Diferença entre Haddad e Bolsonaro cai para 6 pontos em pesquisa CUT/Vox Populi


(Foto: Ricardo Stuckert/Jorge Hely/FramePhoto/FolhaPress).

A diferença entre o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e o candidato do PT, Fernando Haddad, está em 6 pontos percentuais. De acordo com pesquisa feita pelo instituto Vox Populi, Bolsonaro está com 53% dos votos válidos e Haddad com 47%. O levantamento foi feito na terça-feira e quarta-feira, antes, portanto, da publicação das denúncias envolvendo a prática de crime eleitoral da campanha de Bolsonaro, por meio do financiamento empresarial da distribuição em massa de fake news via listas de WhatsApp.

No voto estimulado, Haddad lidera na região Nordeste, vencendo Bolsonaro por 57% a 27%. Nas demais regiões, o presidenciável do PSL lidera, alcançando 21 pontos percentuais de vantagem sobre o adversário nas regiões Sudeste e Sul.

Em termos absolutos, Bolsonaro aparece com 44% e Haddad com 39%. Brancos e nulos somam 12% e outros 5% disseram não saber. A pesquisa foi contratada pela CUT e contou com 2 mil entrevistas aplicadas em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo desconfiança de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-08732/2018. (Com informações da RBA).

Coligação de Haddad entra com ação contra Bolsonaro por abuso do poder econômico


Luciano Hang e o candidato Jair Bolsonaro: acusação de abuso de poder econômico. ( Foto: reprodução/facebook).


Na manhã desta quinta-feira (18), a coligação O Povo Feliz de Novo entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico contra a chapa de Jair Bolsonaro (PSL) e Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Caso seja comprovado o abuso de poder econômico por parte da campanha, o presidenciável pode se tornar inelegível por oito anos.

A ação diz respeito ao episódio em que Hang fez a defesa do voto em Bolsonaro, "constrangendo os seus funcionários a votarem em referido candidato, sob ameaças de fechamento de lojas e dispensa de funcionários", diz o texto dos advogados da coligação.

No dia 2, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação para que o empresário fosse multado em R$ 1 milhão caso voltasse a coagir funcionários a votarem em Bolsonaro. Em nota pública, divulgada no dia anterior, o MPT advertia que iria fiscalizar e multar o direcionamento, a imposição e a coação de empresas pelo voto dos seus funcionários.

A iniciativa se deu pelo fato de o dono da rede de lojas Havan ter publicado um vídeo em rede social citando a "opção" pelo candidato do PSL como a única saída contra a esquerda. "Se você não for votar, anular seu voto ou votar branco, depois do dia 7 de outubro, ganha a esquerda e vamos virar uma Venezuela", afirmava ele em um trecho do vídeo no qual apontava que 30% dos trabalhadores de suas lojas não haviam definido o voto em algum candidato. Hang dizia que os cerca de 15 mil funcionários de sua rede de lojas poderiam perder seus empregos, em caso de uma "vitória da esquerda".

Para a coligação de Haddad, o vídeo, junto a transmissões ao vivo feitas por Hang com Bolsonaro e postagens nas redes sociais, demonstram "potencial suficiente a comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral de 2018". "Resta claro o abuso de poder econômico na medida que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro que não está contabilizado nos gastos da campanha, todavia os resultados do abuso perpetrado serão por ele usufruídos."

A ação foi elaborada antes da reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelar o suposto envolvimento de Hang com um esquema criminoso de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp contra o PT e o seu candidato a presidente, Fernando Haddad. (Com informações da RBA).


Ex-reitores de universidades federais manifestam apoio a Haddad


(Foto: Reprodução).


Ex-reitores de universidades federais brasileiras, incluindo UFPE, UFSCar e UFRGS,  divulgaram nesta quarta-feira (03) uma carta pública em apoio a Fernando Haddad. O documento relembra que o candidato à Presidência da República, quando ministro da Educação, manteve diálogo aberto com a classe, respeitando a autonomia das universidades e instituindo novos centros de ensino superior aumentando o número de campos em todo o país.

"Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização".

As lideranças administrativas destacam que, hoje, as universidades brasileiras são responsáveis pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica desenvolvidos no país. O trabalho destas instituições também vão além da formação acadêmica e profissional, ofertando uma rede de equipamentos públicos e serviços para atender à população em diversas áreas, incluindo na saúde, a exemplo dos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde.

Os reitores e diretores também destacam que, durante a gestão Haddad no Ministério da Educação, também ampliou-se "a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África”, possibilitando a inserção do país “na produção internacional da ciência e inovação tecnológica".

"Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência", completam.

Veja a seguir a nota na íntegra.

As universidades brasileiras, patrimônio da nossa sociedade, são comprometidas com o desenvolvimento econômico e a justiça social, responsáveis pela formação cultural e pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica do País. Para além, desses compromissos programáticos que apontam para o desenvolvimento com inclusão social, para a soberania nacional, com base na educação, ciência, tecnologia e inovação, nos move também o compromisso com os valores da democracia, o respeito às diferenças e aos direitos humanos.

Além da formação acadêmica e profissional, as universidades possuem uma rede de equipamentos públicos e serviços que atendem à população nas mais diversas áreas, incluindo hospitais universitários de alta complexidade, vinculados ao Sistema Único da Saúde.

Dispõem ainda de clínicas e laboratórios, museus, cinemas, escolas de música, teatro e dança, agências de inovação, incubadoras de empresas de base tecnológica e parques de ciência e tecnologia, complexos esportivos, grupos de direitos humanos, que muito contribuem para o bem-estar social de nossa população.

Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização. Nesse período, as universidades exerceram um importante papel social ao incluírem alunos de todas as origens sociais, raças e etnias, oferecendo-lhes oportunidades de maior desenvolvimento humano, proporcionado pela educação.

Quando exerceu o cargo de Ministro de Estado da Educação, Fernando Haddad manteve permanente diálogo com os reitores e sempre respeitou a autonomia das universidades, criou novas universidades e implantou diversos campi em todo o país. Ampliou-se também a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África, na perspectiva de um amplo desenvolvimento do País e possibilitando sua inserção na produção internacional da ciência e inovação tecnológica. Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência.

Com o desmonte do Estado e o retrocesso dos direitos conquistados pela sociedade brasileira nos dois últimos, este enorme patrimônio está sob ameaça de destruição, sobretudo pela política atual para a educação pública, uma das consequências da Emenda Constitucional nº 95/2016 que altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o novo regime fiscal, e dá outras providências, congelando os gastos públicos por 20 anos. Essa realidade atinge também os institutos federais de educação tecnológica, os de pesquisa como a FIOCRUZ, dentre outros.

Ao identificar no Programa “O Brasil Feliz de Novo” as respostas que retomam as políticas de valorização e expansão da educação superior, nós dirigentes e ex-dirigentes de universidades no Brasil, manifestamos nosso apoio ao candidato Fernando HADADD (13) para presidente da República Federativa do Brasil.

- Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
- Arquimedes Diógenes Cilone – Universidade Federal de Uberlândia - UFU
- Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
- Clélio Campolina Diniz – Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
- Dilvo Ristoff – Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
- Hélgio Trindade – Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade da Integração
Latino-Americana - UFRGS E UNILA
- Helvécio Luiz dos Reis – Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ
- Jesualdo Pereira Farias –Universidade Federal do Ceará - UFC
- João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande - FURG
- João Luiz Martins – Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
- José Fernandes de Lima – Universidade Federal de Sergipe - UFS
- José Geraldo de Sousa Junior – Universidade de Brasília – UnB
- José Rubens Rebelatto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- José Ivonildo do Rêgo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
- Josivan Barbosa Menezes Feitoza - Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA
- Josué Modesto dos Passos Subrinho – Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal
da Integração Latino-Americana – UFS e UNILA
- Márcio Silva Basílio - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG
- Malvina Tuttman – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UniRio
- Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa - Unipampa
- Maria Lucia Cavalli Neder – Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Mauro del Pino – Universidade Federal de Pelotas – UFPel
- Miriam da Costa Oliveira – Universidade Fedeal de Ciências da Saúde de Porto AlegreUFCSPA
- Neroaldo Pontes de Azevedo –Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Newton Lima Neto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Nilma Gomes Lima – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira –
Unilab
- Naomar Almeida Filho – Universidade Federal da Bahia - UFBA e, da Universidade Federal
do Sul da Bahia - UFSB
- OrlandoAfonso Valle do Amaral – Universidade Federal de Goiás - UFG
- Osvaldo Batista Duarte Filho - Universidade Federal de São Carlos – UFSCar
- Ótom Anselmo de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
- Paulo Márcio de Faria e Silva – Universidade Federal de Alfenas - Unifal
- Paulo Speller - Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Paulo Gabriel Nassif –Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
- Rômulo Soares Polari - Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Targino de Araujo Filho - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Tomaz Aroldo da Mota Santos – Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UFMG e Unilab
- Ulrika Arns – Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
- Wrana Maria Panizzi – UFRGS - – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Com informações do Jornal GGN)

Professores assinam manifesto contra a insensatez de Bolsonaro


(Foto: Reprodução/ RBA)


Professores, acadêmicos de universidades brasileiras divulgaram manifesto em defesa dos direitos humanos para marcar o Dia do Professor, nesta segunda-feira (15). O texto defende o exercício da tolerância no contexto das eleições 2018, e alerta para escalada de manifestações de ódio. "Nossa sociedade, mergulhada em uma profunda indignação, mostra-se aberta às trevas do passado", afirma o documento, amplamente compartilhado pelas redes sociais.

Intitulado Professores Universitários pelos Direitos e pela Tolerância, o manifesto vê com preocupação a preferência de parcela significativa da sociedade pelo candidato da extrema-direita à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL). Ele, que defende abertamente a ditadura civil-militar (1964-1985), bem como suas práticas obscuras, como a tortura de opositores. A escalada do ódio já reverbera nas ruas. Ataques de apoiadores do candidato já ultrapassam os 50, bem como manifestações de homofobia e racismo, até mesmo a defesa aberta do nazismo.

"Estamos diante de uma liderança que busca ocupar o cargo mais alto de nossa República e que vem atingindo cada vez mais pessoas com discursos racistas, separatistas, misóginos e homofóbicos. Discursos de apologia à tortura, à ditadura e à violência contra a mulher, contra militantes contrários e contra minorias refletem a fragilidade dos direitos humanos e de nossa Constituição em seu eventual governo", completa o texto.

Os professores clamam pela defesa da democracia liberal, frente às ameaças terroristas infundadas, pregado por ele e seus seguidores, para angariar votos. "O medo insensato do comunismo forja um cenário em que os oprimidos se tornam os maiores apoiadores dos opressores. Essa tortura psicológica impõe a aceitação da ideia de que a ordem deva ser alcançada a qualquer custos, sem limites."


Não votar em Bolsonaro: para os negros uma questão de amor próprio



Helio Santos. (Foto: Alberto Lima).
A fala do capitão Jair Bolsonaro, candidato do PSL, no programa Roda Viva (TV Cultura em 30/7/2018), CONTRA as políticas afirmativas para negros (apelidadas de cotas pela mídia), foram referendadas em 2012 pelo STF por unanimidade. Todos os estudos – e são vários – confirmam que essa é uma das políticas que mais reduziu a desigualdade brasileira; nosso mal maior. Sou professor há mais de 40 anos e posso afirmar que nossa Universidade Pública melhorou, pois conquistou mais diversidade o que enriquece o ambiente e facilita o desenvolvimento geral. Sei que diversos analfabetos políticos antes de terminarem de ler o texto dirão que é mimimi ou fake. Muitos são cegos de boa-fé, mas não todos. Por isso o link para que se possa ver o programa vai abaixo.

Na ocasião, Bolsonaro insinuou que se estava a “dividir o país entre negros e brancos”. Falou coisas piores como: “o negro não é melhor” e que “não há dívida histórica” e finalmente “passa um sabão” nos negros determinando que estes deveriam estudar. Quanto a dividir o país, o capitão demonstra um brutal desconhecimento (imperdoável para quem quer presidir o Brasil) sobre um sem-número de dados que escancaram essa divisão já posta na sociedade. “O negro não é melhor”; uma verdade. Mas não pode ser também o pior, pois quem vem na condição de escravizado e não na de imigrante já saí em larga desvantagem. Quanto a “dívida histórica” está pontuada ao longo de 354 anos de escravidão. Assusta um ex-oficial do exército ser tão analfabeto em Brasil. Algum tempo antes (3/abril/2017), no Clube Hebraica no Rio, o candidato do PSL se referiu aos quilombolas como se estes fossem animais. Por essa afirmação houve até denúncia de racismo ao STF em que Bolsonaro escapou por um triz.

Duas perguntas preciso fazer e gostaria da atenção de todos, mas em particular dos pretos e pardos (negros):

Com problemas tão graves a serem enfrentados na Educação Brasileira, não lhe parece estranho o foco do capitão em RETIRAR DIREITOS dos negros que o próprio STF assegurou?

Tratar negros dessa forma lhe parece razoável para alguém que pretende ser presidente de um país de MAIORIA NEGRA (54 % segundo o IBGE)?

A primeira coisa que a sociedade brasileira já deveria saber, e em particular a população negra, é que o capitão Bolsonaro é um cão que ladra e morde. Ele e seus seguidores não ameaçam (rosnam) apenas; partem para a ação com destemor. Como exemplo, vejam o absurdo da destruição da placa que homenageia uma mulher negra brutalmente fuzilada no Rio: Marielle Franco.

Trago para as negras e negros e aos demais grupos étnicos que não compactuam com o RACISMO uma PROPOSTA-CONCEITO: DESVOTAR.

Aqueles que votaram ou que sabem de algum conhecido que votou em Bolsonaro no primeiro turno devem DESVOTAR. Ou seja: mudar o seu voto a favor de um Brasil sem ódios. Para aqueles eleitores negros que forem seus conhecidos, sugiro esclarecê-los com a verdade. Para aqueles que não conseguem votar no PT, apesar do Segundo Turno ser um aglomerado novo de setores e não mais apenas um só partido – peço que anulem seu voto. Nunca fui petista, mas nunca antes exercerei meu direito de voto com mais determinação: votarei no Professor Fernando Haddad, que nesse momento encarna a possibilidade de não mergulharmos num Brasil que será particularmente mais hostil ainda para nós negros.

O que não podemos fazer de maneira alguma é fortalecer o nosso algoz, que a bem da verdade não esconde o seu desprezo por nós – ele e seus seguidores, que já estão se revelando fora do controle. Afinal, a população negra não pode ser confundida com uma imensa esquadrilha de kamicazes. Amamos a vida. (Por Hélio Santos, no Brasil de Carne e Osso).