(FOTO/ Mídia Ninja). |
Gosto sempre de frisar nas minhas colunas que faço parte da primeira leva de mulheres negras a ocupar o cargo de deputada estadual em Minas Gerais. Provavelmente vocês, leitores e leitoras, já estão cansados de ler essa mesma frase, mas o faço na intenção de registrar na história do estado, e também do país, que a nossa chegada nesse espaço é um marco na história do legislativo, que existe há quase 200 anos. E essa ocupação da política só foi possível porque muitos e muitas, que lutaram uma vida inteira por isso, tiveram a ousadia e o gesto revolucionário de começar a mover as estruturas políticas, sociais e econômicas deste país fundado com suor e sangue de negros e indígenas, invisibilizados pela história oficial. E é por isso que hoje dedico minha coluna para trazer um olhar sobre o Estatuto da Igualdade Racial, que, mesmo com problemas de execução, pode ser considerado um dos marcos legais mais importantes do século XXI para o Brasil.