Os 10 maiores escândalos de corrupção no Brasil por partido


Clique aqui para ler a aula que o Lula deu ao PT sobre como enfrentar a acusação de corrupção.

E aqui para ler sobre a primeira providência de FHC, ao chegar à Presidência: matar uma comissão criada por Itamar Franco para investigar a corrupção.

Em tempo: não consta da lista o Tancredoporto do Papai.




Publicado originalmente no Conversa Afiada

Democracia sem povo?


José Lopes Feijóo, que participou da 14ª Plenária da CUT,
volta a defender ampliação da democracia.
Assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo voltou a defender o sistema nacional de participação social, conforme decreto publicado em maio pelo governo e atacado pela oposição. "Pensávamos que era absolutamente natural. Quem poderia ser contra? Os de sempre, os que querem democracia sem povo", afirmou Feijóo, durante a abertura da plenária da CUT, ontem à noite, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. "Esse é um debate que ainda não acabou." Para ele, o que se discute, nesse caso, é a própria evolução da democracia brasileira ("Mais que representativa, participativa").

Ex-dirigente da própria CUT, o assessor lembrou ter recebido o convite em 2011 para ingressar em um governo "que resolveu estabelecer o diálogo e a negociação como princípio". Assim, acrescentou, a própria política de participação social se insere como um princípio do governo. Ele fez um pedido à plenária: "Defendam esse projeto, que diz respeito à luta da nossa vida".

Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mesa de abertura do evento, que vai até sexta-feira (1º), tinha ainda o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), e toda a executiva da CUT. Na plateia, estavam o presidente da CSB, Antônio Neto, e o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.

Via Rede Brasil Atual



Democracia tem preço?


Candidatos e partidos costumam exagerar na previsão de gastos apresentada aos tribunais eleitorais no começo das campanhas. Neste ano, eles capricharam. Dilma Rousseff, Aécio Neves, Eduardo Campos e oito presidenciáveis “nanicos” planejam despesas que superam os 900 milhões de reais, o dobro do orçamento inicial da eleição de 2010. Quando se somam os dispêndios dos postulantes a governador, senador e deputado, a disputa pode movimentar perto de 5 bilhões de reais. Graças à lei, o grosso da conta será pago com dinheiro de empresas. Que, como se sabe, não fazem doações, mas investimentos na política, à espera de retribuições.

Quadro contendo quatro dos 11 candidatos a presidência. Edição: Informações em Foco
Dona da mais alta planilha de gastos do País, de 298 milhões de reais, a campanha de Dilma está pronta para colocar o poder econômico na berlinda. No programa de governo entregue à Justiça ao lado das estimativas de despesas, o PT propõe um plebiscito sobre o fim das contribuições empresariais, uma bandeira presidencial durante as manifestações de junho de 2013. E pelo que se discute entre seus estrategistas, é provável que no meio da campanha a candidata à reeleição retome uma ideia ainda mais polêmica, também lançada no auge dos protestos: a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política.

Entre os dilmistas, há uma torcida pelo sucesso da tentativa de se realizar na primeira semana de setembro uma consulta popular sobre a proposta de Constituinte. A ideia da votação surgiu logo após as manifestações. A iniciativa reúne hoje 242 organizações, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o coletivo Fora do Eixo, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a associação brasileira de ONGs.

Para difundir o “plebiscito Constituinte”, os organizadores distribuem panfletos e promovem atos públicos. Querem mobilizar 10 milhões de brasileiros e arrancar da maciça maioria um “sim” à Constituinte. Seria uma votação sem valor legal, mas com potencial político. Com a sucessão presidencial a pleno vapor e a quatro semanas da eleição, qual candidato teria coragem de desprezar uma proposta com tamanho apoio popular, caso lhe fosse cobrada uma posição? Dilma tende a encampá-la e a constranger os rivais a seguirem-na.

Pela análise das plataformas de governo registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é mais fácil esperar um compromisso de Campos do que de Aécio. A rejeição ao atual sistema político é a essência da chapa do ex-governador pernambucano e de Marina Silva, que prevê gastar 150 milhões de reais. O programa do PSB prega, por exemplo, o uso mais frequente de plebiscitos e a revisão da “legislação de financiamento eleitoral para baratear as campanhas e diminuir a influência do poder econômico”. O documento tucano, por sua vez, faz uma única menção à reforma política, defendida “com o propósito de tornar mais confiável e transparente a atuação política”. Aécio calcula despesas de 290 milhões de reais.

O PSDB integrou o bloco partidário formado no Congresso, em 2013, que barrou a reforma política via plebiscito e Constituinte, propostas lançadas por Dilma em cadeia de tevê e rádio. A resistência uniu siglas da oposição a legendas aliadas do Palácio do Planalto, inclusive setores do PT, união azeitada pelo instinto de sobrevivência em terreno conhecido. Contra o plebiscito e a Constituinte, alegou-se o atropelo às funções do Congresso, um arroubo autoritário. Certa de que não dá para contar com o Legislativo, a cúpula do PT aposta na pressão das ruas para alterar as regras do jogo.

Na visão de líderes e estrategistas do partido, sem mudar o sistema, é complicado para o governo petista – mesmo se reeleito – proporcionar avanços econômicos e sociais na magnitude do que acreditam ter sido feito desde 2003. Com um Congresso dominado pelo poder econômico, não dá para acelerar a reforma agrária, taxar grandes fortunas ou providenciar verba extra à Saúde via nova tributação. Em um vídeo divulgado recentemente na internet em favor da reforma política, o ex-presidente Lula foi explícito: “Para o Brasil continuar mudando, é preciso garantir a legitimidade das instituições e acabar com a interferência do poder econômico nas eleições”.

A exagerada interferência da grana gera uma classe política que não reflete o conjunto da sociedade, especialmente nos legislativos. Das 594 cadeiras do Congresso, 273 são ocupadas por empresários e 160 por fazendeiros, conforme o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o Diap. Seriam 72% dos brasileiros donos de empresas ou de terras? Apenas 73 congressistas são ligados a sindicatos. Não consta que a classe trabalhadora no País esteja restrita a 13% da população.

Nas pesquisas acadêmicas feitas no País desde a década passada, há uma conclusão praticamente unânime de que o financiamento patronal possui inegável impacto. Estudioso do tema, o cientista político Wagner Mancuso, da Universidade de São Paulo, garante: candidato com caixa fornido é favorito e, uma vez eleito, estabelece uma relação com o financiador baseada no compadrio (ele ajuda o patrocinador a arrumar empréstimo em bancos oficiais, contratos com órgãos estatais e benefícios tributários, entre outras vantagens).

A doação empresarial motivada por expectativa de retorno dificulta o arejamento do universo político e empurra os partidos para o governismo, mesmo aqueles sem afinidade ideológica com o Planalto. Os financiadores, diz Mancuso, optam por contribuir com candidatos que possuam mandato e sejam governistas, pois um perfil assim teria chance de mostrar “serviço”, ou seja, retorno. Na eleição de quatro anos atrás, 4.369 candidatos disputaram uma vaga a deputado federal. Só 10% eram parlamentares em busca de novo mandato. Dos 430 postulantes que mais receberam doações, 53% eram, no entanto, deputados em busca da reeleição.

A concentração financeira é um fenômeno também entre os patrocinadores, segundo Mancuso. Na eleição passada, a Justiça Eleitoral registrou donativos feitos por 19 mil empresas. Metade do dinheiro saiu, porém, do cofre de apenas 70 companhias. Mais: um terço partiu de somente 15. Neste clube capaz de decidir quem tem chance de se eleger, há seis empreiteiras (Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS, Galvão Engenharia e UTC Engenharia), três bancos (Itaú, Bradesco e BMG), duas siderúrgicas (CSN e Gerdau), uma mineradora (Vale), um frigorífico (Friboi), uma telefônica (Oi, via controlada Contax) e uma fabricante de bebidas (Petrópolis).

Apesar de valiosa para o eleitor na hora de votar, a informação sobre contribuições de campanha é nebulosa. Pela lei, os candidatos devem entregar à Justiça duas prestações de contas na campanha, em agosto e setembro. O nome dos financiadores, contudo, só é exigido na prestação final, um mês após a votação. Além disso, tornou-se frequente a “doação oculta”, que esconde o patrocinador. Em vez de os recursos irem direto para o candidato, são enviadas ao partido ou ao comitê de campanha, e esses fazem o repasse. Para tentar coibir a prática, o TSE decidiu que neste ano todo repasse financeiro de partido ou comitê para candidato precisará indicar o CNPJ do doador original.

A proibição das doações empresariais teria como provável efeito a adoção do financiamento de campanhas com verba pública. Em um País com alta rejeição à política, parece difícil que o eleitor aceite gastos de 5 bilhões de reais bancados com o “seu, o meu, o nosso dinheiro”. É preciso não somente convencer a sociedade de que vale a pena investir na democracia, como repensar o formato das campanhas. “Elas são cada vez mais caras, porque se transformaram em fenômenos midiáticos, não se discute projeto. E não é um problema apenas do Brasil. Quem estuda democracia no mundo não está otimista”, diz Mancuso. Ou seja, seria preciso trocar o marketing pela política.

Publicado Originalmente no Carta Capital

Jornal O Povo promoverá Encontro de Blogueiros


Com o tema "Diversidade & Web: Perdas e Ganhos da Visibilidade", o Encontro de Blogueiros O POVO chega a sua VII Edição debatendo um assunto importante e polêmico, incluindo a luta contra a homofobia e os assuntos ligados à Diversidade Sexual na internet.

A temática será debatida por nomes reconhecidos do cenário LGBTT  na capital cearense, como Verônica Guedes, diretora do Festival "For Rainbow", Denilson Albano, criador do personagem "Anderson Lauro", Emanuel Freitas, blogueiro do "Palco G" do O POVO Online e Verônica Válenttino, atriz e cantora da banda "Verônica Decide Morrer".

O debate será mediado pelo colunista do "Cena G" do jornal O POVO, Emerson Maranhão. O evento ocorrerá na próxima terça-feira,  29 de Julho, às 19 horas, na sede do Jornal O POVO. Contará ainda com uma participação especial do DJ Adrian Brasil.

De acordo com informações repassadas a este blogueiro via e-mail  por Fernando Diego, Analistas de Mídias Sociais, o encontro visa estender os debates nascidos nas redes sociais para o ambiente offline, além de divulgar blogueiros e parceiros para os interessados sobre o tema abordado.

O Blog Informações em Foco é parceiro do O Povo desde 2013. Além deste, o município de Altaneira conta com mais um portal no rol de parceiro deste jornal, a saber,  o Blog de Altaneira, do jurista Raimundo Soares Filho.

Aécio construiu aeroporto em outra cidade que tem fazenda - Montezuma


Não foi só a cidade de Cláudio (MG), onde o senador Aécio Neves (PSDB) tem propriedade rural, que teve aeroporto construído com critérios que mais atendem a conveniência privada da oligarquia política dos Neves da Cunha do que ao interesse público.

Aécio construiu aeroporto em outra cidade que tem fazenda: Montezuma (Edição: Pragmatismo Político).
A cidade de Montezuma, no norte do estado, também teve sua pista de pouso asfaltada quando o tucano era governador. A Perfil Agropecuária, empresa herdada pelo senador tucano, apropriou-se de 950 hectares de terras no município, que o estado de Minas Gerais considerava públicas, por meio de um polêmico processo de usucapião.

Nas licitações do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) realizadas em 2008 aparece uma única obra de pavimentação de aeródromo no interior: Montezuma. Justamente onde a empresa agropecuária do Aécio tem fazenda.

Como o uso da pista é muito raro, já que a cidade tem cerca de 7.500 habitantes, a população dos sem-avião questionou a obra, uma vez que há diversas outras necessidades urgentes a ser atendidas. Detalhe: já há aeroportos em municípios vizinhos da região, como Salinas, Janaúba, Rio Pardo de Minas e Espinosa.

Para se ter uma ideia das outras prioridades, só 27% dos domicílios contam com rede de esgoto. É a empresa estadual de água e esgoto (Copasa) que atende a cidade. Enquanto o orçamento estadual era gasto em obras convenientes para a família do governador tucano, foram necessários recursos federais do PAC Saneamento para melhorar as condições locais. Além do problema do saneamento básico, muitas ruas de Montezuma ainda não têm sequer pavimentação como a da pista do aeroporto.

A imagem abaixo mostra que a pista do aeroporto é praticamente da extensão dos eixos da área urbana.


Via Pragmatismo Político