“Há uma grande dívida do estado brasileiro com a população negra”, diz Dep. Juninho



Para marcar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21/03), a Câmara dos Deputados realizou uma Comissão Geral para discutir soluções contra o racismo em áreas como educação, cultura e trabalho. Por indicação da bancada do PSOL, o presidente do PSOL de São Paulo e militante do Círculo Palmarino, Joselício Júnior, conhecido como Juninho, foi à tribuna fazer um pronunciamento em nome do partido.

Se a gente não reconhecer a história de nosso país, marcada por quatro quintos sobre uma das maiores perversidades que a humanidade já produziu. Se a gente não reconhecer que a história desse país sempre foi da manutenção e perpetuação daqueles que estavam no andar de cima, que todos os projetos de transição, seja a independência, o fim da escravidão, a proclamação da República, o fim do Estado Novo, o fim da ditadura civil-militar, sempre foi pelo andar de cima. Então, há uma dívida histórica do estado brasileiro com a população afro descendente. E só é possível, de fato, mudar essas estruturas, tendo mais democracia. Não é com estado de exceção que nós poderemos garantir o avanço”, disse Juninho, após citar um poema de Solano Trindade, o poeta da resistência negra, ao repudiar o avanço de pautas conservadoras e o aumento da violência contra a juventude negra da periferia.


Confira a fala completa de Juninho no site do Psol

Por que é tão difícil combater a corrupção no Brasil?


Existe várias repostas. Mas a que mais merece destaque é a que me permite falar em uma Educação Despolitizada. E o que seria uma Educação Despolitizada? Entendo que esta se configura como aquela em que o processo de ensino-aprendizagem só ocorre entre quatro muros totalmente descontextualizada e fora do propósito. É ainda aquele modelo de educação onde tudo acontece ao seu redor, mas quando está na escola e em sala de aula, há um proposital esquecimento das ações, dos fatos.

Explico melhor. É como se a escola fosse desconectada da realidade. Não entendeu? Calma, vou exemplificar. O Brasil está passando por momento conturbado. Na política, na área econômica, social e cultural. Muito parecido com o pré 64, do século passado. Naquele período o Brasil vivia uma fase de ajustes, de construção de projetos sociais. As primeiras ideias de Reforma Agrária e Política emergia sob o governo de João Goulart (Jango). Não contente com isso, setores conservadores e elitistas junto com os militares com o apoio irrestrito da mídia implantaram o golpe, sob o falso discurso de que no Brasil iria se construir o comunismo (antes fosse). O resultado disso? 21 anos de ditadura. 21 anos sem liberdade de expressão. 21 anos de tortura. 

Em 2016, algo parecido está acontecendo. Só que não há justificativas de COMUNISMO e ao invés de setores militares, assume o posto alguns nomes do judiciário e o resto dos componentes permanecem. A justificativa agora é o combate a corrupção. Aplausos. E mais aplausos. Mas não se deve continuar aplaudindo, afinal de contas os que hoje estão gritando aos quatros cantos não querem de fato acabar com a corrupção, pois são também corruptos e até mais. A mídia, representada aqui pela Globo, é seletiva. Para ela uns são corruptos (pois não são do seu grupo), outros – mesmo tendo todos os indícios e até provas, sequer são citados. A justiça, aquela que deveria saber de cor e salteado os ditames constitucionais está, nos últimos meses, rasgando a constituição e rompendo com a democracia em prol de interesses nada animadores para o Brasil. Não se combate a corrupção sendo seletista e muito menos querendo destruir a democracia que se conquistou a duras penas.

E a escola, como pode ajudar no combate a corrupção? Seria fingindo que o que acontece lá fora não interfere na vida dos estudantes? Não. De forma alguma. Seria deixar de lado o que ora acontece em prol do velho clichê escolar – “não quero atrasar o conteúdo”. “Estamos próximos do ENEM”... Também não. Dá para explicar Egito Antigo, o Império Kush e esquecer o presente? Não dá. E como estudar Revolução Francesa sem se referir as manifestações que ora ocorre? Como estudar a Ditadura Civil-Militar sem se referir a tentativa de construção de uma nova ditadura?

Me parece impossível de acontecer. Só me parece, pois acontece. E qual o resultado disso? Alunos despolitizados, alienados e despreparados para a vida e alunos assim ajudam a manter a corrupção, pois serão futuramente eleitores e quem sabe candidatos e candidatos eleitos.



Do Tijolaço: “Listão da Odebrecht” tem mais de 200 nomes de políticos. E nenhum deles é Lula


Não foi um vazamento; foi um rompimento de adutora.

A adutora que abastece, e todo mundo sabe disso, todas as campanhas política no Brasil que, contra a vontade da mídia, de Gilmar Mendes, de Eduardo Cunha, do PSDB e de tanta gente “boa”, adiou o quanto pôde o financiamento público das eleições.




Aécio Neves, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Jaques Wagner, Romero Jucá, Humberto Costa, Eduardo Paes, José Sarney e Eduardo Campos, morto em 2014, entre centenas de outros. Centenas mesmo, mais de 200.

Não está claro na matéria o que foi legal e o que foi “caixa dois”, que nenhuma campanha política de algum porte deixa de ter.

É m… no ventilador para ninguém botar defeito, mas uma coisa salta aos olhos.

O nome de Lula não aparece uma só vez no listão, que está em poder da Lava Jato desde 22 de fevereiro.

E o documento, em tese, teria sido divulgado ontem, quando não haveria restrição partida da decisão do STF, tomada já tarde da noite por Teori Zavascki.

Eu ainda mantenho um “pé atrás”. Não é lógico que uma planilha assim vá ver guardada durante oito meses de prisão do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, sem ter sido picado, incinerado e desaparecido.

Alguns  arquivos publicados por Fernando Rodrigues estão indisponíveis, surgindo em seu lugar uma indicação de página em manutenção, como reproduzo abaixo. Outros são estranhos, contendo textos estranhos ao caso, como a reprodução da famosa avaliação do ex-secretário de comunicação do Planalto, Tomas Trauttman, sobre o cenário eleitoral, que foi amplamente publicada e não revela, por isso, absolutamente nada.

Coisas estranhas, muito estranhas.

Mesmo num país em que não se estranha mais nada.

Da RBA: Cepal aponta preocupação com 'estabilidade democrática' e cita avanços no Brasil


A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) encaminhou ontem (22) mensagem à presidenta Dilma Rousseff, manifestando preocupação com os "acontecimentos políticos e judiciais que convulsionaram o Brasil nas últimas semanas" e reconhecendo os avanços sociais e políticos que o país conseguiu na última década. "Nos alarma ver a estabilidade democrática de sua pátria ameaçada", escreveu a secretária-executiva da entidade, Alicia Bárbena, destacando a vigência do Estado democrático de direito.

"Nos alarma ver a estabilidade democrática de sua pátria ameaçada", escreveu a Dilma a secretária-executiva da Cepal, Alícia Bárbena.
"A soberania popular, fonte única de legitimidade na democracia, entregou antes a Lula e depois a você, Presidenta Rousseff, um mandato constitucional que se traduz em governos comprometidos com a justiça e a igualdade", diz a mensagem, acrescentando que nunca na história do país tantas pessoas saíram da situação de fome, pobreza e desigualdade. Ainda segundo a Cepal, é significativo o fato de que os recentes governos brasileiros "reforçaram a nova arquitetura de integração de nossa região, da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)".

A Cepal diz reconhecer o esforço do Judiciário para "perseguir e punir a cultura de práticas corruptas que historicamente são a parte mais obscura do vínculo entre os interesses privados e as instituições do Estado". Mas acrescenta que a presidenta vem "apoiando permanentemente essa tarefa, com a valentia e honradez que é a marca de sua biografia, apoiando a criação de uma nova legislação mais exigente e de instituições investigativas mais fortes".

Por essa razão, a entidade se diz chocada com o fato de que, sem que haja provas, servindo-se de vazamentos e uma "ofensiva midiática" que condena de antemão, "se tente demolir sua imagem e seu legado, ao mesmo tempo em que se multiplicam os esforços por menosprezar a autoridade presidencial e interromper o mandato que os cidadãos entregaram nas urnas".

Para a entidade, os acontecimentos no Brasil mostram para a América Latina "os riscos e dificuldades a que nossa democracia ainda está exposta".

Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial Resgata Ideias





A Organização das Nações Unidas (ONU) institui a data de 21 de março, como o dia de luta pela eliminação da Discriminação Racial. O dia resgata a lembrança dos ideais de homens, mulheres e crianças que morreram no “massacre de Sharpeville” ocorrido em Joanesburgo, na África do Sul, durante o regime do Apartheid, por simplesmente buscarem uma sociedade igualitária sem discriminação racial.

Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.

Precisamos repudiar e denunciar cada vez mais as práticas de discriminação ainda existentes em nossa sociedade! Vamos juntos!