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Estudantes africanos e movimentos sociais protestam em Redenção, no Ceará, pedindo justiça pela morte de Moïse

 

Estudantes homenagearam o congolês Moïse em frente ao monumento “Negra Nua”, em Redencão. (FOTO/Walbert Costa/SVM).

Participantes de movimentos sociais e alunos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) realizaram, na tarde deste sábado (5), um protesto pela morte do congolês Moïse Kabagambe, vítima de espancamento em um quiosque de praia do Rio de Janeiro, no dia 24 do mês passado.

O ato ocorreu em frente ao campus da Liberdade, sede da Unilab, em Redenção, primeira cidade brasileira a libertar todos os seus escravos, em 1883, cinco anos antes da abolição da escravatura no Brasil, com a Lei Áurea em 1888. A Unilab é destinada a alunos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) como Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

O protesto foi promovido pelo coletivo das Associações de Estudantes Africanos da instituição.

O ato

Usando máscaras de proteção contra a Covid-19, os estudantes exibiam faixas que pediam Justiça e respeito pela população negra. Os cartazes traziam mensagens como "justiça por Moïse", "a carne mais barata do mercado é a carne negra" e ainda "nós somos humanos".

O estudante Abel Calombo se mostrou preocupado com a quantidade de pessoas negras mortas no país e afirmou que não vai parar de lutar pelos direitos da população negra.

A nossa luta é contínua por isso estamos aqui em solidariedade a família de Moise. Vamos continuar resistindo, não vamos nos calar. A cada dia ouvimos relatos de pessoas pretas morrendo e o estado brasileiro não faz nada para mudar isso, disse.

De acordo com o estudante de administração pública da Unilabrede, Jorge Fernando Lodna, o ato é para mostrar a indignação contra o crime além de pedir justiça e o fim do racismo. “O objetivo do ato é pedir justiça, porque nós queremos que seja feita Justiça. E também mostrar que nós somos contra homicídio por questões raciais – um ato que consideramos xenofóbico e racista”, afirmou.

Para o professor moçambicano do Instituto de Humanidades, Segone Ndangalila Cossa, além de prestar uma homenagem a Moïse, os participantes celebram a comunhão da nação africana.

Será também um momento de celebração de comunhão e de organização negra africana para homenagear Moïse Kabagambe, que foi um imigrante congolês brutalmente assassinado no Rio de Janeiro. E o nosso coro junta-se ao coro nacional”, explicou.

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Com informações do G1 CE.