Covid-19 e uma epidemia paralela

Anny Caroliny. (FOTO | Reprodução | Whatsapp).

Por Anny Caroliny*

A pandemia de covid-19 é considerada a pior crise global desde a segunda guerra mundial. Fala-se, inclusive, de uma epidemia paralela à essa, relacionada ao crescimento do sofrimento psicológico, dos sintomas psiquiátricos e dos transtornos mentais, percebendo-se, claramente, grande impacto na saúde mental  das pessoas.

Assim, criar novos hábitos, fortalecer vínculos (mesmo que por meios virtuais) e acolher seus sentimentos e limitações nesse momento atípico, são formas de exercitar o autocuidado.
E não esqueça, busque auxílio de um profissional de sua confiança quando suas estratégias para lidar com a crise não estiverem sendo suficientes. Cuide-se!
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*Anny Caroliny Leite Calixto é Psicóloga com o  CRP 11- 07282.

Oficina capacita comunidades a produzir conteúdo para a imprensa

 

Débora Costa. (FOTO/ Divulgação).

No próximo dia 30 às 14h, o Coletivo Camaradas estará promovendo a oficina ‘Como fazer matéria para a imprensa?’, formação destinada a integrantes de organizações comunitárias do Cariri. A aula será realizada de forma remota, através da plataforma Google Meet, sendo conduzida pela jornalista e doutoranda em Comunicação Débora Costa.

Seja para os meios tradicionais (rádios, TVs, jornais) ou para as mídias digitais, a produção de conteúdo para a imprensa tem sido uma exigência para os movimentos sociais na atualidade. Além de permitir que as ações comunitárias sejam conhecidas pela sociedade em geral, a divulgação nos espaços da mídia também ajuda a promover uma imagem adequada dessas comunidades, partindo das experiências de seus próprios integrantes.

Além da oficina de matéria jornalística, também serão realizadas outras formações voltadas para os movimentos sociais e que contemplarão habilidades diversas. As Oficinas de Desenvolvimento Territorial são uma parceria do Coletivo Camaradas com a Federação de Entidades Comunitárias do Cariri e a Comissão Cearense do Cultura Viva, sendo parte das atividades do projeto Território Criativo do Gesso, aprovado do Edital de Prêmio de Fomento de Arte e Cultura do Estado do Ceará, SECULT-CE, através da Lei Aldir Blanc.

As pessoas interessadas em participar da oficina ‘Como fazer matéria para a imprensa?’ precisam apenas preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/xQQwqbBqHxBZaEtG8 . As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas, sendo prioritariamente destinadas às organizações que atuam no Território Criativo do Gesso, nos Pontos de Cultura e nas entidades comunitárias do Cariri, num total de duas vagas por organização. Mais informações estão disponíveis nas redes sociais do Coletivo Camaradas.

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Texto encaminhado ao Blog pela Assessoria de Comunicação do Coletivo.

Documentário que retrata comunidade indígena Yanonami é premiado em Berlim

 

Filme brasileiro "A última floresta", de Luiz Bolognesi, vence prêmio do público em Berlim. (FOTO/  Divulgação).

O filme brasileiro "A Última Floresta", dirigido pelo cineasta e antropólogo Luiz Bolognesi com o apoio do xamã Davi Kopenawa Yanomami, ganhou o Prêmio do Público, na seção Panorama Documentário, no Festival de Berlim, que se encerrou neste domingo (20).

Em imagens poderosas, alternando entre observação documental e sequências encenadas, além de paisagens sonoras densas, Luiz Bolognesi documenta a comunidade indígena Yanomami e retrata seu ambiente natural ameaçado na floresta amazônica.

Em consequência das restrições decorrentes da pandemia do coronavírus, a importante Berlinale, como é conhecido o Festival, modificou este ano seu calendário e apresentações. Em março, houve um festival online reservado para os profissionais do cinema e para a crítica. Agora, em junho, houve pela primeira vez um Festival de Verão.

O filme A Última Floresta despertou bastante interesse, em consequência da situação vivida atualmente pelo Brasil, onde não só os garimpeiros como os madeireiros estão destruindo a Floresta Amazônica e invadindo comunidades indígenas.

Na verdade, destruir as florestas faz parte de um antigo projeto da época da ditadura militar (1964-1985), adotado pelo então candidato Jair Bolsonaro, que lhe valeu o apoio na campanha eleitoral de grandes empresas interessadas em plantar cereais, como a soja, e desenvolver, na vasta área desmatada, a criação de gado bovino e suíno. Tanto o garimpo, como as madeiras seculares, os cereais e o gado serão destinados à exportação.

A exibição do filme foi precedida com a distribuição de uma nota explicativa para o público alemão e para a imprensa: desde que Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019, os garimpeiros de ouro e pedras preciosas voltaram a penetrar de forma massiva no ambiente de vida dos Yanomami na região da fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

Os invasores não apenas envenenam a água com mercúrio, como também trazem doenças mortais - mais recentemente a covid-19 - para essas comunidades indígenas isoladas. Com suas promessas de um mundo moderno, os garimpeiros também tentam cada vez mais os jovens a abandonar suas vidas tradicionais na floresta.

Tendo documentado a vida do Paiter Suruí em Ex Pajé, o cineasta e antropólogo Luiz Bolognesi agora se aproxima de outra comunidade indígena nas florestas tropicais da Amazônia

Em seu novo trabalho, ele alterna filmagens tradicionalmente observacionais com sequências encenadas desenvolvidas em colaboração com o xamã Davi Kopenawa Yanomami, um dos porta-vozes dos Yanomami mais conhecidos internacionalmente.

Desdobrando-se em imagens impressionantes, paisagens sonoras em várias camadas e seções musicais sutilmente editadas, essas sequências descrevem os mitos da criação Yanomami, sua relação com a natureza e sua luta contínua para preservar seu ambiente natural.

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Com informações do Brasil de Fato.

Jéssika Cariri conversará sobre sua relação com poesia, tradição e floresta

Enfermeira por formação, Jéssika Kariri, vem construindo uma trajetória de envolvimento com os grupos de tradição popular da região Cariri e a cultura do bem viver. A escrevedora Jéssika Cariri participará do Projeto Falação, nesta segunda-feira,21, às 16h30, pelo Instagram: @projetofalacao.  

O bate-papo descontraído será norteado pelo atravessamento que a artista tem com a poesia, a cultura popular e a Floresta Nacional do Araripe, onde reside.    

Falação é um projeto desenvolvido pelo Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti, em parceria com a rede municipal de Ensino do Crato e escolas que compõe o Território Criativo do Gesso. Falação tem como objetivo contribuir para uma cultura leitora, através da aproximação de trabalhadoras e trabalhadores da palavra, obras e comunidade escolar.  O Projeto é realizado toda segunda-feira, às 16h30, pelo Instagram: @projetofalacao.

Jéssika Cariri é escrevedora, produtora cultural, artesã, artista, brincante, mãe, surda e rural. Integra o Ponto de Cultura ALDEIAS, MOACPES e a Retomada Kariri. Faz parte de trabalhos da Banda Sol na Macambira, Forró de Rabeca, Encantados, Reisando, Zabumbar e Reisado Menino Deus. Está à frente da produtora independente Vivá Produções e vem resinificando seu caminhar a partir de sua conexão com a floresta.

Escrevedora talvez seja isso  mulheres que como Jéssika  escrevem e voam.

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Texto encaminhado ao Blog por Alexandre Lucas, Colunista.

Atos contra Bolsonaro e 500 mil mortes repercutem no mundo

 

Jornal britânico The Independent repercute as 500 mil mortes e os atos contra Bolsonaro no Brasil (FOTO/ Reprodução)

Os atos contra Jair Bolsonaro (Sem partido) e a marca macabra de 500.800 mortes por Covid-19 registrada neste sábado (19), que fez do Brasil a ser o segundo país a ultrapassar o número de meio milhão de vítimas na pandemia, ganharam destaque em portais de notícias de todo o mundo.

O site do jornal britânico The Independent diz que o “Brasil supera marca sombria de 500.000 mortes de Covid em meio a protestos contra Bolsonaro”.

Daily Mail destacou que “manifestantes brasileiros vão às ruas e culpam o presidente Jair Bolsonaro pelo número de mortes de COVID no país”, ressaltando que apenas 11% dos brasileiros estão totalmente imunizados contra a doença.

O país de cerca de 213 milhões de habitantes está registrando quase 100.000 novas infecções e 2.000 mortes por dia”, diz o texto.

Ainda no Reino Unido, o jornal The Guardian destacou que os “protestos no Brasil enquanto o número de mortos confirmados sobe para além de meio milhão”.

Na Argentina, o site do Clarin, jornal do maior grupo de comunicação do país, afirma que o “Brasil superou as 400 mil mortes pelo coronavírus e os atos contra Bolsonaro se repetem no país”, destacando que o o país é o segundo do mundo com maior número de mortos, atrás apenas dos EUA, que soma 601.741 vítimas fatais da Covid-19.

Rádio França Internacional (RFI) destacou em seu portal em português que “brasileiros protestam no exterior contra Bolsonaro e gestão da epidemia”.

Na França, a chuva que caiu em Paris na tarde de sábado e os rígidos protocolos sanitários não desanimaram os brasileiros que vivem na capital francesa. A manifestação foi convocada na Praça Stalingrad, no norte da cidade, que já foi palco do protesto “Ele não” que reuniu milhares de pessoas às vésperas das eleições presidenciais de 2018”, diz a reportagem.

Os 500 mil mortos também foram destaques no Le Monde, que diz que o último relatório do Ministério da Saúde, “subestimado segundo vários epidemiologistas”, informa 500.800 mortes, incluindo 2.301 registradas nas últimas 24 horas.

BBC registra que o “Brasil atinge 500.000 mortes em situação ‘crítica'”. “O vírus continua a se espalhar enquanto o presidente Jair Bolsonaro se recusa a apoiar medidas como o distanciamento social”, diz o site britânico.

Em Portugal, o site Público conta que “Milhares voltam a sair às ruas do Brasil para contestar Bolsonaro”.

Crescente descontentamento com a resposta do Governo brasileiro à pandemia motivou novas manifestações da oposição, em dezenas de cidades, três semanas depois dos últimos protestos em todo o país”, diz o portal português.

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Com informações do Portal Fórum.

Cariri se soma as Mobilizações Nacionais e Internacionais em 2º Ato Fora Bolsonaro

 

O Cariri se somou as Mobilizações Nacionais e Internacionais, com perspectiva de mais de 400 Atos em todo o Brasil e em outros países.

A manifestação ocorreu na cidade de Crato, e mais uma vez contou com representações de sindicatos, movimentos sociais, partidos e demais ativistas.

Voltamos às ruas pelo Fora Bolsonaro, Vacina no Braço, Comida no Prato e Contra a DeForma Administrativa do DesGoverno Bolsonaro....

É importante também ressaltar que, a exemplo do 1º Ato, também foram distribuídas máscaras PFF2 aos manifestantes. Além disso, a todo o momento foram feitas orientações para o distanciamento físico entre as pessoas.

Por fim, ir às ruas protestar durante a pandemia de COVID-19 é menos arriscado do que não fazer NADA, pois Bolsonaro é a variante mais TRANSMISSÍVEL e LETAL de um vírus ainda mais PERIGOSO do que o Sars-Cov-II.

O vírus negacionista, GENOCIDA e fascista, principal responsável pela morte de 500 MIL pessoas e também pela pobreza extrema de 40 MILHÕES de brasileiros.

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Texto e foto de Leandro Medeiros.

Uma história feita por mãos negras - Beatriz Nascimento, obra organizada pelo antropólogo Alex Ratts é lançada

 

Por Nicolau Neto, editor

Alex Ratts, um dos mais importantes estudiosos de Beatriz Nascimento, historiadora, poeta, ativista e grande intelectual negra do século XX, lançou na última quinta-feira (17) no Canal da editora Companhia das Letras no YouTube, sua mais nova escrita. Trata-se de “Uma história feita por mãos negras - Beatriz Nascimento.”

O evento foi ao ar a partir das 18h e além do professor, antropólogo e geógrafo Alex Ratts (organizador do livro), o evento contou com a participação da escritora Conceição Evaristo e o jornalista e sociólogo Muniz Sodré, sendo mediado pela socióloga Flávia Rios.

Veja mais sobre Beatriz Nascimento clicando aqui.

Segundo informações constante do site da editora Companhia das Letras, o livro reúne 24 textos que reafirmam os aspectos centrais deste  - as relações raciais e de gênero; as formulações sobre a contribuição do negro na construção da sociedade brasileira; a recusa do discurso que reduz a problemática racial a uma questão econômica e social, sem uma compreensão existencial do indivíduo; e, sobretudo, as pesquisas sobre os quilombos no Brasil, suas relações com a África e como se reconfiguraram para ser não apenas espaço de resistência, mas um sistema social alternativo.

Completam ainda este conjunto escritos da autora marcados pelas transformações políticas e sociais a partir da década de 1980 – como o fim dos governos militares e a vigência da nova Constituição – e por inflexões pessoais e memórias – como em 'Carta de Catarina', texto de maturidade e síntese no qual ela discorre sobre o movimento negro, a diáspora e suas poéticas, além do processo de feitura do filme Orí, obra fundamental para conhecer, ver e ouvir a potência dessa mulher transatlântica”, destaca a editora.

Alex coordena o Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades (LaGENTE), da Universidade Federal de Goiás (UFG) e durante os dias que antecedeu o lançamento deu muita publicidade a obra.

A obra pode ser encontrada no site da Editora Companhia das Letras.  

Ato contra contra Bolsonaro é realizado em Crato

 

Ato contra contra Bolsonaro é realizado em Crato. (FOTO/ Francisco Silva).

Por Nicolau Neto, editor

Depois do dia 29m, os atos contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) foram convocados novamente. Neste sábado, 19 de junho, as ruas de diversas cidades do país já estão sendo ocupadas por manifestantes.