das cinco regiões do País entre os dias 10 e 12 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. O estudo foi registrado no TSE com número BR-07106.
---------------

Com informações da RBA.