LABORATÓRIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA NO CARIRI: ABERTA AS INSCRIÇÕES


O Coletivo Camaradas dará continuidade ao Laboratório de Estudos, Vivencias e Experimentos em Arte Contemporânea – LEVE Arte Contemporânea. O Laboratório tem como objetivo potencializar o contato dos estudantes do Ensino Médio e  Universitários com novas formas de   fazer e pensar a arte na contemporaneidade. 

Os camaradas estão com inscrições abertas para os estudantes universitários da região do Cariri que desejem ingressar no Laboratório como monitores. Serão selecionados 20 acadêmicos das universidades e faculdades da região metropolitana do Cariri, os quais desenvolverão  estudos, produção de eventos,  trabalhos artísticos e documentários que deverão ser usados como recurso pedagógico para os professores de Artes. 
As inscrições serão realizadas no período de 23 a 27 de janeiro, no horário das 15h00 às 17h00, na sede do Coletivo – Rua José Carvalho, 11 – Sala  A – Centro – Crato/CE. 

A segunda etapa do projeto será a mobilização dos estudantes do Ensino Médio da cidade do Crato. As atividades do Laboratório terão inicio em fevereiro deste ano no Centro Cultural – REFSA.

O Laboratório é uma iniciativa do Coletivo Camaradas e tem a parceria da Secretaria de Cultura do Crato, Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA Cariri, Programa Nacional de Interferência Ambiental – PIA e Sociedade Cariri das Artes.

De acordo com Jordânia Araujo, integrante dos Camaradas, a monitoria é uma oportunidade do coletivo compartilhar experiências com os acadêmicos da região.   

O regulamento da monitoria se encontra disponibilizado no blog do Coletivo Camaradas: http://www.coletivocamaradas.blogspot.com/


Fonte: Secult - CE

TRATAMENTO DE ÁGUA: CAGECE DESENVOLVE PESQUISAS


Modelos de estações de tratamento de água, projetos de estações de tratamento de rejeitos, aumento da eficiência e da redução do custo do tratamento pela substituição de produtos químicos. Estes são exemplos dos benefícios alcançados pelas pesquisas da Cagece sobre tratamento e abastecimento de água, realizadas pelo Centro de Pesquisa em Tratamento de Água da empresa. O laboratório de pesquisa, ligado à Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, é localizado na ETA Gavião e já concluiu vários estudos, cujos resultados foram aplicados diretamente nos sistemas de água da Companhia.

Entre esses estudos estão o que serviu de base para o projeto da estação de tratamento dos rejeitos gerados na Estação de Tratamento de Água de Maranguape. Também se destaca o trabalho de padronização de projetos de pequenas estações de tratamento de água (ETA) voltadas para a zona rural. Outros modelos de Estações foram gerados para servir de base na hora de projetar os diversos tipos de sistemas de abastecimento.

Também foram realizados estudos que mostraram as vantagens da substituição do hipoclorito de cálcio pelo dicloro isocianurato. A mudança proporciona menor formação de subprodutos. Outro produto que mostrou grande eficiência quando utilizados em processos de tratamento que inclui sedimentação foi o sulfato de alumínio com adição de polímeros.

Entre as pesquisas ainda em andamento está a que desenvolve um sistema de automação da lavagem dos filtros da Estação do Gavião. A ideia é que essa operação seja automatizada, não precisando da intervenção humana. Outro produto desenvolvido no Centro foi a criação de um novo modelo de decantador de manto de lodo.

Até o final de 2012, o Centro de Pesquisa em Tratamento de Água terá em funcionamento vários equipamentos que aumentarão a capacidade de pesquisa. Com a implantação de aparelhos de alta tecnologia, serão realizados no próprio Centro de Pesquisa análises de subprodutos da cloração, de toxinas de algas e do conteúdo orgânico da água. Todas essas operações são realizadas hoje em laboratórios fora do Ceará.



Com informações da Assessoria de Imprensa da Cagece

UECE: ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Estão abertas até o dia (29/02), as inscrições para o curso de Especialização em Saúde da Família. Os interessados podem dirirge-se a coordenação do curso, que funciona no Prédio do Mestrado em Saúde Pública, no Campus do Itaperi, no horário das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. O curso oferece 40 vagas, que são destinadas a profissional de nível superior da área de saúde e áreas afins.

A Especialização tem com objetivo, contribuir para a formação de recursos humanos voltados para promoção e vigilância à saúde, capazes de utilizar instrumentos básicos de gerência de serviços e sistemas de intervir na dualidade saúde e doença no contexto do modelo assistencial vigente, que prioriza a atenção à saúde da família. Como também, executar análise sócio-sanitária do território de sua área de atuação, planejando ações com ênfase no enfoque de risco; melhorar a qualidade e resolução de serviços que atuam na área de saúde materno-infantil, dentre ouros.

Documentação necessária: cópia do Diploma de Graduação; Histórico; Curriculum Vitae; Carteira de Identidade; CPF; comprovante de residência e dois retratos 3x4.
Segundo informa a professora Maria Salete Bessa Jorge, coordenadora do curso, que a Seleção será feita através de análise de currículo e entrevista.

Com Informações da UECE

EDUCAÇÃO: A QUEM INTERESSA MAQUIÁ-LA


A quem interessa maquiar a realidade da educação cearense na rede estadual de ensino? Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou dados estatísticos pesquisados sobre formação acadêmica do professor da Educação Básica; sobre seus salários; e; sobre o porquê da falta de estímulos do ser professor vinculado ao Serviço Público. Importantes itens no processo educacional que se vivencia na atualidade.

De acordo com a Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC) os números divulgados pelo IPEA não correspondem às suas estatísticas, tendo em vista que, dos 13.507 professores efetivos na rede estadual, apenas 132 não são graduados. Estão lotados nos serviços burocráticos. Com pós-graduação, e, no mínimo, com uma especialização existem 9.287 professores na rede estadual de ensino.

Para o Sindicato – APEOC a realidade é outra. Na rede estadual de ensino existem mais de 10 mil professores com contratos temporários, em exercício de carência definitiva ou não, e, entre estes mais de dois mil são acadêmicos, graduandos de todas as disciplinas e sem habilitação mínima. Esta situação é, no mínimo, estranha ao exercício de magistério, e, em especial no Serviço Público, onde o ingresso de servidor deve ocorrer somente através de concurso público. Desta maneira vem suprimindo todas as carências de professor em sala de aula, com docentes efetivos, contratados com habilidade mínima e graduandos, acadêmicos, lecionando nas sérias do Ensino Médio.

No que diz respeito a salário de professor efetivo ou contratado na rede pública, os baixos valores não estimulam exercer magistério. A comprovação vem das universidades com a não procura pelos vestibulandos de cursos inerentes às disciplinas pedagógicas necessárias à formação acadêmica de professor. A recusa é estimulada pelos baixos salários e como o Poder Público necessita de professor, adota contratação temporária, mesmo sem formação adequada.

A continuar esta situação, segundo o Sindicato APEOC, em médio prazo, o professor profissional desaparecerá no serviço público e o Estado deixará de cumprir uma das suas principais obrigações constitucionais: educar e com ensino de qualidade.

Ainda contra a educação na rede pública de ensino está a insensibilidade de muitos dos gestores públicos, apegados a uma falsa argumentação de poucos recursos, apesar da lei que instituiu o piso nacional de salário do professor assegurar complementação financeira para Estados e Municípios que comprovem, em planilhas, esta falta de recursos. Segundo o ministro da Educação, nenhum gestor público formalizou pedido para complementação de recursos em favor da educação. Muito pelo contrário, diariamente, a sociedade é surpreendente com denuncias de gestores indiciados em desvio de verbas da educação.

Para o Sindicato – APEOC, a Educação e a melhoria do ensino dependem de salário, estímulos, valorização do professor e seriedade da aplicação de recursos públicos.

Com Informações do  APEOC

PROGRAMA GARANTIA SAFRA: NOVO PRAZO PARA PAGAMENTO DO BOLETO


Agricultores cearenses cadastrados no Garantia Safra 2011/2012  têm um novo prazo para pagamento do boleto de adesão ao benefício. A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) conseguiu, junto à Coordenação Nacional do Programa Garantia Safra, a prorrogação do período final para recebimento dos boletos. A data limite passou para o dia 20 de janeiro.

De acordo com o coordenador Estadual do Programa Garantia Safra, Arimatéia Gonçalves, a preocupação em ampliar o prazo se deu após constatação do alto índice de inadimplência. Em torno de 248 mil agricultores inscreveram-se no programa, mas até o dia 30 de dezembro faltavam aproximadamente 50 mil candidatos pagarem seus boletos, conforme relatório da Caixa Econômica Federal.

Segundo Arimatéia, a informação foi repassada para o secretário Nelson Martins e a SDA conseguiu estender o prazo, permitindo que os agricultores tenham mais tempo para regularizar a situação junto ao programa. “Nós queremos que os 248 mil agricultores tenham oportunidade de pagar esse boleto. Assim, atenderemos quase que de forma universal o público com perfil para o Garantia Safra”, frisou.

De acordo com o coordenador, o agricultor que procurar as agências da Caixa ou lotéricas para efetuar o pagamento do boleto vencido no dia 02/01/2012 deve se dirigir ao Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de seu município, aos postos da Ematerce, ou entrar em contato com a Coordenação Estadual do Garantia Safra pelo telefone (85) 3101.8087 para comunicar o fato.



Com Informações do Ceara.gov.br

SEGUNDO TEMPO: ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA PROFISSIONAIS QUE ATUARÃO NO PROGRAMA


As inscrições do Programa Segundo Tempo já estão abertas no site da Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte). Os interessados devem preencher a ficha virtual disponibilizada no site para as vagas de coordenadores setoriais, professores e monitores. Ao todo serão 955 novos postos entre as três categorias.

Este ano, o Ministério do Esporte renovou o convênio com o Estado do Ceará antes de todas as outras instituições do Brasil. Isso se deve ao êxito na execução do Programa no período de 2009 a 2011. Além disso, o número de núcleos dobrou, passando de 233 para 466 unidades espalhadas nos 184 municípios cearenses.

O período de inscrição vai até o dia 31 de janeiro, e poderá ser estendido em caso de alguma eventualidade. Se for ampliado o prazo, a Secretaria do Esporte informará com antecedência no site. A segunda etapa do processo de seleção está prevista para acontecer entre os dias 1º e 6 de fevereiro, quando será aplicada a prova on-line.

A entrega de documentos será feita durante o restante do mês de fevereiro, do dia 7 até o dia 29. Toda a documentação deverá ser entregue em local e dias correspondentes a cada região, de acordo com o calendário que também será disponibilizado na página virtual. O resultado com o nome dos aprovados será divulgado dia 5 de março.

Programa Segundo Tempo

O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte destinado a democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte. Isso de forma que promova o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. O projeto é desempenhado como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

O Núcleo é caracterizado pela composição de um grupo de 100 crianças, adolescentes e jovens, que sob orientação de profissionais (um professor e um monitor, remunerados pela Secretaria do Esporte) desenvolvem atividades esportivas e complementares. São ofertadas três modalidade a cada aluno. Esse beneficiado deve ter faixa etária entre 7 e 17 anos de ambos os gêneros. É obrigatório ser estudante do ensino público, proveniente de famílias de baixa renda e que se encontra em situação de risco e vulnerabilidade social.

Serão oferecidas 2 modalidades coletivas e 1 individual em cada núcleo, desenvolvidas 3 vezes na semana. Futebol, voleibol, handebol, basquete e futsal estão entre as modalidades coletivas. Enquanto as individuais são atletismo, surf e xadrez.

Fonte: Ceara.gov.br

AMAZONAS: POVOS ISOLADOS LOCALIZADOS


"Índios isolados foram localizados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em uma área próxima dos canteiros de obras das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, na região Norte do país. O grupo vive na Terra Indígena Katauixi/Jacareúba, no Amazonas, entre os municípios de Lábrea e Canutama, perto da divisa com Rondônia. A informação foi inicialmente anunciada no blog da Cordenação Regional do Madeira, da Funai, mas acabou sendo retirada do ar. O texto chegou a ser divulgado no twitter oficial da C.R. Madeira. A Repórter Brasil tentou ouvir o coordenador de índios isolados da Funai, Leonardo Lenin dos Santos, sobre a suspensão da publicação, mas ele não respondeu os recados deixados em seu celular.

Quando foi despublicado, porém, o artigo já havia circulado na internet e reproduzido em outras páginas. O assunto causou preocupação entre indigenistas, entre eles Pedro Portella, da ONG Vídeo nas Aldeias, que escreveu para a redação chamando atenção para a gravidade do caso. O jornal A Crítica publicou reportagem sobre a expedição que identificou os povos indígenas isolados.

Em 2008, Rogério Vargas Motta, cordenador da Frente de Proteção Etnoambiental do Madeira, grupo da Funai que fez a localização dos índios, já chamava a atenção para o risco de grandes obras em áreas tão próximas a terras indígenas. Como parte do relatório “O fim da floresta? A Devastação das Unidades de Conservação e Terras Indígenas no Estado de Rondônia”, do Grupo de Trabalho Amazônico, ele escreveu que “existem ainda referências de oito grupos indígenas isolados em Rondônia” e que “dois desses grupos estão seriamente ameaçados pela construção das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau no rio Madeira”.

As terras indígenas em questão começam a cerca de 30 km da área das construções, mas, devido à presença e ação do homem, os indígenas isolados já se afastaram, avançando para dentro da mata. Não é a primeira notícia sobre impacto social e ambiental da construção das usinas hidrelétricas na Amazônia. Na construção de Jirau, um flagrante de trabalho escravo fez com que a Construtora BS, contratada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), fosse incluída na última atualização da “lista suja” do trabalho escravo, publicada em 30 de dezembro de 2011."


Com informações de Historia e seus afins

CNH: CANDIDATOS FARÃO PROVA TEÓRICA NO COMPUTADOR


Os candidatos a obtenção da sua primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vão realizar pelo computador a prova teórica a partir de segunda-feira (16). A inovação garante rapidez, segurança,comodidade e transparência do processo e contribui para a sustentabilidade do planeta, com a redução de papel. Atualmente, com o atual sistema manual, o DETRAN-CE realiza uma média diária de 350 exames teóricos. O tempo de duração da prova é de 90 minutos.

Ao final da prova, que contém 40 questões, o candidato saberá, imediatamente, se foi aprovado ou não e qual foi a sua nota. Estarão a disposição 85 cabines equipadas com computador, além de mais quatro de reserva, caso haja algum problema técnico com alguns dos outros equipamentos. Gradualmente, esse processo será implantado nos outros 19 postos do DETRAN-CE, dos quais oito na Capital e 11 no Interior.

A Diretoria de Habilitação enviou ao Sindicato dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) cópias de CD demonstrativo, para que a entidade distribua com os seus mais de 100 associados. Por usa vez, os CFCs poderão mostrar aos alunos os novos procedimentos eletrônicos.

O candidato que estiver apto a realizar a prova teórica pode se dirigir à sede do Órgão, na Maraponga, e caso haja, naquele momento, cabine vaga, ele já pode realizar o teste. Para isso, faz sua identificação biométrica (digital), após o que, automaticamente, é gerada uma senha. O candidato se dirige a cabine e digita a senha que recebeu, em seguuida pode iniciar sua prova.

Qualquer que seja o resultado, o sistema gera as informações para o cadastro do candidato. No caso da aprovação, o sistema informa que o candidato estará apto a cumprir a carga horária das aulas de prática de direção, no CFC em que está matriculado.


Fonte: ce.gov.br

VEREADORES APROVAM PROJETOS DE LEIS ALUSIVOS AO REAJUSTE DOS SERVIDORES

Mesmo estando em recesso, os Parlamentares de Altaneira se reuniram na tarde desta sesta-feira, 13 (treze) de janeiro, agora sob a presidência do Vereador Raimundo Rodrigues da Mota (PRB) que, reassumiu o posto na primeira semana do mês corrente, em caráter extraordinário.
O Objetivo da Sessão era apresentar dois Projetos de Leis. O Primeiro deles sob o Nº. 001/2012, de autoria do Poder Executivo dizia respeito à revisão geral anual da remuneração dos servidores municipais. O Segundo, de autoria da Mesa Diretora da Casa sob o Nº. 001/2012 fazia referência à revisão geral anual dos servidores do Legislativo Municipal.
O Presidente tinha a intenção de convocar mais uma sessão extraordinária para que a Comissão Permanente pudesse analisar os Projetos. Toda Via os Membros desta Comissão e os demais parlamentares afirmaram que as matérias poderiam ser votadas na oportunidade, sem a necessidade da análise.
O Relator, o Vereador Prof. Adeilton (PP), chegou inclusive a mencionar que os Projetos são de conhecimentos de todos e que não há nenhuma objeção ou posicionamento em contrários.
 Diante disso Raimundo Rodrigues da Mota (Raimundim) os colocou em votação. Ambos foram aprovados sem posicionamento em contraio.
Ainda no ensejo, o Presidente cogitou a possibilidade real de reajustar ao máximo o subsídio dos vereadores. Para entanto, disse ele, “precisamos nos reunir e discutir em conjunto com a Assessoria Contábil da Casa”.

É importante ressaltar que os Projetos prevêem um reajuste de 21, 2% para os Profissionais do Magistério e para os demais servidores, este percentual atinge 14,4%, no que tange aos servidores do Município. 


Ressalte-se ainda que os mesmos percentuais foram dados aos Servidores do Legislativo.

ALTANEIRA ESTREIA NA COPA CARIRI OESTE


Depois de uma curta pré-temporada, um mês de treinamento, a Equipe de Altaneira fará sua estréia na primeira Copa Cariri Oeste de Futebol nesta sexta- feira (13).

Esta Competição será realizada no Município de Araripe e envolverá 20 (vinte) equipes. O Ceará é o Estado com o maior número de participantes, 11 (onze), seguido do Piauí que, participará com 02 (duas) e o Pernambuco com 01 (uma).  Ao todo, serão 14 (quatorze) Municípios envolvidos diretamente nesta Copa Cariri

O Jogo de Estréia será contra Nova Olinda, a partir da 19h00, no Estádio Dedezão em Araripe.  A premiação gira em torno de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Fonte: Departamento de Esporte

JUAZEIRO DO NORTE: PLENÁRIA DA JUVENTUDE DO PCdoB


O Município de Juazeiro do Norte, localizado na Região Metropolitana do Cariri, será palco de um dos mais importantes eventos para os que almejam uma sociedade humanista e mais solidária.

Tal assertiva se dá mediante a realização de uma Plenária Municipal da UJS – Reunião de Articulação da Juventude do PCdoB neste espaço social. È importante destacar que o evento se dará na se do Partido Comunista do Brasil, localizado na Rua Padre Cícero, 1122, ao lado da Padaria Pão e vinho.

De acordo com o organizador, o Professor, Secretário de Esporte e Juventude de Juazeiro do Norte e militante da agremiação, Aurélio Matias, a Plenária ocorrerá no Sábado, tendo início a 15h00 e se estenderá até as 18h00. Ele afirma ainda que haverá uma confraternização socialista após o evento.

CEARÁ - SECULT ABRE INSCRIÇÕES PARA O IV EDITAL MECENAS DO CEARÁ


A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará lança o IV Edital Mecenas do Ceará. O edital, no valor de R$ 14.364.000,00, tem como objetivo apoiar projetos artístico-culturais apresentados por pessoas físicas ou jurídicas e que tenham como finalidade o fortalecimento do setor cultural cearense e a promoção do desenvolvimento social e econômico do Estado do Ceará, cuja data de início de execução esteja compreendida entre o período de fevereiro a dezembro de 2012. As inscrições iniciam nesta quarta-feira,11, e vão até o dia 10 de fevereiro de 2012.

Os interessados deverão ser maiores de 18 anos, residentes e domiciliados no Ceará, desenvolvam atividades culturais comprovadas há pelo menos um ano, tenham relação direta com o objeto do projeto a ser realizado e que suas atividades contemplem as áreas artísticas e culturais presentes no edital.

Todos os projetos apresentados na presente seleção deverão desenvolver em seu processo de execução a produção de bens e serviços que englobem as áreas das artes visuais e fotografia, audiovisual, teatro, dança, circo, música, arte digital, literatura, livro e leitura, patrimônio material e imaterial, artes integradas (projetos que contemplem mais de uma linguagem artística).

O Envelope de Inscrição deverá ser entregue no Setor de Protocolo da SECULT, no horário de 8h às 16h30, ou encaminhado por meio dos serviços de postagem de correspondência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, na modalidade SEDEX e/ou Correspondência, ambos com aviso de recebimento (AR). 


Com Informações da Secult

SEGUNDO TEMPO: CEARÁ VAI DOBRAR A QUANTIDADE DE NÚCLEOS DO PROGRAMA


O Ceará vai dobrar a quantidade de núcleos do Programa Segundo Tempo. O total de unidades vai passar de 233 para 466 e contemplará todos os 184 municípios. Devido o êxito da Secretaria do Esporte do Ceará (Sesporte) na execução do último convênio 2010/2011, o Ministério do Esporte garantiu a primeira renovação do projeto no Brasil para o Estado.

A expansão dos núcleos em 100% vai agora alcançar também os distritos das cidades cearenses. Ao todo, 959 profissionais de educação física atuarão espalhados pelas unidades. As inscrições para professores (graduados em Educação Física) e monitores (estudantes do curso de Educação Física) serão feitas no site da Sesporte e começarão ainda no mês de janeiro. Será feito o processo de seleção e capacitação dos profissionais em quatro meses, além das inscrições de aluno e divulgação do programa.

A renovação do convênio para execução do Programa Segundo Tempo no Ceará foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 29 de dezembro, garantindo assim, que cada novo núcleo receba 100 alunos. As atividades serão desenvolvidas no período de 21 meses.

Programa Segundo Tempo
O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte destinado a democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte. Isso de forma que promova o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. O projeto é desempenhado como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

O Núcleo é caracterizado pela composição de um grupo de 100 crianças, adolescentes e jovens, que sob orientação de profissionais (um professor e um monitor, remunerados pela Secretaria do Esporte) desenvolvem atividades esportivas e complementares. São ofertadas três modalidade a cada aluno. Esse beneficiado deve ter faixa etária entre 7 e 17 anos de ambos os gêneros. É obrigatório ser estudante do ensino público, proveniente de famílias de baixa renda e que se encontra em situação de risco e vulnerabilidade social.

Serão oferecidas duas modalidades coletivas e 1 individual em cada núcleo, desenvolvidas 3 vezes na semana. Futebol, voleibol, handebol, basquete e futsal estão entre as modalidades coletivas. Enquanto as individuais são atletismo, surf e xadrez.




Com informações do ceara.gov.br

ALTANEIRA - LEGISLATIVO VOLTA A TER MESMA COMPOSIÇÃO PARLAMENTAR


Depois de 11 (onze) meses sob o comando em caráter interino do Vereador Deza Soares (PCdoB), O Poder Legislativo Municipal volta a ter a mesma mesa diretora antes da confirmação do afastamento do Prefeito e Vice, Antônio Dorival de Oliveira e Francisco Fenelon Pereira, respectivamente e, ambos do PSDB.

Mesmo depois de Altaneira ter de fato um novo gestor, eleito em outubro do ano passado, Raimundo Rodrigues da Mota (Raimundim), contrariando a expectativa de alguns vereadores, em especial os que compõem a base oposicionista ao governo, não voltou à presidência da Câmara como se esperava. A oportunidade, ele alegou cansaço e pediu licença.

Diante do cenário, Antonio Rodrigues de Carvalho, que assumiu o posto de vereador no momento da saída de Ramundim para ser chefe interino do Executivo, continuou por mais três meses. Toda via, a licença chegou ao fim e, a Câmara volta a ter agora a sua mesma composição parlamentar, a saber,

Mesa Diretora – Raimundo Rodrigues de Carvalho, PRB, (Presidente), Francisco Claudovino Nogueira Soares, o Deza Soares, PCdoB, (Vice – presidente), José Devaldo Nogueira, PSB, (1º Secretário) e Maria Valdelice de Oliveira, PCdoB, (2ª. Secretária).

Comissão Permanente - Antônio Henrique Lopes, PV (Presidente), Francisco Adeilton Silva, PP (Relator) e Flávio Correia, PCdoB (Secretário).

Demais Vereadores – José Fernandes, PSDB e Genival Ponciano, PP.

HISTÓRIA AMBIENTAL

Não são apenas os biólogos que se interessam por índices pluviométricos ou por troncos de árvores caídas. Historiadores também. São os historiadores da chamada "história ambiental", que desde os anos 1960, aproximadamente, vem se afirmando como um campo de estudos bastante produtivo e interdisciplinar da historiografia. Para saber mais a respeito, conversamos com a historiadora Lise Sedrez, atual professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Formada em História pela PUC-RJ, e tendo cursado mestrado e doutorado nos Estados Unidos, Sedrez é uma das maiores referências no Brasil quando o assunto é história ambiental. Confira abaixo como foi esse agradável bate-papo, o primeiro de 2012.

CAFÉ HISTÓRIA: Professora, antes de tudo, muito obrigado por atender o convite de entrevista do Café História. É um prazer tê-la conosco na rede. Começamos esse bate-papo com uma curiosidade ao mesmo tempo acadêmica e pessoal. Quando a chamada história ambiental se consolidou no horizonte dos historiadores e o que atraiu a sua atenção nesta história?

LISE SEDREZ: Oi Bruno. Eu que agradeço o convite. Bom, História ambiental, com este nome, é um produto dos anos 1970, quando se formou a American Society of Environmental History nos EUA. O nome mesmo vem do trabalho de um historiador chamado Roderick Nash, nos 60. É uma transformação na academia que acontece interligada às transformações na sociedades norte-americana, com o crescimento dos “novos movimentos sociais” - o ambientalismo e novo feminismo, por exemplo. Não é por acaso que no mesmo período (anos 1960 e 1970) se desenvolvem os chamados subaltern studies, os novos estudos de gênero (incluindo a queer history), e mesmo os estudos chicanos. Mas, para bem além do que acontecia nos EUA, historiadores há muito se ocupam das relações entre sociedade e natureza. Um dos trabalhos mais interessantes de Engels, por exemplo, discute a poluição na Inglaterra no bojo da Revolução Industrial. Gilberto Freyre escreve o maravilhoso Nordeste, que ele define como uma “história ecológica” - e isto em 1937. Obviamente, não é o mesmo tipo de história, com as mesmas questões metodológicas, quarenta anos depois, mas de resto, nada na historiografia permaneceu o mesmo nestes quarenta anos, nem em campos tradicionais como as narrativas nacionais. Por outro lado, a história do clima depois do ano 1000, de LaRoy Ladurie, mostra que estas novas questões acontecem em ambos os lados do Atlântico. E ninguém que tenha lido o Mediterrêneo de Braudel pode ignorar suas reflexões sobre o “tempo da terra” e as transformações do ambiente.

Já o meu envolvimento com história ambiental tem um quê de paixão e um quê da acaso. Eu me formei em história na PUC nos anos 1990, e estava no Rio de Janeiro em 1992, no Fórum Global, na Rio-92. Era algo contagiante, apaixonante, e eu me envolvi muito com organizações não governamentais, ambientalistas, como o Greenpeace. Alguns anos depois, quando decidi fazer um mestrado, procurei algo nesta área, e aí fui parar em New Jersey, onde o New Jersey Institute of Technology oferecia um Mestrado em Estudos de Políticas Ambientais. Meu orientador lá era John Opie, um historiador fabuloso, e um dos fundadores da American Society of Environmental History. Aí, era um pouco destino. Eu tinha que voltar para a História, mas com este viés. Quando fui para o doutorado, isto já estava muito claro para mim, e procurei programas que tivesse este tipo de abordagem, como a Stanford University, com o prof. John Wirth.

CAFÉ HISTÓRIA:É notável como os governos, as organizações, e as pessoas de uma forma geral estão muito mais interessadas hoje nas questões ambientais do que estavam há 60 ou 70 anos. O que foi determinante para que ocorresse essa “mudança de consciência”? O crescimento da história ambiental é um sinal destes novos tempos?

LISE SEDREZ: Bruno, como falei antes, logicamente há uma relação entre o desenvolvimento da história ambiental como disciplina e este nova percepção da natureza como vulnerável. Na minha pesquisa sobre a baía de Guanabara, isto fica muito óbvio: o sonho dos engenheiros do início do século XX era uma transformação da baía para o embelezamento da cidade, e a baía era quase uma tela sobre a qual se exercitava a excelência da engenharia nacional; no fim do mesmo século, a dor de cabeça é como “salvar” a baía da poluição, do sufocamento por estas mesmas engenharia e indústria nacional tanto celebrados. Há muitos fatores que contribuíram para esta “mudança de consciência”, como disseste. Há momentos chaves no século XX que mudam a percepção das relações entre sociedades e natureza, mas, principalmente, da capacidade das sociedades humanas de transformar drasticamente a natureza. Se quisermos, é possível pensar mesmo num Elisée Reclus, John Muir ou mesmo Aldo Leopold, e sua maravilhosa definição de “ética da terra” e “comunidade biótica”.

CAFÉ HISTÓRIA: A Sociedade Latino-Americana e Caribenha de História Ambiental foi fundada em 2006, reunindo pesquisadores de todo o continente. Qual foi a participação dos historiadores brasileiros nesta sociedade? Podemos dizer que o Brasil é uma potencial regional no que se refere a história ambiental?

LISE SEDREZ: Brasileiros certamente estiveram presentes desde a fundação da sociedade. Alguns nomes que vem imediatamente à cabeça: José Augusto Pádua, Regina Horta, Eunice Nodari e eu mesma. O Brasil é uma referência no que se refere à história ambiental latino-americana, tendo inclusive hospedado o IV Simpósio da SOLCHA, em Belo Horizonte, em 2008. http://www.fafich.ufmg.br/solcha/. Mas não é só isto. A gente tem estabelecido redes de estudos de história ambiental em todo o Brasil, e os contatos com os EUA, que ainda são o maior centro de pesquisas na área, tem se multiplicado. De fato, a UFRJ vai organizar em dezembro de 2012 um simpósio EUA-Brasil sobre os principais temas de história ambiental nestes dois países.

CAFÉ HISTÓRIA: Índices pluviométricos, troncos de árvores caídas, relatórios de poluição física ou atmosférica. Tudo isso pode ser considerado fonte para o historiador ambiental. Mas como é o acesso a esse tipo de fonte? Que tipos de arquivos são visitados por quem estuda a interação do homem com o ambiente, no passado? É um trabalho de pesquisa que se diferencia muito de uma pesquisa, chamemos aqui, de tipo mais tradicional?

LISE SEDREZ: A resposta aqui é sim e não. Certamente a gente entra nos arquivos tradicionais, mas os lê de uma forma diferente. Por exemplo, Emmanuel La Roy Ladurie, na sua história do clima depois do ano 1000, desenvolve um estudo muito interessante do clima medieval, a partir de fontes que já tinham sido analisados por dezenas de historiadores: as longas séries sobre a qualidade do vinho na França e na Alemanha, algumas chegando até antes do século XI. A qualidade do vinho, sua doçura, o quanto é encorpado, tudo isto nos fala também das chuvas, das secas, dos períodos de fome e de fartura. Isto é história ambiental, e o livro foi publicado pela primeira vez em 1971. Além disto, lógico, a gente tem que sair um pouco da zona de conforto. História ambiental é por definição interdisciplinar, e a gente acaba tendo que mergulhar em relatórios científicos, química, física, biologia. Para fazer meu estudo sobre a Baía de Guanabara ao longo do século XX, por exemplo, tive que ler vários textos de engenheiros sanitários, tentando entender conceitos como demanda bioquímica de oxigênio, nichos ecológicos e outros termos próprios. Mas eu não daria a isto uma importância (ou uma dificuldade) exagerada. Todas as áreas da história tem vocabulários próprios e demandas próprias. História econômica, por exemplo, exige conhecimentos de regressões, e mais estatística do que eu jamais vou querer aprender. Como fazer estudos de gênero sem um bom entendimento de discussões de identidade e sociologia de gênero? Ou vamos pensar em história legal - todo aquela linguagem de “legalês” e as contradições entre o direito romano e suas interpretações posteriores. Estas pontes que a história constrói com outras disciplinas são parte mesmo do que a gente entendo por história, seja história ambiental ou outros ramos com maior tradição na historiografia.

CAFÉ HISTÓRIA: Professora, a senhora diz que a história ambiental é, por definição, interdisciplinar. Ela resulta do trabalho tanto de historiadores como de geógrafos, demógrafos, biólogos, engenheiros florestais, climatólogos e antropólogos, dentre outros tantos estudiosos das relações entre natureza e sociedade. Mas como essas parcerias são construídas na prática? Quais são os canais de comunicação e interação que conectam esses pesquisadores? E mais: qual o desafio de abordagem metodológica para o historiador numa área construída a tantas mãos?

LISE SEDREZ: Estas parcerias são construías como tantas outras na comunidade acadêmica: contatos, pareceres, estudos. Os trabalhos não tem necessariamente que ser construídos com várias mãos, mas a área sim. Warren Dean uma vez disse que, quando escrevia seu monumental The Struggle for Rubber, uma história da exploração de borracha na Amazônia, e mesmo mais tarde seu magistral A Ferro e Fogo, uma história de 500 anos da Mata Atlântica, ele passou anos importunando seus amigos e colegas biólogos e cientistas, pedindo referências, recuperando fontes, solicitando esclarecimentos. As instituições profissionais de história ambiental, como a ASEH, a ESEH e a SOLCHA, também encorajam muito a participação de não historiadores em suas pesquisas, o que admito que às vezes é complicado. Temos às vezes biólogos extremamente entusiasmados porque acharam uma série histórica, como a da exploração de pérolas no mar da Baja California (Mar de Cortez), por exemplo. Este é um caso específico em que a colaboração de biólogos e historiadores foi muito proveitosa. MIcheline Cariño, que é a atual presidente da SOLCHA, estava em contato com estes biólogos, e foi um trabalho enorme reformular a pesquisa para mais do que “fatos históricos curiosos”, em direção a um diálogo com a historiografia sobre a ocupação econômica, social e étnica daquele espaço, sobre como os ciclos ecológicos das pérolas num ambiente vulnerável como a Baja California aguçava as disputas por poder, se inseria em instituições tradicionais no México como a peonage, etc. Acho que a resposta aqui é que não há uma resposta padrão. Esta comunidade de historiadores ambientais e outros cientistas com interesse na história buscam estabelecer estes contatos na medida que seus objetos de pesquisa o exigem, e os desafios são enfrentados na media que aparecem.

CAFÉ HISTÓRIA: O aquecimento global é atualmente um dos temas mais quentes (com o perdão do trocadilho) e populares no plano da discussão ambiental. Além de ocupar um espaço importante na imprensa nacional e internacional, o tema é pauta sempre presente nos encontros de líderes mundiais, tornou-se objeto de um número cada vez maior artigos científicos e razão de protesto das mais importantes organizações mundiais. Prova dessa popularidade é o sucesso do documentário do político norte-americano Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente” (2006), premiado como Oscar de melhor documentário. O filme, aliás, expos um verdadeiro racha: de um lado estão cientistas que acreditam que o aquecimento global decorre da interferência humana; de outro, estão os mais céticos, chamados pejorativamente de “negacionistas”, que defendem que o aquecimento global é algo inerente ao nosso planeta. Como os historiadores veem se posicionando nesta arena de disputas? E a senhora, como enxerga esta questão?

LISE SEDREZ: Bom, do ponto de vista científico, esta divisão em dois lados é uma falsa questão. É como colocar de um lado “evolucionistas” e do outro “criacionistas”. Na pesquisa científica, não são “lados equivalentes”- embora para o historiador do fim do século XX, início do século XXI, estas sejam disputas fascinantes. Há muitos historiadores que desenvolvem pesquisas climáticas - citei Ladurie, desde 1971, mas há muitos outros, como Nancy Langston e Tom Griffiths. Mas um dos livros mais interessantes que li sobre esta questão é o Merchants of Doubt, de Erik Conway e Naomi Oreskes. Eles trabalham de fato com história da ciência, mas Erik já há vários anos lida com esta fronteira entre história da ciência e história ambiental. No livro, publicado ano passado, fácil de ler, dá para baixar no Kindle, eles mostram como estas “falsas polêmicas” científicas tem uma história e estabelecem uma sólida conexão entre os cientistas que hoje dizem que “não há certeza sobre a origem antropogênica da mudança climática” e os que diziam que “não há certeza sobre um elo causal entre fumo e câncer.” E quando digo sólida conexão quero dizer sólida mesmo, com os mesmos cientistas, os mesmos institutos, se posicionando consistentemente contra uma esmagadora maioria de estudos, a fim de obstruir a tomada de políticas públicas, sejam elas de campanhas contra fumo ou assinaturas de tratados internacionais para controle de emissões de gases que causam efeito estufa. Meu ponto (e o deles) é mostrar que esta falsa polêmica tem menos a ver com uma história do clima e mais a ver com as relações de poder que se estabelecem entre a comunidade científica e a esfera pública. O que não a torna menos fascinante, ao contrário.

CAFÉ HISTÓRIA: Professora, a senhora faz parte hoje do quadro docente do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Que atividades no campo da história ambiental estão sendo desenvolvidas nesta universidade? Que pesquisas destacaria? Há muitos alunos de graduação ou de pós-graduação trabalhando na área?

LISE SEDREZ: A possibilidade de trabalhar com história ambiental foi um dos pontos que mais me atraiu para a UFRJ. O prof. José Augusto Pádua, professor da casa há vários anos, estabeleceu um núcleo de estudos ambientais que estamos ampliando. O núcleo consiste de professores, alunos de graduação e pós-graduação, de várias universidades do Rio de Janeiro, que se reúnem todas as quintas feiras, das 14H às 16H, para leituras, debates, discussões. Em 2012, este espaço terá o prof. Angus Wright, emérito da California State University em Sacramento, ministrando um minicurso sobre história agrária e ecologia, uma discussão sobre internacionalismo, pesticidas, copyrights, modelos agrícolas, interessantíssimo. Estamos sempre atentos para formas de diversificar este espaço, promover atividades, estimular mais pesquisas. É isto está dando frutos. Este ano mesmo tivemos vários candidatos nas seleções de mestrado e doutorado que queriam trabalhar com história ambiental. Há desde pesquisas mais tradicionais na historiografia brasileira (como pesquisas sobre viajantes e naturalistas do século XIX) até tentativas mais ousadas, como pesquisas sobre as chuvas no Rio de Janeiro e Buenos Aires, um estudo de história ambiental urbana.

CAFÉ HISTÓRIA:A senhora estudou e trabalhou durante vários anos nos Estados Unidos. Pode contar um pouco mais sobre este período? A história ambiental feita lá difere muito da história ambiental feita aqui no Brasil?


LISE SEDREZ: Como mencionei antes, fiz meu mestrado e doutorado em história ambiental, primeiro na New Jersey Institute of Technology e depois na Stanford University. Depois disto, dei aula no College of William and Mary, em Williamsburg, Virginia, um dos mais antigos estabelecimentos de ensino superior nos EUA, e finalmente na California State University em Long Beach, onde fiquei até ano passado. Foi um grande período de aprendizado, de descobertas, e de muitas viagens. Basta dizer que atravessei os EUA de carro umas três vezes, levando de 15 a 24 dias cada vez (tem louco que faz isto em cinco dias). Eu me apaixonei pelo país, pelas paisagens duras ou emocionantes, inóspitas ou acolhedoras, pelas pessoas, e mesmo pelas loucuras da vida americana. O que não significa não ser crítica - como o são tantos que moram lá, latinos como eu ou não. A história ambiental tanto nos EUA como na América Latina tem mudado muito nos últimos anos, até pelo contato e amadurecimento da disciplina. Vinte anos atrás, a história ambiental norte americana costumava ser mais provinciana, no sentido de muito voltada para o “próprio umbigo”, para uma certa narrativa excepcionalista que caracteriza os EUA. E isto mudou. Há mais busca do contraste, da comparação, da similaridade, do outro. Há uma procura para entender como experiências nos EUA podem ser diversas ou similares às experiências na África, na Ásia, na Europa, na América do Sul. E isto é visível, por exemplo, nos títulos e temas dos trabalhos apresentados nos encontros da ASEH. No Brasil, por outro lado, o que a gente chama de história ambiental “nasce” a partir de vários caminhos: geografia histórica, política, história econômica. Isto desde, por exemplo, Euclides da Cunha em Os Sertões, ou Gilberto Freyre em Nordeste. O desafio é diferente. É buscar a partir destes caminhos estabelecer um quadro teórico, ou melhor, um espectro de quadros teóricos, e uma agenda metodológica que ofereça à história ambiental um lugar claro e visível na historiografia brasileira. Nisto acho que a experiência da história ambiental norte-americana pode ajudar.

CAFÉ HISTÓRIA: Professora, a senhora diz que há um esforço de incorporar o debate de história ambiental nas cadeiras obrigatórias nas faculdades de história, evitando a formação de “guetos disciplinares”. Na sua opinião, este esforço já tem resultados positivos? Como isso pode ser feito? Será que essa discussão tem fôlego para chegar ao currículo das escolas?

LISE SEDREZ: Esta última pergunta é difícil, mas eu já tenho alunos de graduação fazendo seus trabalhos de fim de curso neste tópico. Alguns dos meus alunos, por exemplo, analisaram livros didáticos de segundo grau e tentaram entender se e como a história ambiental entrava nas escolas. O resultado foi com altos e baixos. Alguns livros parecem estar incorporando questões da história ambiental, mas, na maior parte das vezes, é só naquele quadrinho explicativo - nisto, não estamos tão diferentes de outras sub-disciplinas, como história de gênero. Depois de uma narrativa bem tradicional, os autores, como se só então lhes tivesse ocorrido, acrescentam um quadrinho dizendo “A propósito, também houve desmatamento neste período” ou “A propósito, também havia mulheres por ali”. Mas alguma coisa já chega lá. Muitas escolas também estão introduzindo educação ambiental no currículo regular, e isto pode incluir alguma discussão de história ambiental. Mas raramente os professores de história se envolvem nesta matéria. Fica mais a cargo dos professores de ciência.

Pessoalmente, acho que o único jeito de história ambiental se desenvolver, e não só no Brasil, é realmente evitando a guetização. Por exemplo, quando ensino história das Américas, a inserção da América Latina no contexto internacional do fim do século XIX passa necessariamente pelo que chamamos de “segunda conquista da América”, uma mudança radical de paisagens e de uso da terra que é um tema clássico da história ambiental. da mesma forma, a conquista do Oeste na história norte americana precisa entender a ocupação das terras indígenas, a destruição do búfalo, a construção das grandes ferrovias e seus custos ambientais - e isto é importante não só para o historiador ambiental, mas para qualquer profissional interessado em história dos EUA no século XiX. Dá trabalho? Dá. Mas também dá frutos, e permite ao estudante, ao futuro historiador abordar as complexidades e as promessas do estudo de história.

CAFÉ HISTÓRIA: Professora Lise, muito obrigado pela entrevista. Tenho certeza que os leitores do Café História possuem grande interesse no que foi dito aqui. Para finalizar, a senhora poderia indicar algumas referencias bibliográficas ou artigos de história ambiental para aqueles que querem se aprofundar no campo?

LISE SEDREZ: O prazer foi todo meu, Bruno.
Bom, esta pergunta me dá uma oportunidade de vender meu peixe. Nos últimos dez anos, tenho mantido uma bibliografia online de história ambiental da América Latina, que pode ser vista em http://www.csulb.edu/laeh De fato, com o apoio da FAPERJ, estou em processo de transferí-la para a UFRJ, adaptando-a ao público latino-americano (por enquanto ela está basicamente em inglês). Ali há mais de mil referências de história ambiental latino-americana, num banco de dados que pode ser pesquisado por autor, tema, palavra chave, título...

Mas para dar uma resposta mais direta, os três textos em português que eu indicaria, para uma introdução à história ambiental, são:

DUARTE, Regina Horta. Por um pensamento ambiental histórico: o caso do Brasil. Luso-Brazilian Review, v.41, n.2, p.144-62, 2005.

PADUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. Estud. av., São Paulo, v. 24, n. 68, 2010.

WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos, v.4, n.8, p.198-215, 1991.

Fonte - Cafehistoria

ETNODOC III: EDITAL FICA ABERTO ATÉ 10 DE JANEIRO


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), recebe, até 10 de janeiro, inscrições no Edital de Apoio a Documentários Etnográficos sobre Patrimônio Imaterial – Etnodoc.  Idealizado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Iphan, em parceria com a Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), e patrocinado pela Petrobras, o concurso está aberto a projetos inéditos de documentário etnográfico, voltado para exibição em redes públicas de TV.

O edital tem como objetivo somar esforços e ampliar as ações voltadas para a valorização e promoção dessa dimensão do patrimônio cultural, assim como estimular iniciativas direcionadas à melhoria das condições de transmissão, produção e reprodução dos bens culturais que compõem esse universo.

A terceira edição do Etnodoc apoiará 15 projetos inéditos de documentários etnográficos, de média duração, com recursos de R$ 1,2 milhão, sendo que cada projeto selecionado receberá a quantia de, no máximo, R$ 80 mil.

Requisitos

Os vídeos participantes do concurso devem ser relativos ao patrimônio cultural imaterial brasileiro, com temáticas sobre saberes, celebrações, formas de expressão e lugares, dentre outras, compreendido conforme definição da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada em 2003. Os projetos precisam ainda ter abordagem etnográfica sobre o objeto da documentação, situado em seu contexto sociocultural, e sobre pessoas e grupos sociais a ele relacionados.

A comissão de seleção será formada por representantes das várias instituições realizadoras e parceiras do projeto, além de pelo menos um especialista convidado, da esfera audiovisual, sem vínculo com as citadas instituições.

As inscrições só poderão ser feitas pelo site do  Etnodoc ,  na seção   Inscrição Online.

Edições anteriores

A primeira edição do Etnodoc foi realizada em 2007, com 466 projetos inscritos. Em 2009, o número de projetos participantes teve um aumento de mais de 50%, registrando mais de 706 inscrições. Na 2ª edição, a principal atualização do edital foi o processo de inscrição que passou a ser feita exclusivamente online.

O Etnodoc foi criado por especialistas do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP e do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  – Iphan e do Ministério da Cultura.

Fonte- Secult-CE

ALTANEIRA: DEPARTAMENTO DE ESPORTES ABRE INSCRIÇÕES PARA CADASTRO DE EQUIPES


O Departamento de Esportes do Município de Altaneira, vinculado a Secretaria de Cultura, abre inscrições objetivando o cadastro de equipes atuantes.

Vale lembrar que esse cadastro abrange as diversas modalidades, a saber: Futebol, Futsal, Vôlei, Handbol, Atletismo, Kung fu, bem como também a Capoeira. Ressalte-se ainda que todas essas modalidades estão divididas entre Masculino e Feminino, assim como entre Adultos e Infantil.

É notório afirmar que as inscrições se estendem até o dia 10 (dez) do corrente mês, das 08h00 (oito horas) as 16h00 (dezesseis horas).


Com informações de altaneira.ce.gov.br

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: GREVE AINDA FUNCIONA?


A greve é um direito histórico conquistado pelos trabalhadores, isto é um fato. Mas, atualmente, temos observado que os diversos movimentos reivindicatórios realizados por sindicatos de trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho e de salário não têm alcançado os resultados desejados em suas pautas, principalmente por acreditarem que a justiça os atenderia. Isto se dá porque a justiça acaba considerando todas as greves ilegais, todas!. Nesse sentido, ainda é viável a utilização deste mecanismo como forma de luta ou é melhor aceitar logo o que as empresas e os governos propõem, tendo em vista que, depois dos transtornos causados a sociedade, os trabalhadores acabam aceitando o que lhes é imposto?

Desta feita, tal assertiva se torna cada vez cruel quando se tem um espaço, aqui entendido como Estados e Municípios sem oposição. Nesse sentido, os governantes acabam por controlar, das diversas formas possíveis, aqueles “agitadores políticos” que, não sem razão, poderiam contribuir para o sucesso dos movimentos grevistas que funcionou e, a história já nos mostrou isso, como mecanismo na busca por melhores condições de trabalho, salário e acima de tudo, como prática de envolvimento maciço da comunidade em prol dos seus direitos.

A Situação piora ainda mais quando os veículos de comunicação nada dizem, nem se quer uma nota sobre a falta de respeito para com as diversas categorias, pois muito deles são maça de manobra dos próprios governantes.  Recentemente, fomos testemunha de mais uma greve no Estado e, novamente este ato foi considerado ilegal perante os olhos vendados da Justiça.

Muitos dos policiais que permaneceram em greve durante seis dias tiveram que aceitar o acordo eito pelo Governo. Toda via, cabe ressaltar que antes disso acontecer a Justiça havia afirmado que a greve era, como todas outras já feitas este ano, ilegal. Por que será?

Ainda assim, doa males o menor. Após seis dias de paralisação, os Policiais e Bombeiros Militares aceitaram na madrugada desta quarta-feira (4) a proposta apresentada pelo Governo do Estado, e anunciaram o fim da paralisação.

Dentre os pontos aceitos estão à anistia aos militares, reajuste salarial, desconsideração das multas e diminuição da carga-horária.

No entanto, faz-se necessário afirmar que a greve ou qualquer outro tipo de manifestação continua e deve continuar como mecanismo na busca por inserção na política e na busca por melhores condições de vida e ato de protesto contra os maus governantes. Que ela deixa de ser uma bandeira de luta apenas dos partidos, dos movimentos esquerdistas e venha a extrapolar esses limites, sendo uma bandeira constante de luta de toda a sociedade.