Enem 2016: Questões de História. Gabaritos e Comentários



A prova de História do Enem de 2016 seguiu os parâmetros de anos anteriores, com enfoque essencialmente social e cultural abrangendo questões sobre o índio, o escravo e a mulher. Deu maior destaque à História do Brasil privilegiando o período da República. Referente ao período colonial, teve uma questão clássica: a Conjuração Baiana. Em relação à História Geral, a prova concentrou-se na contemporaneidade com questões sobre o apartheid na África do Sul, a Revolução Islâmica e a Operação Condor na América Latina. Surpreendeu com uma questão específica sobre Roma Antiga, e nada sobre Idade Média, Moderna nem  temas referentes aos séculos XVIII e XIX.

Selecionamos da prova do Enem as 16 questões referentes à História. Veja, ao final, as respostas e comentários.

QUESTÃO 01

Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento? 

POLÍBIO. História. Brasilia: Editora UnB, 1985.

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a

a) Ampliação do contingente de camponeses livres.
b) Consolidação do poder das falanges hoplitas.
c) Concretização do desígnio imperialista.
d) Adoção do monoteísmo cristão.
e) Libertação do domínio etrusco.

QUESTÃO 02



A memória recuperada pela autora apresenta relação entre

a) Conflito trabalhista e engajamento sindical.
b) Organização familiar e proteção à infância
c) Centralização econômica e pregação religiosa
d) Estrutura educacional e desigualdade de renda.
e) Transformação política e modificação de costumes.

QUESTÃO 03


A página do periódico do início do século XIX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é revelador do papel do Brasil na economia mundial, indicado no seguinte aspecto:

a) Prestador de serviços gerais.
b) Exportador de bens industriais.
c) Importador de padrões estéticos.
d) Fornecedor de produtos agrícolas.
e) Formador de padrões de consumo.

QUESTÃO 04
TEXTO I

TEXTO II

Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os ensinamentos eu julgava corretos e que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam outras crenças de suas terras de origem, muito diferentes das que preconizava a fé católica.
OLIVEIRA, A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 20, maio 2007 (adaptado).

Posteriormente ressignificados no interior de certas irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde o século XVII relacionados a um esforço da Igreja Católica para

a) Reduzir o poder das confrarias.
b) Cristianizar a população afro-brasileira.
c) Espoliar recursos materiais dos cativos.
d) Recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
e) Atender a demanda popular por padroeiros locais.

 QUESTÃO 05

Em 1935, o governo brasileiro começou a negar vistos a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma circular secreta proibiu a concessão de vistos a “pessoas de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, o que causou uma queda de 75% da imigração judaica ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no país durante a guerra e as ameaças de deportação em massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição de alguns indivíduos por sua militância política. 

GRIMBERG, K. Nova língua interior: 500 anos de história dos judeus no Brasil. In: IBGE. 

Uma razão para a adoção da política de imigração mencionada no texto foi o (a):

a) Receio do controle sionista sobre a economia nacional.
b) Reserva de postos de trabalho para a mão de obra local.
c) Oposição do clero católico à expansão de novas religiões.
d) Apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes árabes.
e) Simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão.

QUESTÃO 06

O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.

CARVALHO, J.M. Pontos e bordados: escritos da história política. Belo Horizonte: Ed UFMG, 1996 (adaptado).

No contexto da Primeira República, as relações políticas descritas baseavam-se na

a) Coação das milícias locais.
b) Estagnação da dinâmica urbana.
c) Valorização do proselitismo partidário
d) Disseminação de práticas clientelísticas.
e) Centralização de decisões administrativas.

QUESTÃO 07



O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África do Sul fundamentava-se em ações estatais de segregacionismo racial. Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)

a) Concentração fundiária, impedindo os negros de tomar posse legítima do uso da terra.
b) Boicote econômico, proibindo os negros de consumir produtos ingleses sem resistência armada.
c) Sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos negros nas cerimônias oficiais do Estado.
d) Controle sobre a movimentação, desautorizando os negros a transitar em determinadas áreas da cidade.
e) Exclusão do mercado de trabalho, negando à população negra o acesso aos bens de consumo. 

QUESTÃO 08

A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora atestada por viajantes e por missionários portugueses que visitam a costa a partir do século XV, consta também na ampla documentação sobre a região. A literatura é rica em referências às grandes mulheres como vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão típico da região. 

HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agencia feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA, S. (org.). Identidades, memórias e histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.

A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África Ocidental pode ser relacionada a uma característica marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se observa pela

a) Restrição à realização do comércio ambulante por africanos escravizados e seus descendentes.
b) Convivência entre homens e mulheres livres, de diversas origens, no pequeno comércio.
c) Presença de mulheres negras no comércio de rua de diversos produtos e alimentos.
d) Dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente de origem dos escravizados.
e) Entrada de imigrantes portugueses nas atividades ligadas ao pequeno comércio urbano.

QUESTÃO 09

O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação política na América Portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.

JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, c. g. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de
a) Eliminar a hierarquia militar.
b) Abolir a escravidão africana.
c) Anular o domínio metropolitano
d) Suprimir a propriedade fundiária. e) Extinguir o absolutismo monárquico.

QUESTÃO 10

No anúncio, há referências a algumas das transformações ocorridas no Brasil nos anos 1950 e 1960. No entanto, tais referências omitem transformações que impactaram segmentos da população, como a

a) Exaltação da tradição colonial.
b) Redução da influência estrangeira
c) Ampliação da imigração internacional
d) Intensificação da desigualdade regional
e) Desconcentração da produção industrial.

QUESTÃO 11
TEXTO I


 TEXTO II

A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas formas de conceber a condição do patrimônio cultural nacional, também permite que diferentes grupos sociais, utilizando as leis do Estado e o apoio de especialistas, revejam as imagens e alegorias de seu passado, do que querem guardar e definir como próprio e identitário.

ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (org.). Cultura política e leitura do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

O texto chama a atenção para a importância da proteção de bens que, como aquele apresentado na imagem, se identificam como:
a) Artefatos sagrados.
b) Heranças materiais.
c) Objetos arqueológicos.
d) Peças comercializáveis.
e) Conhecimentos tradicionais.

QUESTÃO 12

A Operação Condor está diretamente vinculada às experiências históricas das ditaduras civil-militares que se disseminaram pelo Cone Sul entre as décadas de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina (novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditaduras civil-militares (em menor ou maior medida) com base na Doutrina de Segurança Nacional e tendo como principais características um anticomunismo militante, a identificação do inimigo interno, a imposição do papel político das Forças Armadas e a definição de fronteiras ideológicas.

PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): hsitória e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 (adaptado).

Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como objetivo de coordenar a

a) Modificação de limites territoriais.
b) Sobrevivência de oficiais exilados.
c) Interferência de potências mundiais.
d) Repressão de ativistas oposicionistas.
e) Implantação de governos nacionalistas.

QUESTÃO 13

A regulação das relações de trabalho compõe uma estrutura complexa, em que cada elemento se ajusta aos demais. A Justiça do Trabalho é apenas uma das peças dessa vasta engrenagem. A presença de representantes classistas na composição dos órgãos da Justiça do Trabaho [e também resultante da montagem dessa regulação. O poder normativo também reflete essa característica. Instituída pela Constituição de 1934, a Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente político do Estado Novo instaurado em 1937.

ROMITA, A. S. Justiça do Trabalho: produto do Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
A criação da referida instituição estatal na conjuntura histórica abordada teve por objetivo:

a) Legitimar os protestos fabris.
b) Ordenar os conflitos laborais.
c) Oficializar os sindicatos plurais.
d) Assegurar os princípios liberais.
e) Unificar os salários profissionais.

QUESTÃO 14
TEXTO I

Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis” ou “gente Brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.

SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA., C. G. (org.) Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II

Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.

SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.

Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da

a) Concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.
b) Perpetuação corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.
c) Compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.
d) Transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval
e) Visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.

QUESTÃO 15
TEXTO I





 TEXTO II

Metade da nova equipe da Nasa é composta por mulheres 

Até hoje, cerca de 350 astronautas americanos já estiveram no espaço, enquanto as mulheres não chegam a ser um terço desse número. Após o anúncio da turma composta 50% por mulheres, alguns internautas escreveram comentários machistas e desrespeitosos sobre a escolha nas redes sociais.

Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em 10 mar 2016.

A comparação entre o anúncio publicitário de 1968 e a repercussão da notícia de 2016 mostra

a) Elitização da carreira científica
b) Qualificação da atividade doméstica.
c) Ambição de indústrias patrocinadoras.
d) Manutenção de estereótipos de gênero.
e) Equiparação de papéis nas relações familiares. 

QUESTÃO 16

Batizado por Tancredo Neves de “Nova República”, o período que marca o reencontro do Brasil com os governos civis e a democracia ainda não completou seu quinto ano e já viveu dias de grande comoção. Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu pela euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões da inflação e das ameaças da hiperinflação e desembocou na movimentação que antecede as primeiras eleições diretas para presidente em 29 anos.

O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov.1989.

O período descrito apresenta continuidades e rupturas em relação à conjuntura história anterior. Uma dessas continuidades consistiu na

a) Representação do legislativo como a fórmula do bipartidarismo.
b) Detenção de lideranças populares por crimes de subversão.
c) Presença de políticos com trajetórias no regime autoritário.
d) Prorrogação das restrições advindas dos atos institucionais.
e) Estabilidade da economia com o congelamento anual de preços.

RESPOSTAS

1= C > Políbio destaca a compreensão que os próprios romanos tinham do papel imperialista de Roma que, na época em que o texto foi escrito, estava em plena expansão com a conquista de Cartago.
2= E > “Persépolis” trata da Revolução Islâmica, de 1979, que depôs o Xá Reza Pahlevi e instituiu um Estado teocrático que impôs costumes islâmicos conservadores à sociedade iraniana.
3= D > “O café do Brasil em Paris”, título da matéria da revista, ressalta o aspecto agrário-exportador da economia brasileira naquele período reforçando o caráter do Brasil como fornecedor de produtos agrícolas.
4= B >O uso da imagem de São Benedito, um santo negro, entre outros ícones, era uma maneira da Igreja Católica cristianizar as populações afro-brasileiras e conquistar mais fiéis.
5 = E >Durante o Estado Novo, parte do funcionalismo público simpatizava com o governo totalitário da Alemanha nazista compactuando com a política antissemítica do nazismo.
6= D >O coronelismo baseou-se nas práticas clientelistas de troca de favores e no controle do eleitorado local por meio do voto de cabresto.
 7 = D > A “lei do passe” tinha como objetivo impedir que pessoas negras transitassem por certas regiões urbanas. Sob o regime do apartheid os negros sul-africanos não eram considerados cidadãos e, entre outras coisas, estavam proibidos de possuir terras em 87% do território nacional.
8 = C > Entre os séculos XVIII e XIX, a expansão urbana levou à ampliação dos escravos de ganho e, entre eles, as negras de tabuleiro ou quitanteiras que vendiam seus produtos nas ruas das cidades. O dinheiro obtido era dado ao senhor podendo a escrava ficar com uma pequena parcela. Muitas negras libertas sobreviviam praticando, também, o comércio ambulante.
9 = B > A Conjuração Baiana ou dos Alfaiates (1798) foi um movimento emancipacionista como a Mineira (1789) diferenciando-se, contudo, por reivindicar a abolição da escravidão africana.
10 = D > O texto do anúncio “Novo toque de elegância na moderna paisagem brasileira” faz referência aos dois ícones daqueles anos – o carro e Brasília, a nova capital – que remetem à política desenvolvimentista que favoreceu as regiões Sul e Sudeste. O crescimento industrial não afetou o resto do país que continuava mergulhado na miséria e no atraso, contradição que  aprofundou as desigualdades sociais e regionais.
11 = E > A proteção do patrimônio cultural nacional inclui também técnicas e saberes tradicionais como a confecção de um instrumento musical como mostra a imagem.
12 = D > A Operação Condor foi uma aliança político-militar entre vários regimes militares da América do Sul com a CIA dos Estados Unidos com o objetivo de coordenar a repressão aos opositores e eliminar líderes de esquerda, principalmente de alinhamento comunista.
13 = B > A instituição da Justiça do Trabalho tinha como objetivo julgar causas conflituosas entre empregados e patrões.
14 = C > Os dois textos destacam o olhar eurocêntrico e estereotipado do europeu em relação aos nativos americanos.
15= D > Os textos sustentam a visão estereotipada da mulher, associada ao trabalho doméstico, de modo que sua atuação fora dele gera opiniões agressivas e preconceituosas.
16= C > A Nova República foi fundada sob uma transição conservadora, sendo a eleição de Tancredo Neves alcançada em consequência da aliança entre o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Frente Liberal composta por civis muitos dos quais apoiavam o regime militar como foi o caso de José Sarney, vice de Tancredo.











“A minha posição é em defesa do teto, nem que a Câmara não possa pagar”, diz vereador Adeilton em Altaneira


Na última sexta-feira, 04 de novembro, a Câmara Municipal de Altaneira reascendeu a discussão acerca do aumento de mais de 44% nos subsídios dos Agentes Políticos de Altaneira.

Os edis vinham sendo acusados de omissão por não terem se manifestado acerca do movimento puxado pela Fundação ARCA que considerou o reajuste abusivo, chegando inclusive a reunir professores, universitários, demais servidores públicos e simpatizantes vindo a propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para que a comunidade decida sobre a redução para 11.6% - valor dado ao salário mínimo.

Todos os parlamentares que se posicionaram reforçaram críticas aos líderes da Fundação ARCA, uns mais e outros menos incisivos. Para além das críticas já mencionadas neste blog, a fala do vereador professor Adeilton com mandato pelo PSD e que no último dia 02 de outubro consegui ser reconduzido para mais um mandato (embora haja possibilidade de que não assuma visto pedido de impugnação de sua candidatura em análise no corte máxima) chamou a atenção.

Em um momento de crise econômica em que o país através do (des)governo Temer está propondo cortes nos investimentos públicos, onde a Pec 241 – agora 55 no senado é a expressão máxima desse desmantelo financeiro, o vereador caminha no sentido de reforçar o que todos nós já sabemos. A crise só existe para os mais pobres. Ela só atinge os mais pobres. A nível nacional, tão logo a Câmara Federal aprovou em segundo turno a Pec da Morte, votou imediatamente aumento nos salários da polícia militar. Antes já havia votado o aumento dos membros do STF.

Vereador Adeilton (PSD) em discurso
na Câmara. Foto: vereadora Zuleide.
Na sua fala na tarde de sexta-feira, Adeilton falou em alto e bom som que está aberto ao diálogo, mas frisou “a minha posição é em defesa do teto, nem que a Câmara não possa pagar”. Como assim? E o diálogo? Como estou aberto ao diálogo se já tenho opinião formada? Como vou dialogar se não abro mão da minha defesa? A frase do vereador é que como se desse um tapa na cara do povo. Vamos sugar o máximo do povo, nem que eles não aguentem.

O povo já será massacrado ao extremo com a Pec, pois resultará em menos hospitais e menos medicamentos, menos escolas e menos investimentos em programas educacionais, menos ações na assistência social, na agricultura familiar, menos projetos para a cultura, menos, menos, menos..... Menos tudo para o povo. Quando o vereador diz “nem que a Câmara não possa pagar” na verdade é “nem que o povo não posso pagar”, o mesmo povo que o elegeu.

A mesma postura tomou Genival Ponciano (PTB) ao afirmar que votou pela aprovação do reajuste e que mesmo que o projeto de iniciativa popular chegue à Câmara não mudará de posição, pois, segundo ele, não será covarde. A covardia com os colegas vereadores não pode ser feita, mas com o povo que é que arcará com essa despesa.........

Já o vereador Deza Soares arguiu que aceita reduzir, mas dentro daquele valor que estipulou quando propôs emendas no Projeto e que foi rejeitada – em até 30%.


Fernando Holiday: um negro que exerce o papel de capitão do mato



A figura do capitão do mato surgiu na sociedade brasileira por volta de 1694, após a destruição do Quilombo dos Palmares, com o intuito de impedir a fuga de escravos e resgatar escravos fugidos. E ganhavam bem para isso. O pagamento poderia ser em dinheiro ou até mesmo algum pedaço de terra. Os senhores de engenho e outras autoridades da corte portuguesa, estavam preocupados com o número cada vez mais crescente de seres humanos escravizados querendo se libertar e resolveram criar uma espécie de política de segurança pública da época. Tanto é que não seria nenhuma bobagem afirmar que a figura do capitão do mato deu origem a policia militar, também criada ainda no período do Império, em 1809.

Por NÊGGO TOM, no Brasil 247

O capitão do mato, em sua maioria, eram escravos libertos, o que lhes dava uma falsa impressão de melhor posicionamento social e superioridade pessoal sobre os demais. Claro que a escolha de escravos libertos para policiar escravos não libertos foi proposital. É claro, também, que esses escravos "promovidos" a capitães do mato fizeram por merecer tal recompensa. Entregar a cabeça de seus pares, por exemplo. Pura meritocracia. Trazendo para os dias de hoje, é como aquele seu colega de trabalho que puxa o saco do chefe e cagueta a turma toda para subir na empresa. Digamos ainda que para chegar a capitão do mato, o indivíduo tinha que ter um perfil evolutivo.

O neo liberalismo vive tentando produzir remakes dessa personagem de nossa história. Pelé, mesmo não oficialmente, foi empossado no cargo e como se comporta bem do jeitinho que a casa grande gosta, nunca perderá sua Majestade. Tanto que ganhou o título de rei. O ministro Joaquim Barbosa foi "sondado" para ocupar essa função, mas graças a Deus e a sua inteligência acima da média, percebeu que estava sendo usado e declinou a tempo do convite. Tudo parecia ir bem, mas quando ele declarou apoiar a política de cotas, reconheceu resultados nas políticas afirmativas criadas pelo governo do PT e se posicionou publicamente contra o impeachment de Dilma, a decepção foi geral no reino de Dom João. Esse não serve mais! Precisamos de alguém com menos personalidade, com mais necessidade de ascensão, sem muita estima as suas origens e sem nenhum sentimento pelo sofrimento de seus antepassados.

Assim nasce Fernando Holiday. O capitão do mato do neo liberalismo. A escolha do rótulo do produto é sensacional. Negro, pobre e gay. Um legítimo representante das minorias exaltado pela direita conservadora, sempre acusada de preconceito e de elitismo. Como somos injustos com eles. Só que não! Não precisa raciocinar muito para perceber o que o jovem, coordenador nacional do movimento Brasil livre, tem por missão.Enquanto acusa a esquerda de promover uma divisão na sociedade, promovendo uma guerra entre classes, raças e gêneros, a direita promove a divisão entre os próprios membros das classes, das raças e dos gêneros. E eles são bons nisso.

Fernando Holiday publica vídeos cheios de atitude na internet, grita, sapateia, esperneia, põe o dedo em riste para a câmera. Seu discurso tem uma estrutura tucana, verbetes bolsonaristas e muitos malafaiagismos. Já rasgou o hino à negritude em plena tribuna da câmara dos deputados, já tentou desmoralizar Eduardo Suplicy, já se declarou contrário às cotas raciais, já disse que Zumbi era um assassino e que preto gosta de se fazer de vítima. Só faltou dizer que é branco. Talvez ele até acredite que seja, pelo fato de ser o capitão do mato do momento, movido pela vaidade e financiado por algum senhor de engenho preocupado com a perda de seus escravos e empenhado em captura-los ou recuperar alguns, através da lei da oferta e da procura.

Quando Holiday diz que os negros não precisam de favores ou de cotas e devem conquistar os seus objetivos apenas por mérito, ele não está querendo dizer que você pode e basta lutar. Na verdade ele apenas reproduz o discurso dos racistas, que de maneira inteligente, usam um negro para conter os outros descontentes, fazendo-os crer que toda luta por igualdade e respeito não passa de uma bobagem, afinal, somos todos iguais, as oportunidades são iguais e racismo é coisa da cabeça de gente complexada e incapaz. Ao mesmo tempo em que é "vendido" como o preto exemplar ou negro de alma branca, Fernando Holiday se submete ao que há de mais deprimente para a honra de um homem.

A sua eleição para a câmara dos vereadores de São Paulo, foi um prêmio à sua fidelidade canina a agenda golpista e uma tapa na cara dos movimentos esquerdistas. Uma forma de a direita conservadora dizer, falsamente, vinde a mim todos os pretos, pobres e outras minorias, e eu vos elegerei. Não temos nada contra vocês! Desde que estejam ao nosso lado. Desde que adotem o nosso discurso. Jesus Cristo também fora tentado de forma semelhante quando o diabo o levou ao topo de uma montanha e de lá, apresentando as belezas do seu reino, o propôs abandonar os seus e a sua missão, em troca de toda a riqueza e status que ele poderia lhe oferecer. Vai ficar nessa de lutar pelos pobres, pelas minorias e de ficar pregando justiça e igualdade social? Os ricos vão te odiar e os poderosos vão pedir a sua cabeça. Sai dessa! Eu tenho coisa melhor pra você. Como Jesus não era golpista e muito menos se esquecia de suas origens, seguiu em frente. Sai diabo!

A direita sempre contra ataca, e na maioria das vezes, o intuito é retroceder. Trazer o país que eles acham que é só deles, de volta. Quando os mais pobres começam a ter acesso à educação superior, eles cortam os investimentos. Quando as mulheres conquistam independência, eles dizem que elas devem ser belas, recatadas e do lar. Quando os negros e pobres decidem lutar por igualdade e respeito, sem hipocrisia e falsa meritocracia, eles apresentam Fernando Holiday. Essa postagem em sua página do Facebook, talvez diga alguma coisa:

"Como Vereador, lutarei para:

- Combater o vitimismo:

Todos, independente de cor de pele, podem alcançar o sucesso sem precisar de migalhas do Estado para isso.

- Acabar com as cotas raciais em concursos públicos municipais:

Chega de segregacionismo institucionalizado. Todos somos iguais!

- A revogação do dia da consciência negra em São Paulo:

É um absurdo que exista uma data como esta, e que acima de tudo, homenageie um homem assassino escravagista."

É a personificação do padrão meritocrata dos golpistas. Ou seja, só está lá porque pensa como eles, age como eles, se sente como eles e gostaria de ter nascido como eles. Mas sabe que nunca será de fato, como eles. Será sempre visto como um agregado social, que deve favores aos seus senhores e mentores. Exagero? Ele que ouse a contrariá-los.

Até lá, ele seguirá como paradigma da elite para ilustrar como deve ser e se comportar, os pobres e os negros desse país, para serem bem aceitos pela casa grande. Ele é realmente um fenômeno. É negro e não sofre racismo. É pobre e é bem vindo à alta roda. É gay e agrada aos radicais conservadores da direita. Já prevejo um globo repórter especial com a tradicional chamada de Sergio Chapelin dizendo: quem é, onde vive, do que se alimenta e qual é o segredo de Fernando Holiday? Que não é feijão, mas se tornou o preto mais querido de alguns brasileiros.

Dez entre dez golpistas o preferem. Feijão, quer dizer, Fernando Holiday, tem gosto de festa, é melhor e mal não faz aos interesses dos senhores de engenho da nova era. E ainda combate o vitimismo. Oi?

Que não sirva de exemplo a resistência.

"Libertei mil escravos. Podia ter libertado mais mil, se eles soubessem que eram escravos." Harriet Tubman.

Fernando Holiday exerce o papel de capitão do mato. Foto: Divulgação.



Altaneira: Vereadores Deza Soares e Genival Ponciano se posicionam sobre Pec que limita investimentos públicos por 20 anos



A Câmara Municipal de Altaneira foi palco na tarde desta sexta-feira (04/11) de discursos contraditórios entre os parlamentares Deza Soares (SD) e Genival Ponciano (PTB), membros das bancadas de sustentação a administração municipal e de oposição, respectivamente, acerca da Proposta de Emenda à Constituição que limita investimentos públicos por duas décadas, a Pec 241 na Câmara dos deputados e que em tramitação no senado recebeu a numeração 55.

Os edis utilizaram o tema livre para discursarem sobre a proposta que tem se tornado o assunto mais discutido dos últimos meses.

Segundo Deza, a Pec é uma medida que traz retrocessos, na medida que irá deteriorar todo o serviço público. A educação é para ele o setor que mais será punido, principalmente porque os programas sofrerão cortes excessivos e terão dificuldades de funcionamentos. “O corte é preciso ser feito onde há excesso e não onde é prioridade. Reduzir gastos, a começar pela educação é um mal sinal”, disse. O edil ainda criticou seus principais idealizadores e defensores, como os membros do PMDB.  “O relator da Pec é Eunício Oliveira, um grande empresário. O maior interessado, o presidente Michel Temer, também é do PMDB. A pergunta que fica é - Será se eles estão preocupados com o pais?”, indagou.

No contraponto, Genival chegou a rebater os posicionamentos de Deza e afirmou “a Pec é para garantir o futuro dos nossos filhos. Será se não fizer isso, nossos filhos terão direito?”, indagou. Ele criticou o governo petista e disse que muitas das questões que ora o Brasil passa é fruto das ações da gestão anterior, afirmando ainda que só quem sabe cos rumos do país são os que lá estão no poder.


Deza Soares (SD) à direita e Genival Ponciano (PTB).

Vereadores de Altaneira acenam para permanência de reajuste de 44,44% em seus salários e criticam representantes da ARCA


O aumento de 44,44% nos subsídios dos Agentes Políticos do município de Altaneira aprovado no último dia 23 de setembro por maioria simples e sancionado no dia 21 de outubro pela presidenta da casa, a vereadora Lélia de Oliveira (PCdoB), tem se tornado um dos assuntos mais debatidos nas últimas semanas e voltou à pauta de discussão no legislativo na tarde desta sexta-feira (04/11).

O caso ganhou corpo quando a ex-secretária de cultura do município, a professora Miriam Almeida Tolovi usou a rede social para se posicionar contra o reajuste, alegando estar supressa visto o cenário econômico do país e do próprio município que não são nada animadores. Para ela, numa realidade tão carente como a nossa é inconveniente a proposta e defendeu que, considerando a crise que assola o país, pela moralidade pública e na intenção de contribuir com desenvolvimento social, reduzindo gastos que somente oneram os cofres públicos, era necessário dialogar e repensar enquanto cidadãos na correção desse ato dos vereadores que ocorreu sem nenhuma participação da sociedade.

Seu esposo, o professor Carlos Alberto Tolovi foi na mesma linha e questionou - "a quem favorecem as leis"? Para ele, quando se coloca em um contexto maior aparecem as contradições e volta a indagar – “ Qual categoria possui o poder de decisão sobre o aumento de seu próprio salário?; Em 2016, qual foi a porcentagem de aumento do salário mínimo?; Nos últimos anos, tirando as brigas e agressões interpessoais, quais foram as leis importantes para o município que os vereadores de Altaneira elaboraram e votaram?; Quantas horas por ano um vereador trabalha em Altaneira?; Quantos vereadores Altaneira precisaria para resolver os problemas no campo do legislativo? Penso que apenas cinco”, disse. O professor e representante da ARCA foi mais incisivo e ressaltou que o que está ocorrendo em Altaneira é uma vergonha e, uma vez mais pergunta – “Será que esta atitude não está fortalecendo a ideia de que ele possa gastar na compra de voto porque recupera isso posteriormente dos cofres públicos?”.

Projeto de Lei de Inciativa Popular

No último sábado (29/11), a Fundação ARCA reuniu em sua sede professores, universitários, servidores públicos e simpatizantes da causa para apresentar alternativa para o que consideram um abuso e chegaram a propor um Projeto de Lei de Inciativa Popular visando dá nova redação a lei 668 alterando o valor dos salários já previstos para 2017. Por ele, o reajuste cairia dos já válido 44,4% para 11,6% - valor equivalente ao dado pelo governo federal ao que ganham um salário mínimo. Um abaixo assinado foi elaborado e o processo de colhimento de assinaturas de 5% do eleitorado já está em andamento.

Vereadores(as)

Acusados de omissão no debate, os edis usaram seu tempo livre para dentre outros assuntos, arguir sobre a proposta.

O primeiro a falar sobre foi o vereador Deza Soares com assento pelo SD. “Inicialmente e no processo de discussão fui contra, apresentei emenda e votei contra a matéria”, afirmou. Deza reforça que a matéria não é inconstitucional, pois seguiu todos os procedimentos legais. O parlamentar chegou a defender também que a proposta aprovada não é imoral, visto que foi fundamentada nos índices da inflação. “Porém”, argumentou ele, “se for do interesse do parlamento em reduzir, sou a favor, mas dentro dos limites da posição que já tinha defendido na emenda, ou seja, até 30%.”. O edil aproveitou para alfinetar os postulantes do Projeto de Lei de Inciativa Popular. “O que me surpreende é que a matéria teve tanto tempo e só agora veio a tona. Porque não foi questionado durante o processo de discussão? Ela poderia ter acontecido uma semana depois, mas porque só depois das eleições?”, questionou. O mesmo também criticou a postura da presidenta da casa por não ter sido transparente durante a discussão do texto, já que naquele não houve transmissão da sessão pela câmara.

Na mesma linha, Antonio Leite (PDT) questionou a autoria da proposta, a professora Mirian Tolovi. “Porque ela não se posicionou quando era secretária?” e chamou a atitude de “sensacionalista” que, segundo ele parte de pessoas que estão fora da mídia, querendo se promover. Ele também criticou a postura dos candidatos que não lograram êxito e que agora são a favor do reajuste. “Os candidatos que não se elegeram, porque não se posicionaram antes?”, concluiu.

Enquanto seu companheiro de bancada criticou a ex-secretária, Flávio Araújo (SD) não poupou alfinetadas ao professor e líder da ARCA Carlos Tolovi. Ele cita que já foi fá e colaborador da entidade, mas que se afastou por causa do professor que, segundo ele é “individualistas, prega parceria, mas não pratica”. E vai além. Diz que o prédio da Furtado Leite, sede da ARCA, diz quem é Tolovi. Deteriorado. O parlamentar afirma também que o deputado federal Genecias Noronha (SD) bancou a ARCA por mais de dois anos e nunca foi divulgado.

Os parlamentares da base de oposição ao prefeito também se posicionaram. O professor Adeilton (PP) frisou que desde 2008 os vereadores estão sem receber reajuste. “Nada mais justo do que agora colocar o salário no teto”, disse. Ressaltou que está aberto ao diálogo, “mas a minha posição é em defesa do teto, nem que a Câmara não possa pagar”, conclui.

Já Zuleide Oliveira (PSDB) arguiu que o Projeto de Inciativa Popular não era nem para ser tocado na casa, pois não é lei. Para ela, somente quando passar pelo crivo do Comissão Permanente, receber a admissibilidade e passar a tramitar no plenário é que irá se posicionar.

A presidenta da casa e a vereadora Alice Gonçalves (PRP) não estiveram presente na sessão em virtude de um encontro da União de Vereadores. Os trabalhos foram conduzidos pelo vice Genival Ponciano (PTB).


Painel montado através de imagens compartilhadas pela vereadora Zuleide Oliveira no facebook.

Estudantes da UFC aprovam greve e definem ocupação contra Pec do congelamento de investimentos públicos


Os estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) decidiram, na noite desta quinta-feira, 3, entrar em greve contra à PEC do Teto, cortes no orçamento da educação e precarização do ensino. A assembleia ocorreu na Concha Acústica do Campus Benfica, onde eles votaram pela ocupação dos campi e centros universitários a partir desta sexta-feira, 3. Um protesto começou no cruzamento da avenida da Universidade com 13 de Maio.

Publicado originalmente no O Povo

O ato seguiu em direção à avenida da Universidade até o Restaurante Universitário e o prédio da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará (Feaac).

O Departamento de Geografia foi o primeiro da UFC a entrar na mobilização nacional de estudantes contra a PEC do Teto. O local está ocupado desde a noite dessa terça-feira, 1º.

As lideranças do movimento estudantil da universidade consideram que o projeto de lei 55 (antes 241) representa ''retrocessos''. Uma nova assembleia será realizada no próximo dia 10 de novembro para definir os passos seguintes da paralisação e a possibilidade de ocupação da Reitoria.

Estudantes votaram greve na Concha Acústica. Foto: Mateus Dantas/O Povo.