Em
seu terceiro dia como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia decidiu
cancelar a prorrogação da CPI do CARF, ao rever a decisão de seu antecessor,
Waldir Maranhão, que havia concordado em ampliar em 60 dias o período de
investigações.
Com informações da Assessoria de
Imprensa da Liderança do PSOL na Câmara e Viomundo
De
acordo com o despacho divulgado agora à tarde, o prazo passa a ser de apenas 26
dias, e não permitirá a realização de oitivas no período – o que livra os
principais potenciais fraudadores da Receita Federal de serem investigados pela
CPI.
Embora
ainda precise ser referendada em Plenário, a decisão de Maia – que contraria a
deliberação coletiva dos próprios membros da comissão – acontece no momento em
que a CPI e a operação Zelotes estão em pleno funcionamento, e uma semana após
o conselheiro do Carf João Carlos de Figueiredo Neto, representante da
Confederação Nacional das Indústrias (CNI), ter sido preso na semana passada
chantageando o banco Itaú.
Uma
razão evidente para a prorrogação dos trabalhos da CPI, que, lembre-se, já
estava concedida.
“Rodrigo
Maia já deixa sua marca de blindador das grandes empresas ao cancelar a
prorrogação da CPI do CARF. Certamente, tem acordo com o PSDB e outros
partidos. O PSOL denunciará manobra que visa proteger fraudadores da Receita
Federal, que deveriam ser multados em bilhões de reais, muitos dos quais já
estão indiciados e até denunciados”, afirma o líder Ivan Valente.
O
PSOL já havia apresentado na CPI do Carf diversos requerimentos convocando
empresários envolvidos em escândalos (Operação Zelotes), inclusive André
Gerdau, da Gerdau, e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil, via Fotos Públicas. |
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