Rádio Altaneira Fm e o Notícias em Destaque são muito distantes da realidade do Município




A RÁDIO ESTÁ SITUADA NO PRÉDIO
OCUPADO PELA ARCA

O altaneirense já aprendeu, mesmo que a trancos e barrancos e, diga-se de passagem, na maioria das vezes, incoerentemente, a se posicionar sobre os fatos que perpassam por sua realidade.

Nas esquinas, nos bares (porque não), nas calçadas, no campo de futebol, no ginásio poliesportivo, dentre outros espaços, o altaneirense e até mesmo aquele que não o é comenta, pergunta e discute os principais assuntos que afligem os munícipes, assim como aqueles que vêm ganhando maior destaque. Quem não se lembra ou nunca tenha comentado sobre os novos secretariados? Ou ainda sobre a escolha dos novos membros da mesa diretora do poder legislativo? Da Seca (que não é novidade)? Das péssimas condições dos serviços prestados pela Cagece?

Recentemente, o assunto mais intrigante que ganhou as ruas e mais ainda as redes sociais foi, não sem razão, a não realização dos festejos alusivos aos 54 anos de emancipação política do município. Antes, durante e depois o fato repercutia.

Faz- se necessário afirmar que os assuntos mencionados merecem atenção, discussão sadia e acima de tudo coerência. Não se pode comentar apenas por comentar, para satisfazer seu ego, ou apenas para sustentar a posição que ocupa (seja situação ou oposição).

O povo precisa saber o que se passa.  Na vida real, a situação ainda é, lamentavelmente, de um povo fadado ao fracasso, simplesmente por não buscar se inserir nos espaços de atuação, no ambiente da discussão, do diálogo.

Quando a matéria é mídia, infelizmente a situação é catastrófica. Tem-se apenas um único veículo de comunicação, a Rádio Altaneira Fm. E os membros que a compõem parecem que vivem em Nova Olinda, Santana do Cariri, Crato, Assaré, Sobral, Juazeiro do Norte, dentre outros espaços, menos em Altaneira.

Os fatos aqui elencados não foram tratados pela Rádio e, muitos menos pelo o Notícias em Destaque (projeto de um informativo a serviço da cidadania de minha autoria) e quando o foram não com a devida atenção que mereciam e, até, muitas das vezes, tomando partido contrários ao do povo.

A Rádio e, em particular, o Notícias em Destaque não consegue aterrissar em solo altaneirense e tratar dos assuntos que interessa a comunidade. Até agora, os membros não procuraram o gestor para saber o porquê da não realização dos festejos ao dia do município, embora os motivos já estejam à vista. Como não o fizeram sobre a escolha dos novos secretariados, das chapas que irão concorrer à mesa diretora da câmara (só para constar os que estão mais em destaque).

E enquanto se tiver uma mídia assim, distante da realidade local, as informações continuarão sendo transmitidas de forma fragmentada, sem coerência nenhuma e, povo continuará discutindo sem as reais condições para discuti-la.

O quadro ainda é de uma mídia fajuta, de uma oposição que está sendo hipócrita e de uma situação que ainda não consegue se articular com os meios de comunicação para prestar esclarecimento.

Movimentos Sociais: Relançamento de “Brava Gente” conta a historia do MST




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 “Ocupação de terra em nosso país faz parte da nossa história nacional. Tornou-se um patrimônio brasileiro a tal ponto que a legislação a incorporou ao próprio conceito de propriedade. Porém, o MST trouxe a novidade da organização da ocupação de massas, levada com garra, em todos os pontos do país, em terra produtiva ou improdutiva, com a inarredável certeza da vitória contra o latifúndio e até contra o próprio governo.” 

A Editora Perseu Abramo, em coedição com a Editora Expressão Popular, relança “Brava Gente: A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil”. O livro, que já vendeu mais de 10 mil exemplares, completa doze anos de sua 1ª edição, quando fora concedida entrevista de João Pedro Stedile. Trata-se de um abrangente diálogo entre uma das principais lideranças nacionais do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – e o geógrafo e professor Bernardo Mançano Fernandes.

A história do MST, desde as primeiras manifestações de trabalhadores do campo por melhores condições de trabalho e subsistência, em 1979, passando pelo conturbado período do regime militar e indo até o os governos Collor e FHC, é contada e analisada através do depoimento de Stedile, em trabalho de três dias junto ao autor da obra. São abordados temas como aprendizado do movimento com as experiências de organizações camponesas pioneiras, a luta para a conquista da terra e o nascimento de uma entidade representativa de combate a injusta distribuição das propriedades rurais no Brasil.

O líder do MST conta como a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab) foi pensada e se desenvolveu por meio de um processo técnico de qualificação. Stedile revela ainda que o movimento planejou um modelo de assentamento que fosse “cartão de visitas” para a sociedade. Isso seria feito através de práticas de reflorestamento em áreas desmatadas pelo latifúndio, com plantações de flores e arborização de pátios e praças, além de tratamento especial das estradas e entradas das ocupações. Também haveria promoção de atividades culturais e festejos em datas significativas.

Participante da luta pela reforma agrária desde o final da década de 70, Stédile é testemunha das grandes vitórias e derrotas do MST. Vivenciou as ações na Encruzilhada Natalino, em Ronda Alta (RS), o trabalho da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a qual confere grande importância na formação da identidade do próprio movimento, e pôde, entre tantas lutas, tirar aprendizados e ganhar voz a partir de episódios como o massacre de Eldorado dos Carajás (PA), quando houve repressão policial que resultou em mortes de trabalhadores rurais.

Entre todas as descobertas e redescobertas que “Brava Gente: A Trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil” proporciona ao leitor, cabe ressaltar características que tornam o MST importante objeto de estudo, com destaque para sua virtude democrática, a qual permite que ocorra engajamento de diferentes individualidades e grupos familiares em sua totalidade, sem considerar diferenciações e estereotipagens.


Créditos: Carta Maior

Deus não é o criador, afirma estudiosa da Bíblia




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Uma respeitada estudiosa do Velho Testamento acredita que a visão de Deus como criador de todas as coisas é falsa, e que a Bíblia foi traduzida erroneamente durante milhares de anos. Ellen van Wolde, da Universidade de Radboud, na Holanda, afirma que a primeira frase da Bíblia, “No começo, Deus criou o Céu e a Terra”, não é uma tradução fiel do texto original, em hebreu.

Wolde afirma ter realizado uma análise textual que sugere que os escritores da Bíblia não tinham a intenção de afirmar que Deus criou o mundo – e que, de fato, a Terra já existia quando ele criou os humanos e os animais. A pesquisadora analisou os escritos originais do hebreu e colocou-os no contexto da Bíblia como um todo, e no contexto de outras histórias de criação da antiga Mesopotâmia.

Segundo a pesquisadora, a palavra “bara”, que aparece na frase, não significa “criar”, e sim “separar”, no sentido espacial. Deste modo, o significado original da frase seria “No início, Deus separou o Céu e a Terra”.

Wolde diz que sua análise mostra que o início da Bíblia não é o início dos tempos, e sim o início de uma narração. “A ideia da criação a partir do nada é um grande mal-entendido”, diz a pesquisadora.

As descobertas do estudo são bastante radicais, e ela afirma que espera que as conclusões levantem um debate religioso. Entretanto, ao contrário do que se possa acreditar, a pesquisadora é religiosa, e ficou pessoalmente incomodada pelas descobertas: “Me considero religiosa e o Criador era algo muito especial, como uma noção de confiança. Quero manter esta confiança”, diz.



Créditos: Hypescience.com

Altaneira e os seus 54 anos de emancipação política: Conheça um pouco dessa historiografia


VISTA PARCIAL DO MUNICÍPIO
DE ALTANEIRA
O Município de Altaneira, localizado na microrregião serrana de Caririaçu e na Região do Cariri possui, segundo os últimos levantamentos do censo que se processou em 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, uma população equivalente a 6. 821 habitantes e veio a ganhar autonomia política e administrativa no dia 18 de dezembro de 1958 segundo a historiografia contada pelas elites da época e ainda hoje reinante.

De acordo com as explicações dessas elites político-econômica e de alguns populares mais velhos a formação desse espaço social que posteriormente veio a ser denominado Altaneira teve início nos anos finais do século XIX. Os primeiros habitantes começaram a ocupar a área em 1870. Com a fixação e organização desses povos formou-se um povoado que levou o nome de Santa Tereza que, posteriormente foi concebida como a padroeira do município. Segundo as mesmas fontes, as primeiras famílias a se estabelecerem na localidade tinham como chefes João Bezerra, Manoel Bezerra, Joaquim de Almeida Braga, José Almeida Braga, além de José Braz, Firmino Ferreira Lima e João Correia de Araújo. O que permite perceber laços familiares nos moldes patriarcal.

Antes de se tornar independente politicamente o povoado da vila Santa Tereza foi subordinado aos municípios de Quixará (hoje Farias Brito) e Assaré.  A historiografia local, seja por intermédio de fontes orais ou escrita são muito poucas e até ineficiente para se ter um relato mais preciso e as que estão a disposição acabam não revelando  uma luta pela independência fervorosa e ou, com grandes conflitos armados.  O que leva a perceber a necessidade de um estudo mais aprofundado para se analisar a historiografia local.

Levando em consideração os relatos até então criados e sustentados, pode-se afirmar que o povoado foi elevado a categoria de distrito pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, sendo pertencente ao município de Quixará.  Já a lei estadual nº 2194, de 15-12-1953, o distrito de Altaneira passou a fazer parte do município de Assaré. Toda via, o ponto auge é atingido somente em dezembro de 1958 quando, de fato, o distrito passa a se tornar município de Altaneira. O Padre David Augusto Moreira é tido como o responsável pela denominação do Município. Ainda no que toca ao processo de autonomia política, vale dizer que ocorreu em virtude do Projeto de Lei nº. 299/58, cujo o autor foi o Dep. Cincinato Furtado Leite, nome que, inclusive foi dado ao plenário da Câmara.

AS ÁRVORES QUE CERCAVAM A CAPELA DERAM LUGAR
A PRAÇA E AO CALÇADÃO ONDE OCORREM
OS FESTEJOS DESTINADOS A PADROEIRA
FOTO (RAIMUNDO SOARES  FILHO)
Segundo as informações de populares mais antigos e de algumas fontes escritas a religiosidade é uma conotação ávida e se faz presente com vigor ainda hoje. Nas primeiras décadas do século passado foram dados os primeiros passos para a construção de uma capela no distrito. Ainda aqui, a primeira missa campa se deu em 1937 sob a organização do Padre Agamenon Coelho.

Durante mais de meio século de história Altaneira já passou por grandes acontecimentos, a maioria deles ligadas a política partidária. Entre o final de 2010 e início de 2011 o município passou pelo momento mais conturbado e complicado da sua curta história. Antonio Dorival de Oliveira, prefeito no período, foi cassado por abuso de poder político (acusado de distribuir vales de combustível durante o processo eleitoral de 2008 com dinheiro público).  Em virtude disso, em um período de um ano os munícipes foram as urnas duas vezes, uma em 2011, na eleição suplementar e, outra em outubro do corrente ano, onde mais uma vez os eleitores foram as urnas para eleger seu novo gestor.

ATLETAS EM CONCENTRAÇÃO PARA AS
COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
FOTO ( JOÃO ALVES)
Ressalte-se aqui que todos os anos há as comemorações alusivas à emancipação política.  Este ano, a exemplo dos anteriores foram realizadas as tradicionais corridas divididas nas modalidades dos 100 e 200m (velocidade) bem como também no quesito resistência. Ambas com participação dos municípios vizinhos.  

A grande novidade este ano é a ausência dos festejos em comemoração aos 54 anos de autonomia política com a participação de bandas de forró em virtude da crise financeira que atinge a maioria das cidades brasileiras, em particular do Estado do Ceará, no qual Altaneira está inclusa.  

Ano passado o evento contou com uma ampla programação envolvendo competições esportivas e shows em praça pública, tendo iniciado no dia 15 (quinze) e se estendendendo até o dia 18 (dezoito).

Altaneira no centenário do Gonzagão: Fundação ARCA realiza tributo ao Lua




Há 99 anos, na pequena cidade de Exu, 
nascia um dos maiores ícones brasileiro, 
Luiz Gonzaga

Até o final deste ano, centenário do músico e expoente da cultura brasileira, Luiz Gonzaga, deve acontecer diversas comemorações e homenagens em todo o Brasil. A sua influência na cultura brasileira é tão grande que, em 2005, o presidente Luis Inácio Lula da Silva instituiu o Dia Nacional do Forró em homenagem ao nascimento do cantor. Desde então, todos anos são realizados eventos para marcar a data.

KAREM E REJANE, ALUNOS DO 1º ANO A
EM VISITA AO MUSEU DO LUA
O município de Altaneira, localizado na região do cariri, através da Escola de Ensino Médio Santa Tereza fez várias visitas com as turmas dos primeiros, segundos e terceiros anos ao Museu do gonzagão, em Exu . Na noite de ontem, 16, foi à vez da Fundação Educativa e Cultural ARCA realizar um tributo a Gonzaga.

CICERA E ANA FLÁVIA

O evento reuniu a banda de música do município, cantores locais e jovens aprendizes da entidade que ao ar livre exibiram todo o conhecimento de um dos maiores ícones da música popular brasileira, o popular rei do baião, como ficou conhecido. Na oportunidade, através de trechos de vídeos e de músicas foi contada a história deste grande sofoneiro e músico que a partir de canções como Asa Branca, Assum Preto e A Triste Partida, esta última, um poema de Patativa do Assaré, retratou as duas faces do nordeste. Uma triste que o tornou conhecível pelas partes do Brasil e do mundo, além,  claro, de ter levado ao mundo a riqueza dos ritmos nordestinos.

Cita-se ainda que grande parte do conhecimento da região do nordeste brasileiro, com suas riquezas e aflições, vêm, não sem razão da abrangência que sua obra teve - e tem - por todo o território brasileiro. Não há região no Brasil onde não se faça alguma música cujas origens não estejam no que Gonzaga disseminou pelo País a partir de 1946, quando começou o reinado do baião. Deve – se lembrar também que são poucos os compositores, vindos depois do gonzagão,  que não tenham em seu repertório um baião, um xote, um xaxado, alguns dos vários ritmos nordestinos estilizados e urbanizados por ele.

Ontem a noite, no tributo realizado pela ARCA, percebeu-se a riqueza da cultura nordestina retratada pelo Lua, com temas como a  seca e religiosidade.

A fundação Educativa e Cultural ARCA vem a mais de uma década realizando importantes trabalhos no município e é uma das grandes referências culturais da localidade. 

Confira mais fotos*

MÚSICOS LOCAIS
CICERA E ANA FLAVIA
BANDA DE MÚSICA
PÚBLICO
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* João Alves