Em
meio a protestos nas ruas contra corrupção, privilégios e campanha contra a
PEC-37, o Ministério Público de Goiás finalmente denunciou à Justiça o
ex-senador e ainda procurador Demóstenes Torres (ex-DEM) por vários crimes,
junto com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
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Demóstenes Torres continua recebendo R$ 24 mil mensais do Ministério Público sem trabalhar. |
Paradoxalmente,
Demóstenes Torres continua no cargo de promotor do próprio Ministério Público
de Goiás, recebendo um salário bruto de R$ 24.117,62 mil por mês. Apenas para
não trabalhar, já que está afastado enquanto responde a processos internos.
Seus
colegas procuradores goianos, constrangidos, tentaram suspendê-lo em
definitivo, mas o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) considerou o
cargo vitalício, e o tem mantido afastado, sem perder o salário.
A
Polícia Federal passou um ano e três meses investigando o que resultou na
Operação Monte
Carlo, e entregou o relatório e as provas colhidas ao Ministério
Público para denunciar. A denúncia do MP acontece um ano e cinco meses depois
da operação deflagrada e ainda tem de ser aceita por um juiz para o processo
começar a tramitar.
O
MP de Goiás declarou que apurou fatos, como o recebimento de R$ 5,1 milhões em
dinheiro indevido por Demóstenes, além de outras vantagens indevidas, como
presentes de alto valor e viagens.
Atualmente,
um grande número de policiais defende a PEC 37, que dá só a eles a incumbência
da investigação criminal. O Ministério Público é contra. Juristas se dividem,
com muitos considerando que quem denuncia não tem isenção para investigar
imparcialmente, e o acúmulo das duas funções deixaria poderes demais na mão de
um órgão sem ter quem o controle.
Note-se
também: os policiais civis e federais tem trinta dias de férias por ano, e
ganham menos. Os procuradores do MP tem férias de sessenta dias e ganham mais.
Enquanto
essa discussão acontece, pelo menos a instituição Ministério Público poderia
reformar seus estatutos para o contribuinte não ter de pagar um salário de R$
24 mil para um procurador, afastado por corrupção, ficar sem trabalhar.
Via
Rede Brasil Atual
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