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Kabengele Munanga. (FOTO | Marcos Santos). |
O
antropólogo congolês-brasileiro Kabengele Munanga receberá, na próxima sexta
(2), o título de professor emérito pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH) da USP.
Ele
nasceu em Bakwa Kalonji, no antigo Zaire, atualmente República Democrática do
Congo, em 1940. Está no Brasil desde 1975.
Ao
longo desses anos, ele se debruçou nos estudos sobre antropologia da África e
da população afro-brasileira e nas questões raciais. O intelectual contribuiu
de forma significativa na discussão sobre raça e para derrubar o mito da
democracia racial.
Foi
no país do continente africano que ele iniciou seus estudos na antropologia, ao
cursar a graduação na Universidade Oficial do Congo (1964-1969). Depois, ganhou
uma bolsa de estudos para fazer o doutorado na Universidade Católica de
Louvain, na Bélgica.
Em
1971, o antropólogo retornou ao país de origem para fazer um trabalho de campo,
mas foi impedido pela ditadura de Mobutu Sese Seko (1930-1997).
A
convite do então diretor do Centro de Estudos Africanos da USP, ele veio ao
Brasil, em 1975, e conseguiu, assim, concluir sua pesquisa.
O
antropólogo ingressou como docente na USP em 1980, tornando-se o primeiro
professor negro da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Na
universidade, lecionou até 2012, quando se aposentou, após 32 anos na
instituição.
A
cacique Shirley Krenak e o desembargador Elton Leme foram homenageados em
evento da Fundação SOS Mata Atlântica, em São Paulo, na semana passada. O ator
Klebber Toledo foi o mestre de cerimônias da noite.
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Com informações do Geledés.
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