Hoje,
10, completam 18 anos da morte do Florestan Fernandes, um dos maiores
sociólogos brasileiros. Ele não só refletiu sobre a escola brasileira, vindo a
apontar seu caráter elitista, como atuou pessoalmente em defesa da educação
para todos.
Em
uma de suas frases o sociólogo afirmava: "Na sala de aula, o professor
precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde". Ser um professor cidadão
implica buscar ser também um formador de opinião para que o aluno também o seja. (grifo meu). Pensar assim vai ao encontro do
que ele já nos dizia: “Ou os estudantes se identificam com o destino de seu
povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso,
serão aliados daqueles que exploram o povo”.
Florestan
Fernandes nasceu em 1920 em São Paulo e aos 6 anos, começou a trabalhar, primeiro como engraxate,
depois em vários outros ofícios. Mais tarde, ele diria que esse foi o início de
sua aprendizagem sociológica, pelo contato que teve com os habitantes da
cidade.
Em
1969 foi cassado pelo regime militar. Sem poder trabalhar, deixou o Brasil e
lecionou em universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Depois da redemocratização,
filiado ao Partido dos Trabalhadores, elegeu-se deputado federal em 1986 e
1990. Florestan morreu em 1995, de câncer. Publicou quase 80 livros durante a
vida, nos campos da sociologia, da antropologia e da educação. A Revolução
Burguesa no Brasil e Sociedade de Classes e Subdesenvolvimento estão entre os
títulos mais importantes.
Texto
da redação do INFORMAÇÕES EM FOCO