O lado que a mídia golpista omite: O significado político na renuncia do Papa Bento XVI





A renúncia do Papa é apresentada como uma decisão pessoal, devido à idade. Evidentemente, é preciso buscar as razões de fundo para um gesto inédito nos anais recentes da Igreja e que enfraquece ainda mais a sua credibilidade.

Os pontificados ficam historicamente identificados com alguns dos fatos ou decisões mais importantes que marcaram esses períodos. O Papa Pio XII, contemporâneo do nazismo e aliado de Hitler na sua ascensão ao poder, ficou indelevelmente marcado por essa aliança. Mais no passado, o que resta na memória popular de Papas como Rodrigo Borgia, ou Alexandre VI, senão a reputação cruel e devasso, que nomeou o próprio filho Cesare Borgia, além de muitos outros parentes, como cardeais? De Júlio III, a nomeação como cardeal-sobrinho do amante de 17 anos, Innocenzo.

De Joseph Ratzinger, o Bento XVI (foto), o elemento mais marcante de seu pontificado, antes da renúncia, parecia que iria ser a denúncia pública da pedofilia no clero. Poderá essa renúncia tirar o foco desse problema e sua sucessão lançar uma cortina de fumaça que oculte a série de escândalos?

Trago nestes breves comentários, de alguém que não é um vaticanólogo, apenas algumas evidências disponíveis para qualquer leitor de jornais de que essa renúncia não é um raio em céu claro. Que evidências são essas?

As de que o Vaticano viveu no pontificado de Bento XVI uma crise já antiga de perda de influência social e política, agravada pela perda da credibilidade moral com os escândalos de pedofilia. Mas ao se tratar dessa instituição, não se deve esquecer que ela é, do ponto de vista financeiro, uma das maiores multinacionais do planeta, com investimentos em bancos, corporações, reservas de ouro, etc. (MANHATTAN, 1983 mostrou a dimensão dessa fortuna).

No ano passado, a Igreja Católica viveu outra crise com as revelações de corrupção e negociatas feitas a partir dos documentos vazados pelo mordomo do Papa, no que ficou conhecido como Vatileaks. Dessa vez, a culpa não era do mordomo, que foi preso, processado, condenado e depois perdoado.

O Banco do Vaticano (o “banco mais secreto do mundo” como diz a revista Forbes (JORISH, 2012) é o IOR (Instituto das Obras da Religião), fundado em 1942. Nesse período o Vaticano vinha de uma colaboração com o regime nazista, por parte de Pio XII, mas, ainda antes disso, de uma colaboração mais estreita com Mussolini, que concedeu ao Vaticano em 1929 a assinatura do Tratado de Latrão com o estado italiano.

Esse tratado, também conhecido como Concordata foi o que permitiu o reconhecimento do Vaticano como um Estado dentro de outro Estado, incluindo a gestão das próprias finanças e a manutenção da influência política sobre a Itália que ficava com o catolicismo como religião oficial, o ensino confessional nas escolas públicas e outras vantagens ao clero. Só em 1978, houve uma alteração que tornou a Itália uma República laica e o divórcio foi aprovado.

Rompendo o isolamento em que o Vaticano havia ficado desde a vitória da república italiana em 1870, Mussolini concedeu também vultosas indenizações à Igreja. Parte desse dinheiro foi aplicado em Londres em aquisições imobiliárias que hoje alcançam o valor de cerca de meio bilhão de libras esterlinas, embora o valor real permaneça secreto, apesar das denúncias recentes do jornal Guardian (LEIGH; TANDA; BENHAMOU, 2013).

Os interesses econômicos do Vaticano também estão sendo afetados pela crise global, o que levou inclusive que em 2012 ocorresse o maior déficit fiscal em muitos anos no Vaticano, de cerca de 19 milhões de dólares (VATICAN, 2013). Nessa crise também incide o custo financeiro com os processos por pedofilia.

Os escândalos de pedofilia, além do custo moral, têm um preço econômico com os processos e indenizações, que só nos EUA, chegaram a três bilhões de dólares em mais de três mil processos abertos, com 3.700 clérigos denunciados, 525 presos, a maioria dos quais condenados e cumprindo penas.

Desde os anos de 1950 até hoje cerca de seis mil sacerdotes já foram denunciados nos Estados Unidos por abusos sexuais contra crianças, o que equivale a 5,6% do total do clero estadunidense (SCHAFFER, 2012). Figuras de proa da Igreja, como o líder dos Legionários de Cristo, no México, Marcial Maciel forma denunciados por pedofilia e outros abusos.

Bento XVI protegeu setores diretamente nazistas do clero, como o bispo Richard Williamson, negacionista do Holocausto que havia sido excomungado por João Paulo II, e cuja excomunhão foi revogada por Bento XVI em 2009. Apesar disso e de ter atendido aos interesses de setores ultraconservadores da Opus Dei e do Caminho Neocatecumenal, cerrando fileiras com partidos como o PP na Espanha para impor os planos de austeridade e flertando com a extrema-direita europeia, Bento XVI teria desagradado a esses setores ao tentar reconhecer parte dos escândalos de pedofilia para buscar limpar a reputação da Igreja. Isso levou um colunista de El País a avaliar que a renúncia foi resultado da pressão desses setores ultraintegristas (MORA, 2013).

Seja por causa das acusações de corrupção ou de pedofilia, a renúncia acrescenta uma nota ainda mais decadente a um Papa que dedicou seu pontificado a um apostolado de intolerância e repressão contra homossexuais, mulheres, muçulmanos e movimentos sociais. Num momento de crescimento da extrema direita católica na sua faceta mais fascista, como o caso do terrorista católico norueguês Breivik, o Papado de Ratzinger foi um ponto de apoio para a homofobia, o racismo, o sexismo, a intolerância e a perda de direitos sociais dos trabalhadores.

É provável que se jogue com a carta de Il Gattopardo, de Lampedusa, “mudar para tudo continuar igual”, mas para isso, os recursos da inteligência publicitária da Igreja podem contar com novidades, como o primeiro Papa não europeu da história, o que não deixará de manifestar mais uma vez um dos sintomas maiores da crise global do catolicismo, sua condição essencialmente branca e ocidental. Um Papa negro ou latino-americano não conseguirá alterar esse fato: a Ásia e a África permanecem imunes à religião imperial que o sistema de estados europeu trouxe em sua colonização global.

A participação do Vaticano nos interesses globais do capitalismo também não deve deixar a Igreja imune à onda de revolta anticapitalista que cresce especialmente nas duas margens do Mediterrâneo.

A recente aprovação pela Câmara Baixa do Parlamento francês da união matrimonial homossexual é só mais um sintoma de que os interesses patriarcais, misóginos e machistas do clero também estão perdendo lugar na definição da ordem legal e do quadro dos direitos civis do século XXI.

A última monarquia absolutista europeia, o Vaticano, sofre no gesto de renúncia daquele que foi consagrado como o “vigário de Cristo”, ou seja, o seu substituto, uma derrota simbólica profunda, pois demonstra falta de coragem e obstinação em carregar uma cruz até o final. A convivência de um novo Papa com o ex-Papa também esvazia a mística monárquica individual desse vicariato místico, dividindo em dois o corpo do substituto de Cristo na Terra.

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Vide Almoço das Horas

Número de partidos políticos pode dobrar no Brasil





O número de partidos políticos que podem disputar as eleições no Brasil poderá dobrar nos próximos anos se todos os grupos que estão mobilizados para criar novas siglas tiverem sucesso.

Existem hoje 30 partidos no país e pelo menos outros 31 em gestação, incluindo o novo partido da ex-senadora Marina Silva, agrupamentos de extrema esquerda e até uma sigla monarquista.
A maioria desses grupos começou a se organizar depois de 2007, quando uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passou a ameaçar os políticos que mudam de partido com a perda de seus mandatos.

Mas a legislação permite que políticos troquem de camisa se for para criar um novo partido, e desde então três siglas foram criadas –o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab e os nanicos PPL e PEN.

Como o partido de Kassab, que nasceu de uma costela do DEM, alguns dos novos partidos tentam atrair políticos insatisfeitos que temem ficar sem espaço nas legendas tradicionais nas próximas eleições, em 2014.

“Já almocei com mais de 20 deputados que mostraram interesse em se filiar ao nosso partido”, afirmou o presidente do PROS (Partido Republicano da Ordem Social), Eurípedes Junior.

Ele diz ter como bandeira a redução dos impostos e afirma contar com 400 mil das 500 mil assinaturas exigidas para registro de novas siglas.

Eurípedes espera obter até junho deste ano o registro definitivo do TSE.

O presidente do PEC (Partido da Educação e Cidadania), Ricardo Holz, também diz que foi procurado por deputados federais. “Disseram claramente que queriam uma legenda para facilitar a eleição em 2014″, afirmou.

O prazo para registro dos partidos que poderão participar das eleições de 2014 termina em outubro. Mesmo sem representação no Congresso, as novas legendas ganham acesso aos recursos do Fundo Partidário.

Formado por verbas do Orçamento da União, o fundo distribuiu R$ 350 milhões no ano passado. A sigla que menor fatia recebeu foi o recém-criado PPL (Partido Pátria Livre), que teve R$ 605 mil.

Alguns dirigentes reclamam da competição. O presidente do PF (Partido Federalista), Thomas Korontai, disse ter perdido militantes que já tinham conseguido um número razoável de assinaturas.

“Tinham uma liderança, colheram assinaturas e foram cooptados por outros políticos locais”, disse. Ele já tem registro em dois Estados, mas faltam sete para ir ao TSE.

Das 31 legendas hoje em gestação, oito começaram a se organizar após a criação do partido de Kassab, único dos agrupamentos nascidos nos últimos anos com força para influir no jogo político.

O PSD, cujo registro foi aprovado em 2011, controla a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados e absorveu recursos do Fundo Partidário e tempo de propaganda na televisão que pertenciam ao DEM e a outra siglas.


Secretário de Educação de Altaneira refuta críticas do líder da oposição na Câmara




Painel do blog do prof. Adeilton

O vereador professor Adeilton (PP), líder da bancada da oposição no legislativo municipal, publicou mais um artigo no seu blog tecendo duras críticas ao Secretário Municipal de Educação, Deza Soares.

Para o vereador progressista o Secretário, ao optar por perceber a remuneração de parlamentar, mesmo não exercendo o cargo, se torna o ‘Secretário do Legislativo’. Afirma ainda que ao exercer conjuntamente o ofício de professor da rede estadual, conseguiu a sua cessão para ficar totalmente a disposição da municipalidade, o que, segundo o vereador custará aos cofres públicos um montante superior a R$ 4.500,00.

O parlamentar ressaltou ainda que “isso em nada é ilegal, no entanto, os secretários de Altaneira possuem remuneração diferenciada, são tratados quanto aos seus subsídios com dois pesos e duas medidas. Contudo, continuo alegando uma imoralidade sem precedentes, uma figura pública que sempre pregou ser adverso a situações como essa, hoje se beneficia de tal momento. Relatamos ainda que todo servidor deve ganhar pela função que exerce”, completou.

Secretário Deza Soares. Foto de Arquivo
O Secretário Deza refutou as críticas através da rede social facebook ao afirmar que Adeilton está apenas querendo chamar a atenção do público com o referido artigo. Disse que a matéria em nada desabona sua figura e atuação como secretário. Deza reforçou seu posicionamento anteriormente citado no que diz respeito ao fato do edil está querendo desfiar o foco da acusação/condenação de conivência com fraude licitatória, o que lhe proporcionou multa e improbidade (impedimento para a próxima candidatura). “Reforço a afirmação e acrescento que, além disso, algo já mencionado no início parece dominar a sua mente, e claro, o que muito ele busca nas redes sociais, o seu ibope”, disse.

O titular da pasta da secretaria ainda fez um balanço e, ou um paralelo, da questão salarial mencionado no artigo de Adeilton e afirmou que teve um remuneração menor, mesmo optando pela remuneração de vereador, vejamos:

“Deixando de lado a inveja, condenação a pagamento de multa, condenação a improbidade e outras......analisemos os fatos e vejamos quem tem a razão neste debate: Deza Soares, se estivesse na função de vereador estaria percebendo uma remuneração de R$ 3.500,00 (valor que seria pago a todos os demais vereadores), somando com a remuneração de professor estadual que é da ordem de R$ 1.600,00, passaria a remuneração total de R$ 5.100,00. No cargo de Secretário de Educação, com o trabalho multiplicado em muito, comparado ao trabalho de qualquer vereador, passei a ter uma remuneração menor, mesmo optando pela remuneração de vereador, que passou a ser de R$ 3.100,00 (devido a entrada do suplente, vereador Flávio Correia), somando com a remuneração do estado que deveria ser R$ 1.600,00 (porém com a cessão do estado para o município, ocorrerá redução de 40%, referente a gratificação de efetiva regência de classe), passando a uma remuneração de apenas R$ 960,00, somando um total de R$ 4.060,00. Portanto, dá para se perceber que passei a trabalhar muito mais para ganhar bem menos, fato diferente da realidade do vereador Adeilton Silva, onde há ILEGALIDADE e consequentemente, IMORALIDADE perante a Lei, por exercer mais de dois cargos públicos, observe o que diz a Lei: IMPOSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DE TRÊS CARGOS PÚBLICOS – Acumulação de cargos públicos – Servidor detentor de dois cargos de professor: I. Acumulação com o cargo de vereador. Impossibilidade, ainda que haja compatibilidade de horários. Ausência de autorização constitucional de tríplice acumulação de cargos. II. Acumulação com mandato...........

Para quem não sabe, o vereador Adeilton, ocupa um horário como professor municipal, dois horários na escola estadual e mais o cargo de vereador (quanto a remuneração sei que é um valor elevado, porém, por questão ética não me cabe revelar). Diante do exposto, pode-se perceber que há muito tempo esse vereador vem infringindo a lei, portanto, entendo que ele não é a pessoa certa nem para cobrar o cumprimento de lei, como ele sempre faz, pois ele mesmo não a cumpre, quanto mais para questionar a moralidade de um procedimento legal. Acredito que a Procuradoria Geral do Município já esteja providenciando medidas para as devidas providências.” 

Senado propõe que Vereadores legislem e fiscalizem sem remuneração





Será que algum dos 17.336 candidatos a vereador nas eleições de outubro toparia exercer o mandato sem receber nenhum centavo de remuneração? Pois essa pode ser a realidade da grande maioria dos parlamentares dos Legislativos municipais caso o Congresso Nacional aprove a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o pagamento de salário na maioria das câmaras. De autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), a PEC 35/2012 quer acabar com a remuneração dos vereadores nas cidades com até 50 mil habitantes, o que representa 89,41% dos municípios brasileiros. Em Minas Gerais, a aprovação dessa proposta pode acabar com a remuneração dos vereadores em cerca de 787 dos 853 municípios do estado, que representa 92,3% do total.

A PEC 35 também quer reduzir o repasse das prefeituras para a manutenção das câmaras desses municípios que hoje é de 7% da receita para 3,5%. Hoje a remuneração dos vereadores das cidades com até 50 mil habitantes corresponde a 15% do teto do salário dos deputados estaduais (R$ 20 mil), excluindo as verbas indenizatórias. A proposta começou a tramitar no fim do mês passado e já conta com a adesão de 30 parlamentares e ganhou campanha nas redes sociais por sua aprovação.

De acordo com o senador, entre 1965 e 1975 só recebiam pagamentos os vereadores das capitais e das cidades com mais de 200 mil habitantes. A partir de 1975, todas as câmaras passaram a pagar os parlamentares. Para o senador, não faz sentido localidades pequenas, com pouca arrecadação, terem de desembolsar quantias elevadas para bancar legislativos municipais que se reúnem, na maioria das vezes, uma ou duas vezes por mês.

“Sem remuneração, os vereadores vão ser pessoas comprometidas com a ética, o interesse público e o desenvolvimento da sua cidade”, acredita ele. Para o senador, a proposta vai melhorar a qualidade das câmaras e ainda contribuir para desafogar o orçamento das pequenas cidades. “Tem cidades com seis vereadores, cada um recebendo R$ 5 mil, sem dinheiro para contratar um médico”, justifica.

Ainda não foi escolhido relator para a PEC na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas o senador afirmou que vai solicitar na semana que um nome seja indicado o mais rápido possível. Aprovada nas comissões, a PEC ainda tem de ser votada no plenário do Senado, antes de seguir para apreciação na Câmara dos Deputados. “Sei que essa é uma medida antipática no meio político, mas conto com o apoio da população para pressionar os parlamentares para que ela seja aprovada”, defendeu.

Ataques A proposta já conta com a oposição radical das entidades ligadas aos vereadores. A Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam) começou a mobilizar seus associados contra a aprovação. O presidente da associação, Rogério Rodrigues, que foi vereador por seis mandatos em Coromandel, no Alto Paranaíba, classificou a proposta como “demagógica”, “despropositada” e “sem fundamento legal”. E acusou: “Esse senhor nunca exerceu um cargo legislativo antes de chegar ao Senado e não conhece a importância do trabalho de um vereador, que é a base da política no Brasil”, se referindo ao fato de Cyro Miranda ter tomado posse no ano passado na vaga deixada pelo atual governador de Goiás, Marconi Perillo. “O vereador é quem pega no chifre do boi nas cidades pequenas para ajudar a resolver os problemas da população”, afirmou. Segundo ele, em 2010 as despesas com as câmaras representaram 2,7% dos gastos das prefeituras em todo o Brasil. “È pouco para a importância de um vereador”, comparou.

O que diz a pec 35/2012
Em municípios com até 50 mil habitantes os vereadores não receberão salários.
De 50.001 a 100 mil habitantes receberão 40% do vencimento dos deputados estaduais (*)
De 100.001 a 300 mil habitantes receberão 50% do salário dos deputados estaduais.
De 300.001 a 500 mil habitantes receberão até 60% do salário dos deputados estaduais.
Acima de 500 mil habitantes receberão 75% do salário dos deputados estaduais.
Nas cidades com até 50 mil habitantes o repasse para as câmaras não pode ultrapassar 3,5% da receita do município (hoje esse percentual é de 7%).
Nas outras cidades o repasse não pode passar de 5%.

Pontificado sem Papa: Bento XVI deve renunciar ao cargo




A ala mais conservadora da Igreja foi a grande responsável
por sua escolha como Papa.

O papa Bento 16, que anunciou nesta segunda-feira (11) sua intenção de renunciar ao cargo no próximo dia 28, é o 265º papa e o primeiro a ser eleito no século 21. Bento 16, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, contou com o apoio das alas mais conservadoras da igreja à época de sua escolha como sumo pontífice.

Aos 85 anos, o papa alegou não possuir mais as "forças necessárias ao ofício", segundo comunicado divulgado pelo Vaticano. O papa afirmou ainda que havia percebido que sua força havia se deteriorado nos últimos meses "ao ponto que eu tenho que conhecer minha incapacidade de realizar adequadamente o ministério que foi confiado a mim", diz o comunicado. "Por esta razão e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", disse o papa, segundo informou o comunicado do Vaticano.

Eleito papa em 19 de abril de 2005, aos 78 anos, Ratzinger substituiu João Paulo 2º, que havia morrido em 2 de abril de 2005. Ratzinger foi líder da Congregação para a Doutrina da Fé, entidade responsável por difundir e defender a doutrina católica, durante a maior parte do pontificado de João Paulo 2º.

Neste cargo, Ratzinger reprimiu os teólogos que saíram de sua doutrina rígida e alienou outras denominações cristãs dizendo que não são igrejas verdadeiras.
Chamado de Guardião do Dogma, ele combateu o sacerdócio feminino e condenou a homossexualidade, além de ser contra a comunhão aos divorciados que voltarem a se casar e a impedir o crescimento do laicismo dentro da Igreja.

Bento 16 nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl, Alemanha, e entrou para o seminário aos 12 anos. Na adolescência, estudou grego e latim, e mais tarde se doutorou em teologia pela Universidade de Munique.

Durante a Segunda Guerra, chegou a ser convocado para combater nos esquadrões antiaéreos alemães. Dispensado, acabou sendo recrutado primeiro pela legião austríaca e depois pela infantaria alemã, da qual desertou em menos de dois meses.

De volta ao seminário, foi ordenado padre em junho de 1951. À função, somou o trabalho como professor de teologia, primeiro na Universidade de Bonn e depois na de Regensburg, onde seria reitor.

Em março de 1977, tornou-se arcebispo de Munique e Freising e, menos de três meses depois, foi criado cardeal pelo papa Paulo 6º. Já sob João Paulo 2º, em 1981, Ratzinger tornou-se o líder da Congregação para a Doutrina da Fé.

Justiça condena estudante que disparou discursos preconceituosos contra nordestinos





A estudante Mayara Petruso, que ficou famosa por ter disparado discursos errôneos e, ou, mal formulados em desfavor dos nordestinos através de sua conta no Twitter foi condenada pela Justiça Federal. 

A ação foi movida pelo Ministério Público Federal. Ela foi condenada a 1 ano, 5 meses e 15 dias de reclusão, porém a pena foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa. A decisão foi perpetrada pela 9ª vara de Crimes Federais do Estado de São Paulo.

O fato foi iniciado tão logo se deu à divulgação do resultado das eleições presidenciais, onde Mayara acabou responsabilizou o povo do Nordeste pela vitória da primeiro mulher para ocupar o posto de presidente deste país,  Dilma Rousseff (PT). Ela argumentou no seu microblog “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”.

Essa não foi à única vez que Mayara disparou discursos mal formulados contra os nordestinos. Ao usar a rede social twitter ela os chamou de vagabundos.

A condenação foi um alerta, mas a pena convertida em prestação de serviços ainda demonstra que a justiça é falha. Mayara deveria cumprir a pena na cadeia.

O que é ser professor?




Ser professor é muito prazeroso, pois a escola ainda é o espaço ideal para se poder contribuir de fato para a construção da cidadania e a politização dos jovens.

Levar para a escola temas recorrentes do cotidiano, instigar os estudantes a participar do debate e fazer com que os próprios sejam, a um só tempo, participantes e autores do próprio debate é, sem dúvida, uma das tarefas mais difíceis para um professor. Toda via, quando isso acontece, permite que se perceba que somente a partir da educação é que se consegue construir um país melhor.

A função das instituições de ensino, portanto, está alicerçada nesses conceitos, a saber, cidadania e politização. E o professor ocupa espaço central no atingir dessas finalidades educacionais.

Se o professor é um dos personagens centrais dessa discussão, os alunos ocupam o mesmo papel, afinal, a conquista da cidadania e da politização dos mesmos só pode ocorrer com sucessos se houver a participação efetiva destes.

Ano passado, quando ministrava aula sobre Reformas Religiosas na turma do Segundo A, os alunos demonstraram o quão as aulas podem ser produtivas se eles, agentes centrais, participarem. Discutíamos sobre Reformas, mas como na história um assunto leva a outro, eles perguntaram sobre a importância das Diretas já.  Sem mais delongas, segue abaixo trecho da explicação sobre o assunto:


Cansados da ditadura militar que já comandava o país por décadas, este movimento estudantil foi aumentando aos poucos, até se tornar a maior manifestação pública da história do país.

Em 1983, o senador Teotônio Vilela foi à rede nacional dizer que era hora de se criar um movimento para estabelecer eleições diretas em terras tupiniquins. Foi à semente plantada na cabeça dos estudantes, que daí em diante passou a realizar manifestações cada vez maiores por várias cidades.

Para se ter uma ideia da escala, os primeiros protestos aconteceram ainda em março de 83, com cerca de 10 mil pessoas. Em abril de 84, o movimento já beirava dois milhões de pessoas protestando a favor das diretas, de um espaço social sem as amarras da repressão e em prol da conquista da democracia político-partidária.

Em 2014 esse movimento completará três décadas e ainda é um símbolo de organização e conscientização política.

Portanto, ser professor não é somente adentrar em sala de aula e despejar conteúdos, pois isso não leva ao objetivo acima descrito. Ser professor é trazer os alunos para o debate, fazer com que eles se sintam partes da temática e possam a parti disso, se tornar sujeitos críticos e atuantes do meio que o cerca.



Seduc divulga edital para seleção de diretores e coordenadores escolares





O governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Educação – SEDUC anunciou ontem, 08/02, a seleção Pública para composição de Banco de Gestores Escolares para provimento dos cargos em comissão de diretor e coordenador das escolas da rede pública estadual.

O processo seletivo será realizado pela Coordenadoria de Concursos – CCV, da Universidade Federal do Ceará (UFC). As inscrições serão feitas exclusivamente via Internet, no endereço eletrônico http://www.ccv.ufc.br/, mediante o preenchimento do Formulário de Inscrição e o envio dos dados à CCV/UFC, no período compreendido entre as 9 horas do dia 20 de fevereiro e as 23 horas e 59 minutos do dia 03 de março de 2013.

De acordo com informações veiculadas no site da SEDUC a seleção é composta de três etapas. Obrigatória a todos os candidatos aos cargos de diretor e de coordenador das escolas públicas estaduais, a primeira compreenderá uma prova escrita objetiva de caráter eliminatório. Na segunda fase, obrigatória para todos os candidatos aos cargos de diretor e de coordenador, é composta de Prova de Títulos e análise dos documentos. Essa etapa encerra o processo seletivo para os inscritos exclusivamente para o cargo de coordenador escolar. Já a terceira fase, exclusiva e obrigatória para os que concorrem ao cargo de diretor escolar, tem caráter eliminatório e classificatório e compreenderá um curso de fundamentação de 40 (quarenta) horas, na modalidade de ensino a distância, uma prova escrita do tipo objetiva e uma prova de natureza analítico-discursiva.

Confira no Diário Oficial o Edital