Do Tijolaço: “A resposta mutilada do PT à Veja”



Eis a resposta do PT à Veja, determinada pelo TSE para que fosse publicada imediatamente no site da revista. Trata-se de um texto, como bem qualificou o Fernando, chinfrim, porque mutilado pelo TSE.

Pior, o texto foi publicado de madrugada, quando já não há leitores, e vem perdido no meio do site, acompanhado de uma tréplica da revista que tenta ridiculariza o juiz do TSE que tomou a decisão.

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O texto.

Direito de resposta

Veja veicula a resposta conferida à Dilma Rousseff, para o fim de serem reparadas as informações publicadas na edição nº 2397 – ano 47 – nº 44 – de 29 de outubro de 2014.

A democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata.

A Coligação “Com a Força do Povo” vem a público condenar essa atitude e reiterar que o texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido apresentadas acusações sem provas.

A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.

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Eu acrescentaria que é uma resposta ingênua, até. Por que não importa tanto se o advogado confirma ou não o depoimento.

O grave é uma revista acusar, na capa, dois presidentes da república, bom base num depoimento de um bandido confesso, sem apresentação de nenhuma prova.
E sem dar o direito a plena defesa do acusado.

O Brasil é único país do mundo onde a imprensa censura o governo, acua o governo e aplica golpes sistemáticos no governo.


Espero que a vitória de Dilma neste domingo lhe convença a tomar atitudes mais concretas contra esse horrível pesadelo midiático que vivemos desde o fim da redemocratização, quando o autoritarismo, a prepotência e a truculência dos quarteis fugiu para as redações de empresas já convenientemente consolidadas durante o regime militar.

Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma Rousseff


A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou à véspera da eleição com 53% das intenções de votos válidos, contra 47% de Aécio Neves (PSDB), segundo o Ibope. A diferença está fora da margem de erro, de 2 pontos, para mais ou para menos. No levantamento anterior, concluído na quarta-feira, Dilma tinha 54% e Aécio, 46%. A última pesquisa antes da votação do 2.º turno, neste domingo, 26, foi feita na sexta-feira e no sábado.

Em votos totais, Dilma continuou com 49% das intenções, enquanto Aécio passou de 41% para 43%. Esses dois pontos a mais vieram dos brancos e nulos, que oscilaram negativamente de 7% para 5%. Os indecisos permanecem em 3%. Eles só vão se decidir praticamente no momento de votar.

A pesquisa mostra uma interrupção da tendência de crescimento que as intenções de voto em Dilma apresentaram entre a semana passada e quarta-feira. Como é um ponto isolado na curva, não é possível saber se a diminuição da diferença entre a petista e o tucano indica uma reversão da tendência em favor de Aécio ou se é apenas uma oscilação estatística. Mas pode ser que parte dos eleitores descontentes que antes pretendiam anular tenham decidido pelo voto útil em Aécio.

Entre uma pesquisa e outra houve o debate presidencial na TV Globo, na noite de sexta-feira, que alcançou 30 pontos de audiência – média alta para o horário. Durante o debate, o tucano questionou a presidente sobre denúncia publicada na revista Veja, segundo a qual o doleiro Alberto Youssef teria dito em depoimento à Justiça que Dilma sabia da corrupção na Petrobrás. A presidente refutou a acusação e disse que processaria a publicação por injúria e calúnia.

Também o Datafolha apresentou uma nova pesquisa, com entrevistas realizadas nesta sexta (24) e neste sábado (25). Ela mostra que o segundo turno da eleição presidencial chega ao final com uma disputa bastante acirrada.

Na conta dos votos válidos, Dilma marcou 52%, Aécio alcançou 48%.

Trata-se de um empate técnico no limite máximo da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos.


Com Diário do Centro do Mundo/Estadão

Datafolha/O Povo aponta vantagem de Camilo em relação à Eunício


A última rodada da pesquisa O POVO/Datafolha para o Governo do Estado do Ceará revela uma nova situação de empate técnico. Comparando com o último levantamento do Datafolha, realizado no dia 22 de outubro, Camilo caiu de 57% para 52% dos votos válidos. Já Eunício Oliveira (PMDB) cresceu de 43% para 48%.

Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão em situação de empate técnico. O Datafolha ressalva, porém, que há uma possibilidade maior de Camilo estar a frente. Isso porque essa situação de empate efetivo só acontece quando se leva em conta a pior situação para Camilo (50%) e a melhor para Eunício (50%).

Votos válidos é a forma como a Justiça Eleitoral divulga o resultado oficial da eleição, desconsiderando votos brancos e nulos. 

Levando em conta os votos totais, o que inclui brancos, nulos e indecisos, Camilo passou de 49% para 46% das intenções de voto. Já Eunício passou de 38% para 43%. Brancos e nulos alcançam 4%. Os eleitores indecisos somam 7%.

A pesquisa foi realizada nesta sexta-feira (24) e sábado (25). O Datafolha entrevistou 2.412 eleitores em 52 municípios em todo o Estado do Ceará.

Conhecimento do número

O Datafolha também revela que, com a aproximação da votação, caiu o percentual de desconhecimento do número do candidato. Do total de eleitores entrevistados, 91% sabiam corretamente o número de seu candidato. Do restante, 5% não souberam dizer o número, 3% disseram incorretamente o número e 1% não soube informar o número para anular o voto.
Entre os candidatos, a taxa de conhecimento é bem parecida. Entre os eleitores de Camilo 93% informaram corretamente o número do candidato e entre os de Eunício, 91%.

Metodologia

A pesquisa foi contratada pelo O POVO, em parceria com Folha de S.Paulo e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número CE 00036/2014 e BR – 01210/2014. O nível de confiança é de 95%.


Via O Povo

Economia e Reforma Política marcam último debate entre Dilma e Aécio


Esperado como o ápice de uma eleição marcada por alto grau de tensão, o debate presidencial realizado pela Globo encerrou três meses de campanha com diferença marcante entre os dois candidatos. Atrás nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves (PSDB) retomou a agressividade que marcou o encontro realizado na semana anterior pelo SBT, buscando as últimas cartadas para modificar o quadro favorável a Dilma Rousseff (PT).

Aécio e Dilma, antes do debate que encerrou a campanha
presidencial 2014 e que reforçou diferenças de projetos.
Essa campanha vai passar para a história como a mais sórdida da história do nosso sistema democrático”, abriu o tucano, seguindo o roteiro para um dia marcado pela denúncia feita pela revista Veja de que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de um esquema de propinas feito com verbas da Petrobras.

A petista seguiu a linha que havia guiado no vídeo exibido em programa eleitoral exibido no horário da tarde, acusando a publicação do grupo Abril de buscar um “golpe”. “É fato que o senhor tem feito uma campanha extremamente agressiva a mim e isso é reconhecido por todos os eleitores. Agora, essa revista, que fez e faz sistemática oposição a mim, faz uma calúnia e uma difamação do porte que ela fez a mim e o senhor endossa a pergunta”, afirmou. “O povo não é bobo, candidato. O povo sabe que está sendo manipulada essa informação porque não foi apresentada nenhuma prova.”

Com a falha na primeira carta na manga, Aécio sacou a segunda, afirmando ter novos documentos sobre o financiamento brasileiro ao porto de Mariel, em Cuba. Ele disse que os dados, guardados sob sigilo, revelam que o empréstimo será pago excepcionalmente em 25 anos, contra um prazo de 12 usado corriqueiramente. Dilma reiterou o que havia dito em outras ocasiões: o empréstimo é para uma empresa brasileira, a Odebrecht, e não para Cuba, e garante a criação de empregos para brasileiros.

Voltando à questão moral, tema que balizou a campanha tucana, Aécio perguntou a Dilma a opinião dela sobre o mensalão. “Se o senhor me responder por que o chamado mensalão tucano mineiro até hoje não foi julgado, por que o senhor Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas Gerais pelo PSDB) pediu renúncia do seu cargo para o processo voltar para a primeira instância, o senhor estaria de fato sendo uma pessoa correta”, respondeu a petista. “O senhor é o primeiro a falar de corrupção, mas posso enumerar os casos de vocês que não foram investigados.”

Ainda na seara partidária, a principal diferenciação entre os dois candidatos se deu na temática da reforma política, levantada por Aécio, que voltou a advogar o fim da reeleição, proposta aprovada no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Dilma respondeu que esta não é uma questão central, e apresentou uma lista de propostas: fim do financiamento empresarial privado de campanha, paridade de candidaturas entre homens e mulheres, fim da coligação nas eleições proporcionais.

Se de fato o senhor está interessado em combater a corrupção a proposta é o fim do financiamento empresarial das campanhas. porque com o fim do financiamento empresarial, acabaremos com a influência do poder econômico nas eleições”, ressaltou. “Acho que o senhor não tem interesse na reforma política porque a única coisa que o senhor fala é sobre reeleição.”

A senhora é contra o financiamento privado?”, questionou o tucano. “Contra o financiamento empresarial”, respondeu a petista. “O seu partido, o PT, recebeu R$ 80 milhões em doações empresariais, candidata”, rebateu Aécio. “Seu partido não tem autoridade para falar sobre isso. Sua campanha é uma campanha milionária.”

Economia e gestão

Se prometia ser interessante para fugir da mesmice, a ideia da Globo de escolher eleitores indecisos para que fizessem perguntas acabou deixando mornos dois dos quatro blocos do debate. As questões selecionadas por vezes eram genéricas, por vezes traziam lugares comuns que pouco contribuíam para trazer questões novas, ainda mais depois de cinco encontros no primeiro turno e quatro no segundo.

No geral, Dilma e Aécio marcaram diferenças na economia e na gestão pública. Ela, ao comparar seu governo com o de FHC e com as marcas do adversário como governador de Minas. Ele, ao voltar a prometer eficiência e meritocracia na administração.

Dilma buscou expor o passado do PSDB na economia, especialmente na questão do alto desemprego, e recordar que o presidente do Banco Central de Fernando Henrique, Armínio Fraga, é o ministro da Fazenda de um eventual governo Aécio. “O seu governo afugentou os investimentos e a inflação, infelizmente, está de volta. A situação do Brasil é extremamente grave, e é preciso que a senhora reconheça isso”, respondeu o tucano.

No caso da inflação, você pode ter certeza de que é meu compromisso o controle da inflação”, rebateu a petista. "Vocês chegaram à obra prima de aumentar imposto e deixar uma dívida pública muito maior do que a que vocês receberam. Não há termos de comparação entre o que vocês fizeram e o que nós fizemos."

A comparação entre os governos FHC e Lula e Dilma despertou respostas repetidas das duas partes. “A grande verdade é que quem olha muito para o passado, ou quer fugir do presente, ou não tem nada a apresentar para o futuro”, disse Aécio, ao responder a pergunta sobre o setor agrário.

Vocês deixaram a agricultura a pão e água. Uma pessoa fala para o futuro, mas tem de mostrar suas credenciais. Quando falo para o futuro, mostro as minhas credenciais”, respondeu Dilma. “Me desculpa, mas o senhor falou, falou, e não apresentou nada de concreto. Nem para o presente, nem para o futuro.”

Ela buscou novamente marcar diferenças de modelos de gestão ao perguntar a Aécio sobre a falta d’água em São Paulo, assunto que já havia sido tratado no encontro da Record, no domingo.

O que estamos tendo não é apenas em São Paulo. Estamos tendo em toda a região Sudeste falta de água”, afirmou Aécio, para novamente acusar a Agência Nacional de Águas (ANA) de não atuar da forma correta na crise paulista, tema que foi central na última semana do segundo turno. “Esse aparelhamento da máquina pública é a face mais perversa do seu governo e do governo anterior. Os técnicos são nomeados por critérios políticos.”

A presidenta recordou que a responsabilidade constitucional pela gestão dos recursos hídricos é dos estados e que o único projeto apresentado neste setor ao governo federal por Geraldo Alckmin, do PSDB, recebeu financiamento da União. “Não planejar no estado mais rico do país é uma vergonha. Uma vergonha. Os estados do Nordeste estão enfrentando a mesma seca e em nenhum deles há um caso dessa gravidade.”

Dilma e Aécio fazem neste sábado os últimos atos de campanha. A petista vai a Porto Alegre (RS), onde vota no domingo, para uma caminhada com correligionários. Aécio viaja a São João del Rei, em Minas, onde visitará o túmulo do avô, Tancredo Neves.


Via Rede Brasil Atual

Prefeito de Altaneira promoverá movimento pró Camilo Santana neste sábado (25)


Prefeito Delvamberto ao lado da candidata a vice-governadora
pelo Estado do Ceará Izolda Cela quando de sua estada
a Altaneira.  Foto: João Alves.
Empenhado na campanha de Camilo Santana, candidato ao palácio da abolição no estado do Ceará e, de Dilma Rousseff, candidata a reeleição ao palácio do planalto, ambos pelo Partido dos Trabalhadores – PT, o prefeito de Altaneira, Delvamberto Soares (Pros), deve estar à frente de uma carreata neste sábado, 25 de outubro, percorrendo as principais ruas da cidade.

A mobilização deve reunir as principais lideranças políticas do grupo de sustentação a administração municipal, a partir dos parlamentares Antonio Leite (Pros), Edezyo Jalled (SD), Flávio Correia (SD) e Lélia de Oliveira (PCdoB), além de demais militantes. A presença do secretariado também deve ser marcada.

O encontro está sendo divulgado via propaganda de som pelos logradouros municipal e o ponto de encontro para o início da carreata está agendado para o Parque de Eventos João de Almeida Braga a partir das 17h00.

No domingo, 26, os eleitores deverão escolher o governador do estado e a(o) presidenta(e) do Brasil. Concorrem nesse segundo turno com os nomes supracitados Eunício Oliveira (PMDB) e Aécio Neves (PSDB), respectivamente.