Em foto de arquivo, líderes cearenses do PT, PMDB e Pros, com a presidente Dilma: aliança ameaçada. |
A
recusa do senador Eunício Oliveira (PMDB) de compor o primeiro escalão do
governo Dilma Rousseff (PT) reacendeu especulações sobre como os principais
aliados da presidente pretendem se organizar para a sucessão no Ceará. As
apostas entre PT, PMDB e Pros vão desde a manutenção da aliança, com divisão em
três cargos majoritários, à divisão em três palanques.
Na
última semana, Eunício teria recusado assumir o Ministério da Integração
Nacional, vaga apontada como preferência a indicado político do governador Cid
Gomes (Pros). Se aceitasse o convite, Eunício poderia ficar inelegível em 2014
e abriria espaço para o Pros lançar candidatura própria sem ameaça à aliança
com PT e PMDB.
O
líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (Pros),
ressalta que, no jogo sucessório, “é
natural que todo mundo comece pedindo o mais alto”. A afirmação parte da situação
de que tanto o PMDB como o Pros defendem candidatura própria ao governo. Apesar
de não ser consenso no grupo, petistas também querem o Executivo estadual.
Possibilidades
“Às vezes há uma obsessão para a manutenção
das alianças no Estado que, na vida real, ela não acontece”, pontua o
deputado Antônio Carlos (PT). Para ele, tanto é legítimo Eunício ser candidato,
como Cid lançar um sucessor pelo Pros. Ele ressalta que, diante da situação, o
PT deveria refletir sobre entrar no confronto e lançar candidato próprio
também.
Apoiador
de outra vertente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães,
reafirmou ao Blog do Eliomar, ontem, a intenção de que PT, PMDB e Pros
mantenham a aliança. Para isso, por enquanto, Pros ou PMDB precisarão recuar de
disputar a vaga de Cid. A líder do PT na AL, deputada Rachel Marques, também
aposta na unidade em prol da reeleição de Dilma.
Sarto acredita que os três partidos principais podem entrar em consenso e se organizar entre as três vagas majoritárias: governador, vice-governador e senador.
Dentro
do PMDB, o vice-presidente estadual, Agenor Neto, joga o debate para junho,
prazo final das decisões. Por outro lado, o deputado estadual Daniel Oliveira
elogia a decisão de Eunício diante do Governo e, assim, manter as condições
para entrar na sucessão de Cid Gomes. “Não
houve jogada maliciosa em torno disso. Em política, tudo acontece”, disse
ele o aliado do senador.
Via
O Povo