Seminário aborda a questão das mulheres na política do PCdoB




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Com o objetivo de valorizar e contribuir para o mandato das mulheres que se candidataram às eleições deste ano, o PCdoB realiza o Seminário Nacional Poder e Políticas Públicas para as Mulheres neste fim de semana.

A abertura do evento ocorreu na manhã de ontem, sábado (8), com uma homenagem às candidatas às prefeituras do país, realizada pela secretária nacional da Mulher do PCdoB, Liège Rocha. Em seguida, Liège convidou o presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo e a vice-prefeita de São Paulo eleita este ano, Nádia Campeão para a mesa de debates.

“Temos muito o que comemorar. Podemos melhorar o desempenho das mulheres na política. Faremos o que for possível para representar bem o nosso partido e também as mulheres. A mulher pode fazer muito bem e tem condições de combinar suas lutas pessoais com as políticas”, declarou agradeceu a vice-prefeita paulistana eleita.

Já Liège ressaltou as lutas das mulheres na história. “Em 90 anos, nós nunca fugimos da luta! Quero que as vereadoras que se candidataram e as que venceram as eleições também se sintam homenageadas neste fim de semana”.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez um balanço da situação política brasileira e a participação e inserção da mulher neste meio. “As eleições disputadas não foram simples. Ocorreram num quadro de crise mundial de grande envergadura, uma crise sistêmica, que se torna mais grave porque é na estrutura do capitalismo. E as mulheres terem rompido essas amarras não foi nem é nada fácil”, ressalta.

Para finalizar os debates no período da manhã foi aberto o direito de expor opiniões e de relatar momentos vividos pelas candidatas. No período da tarde, o demógrafo e professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, José Eustáquio Diniz Alves, foi quem iniciou a palestra. Com o pensamento de Charles Fourrier “A situação do barômetro pelo qual se pode avaliar o grau de desenvolvimento de uma nação”, Eustáquio fala do avanço das mulheres na política. “A cota sozinha não irá resolver, é necessário que os partidos invistam nas candidaturas femininas também. Se tivermos boas candidatas, com boas propostas, o eleitorado responde”, conclui o palestrante.

Conforme estudos realizados pelo IBGE sobre a redução das desigualdades de gênero na América Latina, Caribe e Brasil, as mulheres já ultrapassaram os homens em quase todos os níveis de educação. No entanto, na política os avanços andam a passos de tartaruga. No Brasil, 1.325 municípios não elegeram nenhuma mulher vereadora este ano. Em contrapartida, temos 23 localidades em que elas são a maioria. As cidades de Fronteiras e Barras, no Piauí contam com 60% de representatividade feminina nas câmaras municipais.

Abordando o tema “O Plano Nacional de Políticas para Mulheres”, a economista e coordenadora geral do Programa de Ações da Educação da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Hildete Pereira diz que a mulher sempre foi vista subalterna. “O fato de termos o dom de reproduzirmos também é o nosso calcanhar de Aquiles”, diz.

Hildete fala sobre a história da mulher na política. “Nos últimos 40 anos, a política ressurge com muita força para as mulheres”, afirma.

O Brasil está avançando, mas o mundo está andando mais depressa do que o nosso país. Pelas contas, a cada eleição, o Brasil aumenta sua representatividade feminina em 1%. Neste ritmo, demoraremos 148 anos para chegar a paridade de gênero.

Neste domingo, o seminário abordará os temas: “As mulheres e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, com a participação da deputada federal Jô Morais (PCdoB-MG). Ela é relatora da CPMI da Violência Contra a Mulher, integrante da Comissão Política Nacional e do Fórum Nacional sobre a Emancipação da Mulher do PCdoB; e “O Funcionamento das instituições brasileiras”, onde o palestrante será Lécio Morais, economista, mestre em Ciência Política e assessor técnico da Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados, que falará sobre desigualdade de gênero, políticas públicas e eleições. O demógrafo e professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, José Eustáquio Diniz Alves e a economista e coordenadora geral do Programa de Ações da Educação da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Hildete Pereira são os convidados.




Créditos: Portal Vermelho

Juventude em crise



A JUVENTUDE PRECISA ORGANIZAR-SE POLITICAMENTE

São muitos os problemas que atingem a juventude. Isso faz com que muitas vezes ela seja percebida de uma forma fragmentada e sem um recorte de classe. Todavia, alguns problemas vividos pelos jovens são fundamentais no seu processo de consciência, possibilitando assim sua organização política e mobilização massiva. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem alertado para o problema do crescente desemprego juvenil em todo o mundo. Paralelamente a isso, Barack Obama tem demonstrado grande preocupação de que o endividamento estudantil nos Estados Unidos possa aprofundar ainda mais a crise mundial.

Segundo a OIT, em todo mundo são mais de 75 milhões de jovens desempregados, o que equivale a quase 40% do total de pessoas sem emprego. A taxa de desemprego entre os jovens é o triplo à verificada entre os adultos. A organização estima que o desemprego juvenil continuará crescendo até 2017.

Na Europa a situação da juventude está cada vez mais crítica. As taxas de desemprego juvenil na Grécia são de 58%; na Espanha, de 56%; em Portugal, de 38%; e na Itália, de 35%. Nos países do norte da África a situação do desemprego também é grave. No Egito, o desemprego atinge 90% dos jovens. No Brasil, apesar dos baixos índices de desemprego nos últimos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 54% dos desempregados são jovens entre 18 e 29 anos. A juventude tem sido o setor mais atingido pela crise até agora.

O custo do ensino superior dobrou nos últimos trinta anos em todo mundo. Nos EUA, a dívida estudantil dobrou nos últimos cinco anos, chegando a US$ 1 trilhão (cerca de R$ 2,13 trilhões), ultrapassando as dívidas dos cartões de crédito e automóveis. Num contexto de crise econômica, os custos da faculdade ultrapassaram a inflação global e a inadimplência dobrou desde 2008, havendo a possibilidade de uma nova bolha financeira semelhante a dos títulos imobiliários.

Isso tem preocupado o presidente Barack Obama que tem tomado algumas medidas para contornar o problema, como a redução da atuação de bancos comerciais no programa federal de auxílio estudantil e a ameaça de diminuição das subvenções públicas para as universidades que aumentarem as taxas de matrícula, mas nenhuma delas obteve sucessos.

Está cada vez mais difícil para os recém formados conseguirem emprego nos EUA: 46% estão desempregados, muitos sequer conseguem terminar suas graduações e os que conseguem passarão em média 25 anos pagando por elas. A crise dos créditos estudantis poderá desestabilizar ainda mais a economia norte americana.

Na América Latina, o Chile é o caso mais emblemático do endividamento estudantil. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação chilena é a mais desigual e a segunda mais cara do mundo. Após um intenso processo de privatização do ensino superior na década de 80, atualmente existem 500 mil universitários que estão endividados para pagar seus estudos, sendo que 110 mil são considerados inadimplentes. A dívida dos estudantes chilenos alcança os US$ 364 milhões (aproximadamente R$ 775 milhões).

No Canadá, apesar de todas as universidades serem públicas, as taxas cobradas fazem com que o endividamento estudantil chegue a US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 31,9 bilhões) afetando 57% dos estudantes. O governo canadense aumentou em 75% o valor das taxas do ensino superior nos últimos cinco anos, como forma de compensar os gastos públicos com a educação dos últimos 40 anos. O endividamento estudantil combinado com a elevação do custo do ensino superior e os altos índices de desemprego poderão resultar em uma taxa de inadimplência cada vez maior.

No Brasil está em curso um processo de ampliação do crédito estudantil. Desde 2010 o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) cresceu 1.150%, 500 mil estudantes utilizam o fundo, o que equivale a R$ 1,6 bilhão. Só em 2012 foram 140 mil novos contratos. A reforma universitária, aprovada durante a ditadura militar, em 1968, criou as bases da privatização da universidade pública brasileira, desvinculando recursos públicos para a educação e dando ampla autonomia para a iniciativa privada. Atualmente, 82% das matrículas no ensino superior são feitas em universidades privadas, sendo que cinco delas são as maiores do país.

Por outro lado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos estudantes universitários brasileiros trabalham. Uma outra fatia de 14% da juventude mais pobre da população não trabalha nem estuda, um total de 5,3 milhões de jovens. Isso representa um grande desafio para a organização da juventude da classe trabalhadora, tanto no espaço de trabalho quanto no espaço da escola.

Na atual conjuntura, o desemprego e o endividamento estudantil têm afetado profundamente a vida dos jovens em todo mundo e resultado em mobilizações massivas. O desemprego tem mobilizado milhares de jovens na Espanha, Itália, Portugal, Inglaterra e Grécia, em protestos contínuos desde 2009. Um dos grandes fatores de mobilização da “primavera árabe” em 2010 foi o desemprego da juventude. No Chile, mais de 300 mil estudantes saíram às ruas em 2011 para protestar contra o endividamento estudantil. Nos EUA, o endividamento estudantil foi um dos fatores que mobilizaram os jovens no Occupy Wall Street em 2011, mobilizando cerca de 20 mil estudantes. No Canadá, mais de 260 mil estudantes saíram às ruas este ano, na “primavera canadense”, contra o aumento das taxas do ensino superior. Todos esses movimentos assumiram um caráter antineoliberal.

Essas mobilizações colocam a importância de se organizar a juventude em torno de um Projeto Popular para a Educação, capaz de superar as contradições que se aprofundarão com a crise mundial. A articulação de lutas pela universidade pública e gratuita, contra o endividamento estudantil e contra o aumento dos custos do ensino superior serão questões fundamentais para as lutas de massa da juventude nos próximos períodos. Mas, para que essas questões se transformem em lutas é preciso que as organizações de juventude amadureçam seus métodos de trabalho de base para atingir jovens que estudam e trabalham, e outros que nem estudam e nem trabalham.

Créditos: Brasil de Fato

O cristianismo não pariu a noção de igualdade social



APRESENTADORA SOLTA PIADA AO AFIRMAR QUE O
CRISTIANISMO É SINÔNIMO DE IGUALDADE SOCIAL

A estudante de especialização de práticas docentes interdisciplinares na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Atreblig Enylorak ao tomar contatados com o artigo produzido pela redação do INFORMAÇÕES EM FOCO, dia 01, no qual criticamos o posicionamento da jornalista Rachel Sheherazade contrária a construção de um Estado laico, ela também fez duras críticas ao discurso da apresentadora.

Confira o que disse a estudante em um comentário no grupo HISTORIADORES da rede social facebook sobre o artigo intitulado Apresentadora demonstra falta de conhecimento ao afirmar que defensores do estado laico são ignorantes:

“Rachel Sheherazade diz que concorda com Sarney que a tentativa de retirar "Deus seja louvado" do dinheiro é "falta do que fazer".

Quem tinha falta do que fazer foi quem atendeu a vontade individual do Sarney e enfiou essa frase no dinheiro em 1986, direito que não era assegurado a ele nem como presidente.

Não tem lei nenhuma regulando isso, e a Constituição diz para o Estado não apoiar nenhuma crença religiosa. É um exemplo típico de ingerência do particular sobre o que é público.

É a segunda vez que a jornalista, nessa mescla de jornalismo amador brasileiro entre notícia e opinião, perde totalmente a noção do que fala quando se trata de convivência do Cristianismo com outras crenças no Brasil. Outra ocasião em que ela fez isso foi quando os tribunais gaúchos corretamente retiraram crucifixos de suas dependências.

Sem falar nos mitos e inverdades por ela proferidos. Se foi o Cristianismo que pariu a noção de igualdade social, então ela vai ter que explicar por que a Revolução Francesa não partiu de iniciativa cristã, muito pelo contrário, sendo inspirada por obras seculares como a Encyclopédie, a primeira enciclopédia do mundo, organizada pelos ateus Diderot e D'Alembert.

Na escola ninguém aprende o mínimo sobre laicidade, Rachel Sheherazade é só mais um dos sinais da pobreza da educação nessa área. Fica a pergunta: se é desimportante a frase no dinheiro, por que tanto barulho sobre a tentativa constitucionalmente correta de retirá-la?

Por que o procurador CATÓLICO que propôs a retirada da frase foi ameaçado de morte? Temos uma turba de teocratas que querem empurrar seu cristianismo goela abaixo em todos neste país, e esse autoritarismo começa justamente em coisas pequenas como frases no dinheiro e crucifixos em tribunais.

Como disse o Carlos Orsi, essa insinuação de que o assunto não é importante é quase uma confissão de derrota: sabemos que é errado, mas vamos continuar fazendo mesmo assim, porque somos maioria, maioria ditatorial que não se importa com a vontade de minorias como politeístas, ateus, e quem acredita em forças superiores mas não gosta de chamá-las de "Deus".

O assunto é muito simples: só tem dois jeitos de ser neutro: ou bota-se TODAS as frases religiosas e não-religiosas imagináveis nas notas de real, e transforma-se todas as paredes de tribunais em penduricalhos de símbolos de todas as crenças religiosas que tenham pelo menos um defensor no Brasil, ou retira-se tudo. Retirar tudo é mais barato, mais racional, mais respeitoso.

E pelo amor de Iemanjá, parem com esse negócio de inventar que "Deus" é uma expressão neutra de todas as religiões. Budistas não acreditam em nenhum deus, perguntem à Monja Coen. Eu não acredito em nenhum deus, muito menos em entidades como a bela e afável Iemanjá, e sou cidadão brasileiro. Exijo, como cidadão brasileiro, que parem de enfiar suas crenças pessoais no dinheiro e nos tribunais que são de TODOS, não apenas de vocês. Exijo em nome da Constituição que a Rachel Sheherazade não leu”. (Eli Vieira).

Interesses econômicos ameaçam defensores dos direitos humanos




TRIBOS INDÍGENAS PARTICIPAM DE DISCUSSÃO SOBRE
INSTALAÇÃO DE USINA EM BELO MONTE. FOTO: ELZA FIÚZA/ABr

A expansão de interesses econômicos nas Américas tem gerado conflitos com a população local e aumentado as ameaças a defensores de direitos humanos da região, segundo a Anistia Internacional. Essa relação é apresentada no estudo Transformando Dor em Esperança, divulgado ontem, 7, que analisa 300 casos de violência contra defensores (entre eles cinco brasileiros) em 13 países, como Argentina, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e México. Do total, apenas cinco episódios tiveram punição da Justiça.

O relatório destaca o importante papel dos defensores para os avanços sociais nas Américas nos últimos anos e os riscos enfrentados por eles. Segundo a ONG, que analisou casos entre 2010 e 2012, as denúncias de ataques contra estes indivíduos aumentaram. Foram registrados o uso de sequestros, ameaças, assassinatos e desaparecimentos forçados como métodos de intimidação.  Além disso, muitas de suas ações têm sido criminalizadas.

O grupo de defensores mais ameaçado, de acordo com o levantamento, é o que trabalha com temas relacionados à terra e recursos naturais, geralmente em áreas afetadas por conflitos armados internos, disputas por territoriais ou megaprojetos. Algo reforçado pela desigualdade entre ricos e pobres nas Américas. “As disparidades na distribuição de terras e de recursos econômicos refletem essa divisão profundamente arraigada. Aqueles que amplificam as demandas por justiça e pelo fim da discriminação, geralmente provenientes dos setores mais marginalizados da sociedade, costumam ser perseguidos e atacados”, destaca o relatório.

E, muitas vezes, a solução destes conflitos acaba sendo a violência. “É impressionante que quase todos os casos documentados pelo relatório estejam relacionados ao quanto os processos de desenvolvimento seguem atravessados pela violência. É chocante que tenhamos chegado a uma situação em que a violência é um instrumento de abertura de território para o desenvolvimento”, afirma Átila Roque, presidente da Anistia Internacional no Brasil, a CartaCapital.

Há também a ausência do Estado nas regiões em que ficam localizadas as terras ricas em recursos naturais ou posicionadas em áreas geograficamente estratégicas. Nestes locais, geralmente, as populações indígenas, comunidades de pequenos agricultores ou de afrodescendentes acabam pressionadas pelos interesses econômicos. “Frequentemente, esse vácuo do Estado é preenchido por redes do crime organizado, por paramilitares ou por indivíduos ou grupos privados econômica e politicamente poderosos”, aponta a ONG.

Entre os interesses econômicos, o relatório destaca a expansão de megaprojetos na América Latina, como os da indústria extravista de grande escala, monoculturas, rodovias, empreendimentos turísticos, usinas hidrelétricas e parques eólicos. O problema, no entanto, seria a falta de comunicação entre governo, comunidades afetadas e empreendedor. “Muitos casos de abusos e de ataques contra defensoras e defensores dos direitos humanos aconteceram em situações em que não houve uma consulta livre, prévia e informada sobre os projetos, em que houve tentativa de provocar divisões sociais, em que houve violência contra as comunidades afetadas e, muitas vezes, quando havia sérias preocupações sobre os efeitos desses projetos sobre a saúde e o meio ambiente.”

Entre os grupos de maior risco também estão os que trabalham os direitos das mulheres, da população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais), dos migrantes, os que buscam acabar com a impunidade para violações dos direitos humanos, e jornalistas, blogueiros e os sindicalistas . Mas como é provável que eles atuem em mais de uma área, os riscos aumentam.

Responsabilidade do Estado

Segundo o relatório, os Estados têm a responsabilidade de criar as condições necessárias para garantir que todo individuo possa atuar na defesa dos direitos humanos. E o primeiro passo para isso é reconhecer os defensores e suas demandas como legítimas. Ao fazer isso, torna-se possível colocar em prática mecanismos de proteção, além de colaborar para que as ações destes indivíduos sejam levadas a sério pelas autoridades, defende Roque. “É uma falha da estrutura do Estado não garantir proteção. Não é aceitável que essas pessoas estejam repetidamente submetidas a ameaças e violência. Os sistemas de proteção não podem se resumir a apenas uma situação de emergência.”

O relatório cita nominalmente 57 casos de defensores que foram mortos ou vivem sob ameaças. Entre os brasileiros estão a juíza Patrícia Acioli, assassinada por policiais militares investigados por crimes de execução, e Laísa Santos Sampaio, irmã de um dos ativistas mortos em Nova Ipixuna (Pará), em 2011.  “A principal reivindicação do relatório é que não é possível um grau tamanho de impunidade. Isso sinaliza uma autorização para a violência. É preciso autonomia nas investigações nos casos em que a violência ocorra e toda a cadeia de interesses envolvidos no crime”, conclui Roque.




Créditos: Carta Capital

Qual o melhor vídeo que você assistiu em Curtas? Cliquem e votem no vídeo o ‘primeiro avião que sobrevoou o sertão da taboquinha’



INTEGRANTES DO CURTA ENCENANDO
NO SÍTIO TABOQUINHA - FOTO (BLOG DA ESCOLA)

A Escola de Ensino Médio Santa Tereza, em Altaneira, realizará O Projeto I Mostra de Literatura em Curtas que contou com a iniciativa dos professores do LEI (Laboratório Educacional de Informática) que se propuseram a edição de um curtas relacionado a um escritor regional.  O projeto nesta escola foi mediado pelos Professores Fabrício Ferraz e Ermeson David e a obra escolhida para a realização do projeto foi o Livro, Foi Assim, do escritor santanense e com veias altaneirenses Geraldo Ananias Pinheiro .

A exibição do Curtas será quarta – feira a noite, (12 ) na nossa Escola. De acordo com a SEDUC – CE , par as escolas que fizeram os curtas já está programada "Uma noite de cinema" que começa no próximo dia 11 e prossegue até o dia 20 de dezembro, quando haverá a  cerimônia de premiação, que acontecerá na Universidade Regional do Cariri (Urca).

Nesse sentido o INFORMAÇÕES EM FOCO quer saber: Qual o melhor vídeo que você assistiu do Projeto Literatura em Curtas? Um dos concorrentes e com grandes possibilidades de sair vencedor é o produzido pela Escola Santa Tereza intitulado primeiro avião que sobrevoou o sertão de taboquinha.

Assista ao vídeo




Sem muito entusiasmo, prefeito e vereadores de Altaneira recebem diplomação



IMAGEM ILUSTRATIVA

O prefeito e vereadores eleitos em Altaneira foram diplomados ontem, dia seis (06/12), quinta-feira, no Cartório Eleitoral. Eram para ser o todo 14 pessoas a serem diplomadas, a contar com os suplentes.  A cerimônia foi comandada pelo Juiz Eleitoral Herick Bezerra Tavares.

Segundo informações de populares o ato foi marcado por completa desorganização, além do espaço não comportar todos os presentes.  “O local era muito pequeno, e isso dificultava o acesso de muitas pessoas que queriam presenciar a diplomação. Se não bastasse a falta de conforto, a cerimônia representou um grande desrespeitos para com os presentes, principalmente com os que estavam para serem diplomados",  foi o que relataram algumas pessoas que se deslocaram até o local da cerimônia.

Mas não só de desorganização e falta de entusiasmos foi esse ato que precede a posse dos eleitos. Muitos dos eleitos e que ficaram na condição de suplentes não compareceram. Foi o caso de Antônio Henrique (PV) que não conseguiu a reeleição, dos reeleitos Professor Adeilton (PP), Genival Ponciano (PTB), Lélia de Oliveira (PCdoB), além do Vice – prefeito Dedé Pio (PSB).

Fizeram-se presentes os suplentes Flavio de Oliveira (PCdoB), Robercivânia (PSB), o reeleito Deza Sores (PCdoB) e os que foram conduzidos pela primeira vez a casa legislativa Edezyo Jalled e Antonio Leite, ambos do PRB, o Professor Gilson (PSL), Zuleide (PSDB) e Alice Gonçalves (PSB), além do Prefeito reeleito Delvamberto Soares (PSB).

Faz-se importante lembrar que a posse dos eleitos ao legislativo municipal e ao executivo esta marcada para o dia primeiro de janeiro de 2013

Niemeyer: comunista, marxista e grande arquiteto




NIEMEYER ESTAVA PRESTES A COMPLETAR 105 ANOS

Símbolo da vanguarda e da crítica ao conservadorismo de ideias e projetos, o carioca Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho, de 104 anos, que morreu na noite desta quarta (5), é apontado como um dos mais influentes na arquitetura moderna mundial. Os traços livres e rápidos criaram um novo movimento na arquitetura. A capital Brasília é apenas uma das suas numerosas obras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.

Dono de um espírito inquieto e permanentemente em alerta, Niemeyer lançou frases que ficaram na memória nacional. Ao perder mais um amigo, ele desabafou: “Estou cansado de dizer adeus”. Em meio a um episódio de mais violência no Rio de Janeiro, perguntaram para Niemeyer se ele ainda se indignava, a resposta foi rápida e objetiva. “O dia em que eu não mais me indignar é porque morri.”

Em 1934, Niemeyer se formou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. De princípios marxistas, ele resistia ao que chamava de arquitetura comercial. Até 2009, ele costumava ir todos os dias ao escritório, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A frequência caiu depois de duas cirurgias –uma para a retirada de um tumor no cólon e outra na vesícula. Em 2010, foi internado devido a um quadro de infecção urinária.

Ao longo da sua vida, Niemeyer associou seu trabalho à ideologia. Amigo de Luís Carlos Prestes, ele se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e emprestou o escritório para organizar o comitê da legenda. Durante a ditadura (1964-985), ele se autoexilou na França. Nesse período foi à então União Soviética.

Em 2007, Niemeyer presenteou Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, com uma escultura na qual há uma imagem monstruosa que ameaça um homem que se defende com a bandeira de Cuba. No mesmo ano, foi alvo de críticas pelo preço cobrado, no valor de R$ 7 milhões, pelo projeto de construção da sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Independentemente das polêmicas, Niemeyer se transformou em sinônimo de ousadia com a construção de Brasília. Os cartões-postais da cidade foram feitos por ele, como a Igrejinha da 307/308 Sul, construída no formato de um chapéu de freira cuja obra durou apenas 100 dias.

O Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República, foi o primeiro edifício público inaugurado na capital, em junho de 1958. Na obra, os pilares que Niemeyer desenhou para a fachada do prédio, passaram a ser o emblema de Brasília.

A sede do governo federal, o Palácio do Planalto, compõe o conjunto de edifícios da Praça dos Três Poderes onde estão os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional – formado por duas semiesferas simbolizando a Câmara dos Deputados (voltada para cima) e o Senado (voltada para baixo).

Porém, um dos símbolos mais visitados da capital é a Catedral Metropolitana. Construída como uma nave, o acesso ao prédio é possível por meio de uma passagem subterrânea. No teto da igreja, há anjos dependurados.

Em janeiro deste ano (2012), Niemeyer enterrou a filha Anna Maria, de 82 anos, que morreu em consequência de um enfisema pulmonar, no Rio. Desde então, segundo amigos, o arquiteto passou a sair menos de casa e ficou mais fechado.





Créditos: Carta maior