Unesco abre edital para estimular a diversidade cultural



Está aberto até 15 de abril o Edital 2015 para a seleção de programas e projetos a serem beneficiados pelo Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (FIDC). O principal objetivo do Fundo é apoiar ações que facilitem a elaboração e a implementação de políticas e estratégias de acesso à Cultura, bem como o fortalecimento de infraestruturas institucionais. As inscrições podem ser feitas (apenas em inglês ou francês) no portal da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Poderão participar da seleção projetos apresentados por instituições públicas e por organizações não governamentais (ONGs) da área da cultura. Cada país poderá apresentar à Unesco até dois projetos governamentais e dois projetos de ONGs. Assim, os projetos passarão, inicialmente, por um processo de pré-seleção nacional.

No Brasil, o trabalho será feito por uma comissão integrada por representantes do Ministério da Cultura (MinC), da Comissão Nacional do Brasil para a Unesco (a cargo do Ministério das Relações Exteriores) e do Escritório da Unesco no país. O montante máximo dos pedidos de financiamento é de US$ 100 mil. Na Unesco, os projetos serão avaliados por um painel de seis especialistas nomeados pelo Comitê Intergovernamental da Convenção.

Desde 2010, o Fundo contemplou 78 projetos de 48 países em desenvolvimento, com investimento total de cerca de US$ 5,3 milhões. Os projetos cobrem um amplo leque de atividades, que vão desde o desenvolvimento e a implementação de políticas culturais até o fortalecimento das capacidades dos empreendedores culturais e o mapeamento e criação de novos modelos econômicos para as indústrias culturais.

O Brasil já teve dois projetos financiados, mas como o FIDC tem recebido poucas contribuições, vem reduzindo a cada ano a quantidade de projetos contemplados. Em 2015, os recursos disponíveis são suficientes para financiar sete projetos, a maioria de países africanos, que foram selecionados pelo edital de 2014.

Filme “Nem Caroço Nem Casca – Uma História de Quilombolas”




Nem Caroço Nem Casca – Uma História de Quilombolas” é um filme que conduz o espectador para uma viagem ao interior do Brasil. O centro de Viana, uma cidade do estado do Maranhão, se configura como o ponto de partida do cenário, tendo como destino seis quilombos ligados por uma única estrada.

Os Quilombos foram e são comunidades formadas por seres humanos impostos ao regime de escravidão que conseguiam fugir dos feitores e senhores de engenho. Nessas comuniades que tinha como base o coletivismo, eles criavam suas casas e suas famílias às escondidas, enquanto lutavam pela resistência de sua cultura, buscando lutar incansavelmente pela liberdade. Esses quilombos existem até hoje, e seus residentes – os quilombolas – permanecem na luta por seus direitos e sobrevivência.

Nem Caroço Nem Casca foi escolhido o melhor filme nacional e melhor documentário, prêmio concedido pelo Vale de Cinema Troféu ABD

Confira o trailer divulgado na página da Fundação Cultural Palmares e também na página que leva o nome do filme, ambas na rede social facebook.

         

Alô Rede Globo, por onde anda você minha filha?




 
A iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na última quarta-feira incomodou centenas de milhares de pessoas. O parlamentar foi o responsável pela coleta de assinaturas para a implantação da CPI do HSC-Swissleaks no Senado Federal [veja o requerimento aqui].


Em menos de 24 horas Randolfe conseguiu 31 assinaturas, mais do que o mínimo necessário para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A lista dos que assinaram tem senadores da base do governo e também da oposição [veja a lista aqui].

Senador Randolfe concede entrevista sobre a CPI do HSBC.
O Brasil é o quarto país em todo o mundo com mais envolvidos no esquema de sonegação bilionário; são 8.667 nomes. Destes, apenas algumas dezenas foram divulgados por Fernando Rodrigues, blogueiro do UOL, único a ter acesso à lista dos brasileiros sonegadores.


Randolfe concedeu entrevista coletiva para a imprensa nesta quinta-feira (26) para prestar esclarecimentos sobre a abertura da CPI, mas causou estranheza a ausência do microfone da TV Globo na sabatina. A tímida cobertura da Globo sobre o escândalo suscita suspeitas de que a emissora esteja na lista (até agora secreta) do HSBC. O banco, por muitos anos, foi patrocinador oficial do Jornal Nacional.


O senador do PSOL lamentou que “o escândalo do Suiçalão” venha sendo sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação no Brasil. Segundo Randolfe, essa seletividade denuncia o envolvimento de personagens poderosos, que podem sempre se servir da benevolência de setores da imprensa.

Entenda o caso HSBC


O caso envolvendo o HSBC veio à tona após reportagens na imprensa europeia mostrando que o banco mantinha milhares de contas secretas na Suíça para livrar os clientes de pagamento de impostos. O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de R$ 20 bilhões.