O
Poder Legislativo do município de Altaneira esteve reunido na tarde desta
terça-feira, 01/04, em sessão ordinária e o assunto que ganhou ênfase nas
discussões foi à decisão tomada por parte dos comerciantes locais em fechar
seus estabelecimentos e solicitarem a mudança da feira que ocorre
tradicionalmente aos domingos para o sábado.
Um
dos líderes do movimento, Júnior Arrais, da loja Via Center Calçados, se
utilizou do plenário da casa para justificar os motivos que os levaram a propor
tal embate que já virou um dos temas mais discutidos das duas últimas semanas.
Júnior afirmou que o comerciante é uma profissão e como tal os que fazem parte
dela necessitam ter lazer e desfrutar de um dia de folga. Nenhum profissional
trabalha dia de domingo. Porque só o comerciante tem que trabalhar? Indagou-o.
O defensor da proposta utilizou exemplos de outras municipalidades que
resolveram implantar mudança do tipo e que tiveram êxito, com crescimento
econômico favorável, como Potengi, na região do cariri.
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Vereadores acenam favoravelmente a mudança do dia da feira municipal. Foto: Júnior Carvalho. |
Ainda
de acordo com Júnior, a possibilidade de transferir a feira do domingo para o
sábado não acarretará danos ao agricultor e aos feirantes, uma vez que já havia
conversado com algumas pessoas dessas classes e eles teriam afirmado que virão
participar caso o fato se concretize.
O
vereador Edezyo Jalled, com mandato pelo Solidariedade e líder do bloco da
maioria chegou a afirmar que já era favorável a mudança e que depois do pronunciamento
do dono da Via Center teve certeza de que era o melhor a se fazer. Toda via,
não descartou a possibilidade da realização de uma audiência pública. O
discurso favorável a ideia dos comerciantes foi partilhado ainda pelos edis
Antonio Leite (Pros), Gilson Cruz (PSL), Genival Ponciano (PTB) e Zuleide
Ferreira (PSDB).
Mais
incisivo ainda foi o líder da oposição, o vereador professor Adeilton (PP).
Para ele, os argumentos dos comerciantes são viáveis e chegou inclusive a
eliminar a chance de se ter a audiência pública, pois haveria apenas a
repetição dos pontos já elencados e apoiou a proposta do parlamentar Edezyo que
afirmou que pode entrar com um Projeto de Lei para regulamentar o caso em
debate, mas disse ser interessante ouvir os comerciantes que são contrários a
mudança.
É
importante destacar que ouvir os comerciantes que não percebem com bons olhos
essa ideia é saudável para a democracia, como lhe permite lograr mais êxito se
um dos maiores interessados também tiver a oportunidade de expressar suas
posições – o agricultor/consumidor. Afinal de contas, mudanças desse tipo não
pode ser fruto apenas de uma classe – os comerciantes, tão pouco deve ser
originária de uma legislação por parte dos vereadores ou do executivo, mas deve
ser fruto de um conjunto da obra – comerciantes, poderes legislativo e executivo
e os consumidores/comunidade. Mas é preciso muito cuidado em realizar uma ação
pública onde já se tem uma posição.
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