Trilha Sítio Poças, em Altaneira, é considerada um dos melhores circuitos de clicismo do interior cearense


Raimundo Soares Filho, jurista e administrador do Blog de Altaneira, publicou neste sábado, 27 de junho em seu portal na rede mundial de computadores, artigo intitulado “Os Melhores Tempos da Trilha Sítio Poças”. Neste, além de se perceber as melhores marcas de cada ciclista, seja altaneirense ou não, visualiza-se também que a trilha, segundo Soares, já está entre os melhores circuitos do interior do estado do ceará.

Higor - Ciclista altaneirense. Foto: João Alves.
Ainda de acordo com o artigo, Ruan Jacinto detém o melhor tempo por volta e por etapa. 11min e 16seg e 1h.15min e 36seg, respectivamente. Quando se volta para os altaneirenses, destaque para Lindevaldo Ferreira que ostenta o tempo de 12min e16seg por volta e  1h.22min e 08seg por etapa. Em 2014 esse recorde era de João Filho, oriundo da Equipe Beto Ciclo.

Na manhã deste domingo ocorreu o V etapa do Campeonato Municipal de MTB e os dados abaixo devem ter mudanças.

Os 10 ciclistas com melhores voltas de 2015 são:
1) Ruan Jacinto: 11min.16seg
2) João Filho: 11min.48seg
3) Lindevaldo Ferreira:  12min.16seg
4) Dhiogo Correia: 12min.50seg;
5) Higor Gomes: 12min.56seg;
6) Fabiano Almeida: 13min.30seg;
7) Evandro Vieira: 13min.40seg;
8) Kelvyn Kleber: 14min.23seg
9) Kelbe Bezerra: 14min.33seg;
10) Jobson Júnior: 14min.37seg

Os 10 melhores tempo por etapa de seis voltas na Trilha Sítio Poças são:
1) Ruan Jacinto: 06 voltas - 1h.15min.36seg;
2) João Filho: 06 voltas - 1h.22min.00seg;
3) Dhiogo Correia: 06 voltas - 1h.22min.50seg;
4) Lindevaldo Ferreira:  06 voltas - 1h.22min.08seg;
5) Higor Gomes: 06 voltas - 1h.23min.25seg;
6) Evandro Vieira: 06 voltas - 1h.29min.10seg;
7) Fabiano Almeida: 06 voltas – 1h.29min.30seg;
8) Kelbe Bezerra: 06 voltas - 1h.32min.33seg;
9) Jobson Júnior: 06 voltas - 1h.34min.50seg;
10) Bruno Aires (Bala): 06 voltas - 1h.37min.44seg.


Documentário: Africanidades brasileiras e educação



“...porque nós formamos um cidadão que não sabe realmente quem ele é. Ele quer ser considerado como europeu, como ocidental. Quando, na realidade, ele é brasileiro. Ele é o fruto, o resultado de um encontro das culturas e das civilizações. No cotidiano, ele passa, tropeça nas contribuições africanas, mas não tem consciência disso. Seria bom oferecer, na formação do cidadão, não apenas os valores ocidentais, mas os valores da história, da visão do mundo, da filosofia de vida dos povos que construíram o Brasil. É necessário que isso seja ensinado nas escolas brasileiras, faz parte do processo da educação, para que uma pessoa possa respeitar a outra...” Kabengele Munanga (2008)


Em março de 2003, foi aprovada a Lei Federal nº 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Essa lei altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e, comprometida com as origens do povo brasileiro, tem o objetivo de promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade. A implementação da lei é um desafio que se faz presente no espaço escolar e entre os professores da Educação Básica há mais de uma década, pois em sua proposta é necessária a construção de diversos conhecimentos multidisciplinares sobre as culturas africana e afro-brasileira.

E para vencer os diversos desafios, muitos são os caminhos, processos e iniciativas a serem percorridos.

Em 2008, foi produzido no Salto para o Futuro o Documentário: Africanidades Brasileiras e Educação, que agora está disponível aqui e no site da TV Escola.

Nesse documentário, um grupo de entrevistados reflete sobre as africanidades brasileiras. São eles: Carlos Moore Wedderburn – Universidade  do Caribe; Georgina Helena Lima Nunes – Universidade Federal de Pelotas; Julio César Tavares – Universidade Federal Fluminense; Kabengele Munanga – Universidade de São Paulo; Joselina da Silva – Universidade Federal do Ceará;  Yedo Ferreira – Movimento Negro; Luena Pereira – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Alain Pascal Kaly – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; e Azoilda Loretto da Trindade – Coordenadora do Instituto Diálogo entre Povos e Consultora desse Documentário.

Convidamos todos a assistirem!

                          

As sete maiores vergonhas da História do Brasil


A pedido da Trip, a antropóloga Lilia Schwarcz e a historiadora Heloisa Starling, autoras do recém-lançado ''Brasil: uma biografia'', fazem uma lista dos episódios mais vergonhosos da história nacional

No livro, com acesso a documentação inédita e vasta pesquisa, as autoras traçam um retrato completo do país. Dão conta não somente da "grande história" mas também do cotidiano, da expressão artística e da cultura, das minorias, dos ciclos econômicos e dos conflitos sociais. E, claro, falam também sobre os momentos tensos, de vergonha.

São eles:

1 — Genocídio da População Indígena


Até os dias de hoje há controvérsia sobre a antiguidade dos povos do Novo Mundo. As estimativas mais tradicionais mencionam 12 mil anos, mas pesquisas recentes arriscam projetar de 30 mil a 35 mil anos. Sabe-se pouco dessa história indígena, e dos inúmeros povos que desapareceram em resultado do que agora chamamos eufemisticamente de "encontro" de sociedades. Um verdadeiro morticínio teve início naquele momento: uma população estimada na casa dos milhões em 1500 foi sendo reduzida aos poucos a cerca de 800 mil, que é a quantidade de índios que habitam o Brasil atualmente.

2 — Sistema Escravocrata


O Brasil recebeu 40% do total de africanos que compulsoriamente deixaram seu continente para trabalhar nas colônias agrícolas do continente americano, sob regime de escravidão, num total de cerca de 3,8 milhões imigrantes. Fomos o último país a abolir a escravidão mercantil no Ocidente (só o fazendo em 1888, e depois de muita pressão) e o resultado desse uso contínuo, por quatro séculos, e extensivo por todo o território foi a naturalização do sistema. Escravos eram abertamente leiloados, alugados, penhorados, segurados, torturados e assassinados.

3 — Guerra do Paraguai


O Império brasileiro errou em cheio. Avaliou-se que a contenda internacional opondo, de um lado, Brasil, Uruguai e Argentina, e, de outro, o Paraguai seria breve e indolor. No entanto, a guerra – na época chamada de "açougue do Paraguai" ou de "tríplice infâmia" – durou cinco longos e doloridos anos: de 1865 a 1870. A consequência para o lado paraguaio não foi apenas a deposição de seu dirigente máximo, mas a destruição do próprio Estado nacional. Os números de mortes sofridos pelo país são até hoje controversos e oscilam entre 800 mil e 1,3 milhão habitantes. Quanto às estatísticas brasileiras, a relação de homens enviados varia de 100 a 140 mil.

4 — Canudos


Em 1897, a República abriu guerra contra Canudos: uma comunidade sertaneja originada de um movimento sóciorreligioso liderado por Antônio Conselheiro. Canudos incomodou o governo da República e os grandes proprietários de terras, pois era uma nova maneira de viver no sertão. Em 1897, o arraial foi invadido por tropas militares, queimado a querosene e demolido com dinamite. A população foi dizimada. Em Os sertões, publicado em 1902, Euclides da Cunha escreve: "Canudos não se rendeu. Caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, e todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados".

5 — Polícia política do Governo Vargas


Em 1933, Getúlio Vargas criou a Delegacia Especial de Segurança Política e Social (Desp). Para comandá-la, Vargas entronizou o capitão do Exército, Filinto Müller. Na condição de chefe de polícia, Müller não vacilou em mandar matar, torturar ou deixar apodrecer nos calabouços do Desp os suspeitos e adversários declarados do regime sem necessidade de comprovar prática efetiva de crime. Pró-nazista, sua delegacia manteve um intercâmbio, reconhecido pelo governo brasileiro, com a Gestapo – a polícia secreta de Hitler – que incluía troca de informações, técnicas e métodos de interrogatório.

6 — Centros clandestidos de violação de direitos humanos


A ditadura militar instalou, a partir de 1970, centros clandestinos que serviram para executar os procedimentos de desaparecimento de corpos de opositores mortos sob a guarda do Estado – como a retirada de digitais e de arcadas dentárias, o esquartejamento e a queima de corpos em fogueiras de pneus. No Brasil governado pelos militares, a prática da tortura política e dos desaparecimentos forçados não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e nessa constatação reside o escândalo e a dor.

7 — Massacre do Carandiru


Mais conhecida como Carandiru, a Casa de Detenção de São Paulo abrigava mais de 7 mil detentos, em 1992 – a capacidade oficial era de 3.500 pessoas. No dia 2 de outubro, uma briga entre facções rivais de presidiários terminou num massacre: a tropa policial entrou no presídio utilizando armamento pesado e munição letal. 111 presos foram mortos e 110 feridos. O cenário era de horror. Passados 21 anos, somente em 2014, 73 policiais foram condenados – todos podem recorrer em liberdade.



Terreiro de candomblé Ilê Axé Oloiobá é atacado e destruido



O Escritório Frei Tito de Alencar, órgão de defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deve reunir, nos próximos dias, materiais para oferecer denúncia pelo ataque sofrido no terreiro de candomblé Ilê Axé Oloiobá, há cerca de duas semanas. O local onde acontecem os encontros religiosos, na Cidade Nova, divisa entre Fortaleza e Maracanaú, teve o prédio completamente destruído durante a madrugada. Cerca de 10 integrantes do grupo recorreu à advogada do escritório, Luanna Marley, que deve pedir apoio à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ao Ministério Público Estadual e à Justiça. A suspeita é que o crime tenha sido motivado por preconceito religioso.

O Terreiro de Candombé Ilê Axé Oloiobá na Cidade Nova, ficou completamente destruído após ataque.
O escritório deve entrar com três ações judiciais. A primeira é de usucapião (já que o terreiro existe, no mesmo local, há mais de 25 anos, mas o dono não tem o documento de propriedade). A segunda é em relação ao crime cometido no local. A terceira é de indenização por danos morais. “Não podemos admitir que crimes dessa natureza permaneçam impunes e os criminosos ajam livremente”, apontou a advogada.

Queremos realizar nossos encontros como sempre ocorreram, com muita fé e segurança”, confirma Marcos da Justa Teixeira, conhecido como Marcos de Oxissi. A ideia de procurar proteção, segundo Marcos, veio após a agressão de uma criança, no Rio de Janeiro, apenas por estar com roupas do candomblé.

Maria Zelma de Araújo Madeira, titular da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Ceará (Ceppir/CE) defende que a questão das minorias, no Ceará, sempre foi levada em segundo plano por conta do machismo. “Combatemos a intolerância religiosa, machismo, homofobia. Lutamos conjuntamente para a transformação social”, confirma.

Conheça o Tambor de Crioula: Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro



O Tambor de Crioula do Maranhão é uma forma de expressão de matriz afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão de tambores. Seja ao ar livre, nas praças, no interior de terreiros, ou associado a outros eventos e manifestações, é realizado sem local específico ou calendário pré-fixado.


Reconhecido em 2007 como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde então, o 18 de junho se tornou Dia Nacional é marcada por festas em diversas cidades do estado.

Trazida para o estado por escravizados de diversas regiões africanas nos séculos XVIII e XIX, como divertimento ou uma forma de louvor e pagar promessa a São Benedito.

Essa manifestação afro-brasileira ocorre na maioria dos municípios do Maranhão, envolvendo uma dança circular feminina, canto e percussão de tambores. Dela participam as coreiras ou dançadeiras, conduzidas pelo ritmo intenso dos tambores e pelo influxo das toadas evocadas por tocadores e cantadores, culminando na punga ou umbigada – gesto característico, entendido como saudação e convite.