Primeiro dia do Enem tem 273 participantes eliminados


O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 terminou neste domingo, 5, com 273 participantes eliminados, informou o Ministério da Educação (MEC). Em 2016, o exame já registrava 3.942 eliminações ao final do primeiro dia, e outras 4.780 no segundo dia. Foram 93,07% a menos de estudantes eliminados ante ano passado. Os 273 participantes equivalem a 6,92% do resultado registrado em 2016.

De acordo com o MEC, a aplicação, tranquila e sem ocorrências graves, justifica a ampliação e a diversificação da estratégia de segurança adotada a partir desde ano. O Enem 2017 estreou a prova personalizada e o uso de detectores de ponto eletrônico e, segundo o Ministério, teve a maior cobertura de detectores de metal desde que o recurso começou a ser usado: 100 participantes por detector. Do total de eliminados, 264 o foram por descumprimento de regras gerais do edital e nove por porte de objetos proibidos identificados pelo sistema de detecção de metal.

Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, o modelo do Enem aplicado em dois domingos está se mostrando bem interessante, com grande aceitação dos participantes e aprovação geral positiva. “Temos uma clara percepção de satisfação, por parte dos candidatos, sobre a divisão da aplicação do Enem em dois domingos”, afirmou. “Nós continuamos acompanhando e assegurando que a segunda etapa, no próximo domingo, dia 12, vai ocorrer dentro da mesma normalidade e tranquilidade para os estudantes de todo o país.”


Mendonça Filho reforçou que o dia de provas transcorreu de forma calma e tranquila em todo o país. “Foram poucos casos e situações que exigem uma atenção operacional a mais por parte dos consórcios e de todo o Ministério da Educação, que está mobilizado, via Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia vinculada ao MEC], para a aplicação do Enem 2017. Isso se traduz em mais tranquilidade para os estudantes que estão se submetendo ao exame.” (Com informações O POVO ).

(Foto: Evilázio Bezerra/ O POVO).

STF autoriza redação que fere os direitos humanos no Enem



A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste sábado (4) autorizar as redações que ferem os direitos humanos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O caso chegou ao STF através de um pedido da procuradoria-geral de República (PGR) e da Advocacia Geral da União (AGU) para suspender a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinou recentemente a revogação da regra prevista no edital do exame.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por sua vez, atendeu a um pedido da Associação “Escola Sem Partido”, que alegou que a regra atentava contra a liberdade de expressão.

O cumprimento da Constituição da República, impõe, em sua base mesma, pleno respeito aos direitos humanos, contrariados pelo racismo, pelo preconceito, pela intolerância, dentre outras praticas inaceitáveis numa democracia e firmemente adversas ao sistema jurídico vigente. Mas não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal. Sensibiliza-se para os direitos humanos com maior solidariedade até com erros humanos e não com mordaça. O que se aposta é o eco dos direitos humanos garantidos, não o silencio de direitos emudecidos”, disse a ministra.

O ENEM começa neste domingo (5) com as provas de redação, português, literatura, língua estrangeira, história, geografia, filosofia e sociologia. Mais de 6,7 milhões de candidatos estão inscritos. (Com informações da Agência Brasil).

(Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil).

Com Fábio Carneirinho, Waldonys e espetáculo Ch@furdo, Mostra Sesc traz shows gratuitos para Altaneira


Com idealização do Departamento Regional do Sesc Ceará, a Mostra Sesc Cariri de Culturas chega este ano a sua 19ª edição, tornando a região caririense em um verdadeiro celeiro das mais diversificadas manifestações artísticas e culturais.

No último dia 16 de agosto, o órgão divulgou a relação de artistas e grupos que irão participar do evento entre os dias 10 e 14 de novembro do ano em curso. Segundo a lista, serão mais de 75 trabalhos. Mais de 20 espetáculos de artes cênicas, 11 de audiovisuais, 15 de artes visuais, 10 de literatura e 12 de músicas de artistas de todo o país.

Ainda conforme o Sesc, grupos como “As Bahias e a Cozinha Mineira e Mombojó”. Nomes da música como Céu e Ellen Oléria, Paralamas do Sucesso, o paraibano Chico Pessoa, o cantor e compositor Luiz Fidélis, dentre outros estão entre aquelas (as) que irão atrair grande público.

Segundo informações constantes do site oficial do município de Altaneira, o grupo “Ch@furdo de Dona Zefinha” será um das atrações a animar o público no próximo dia 12. A inclusão do município na programação da mostra é fruto da renovação da parceria entre a prefeitura e o Sesc ocorrida no último dia 10 de outubro.

O espetáculo “Ch@furdo de Dona Zefinha” – que em 2017 completa mais de 20 anos de atuação- ocorrerá partir das 18h30min, na Praça Manoel Pinheiro de Almeida (Calçadão Municipal).

Ainda não há confirmação, mas já ocorre rumores de que o sanfoneiro Fábio Carneirinho e o forrozeiro Waldonys completarão a programação na cidade alta. 

A programação da Mostra Sesc Cariri Cultural é inteiramente gratuita e aberta ao público.

Sanfoneiro Fábio Carneirinho. (Foto: Reprodução/Facebook).



Ex-ministra Nilma Lino lançará livro que conta história do negro brasileiro



A ex-ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino, lança às 9:00 do próximo dia 05/11/17, domingo, o livro *“O Movimento Negro Educador’*. A obra discute a presença do movimento negro como importante ator social e político que tem educado e reeducado a sociedade brasileira sobre os direitos da população negra e pressionado o Estado a implementar políticas antirracistas.

O livro é resultado da trajetória acadêmica e política da professora Nilma e apresenta parte das reflexões do seu pós doutorado realizado com o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, em Coimbra.

O evento será realizado na rua Monsenhor Nogueira, 70, bairro Chácara, no Centro de Betim. *A entrada é de graça e quem participar vai receber certificado*. Além de escritora, Nilma Lino é também doutora em Antropologia e ex-reitora da Universidade Federal Unilab-CE .

Durante o encontro a ex-ministra irá fazer uma palestra sobre a atual conjuntura do movimento negro brasileiro. Hoje, a luta contra a discriminação racial e social exige ações rápidas e programas emergenciais que possam contribuir para mudanças e conscientização da sociedade como um todo.

Entre os participantes, representantes da(o): - Cor Brazil (Associação Cultural Afro Brasileira Betim Cor Brazil Zumbi dos Palmares); Arca (Associação de Reintegração da Criança e Adolescente); Centro Cultural Dona Antônia; Educafro Minas. (Por Jésus Lima, em seu Facebook).


Movimento negro repudia declarações da ministra Luislinda Valois


Entidades representantes do movimento negro no país divulgaram nota hoje (3) em repúdio a declarações da ministra dos Direitos Humanos do governo Michel Temer, Luislinda Valois. Ontem, em entrevista à Rádio Gaúcha, a ministra defendeu o direito de receber R$ 61,4 mil por mês, somando dois vencimentos, como desembargadora aposentada e como ministra.

A ministra chegou a dizer que com o salário de R$ 31 mil por mês “é difícil se vestir, se alimentar, calçar e ir ao salão de beleza”. Afirmou também que trabalhar em Brasília sem uma remuneração à altura seria como trabalho escravo. Depois da entrevista, já diante de repercussões negativas, a ministra desistiu do pedido de acumular os vencimentos.

Entendemos que reivindicar privilégios e participar de um governo que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial, além de silenciar frente ao racismo religioso e as demais violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país, é um contra-senso”, afirma a nota do movimento negro.

Confira a nota de repúdio às declarações da ministra

As entidades do movimento negro brasileiro repudiam as declarações da ministra Luislinda Valois, que assim como fez o ministro do STF Gilmar Mendes, ao fazer referência a tragédia da escravidão que submeteu milhares de negros a uma condição perversa e desumana – um crime contra a humanidade, declarado pela ONU – apropriou-se de forma oportuna desse fato histórico trágico para obter benefícios próprios relativos ao seu salário.

Não obstante não nos furtamos em observar que esse ano o Juiz Sérgio Moro percebeu o salário superior ao teto constitucional durante vários meses e a justificativa para tal descalabro são as generosas cestas de auxílios e adicionais eventuais comumente utilizados no expediente do sistema de justiça para burlar o teto constitucional e assim beneficiar milhares de juízes Brasil afora. O que também representa uma violência para a sociedade brasileira como um todo.

Voltando a Ministra Luislinda, entendemos que reivindicar privilégios e participar de um governo que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial, além de silenciar frente ao racismo religioso e as demais violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país é um contra-senso.

A ministra é voz de um governo de privilégios e privilegiados que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial. Além de silenciar-se frente ao racismo religioso e às violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país.

Além de afrontar a dignidade da população negra, a posição da ministra é um atestado cabal da falta de compromisso com o combate ao racismo e com verdadeira cidadania de negros e negras. Não resta dúvida que estamos vivendo um momento em que a violência contra as mulheres, negros, grupos LGBT, quilombolas e índios está se naturalizando e a posição equivocada da ministra é um retrato desses ataques.

A nomeação dessa senhora é reveladora do desapreço que o governo Temer tem pela comunidade negra e o gravíssimo problema do racismo no Brasil.

Também é sintomático o fato de o Presidente Temer olhar para o Brasil e não conseguir enxergar os milhares de homens e mulheres negras com altíssimo nível de comprometimento político com os anseios e demandas da população negra para ocupar qualquer cargo na Esplanada dos Ministérios, ou estaria ele ciente de que a maioria de nós jamais compactuaria com um governo ilegítimo que se instituiu através de opressões, desmandos e violências?

A ministra não representa o povo negro, não representa as mulheres negras e nem aqueles que lutam pelo fim do racismo.

Estamos por nossa própria conta! O povo negro não vai se calar frente ao racismo!

#ForaTemer

Assina:

Convergência Negra - Articulação Nacional do Movimento Negro Brasileiro.

Subscrevem:

Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN
Agentes de Pastoral Negros - APNs
Círculo Palmarino
Coletivo de Entidades Negras - CEN
Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN
Quilombação
Rádio Exu - Comunicação Comunitária de Matriz Africana
Movimento Negro Unificado - MNU
Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana - REATA
UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade
Enegrecer - Coletivo Nacional de Juventude Negra
Movimento Consciência Negra de Butia - RS
Setorial de Combate ao Racismo da CUT
Soweto

Com informações da RBA

A ministra disse que com o salário de R$ 31 mil por mês é difícil se vestir, se alimentar, calçar e ir ao salão de beleza.
(Foto: Arquivo/PSDB).