Punitivismo seletivo brasileiro bate recorde


O punitivismo seletivo brasileiro está batendo recordes. O punitivismo é a lógica daqueles que acreditam que o Direito Penal é o único capaz de garantir a paz social.

Segundo os defensores de "penas mais duras e prisões em todo o canto", tal paz apenas poderia ser atingida através do aumento em intensidade do castigo e da propagação da dor e do sofrimento.

O punitivismo é um dos vários instrumentos de opressão e dominação que as elites (econômicas e políticas) utilizam em nossa sociedade. É só observar o "público-alvo" desta lógica: negros e pobres. Até quando?



Via Movimento Direito Para Quem

Legado musical de Luiz Gonzaga é lembrado com museu em Recife


Um grande juazeiro transplantado da Caatinga acolhe os visitantes na entrada do Museu Cais do Sertão e antecipa a personalidade ali homenageada. Era também à sombra de uma dessas árvores que Luiz Gonzaga lamentava a perda do amor e cantava ai juazeiro/ela nunca mais voltou/diz, juazeiro/onde anda meu amor. O compositor e instrumentista pernambucano, morto em 1989, aos 76 anos, seria velado na cidade de Juazeiro do Norte antes de partir para a sua Exu natal. Seu legado musical é relembrado no espaço inaugurado no Recife, em mostra que permanecerá por cinco anos, quando outro artista deve tomar o local.

Adaptado a um antigo armazém portuário, ao custo de 97 milhões de reais, o Cais do Sertão é um projeto multimídia em que a tecnologia se alia a obras e instalações específicas, sob a idealização de Isa Grinspum Ferraz, uma das responsáveis pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. No caso da mostra a Gonzaga, o espaço expositivo de 2 mil metros quadrados soma objetos pessoais, como trajes e sanfonas, alguns são réplicas, seus roteiros de programas de rádio, gravações, imagens e documentos.

Em torno do mandacaru de Luis Hermano se espraia e
universo de Gonzaga.
A herança pessoal, porém, se amplia ao universo do Sertão, com maquetes, cenários que replicam residências típicas, ferramentas de trabalho e obras de técnicas artísticas tradicionais. É o caso das xilogravuras de J. Borges, um dos mestres do folclore nacional também no cordel, cerâmicas de Mestre Vitalino, fotos de Miguel Rio Branco e uma árvore de alumínio de Luis Hermano, desta vez um mandacaru.

O material audiovisual contextualiza a cultura sertaneja desde o filme do pernambucano Marcelo Gomes que dá início ao percurso. Como ele, outros realizadores locais registraram o cotidiano daquele ambiente, caso de Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Kleber Mendonça Filho e Camilo Cavalcanti. A percepção do Sul na influência de Gonzaga e seu entorno se qualifica nos filmes de Leandro Lima, com a contribuição de José Miguel Wisnik, Carlos Nader, Sérgio Rozemblit, entre outros. O Cais do Sertão ainda será ampliado em mais 5,5 mil metros quadrado com salas para exposições temporárias, auditório e restaurante. (Via Carta Maior)

Confira a música que inspirou a criação desse espaço

                        

Resultado da 1ª chamada do SISU já está disponível para consulta


O Ministério da Educação – MEC informou nesta sexta-feira, 06, que o resultado da primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada - SISU, referente à edição do segundo semestre, já pode ser acessada on-line pelos candidatos.

Alunos (as) da Escola Estadual de Ensino Médio
Santa Tereza, em Altaneira.
Os candidatos na condição de pré-selecionados devem comparecer à instituição de educação superior que fez a convocação entre os dias 9 e 13 próximos para providenciar a matrícula.

Segundo o MEC o resultado da segunda chamada será divulgado no dia 24 do corrente mês, com matrículas em 27 e 30 próximos e 1º e 2 de julho.

O ministério divulgou também que esta segunda edição do SISU teve recorde de inscritos, com o total de 1.214.259 candidatos, 54% a mais em relação à mesma edição de 2013. Cada estudante pôde fazer até duas opções de curso pelo sistema on-line. Assim, foram registradas 2.346.405 inscrições. O sistema oferece 51.412 vagas em 1.447 cursos de 67 instituições de educação superior federais e estaduais.

Por intermédio do SISU, sistema informatizado do MEC, instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste segundo semestre, puderam concorrer os candidatos que participaram do Enem de 2013 e obtiveram nota na redação que não tenha sido zero.

TREs divulgam lista de partidos sujos. PSDB lidera ranking



Os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) barraram até agora a candidatura a prefeito de 317 políticos com base na Lei da Ficha Limpa, de acordo com levantamento feito nos 26 Estados do país.

O número deve aumentar, já que em 16 tribunais ainda há casos a serem julgados. Entre esses fichas-sujas, 53 estão no Estado de SP.

Na divisão por partido, o PSDB é o que possui a maior “bancada” de barrados, com 56 candidatos –o equivalente a 3,5% dos tucanos que disputam uma prefeitura. O PMDB vem logo atrás (49). O PT aparece na oitava posição, com 18 –1% do total de seus postulantes a prefeito.

Todos os candidatos barrados pelos tribunais regionais podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A presidente do tribunal, Cármen Lúcia, já disse que não será possível julgar todos os casos antes das eleições, mas sim até o final do ano, antes da diplomação dos eleitos.

Os nomes barrados pelos TREs irão aparecer nas urnas eletrônicas, mas todos os seus votos serão considerados sub judice até uma eventual decisão no TSE.
Exemplo: se o ficha-suja tiver mais votos, mas seu recurso for rejeitado, assume o segundo colocado na eleição.

Entre os barrados, destacam-se o ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP-PE) e a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR-RJ).

Severino tenta se reeleger prefeito de João Alfredo (PE) e foi enquadrado na lei por ter renunciado ao mandato de deputado federal, em 2005, sob a acusação de ter recebido propina de um concessionário da Câmara.

Já Rosinha Garotinho, atual prefeita de Campos (RJ), teve o registro negado sob a acusação de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação durante as eleições de 2008.

A maioria dos barrados foi enquadrada no item da Lei da Ficha Limpa que torna inelegível aqueles que tiveram contas públicas rejeitadas por tribunais de contas.

De iniciativa popular, a lei foi sancionada em 2010, mas só passa a valer na eleição deste ano. A lei ampliou o número de casos em que um candidato fica inelegível –cassados, condenados criminalmente por colegiado ou que renunciaram ao cargo para evitar a cassação.

A lei anterior era permissiva demais”, disse Márlon Reis, juiz eleitoral e um dos autores da minuta da Ficha Limpa. Para André de Carvalho Ramos, procurador regional eleitoral de São Paulo, os próprios partidos vão evitar lançar fichas-sujas.

Paulo Moreira Leite: Folha e justiça informam que ‘Petralha’ é lenda

A liberdade de expressão permite que cada um fale o que quer e escreva como quiser mas às vezes a literatura deve ceder seus direitos a matemática.
Trazida ao mundo político durante o governo Lula, o termo “petralha” é uma falsificação, revela um levantamento da Folha de S. Paulo.

Ao juntar PETista com metRALHA, dos irmãos Metralha, de Disney, aquele que tinha simpatias pelo fascismo, o que se pretende é sugerir que o Partido dos Trabalhados é, como diz o procurador-geral da República, uma “organização criminosa.”
Será?

Analisando os 317 políticos brasileiros que foram impedidos de se candidatar pela lei Ficha Limpa, a Folha de S. Paulo fez uma descoberta fantástica.

Os petistas tem 18 candidatos que a Justiça impediu de candidatar-se em função daquilo que em outros tempos se chamava de folha corrida. Não é pouco, certamente.

Homens públicos devem ter uma reputação sem manchas e seria preferível que nenhum candidato – do PT ou de qualquer outro partido – tivesse uma condenação nas costas.

O problema é que os supostos petralhas são apenas o 8o. partido em condenações. Se houvesse um campeonato nacional de ficha-suja, estariam desclassificados nas quartas-de-final e voltariam para casa sob vaias da torcida, que iria até o aeroporto jogar casta de laranja no desembarque da delegação.

E se você pensa que o primeiro colocado é o PMDB, tão associado às más práticas da política, símbolo do atraso, da fisiologia e da corrupção – em especial depois que se aliou a Lula, nunca antes — enganou-se. O líder é o PSDB.

Está lá, na Folha. Os tucanos tiveram 56 candidatos rejeitados pela Lei dos Ficha Suja. Isso dá três vezes mais do que os petistas. Para falar em termos relativos: a porcentagem de ficha suja tucana entre seus candidatos é de 3,5%. Dos petistas, 1%.

Em sua entrevista em Paris, logo depois da entrevista de Roberto Jefferson onde ele denunciou o mensalão, Lula disse que o PT apenas fazia “o que os outros partidos sempre fizeram.”
Lula foi muito criticado por isso, na época. Vê-se que Lula errou, mas por outro motivo: o PT fazia menos do que os outros partidos.

O levamento mostra, por exemplo, que até o PSD de Gilberto Kassab tem mais condenados do que os petistas. O PPS, que é infinitamente menor do que o PT, tem 9 condenados. O PMDB, tem 46.

E agora?


Via Pragmatismo Político

Plano Nacional de Educação é aprovado pela Câmara


O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu na última terça-feira (3) a votação do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). Foi aprovado o parecer do relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), para o texto do Senado. A matéria será enviada à sanção presidencial.

Câmara aprova PNE. A matéria será enviada para
sanção da presidenta Dilma.
O PNE estipula novas metas para os próximos dez anos, com o objetivo de melhorar os índices educacionais brasileiros. A principal inovação da proposta em relação ao plano anterior, cuja execução acabou em 2010, é a aplicação de um mínimo de recursos públicos equivalentes a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.

O plano prevê o alcance dessa meta em duas etapas: um mínimo de 7% do PIB no quinto ano de vigência da futura lei; e 10% do PIB ao fim do período de dez anos.

Esses recursos também serão utilizados para financiar a educação infantil em creches conveniadas; a educação especial; e programas como o de acesso nacional ao ensino técnico e emprego (Pronatec), o de bolsas em faculdades privadas (Universidade para Todos – ProUni), o de financiamento estudantil (Fies) e o de bolsas para estudo no exterior (Ciência sem Fronteiras).

O texto-base do relator foi aprovado no dia 28 de maio. Nesta terça-feira, os deputados rejeitaram dois destaques apresentados ao texto. Na única votação nominal ocorrida nesta terça, o Plenário manteve no texto, por 269 votos a 118, a contagem dos recursos desses programas nos 10% do PIB que devem ser aplicados.

Para o relator, a aplicação de verbas públicas em programas em parceria com o setor privado não afeta a meta de aplicar um mínimo de 10% do PIB no setor público porque o cálculo foi feito com base no chamado Custo Aluno Qualidade (CAQ). “Esses valores são insignificantes se comparados ao que vamos investir em educação pública em dez anos”, afirmou Angelo Vanhoni.

Complementação de verbas

O Plenário rejeitou também outro destaque, do PMDB, que pretendia retirar do texto a obrigatoriedade de a União complementar recursos insuficientes de estados e municípios para cumprir o CAQ. O próprio autor do destaque, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), desistiu de defender sua proposta.

Segundo Vieira, o CAQ define que, se uma escola tiver determinados insumos, ela será uma boa escola, mas não há previsão de recursos para essa finalidade. “Ao contrário do Fundeb, qualquer estado poderá questionar juridicamente a União para que ela pague o valor projetado por esse índice [CAQ]”, afirmou. Para Gastão Vieira, esse conceito precisa ser melhor definido.

De acordo com o texto, o CAQ e o Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi), a ser usado nos dois primeiros anos, deverão traduzir um conjunto de padrões mínimos de qualidade do ensino estabelecidos na legislação educacional. A ideia é que o financiamento seja calculado com base no atendimento desses padrões.

Recursos

Em relação às principais metas relacionadas no projeto, dados da comissão especial que analisou o PNE indicam que, nos dez anos, os investimentos deverão saltar dos atuais R$ 138,7 bilhões para R$ 228,35 bilhões nas principais áreas.

Esses recursos deverão ser direcionados para a ampliação de matrículas e melhoria da qualidade do ensino em creches; pré-escolas; ensinos fundamental, médio e superior; educação especial; ensino em tempo integral; ensino de jovens e adultos; e educação profissional.


Via Câmara