A
manifestação de movimentos sociais em defesa da Petrobras, da reforma política,
da democracia, contra a retirada de direitos e contra o golpe acontece
pacificamente na Avenida Paulista.
“O ato é
pelo direito dos trabalhadores e defesa da Petrobras e de democracia e contra o
retrocesso. Nós esperamos que a presidenta Dilma pense uma política econômica
voltada ao desenvolvimento, para que tenhamos condições de crescer, e não só o
corta, corta, corta que vem sendo proposto”, afirmou o presidente da CUT,
Vagner Freitas.
O
discurso comedido de Vagner contrastou com o de outros oradores, que foram mais
incisivos. “Tem gente que só descobriu o
que é panela no último dia 8 [referindo-se ao panelaço de domingo]. Muita coisa
incomoda essa gente, principalmente o fato de o povo finalmente ter sido
empoderado. Pobre passou a viajar de avião, a madame tem de sentar na mesma
poltrona de avião que a doméstica senta e tem que sentir o mesmo cheiro de perfume
que ela usa”.
A
questão da educação também foi lembrada. “O
povo ocupou as universidades. Não podemos virar as costas para o Prouni e para
o Pronatec”, disse um manifestante.
A
questão do monopólio das comunicações esteve em discussão no ato. Manifestantes
mencionaram o repúdio à Rede Globo com a hashtag #GloboGolpista, que ficou
quase 48 horas como o assunto mais comentado do Twitter. “A Globo está dizendo [em sua cobertura] que aqui tem menos de 10 mil
pessoas. Vou chamar o Ali Kamel para aprender a contar”, afirmou um
sindicalista.