Mostrando postagens com marcador crise de representatividade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crise de representatividade. Mostrar todas as postagens

Onde está a solução para os problemas do Brasil?


Muitos irão responder: na educação.

Outros na política partidária.

Outros ainda (estes em menor proporção) na força de mobilização popular. Na organização social.
Este humilde blogueiro. 

Mas, por onde passa a solução? Passa pela educação. Mas a educação dos moldes em que está não contribuirá para essa tão sonhada mudança. Primeiro, porque como diria Paulo Freire “seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica” e em segundo porque é exatamente por isso que temos uma classe tão acomodada.

Passa também pela política partidária. Mas, assim como a educação do jeito que está e os últimos acontecimentos não nos deixa mentir, não vislumbramos um cenário animador. A crise de representatividade política salto aos nossos olhos. Os que chegam como solução nem de longe é, porque já vem corrompido por sistema cruel de dominação. Outros emergem, mas sequer tem afinidades com as causas sociais. E se não tem afinidade com as causas sociais não vão desempenhar um bom papel, mas tão somente servir ao sistema.

Está nos movimentos sociais? Também. Mas naqueles comprometidos com os menos favorecidos. Com os sem-terra, com os indígenas, com os homossexuais, com os negros e negras, enfim... Com os grupos que sempre estiverem à margem do poder. Não simplesmente lutando por eles, mas com eles. Empoderando-os.

Só para enegrecer mais, é preciso que não desistamos. Ainda há solução. Na educação quando esta for capaz de desenvolver a capacidade crítica dos alunos e alunas e sair dos muros das escolas, mas antes é preciso que os professores a use (falo da criticidade). Na política, quando tivermos homens e mulheres comprometidos com as causas sociais, e não simplesmente em chegar ao poder ou permanecer nele e que o dinheiro não seja mais usado como carro chefe de campanhas. Utopia? Sim. Mas ninguém vive sem ela. Afinal, ela é necessária porque expressa a afirmação do humano como chegou a definir Karl Mannheim na obra Ideologia e Utopia "a desaparição da utopia ocasiona um estado de coisas estático em que o próprio homem se transforma em coisa. Iríamos, então, nos defrontar com o maior paradoxo imaginável, ou seja o do homem que, tendo alcançado o mais alto grau de domínio racional da existência, se vê deixado sem nenhum ideal, tornando-se um mero produto de impulsos. (...) o homem perderia, com o abandono das utopias, a vontade de plasmar a história e, com ela, a capacidade de compreendê-la”.

Ah, e antes que alguém pergunte. Eu não tenho nenhuma pretensão em disputar qualquer cargo político. Apesar de afirmar que a solução passa pelas três esferas elencadas, acredito mais na organização social e ela pode conviver harmonicamente com as outras duas.