FORUM DO TURISMO: NOVA DIRETORIA É EMPOSADA EM NOVA OLINDA

FUNDAÇÃO CASA GRANDE (NOVA OLINDA)

O Fórum de Turismo e Cultura do Cariri empossou oficialmente ontem, 16/02, a nova diretoria que atuará pelos próximos dois anos.  A cerimônia oficial foi realizada às 8h30 na Fundação Casa Grande, município de Nova Olinda. Representantes dos 29 municípios que integram a Região do Cariri estiveram presentes.

Durante a cerimônia foi lançado o Seminário Turismo de Base Comunitária da Fundação Casa Grande, além do Plano de Comunicação e definições institucionais. A nova equipe está assim composta: Presidente-Vicente Paulo Bastos, Secretário de Cultura de Santana do Cariri, Vice-presidente- Ticiano Linard, Secretário de Cultura de Porteiras, Secretária- Wyldiane Sampaio, Secretária de Turismo e Cultura de Nova Olinda, Segunda Secretária – Fabiana, Fundação Casa Grande, Diretoria de Comunicação- Sarah Menezes, Geopark Araripe, Vice-Diretoria de Comunicação- Curso Vera Lúcia, Guia de Turismo do SENAC/Crato.

A eleição ocorreu no dia 19/01 no Sesc/Crato com participação de representações políticas, ONG’s, Associações entre outros integrantes. O objetivo do Fórum de Turismo e Cultura do Cariri é criar um espaço de debate e construção de políticas públicas para apoiar o desenvolvimento do turismo e da cultura no Cariri de forma integrada. Foi criado há 12 anos e é um dos mais antigos do Estado. Cerca de  40 instituições, incluindo o poder público municipal, ONG’s, instituições de apoio ao desenvolvimento da região, iniciativa privada de 21  municípios da caririenses integram o Fórum.

Realiza reuniões itinerantes mensalmente e já obteve várias conquistas. Entre elas está a escolha de Nova Olinda como destino indutor do turismo pelo Ministério do Turismo, a criação de entidades representativas do setor privado, como a Associação Caririense de Hotéis-Acari, a Associação de Bares e Restaurantes- Abrasel e a Associação Caririense de Condutores Ambientalistas e Guias de Turismo, Aconguia.



Com informações da URCA

EDITAL NOVOS TALENTOS MUSICAIS: INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA 1 DE MARÇO


O Governo do Estado, através da Casa Civil, publicou Edital de Seleção Pública de Talentos Musicais com o objetivo de realizar apresentações em eventos oficiais no Ceará. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 16 de janeiro e está fundamentado na Lei Federal nº8.666/93. Serão selecionados novos talentos musicais para buscar a valorização e participação deles no desenvolvimento de atividades culturais e fortalecer a produção artística local. De acordo com o edital (nº 001/2012),  serão selecionados 12 talentos musicais.

Estarão habilitados a participar do processo de seleção, pessoas físicas ou jurídicas residentes ou registradas no Ceará há pelo menos um ano. As inscrições estarão abertas até o dia 1º de março e deverão ser encaminhadas com formulário preenchido (conforme modelo do Edital) pessoalmente ou via correio (Palácio da Abolição Setor de Protocolo da Casa Civil - térreo Av. Barão de Studart, nº505, Meireles Fortaleza – CE CEP: 60120-000 Remetente: Nome do Cantor(a) ou Banda Nome e endereço completo). 

O envelope deverá estar lacrado e conter ainda os documentos solicitados no Edital, uma gravação em formato CD, release do músico ou banda, breve currículo, sinopse do show a ser realizado, ficha técnica e reprodução em vídeo para que seja possível avaliar a performance.

A Seleção dos Talentos Musicais será realizada em duas etapas:  uma pré- seleção de 24 bandas (ou cantos solo) que será avaliada por uma comissão e a segunda etapa consistirá em uma audição a ser realizada no Centro de Convenções, em data a ser definida.  A divulgação da relação dos 12 cantores ou grupos musicais selecionados será devidamente publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará (DOE).




Fonte: Secult

ALTANEIRA: QUATRO PROJETOS DE LEIS SÃO ENCAMINHADOS A COMISSÃO PERMANENTE DA CÂMARA

A CP FOI ALTERADA. SAIU O VER. A. HENRIQUE (CENTRO) E
ENTROU A VEREADORA LÉLIA DE OLIVEIRA.

A Comissão Permanente do Poder Legislativo de Altaneira já tem no seu retorno as atividades normais depois do recesso de fim de ano, quatro importantes Projetos de Leis para serem analisados e emitidos pareceres.

Na tarde de ontem (14) as apresentações das matérias em Plenário ocorreram a todo vapor. Ressalte-se aqui quatro Projetos de Leis, três deles advindo do Executivo Municipal, a saber:  o de Nº. 005/2012 faz menção às funções gratificadas da Secretaria de Educação. O mesmo tem como uma das finalidades a criação das funções de Supervisor Escolar e Orientador Educacional, já que outrora foi aprovado o Projeto de Lei alterando a estrutura administrativa do Executivo. Já o de Nº. 006/2012 trata dos subsídios dos Membros do Conselho Tutelar e o de nº. 007/2012 vem a dispor sobre os cargos efetivos da estrutura administrativa do Executivo Municipal. Por meio deste propõe-se a criação dos Cargos de Agente de Inspeção Sanitária, Assistente Social, Enfermeiro e Psicólogo e também a ampliação das Vagas de Médico e Odontólogo visando suprir as necessidades do serviço público.

Quem também apresentou Projeto foi o Vereador Flávio Correia (PCdoB). Este é autor do Projeto de Lei Nº. 010/2011 relativo à Criação e Regulamentação do Programa de Prevenção às Drogas e a Violência no Município que também será apresentado em Plenário nesta tarde. È importante frisar que o Projeto era para ter sido apresentado e votado ano passado, mas devido ao recesso não foi possível.


Todas as matérias foram encaminhadas para a Comissão Permanente para análise e missão de pareceres, devendo retornar ao Plenário para votação na Próxima Sessão.

UFC LANÇA NOVOS EDITAIS DE CONCURSO PARA PROFESSOR


A UFC lançou novos editais de concurso público para professor efetivo, temporário e substituto dos campi de Fortaleza e do Interior. As inscrições variam de acordo com a vaga e todos os editais estão publicados no site da Superintendência de RecursosHumanos da UFC. Veja o resumo das vagas.

- Professor Substituto da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC), no Departamento de Teoria Econômica, setor de estudo "Teoria Econômica". Inscrições até 14 de fevereiro. Edital n° 27/2012;

- Professor Substituto do Centro de Ciências, no Departamento de Estatística e Matemática Aplicada, setor de estudo "Probabilidade e Estatística". Inscrições de 15 a 17 de fevereiro. Edital n° 38/2012;

- Professor Assistente do Campus do Cariri, setor de estudo "Assessoria de Imprensa". Inscrições até 13 de março. Edital n° 37/2012;   
Professor

- Professor Temporário do Instituto de Cultura e Arte, curso de Música, setor de estudo "Prática Instrumental Flauta-Doce/Sopros". Inscrições nos dias 17, 23 e 24 de fevereiro. Edital nº 39/2012.

- Professor Adjunto da Faculdade de Medicina, departamento de Cirurgia, Setor de Estudo "Traumatorpedia/Cirurgia de Coluna". Inscrições de 13 de fevereiro a 13 de março. Edital nº 40/2012;

- Professor Substituto do Campus da UFC em Sobral, curso de Psicologia, setor de estudo “Sociologia”. Inscrições nos dias 14, 15, 16, 17 e 23 de fevereiro. Edital nº 25/2012.


Fonte: UFC

O COFRE DO DR.RUI


Ele não sai das vitrines das principais livrarias do Brasil e está próximo de figurar na lista dos títulos mais vendidos do país. Se você pensou em algum livro sobre a saga de um vampiro adolescente ou em mais um manual de autoajuda, errou. O livro em questão se chama “O Cofre do Dr.Rui”, do jornalista Tom Cardoso, e conta a história de um dos acontecimentos mais emblemáticos da história contemporânea do Brasil: como a Var-Palmares de Dilma Rousseff realizou o maior assalto da luta armada brasileira.

O episódio narrado de forma romanceada por Cardoso começa em 1969, quando a esquerda brasileira tentava se organizar após o baque sofrido pela promulgação do Ato Institucional N°5 (1968), que radicalizou a repressão no Brasil ao permitir ao regime militar cassar e suspender direitos políticos, intervir nos estados e municípios e exacerbar a censura à imprensa. Em pouco menos de um ano, várias lideranças da esquerda estavam presas, mortas ou no exílio. As que ainda se encontravam livres no Brasil, passavam toda a sorte de privações e perigos. Não havia dinheiro para sustentar a compra de armas ou mesmo assegurar a sobrevivência dos militantes, sobretudo aqueles que foram obrigados a viver no exterior. Era uma época de parcos recursos para a luta armada. Até que um dia, uma ação, a “Grande Ação”, conforme o batismo de Carlos Lamarca, apareceu no caminho dos grupos de esquerda com a promessa de ser uma reviravolta nos rumos da resistência à ditadura.

Durante os anos de chumbo”, boa parte dos recursos das organizações de esquerda vinham de assaltos a bancos, chamados pelos militantes destas organizações de “expropriações”. No início de julho de 1969, a recém formada Vanguarda Armada Revolucionária, a VAR-Palmares, adepta da luta armada, foi informada de um cofre repleto de dólares mantido em segredo absoluto em uma casa no bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro. O cofre estaria localizado na mansão onde morava o cardiologista Aarão Burlamaqui Benchimol, irmão de Ana Guimol Benchimol Capriglione, que fora amante de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo, famoso pelo bordão “rouba, mas faz”, falecido quatro meses antes. Ana, que mantinha em segredo a fortuna de Adhemar, dinheiro supostamente desviado durante sua gestão, era conhecida nos meios políticos pelo pseudônimo de Dr.Rui, criado pelo próprio Adhemar para não levantar suspeitas publicas de seu envolvimento extraconjugal. O tal “Cofre do Dr.Rui” teria aproximadamente 200 mil dólares, valor que tiraria os militantes da dificuldade e ainda financiaria uma série de ações contra a repressão. Carlos Lamarca, ex-militar que passara para o lado dos guerrilheiros, soube da história e logo a batizou de “A Grande Ação”.

O ASSALTO

O assalto foi planejado nos mínimos detalhes. Ocorreu em uma sexta-feira, dia 18 de julho de 1969, quando apenas alguns poucos moradores da casa e outros poucos funcionários encontravam-se no local. No total, participaram diretamente da operação onze militantes da VAR-Palmares, entre eles o atual deputado estadual do Rio de Janeiro, Carlos Minc. Tratou-se de mega operação, envolvendo pessoas de várias regiões do Brasil, calculada sob medida para retirar o pesado cofre da casa, coloca-lo em um carro e leva-lo para um lugar seguro. O assalto e o transporte foram feitos sem sobressaltos. A grande surpresa, no entanto, estava na abertura do objeto. Ao invés de 200 mil dólares, os guerrilheiros encontraram um montante de 2 milhões e 598 mil dólares, que hoje equivalem a pouco mais de 20 milhões de dólares. A sorte parecia estar do lado da VAR-Palmares. O que o livro de Tom Cardoso mostra, porém, é que o dinheiro trouxe tudo, exceto boa sorte para os envolvidos na “Grande Ação”.

Ao lado dos preparativos e da execução do assalto, a essência do livro está no destino dos onze militantes que participaram da “expropriação” e de outros personagens que participaram de outra forma no episódio. A história de cada um mostra uma espécie de “maldição” que o dinheiro de Adhemar parecia carregar. No fundo, entretanto, o que o dinheiro realmente fez foi provocar fissuras e discordâncias já latentes entre pessoas e organizações.

A primeira das fissuras ocorreu logo nos momentos seguintes a abertura do cofre. Os guerrilheiros distribuíram entre si uma nota de um dólar para comemorar a ação, embora o “manual do guerrilheiro, que deveriam seguir, condenasse esse tipo de prática. 

Outros, achavam que era preciso celebrar em grande estilo, com camarão e vinho branco em um badalado bar do bairro do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. Houve discordâncias nos dias e meses seguintes, discussões acirradas, quase um motim no seio da organização. O dinheiro acabou repartido, após uma confusa e tensa reunião entre lideranças da esquerda clandestina.

Com o avançar das investigações, a polícia prendeu vários guerrilheiros, que foram torturados e, por sua vez, deletaram outros companheiros. Um dos envolvidos sumiu com parte do dinheiro. Outro caiu em um golpe no exterior e perdeu boa parte do valor. 

Um grupo propôs uma nunca realizada redistribuição, no sentido de ajudar exilados em dificuldade no exterior. Outro grupo, esbanjou de uma qualidade de vida invejável. Em suma, o dinheiro catalisou diferenças e acelerou a fragmentação dos guerrilheiros em facções cada vez mais frágeis e efêmeras.

PIBIC: PROJETO GEOPARK ARARIPE APROVADO


Intitulado “Jovens Paleontólogos”, o projeto do Geopark Araripe obteve aprovação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC. 

Coordenado pela Secretária Executiva do Geopark Araripe, a geóloga Flavia Lima e pelo geólogo Idalécio Freitas, o projeto vai ser realizado nas minas de exploração de calcário de Santana do Cariri e terá duração de um ano.

Durante esse período, três jovens do Ensino Médio de Santana do Cariri serão capacitados sobre geologia e a fazer coleta e levantamento de dados de fósseis nas minas. O material coletado será enviado para o Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri-URCA, em Santana do Cariri, para ser estudado e tombado. A ideia é estimular o conhecimento desses jovens sobre as ciências da terra, ampliar o acervo do Museu de Paleontologia da URCA e conscientizar os trabalhadores das minas de exploração de calcário sobre a importância dos fósseis.

A jovem equipe receberá um kit de campo, contendo camiseta, boné, lupa, crachá e prancheta, material que os auxiliarão na atividade. Eles terão acompanhamento de campo pela equipe técnica do Geopark. Ao final dos trabalhos, o trio produzirá um trabalho científico a partir das informações obtidas que será apresentado na Semana de Iniciação Científica da URCA.


Fonte: URCA

COPA SÃO JOSÉ DO QUINCUNCÁ: ALTANEIRA BATE 13 DE MAIO E SEGUE FIRME NA BUSCA PELO TÍTULO



A Equipe de Altaneira quase que não vence o 13 de Maio pela Copa São José do Quincuncá. Ao todo, foram oito gols na partida, inclusive com direito a dobradinha tripla.

Teinha, Junior e Cristiano marcaram dois gols cada e Orlando balançou as redes uma vez, fazendo com que a Equipe aplicasse uma senhora goleada pra cima do Adversário que ainda descontou.

Com a Goleada por 7 x 1, Altaneira segue para a próxima fase da competição com 100% de aproveitamento. Seu Adversário ainda não está definido. Toda via, o próximo confronto será dia 03 (três) de Março.



Fonte: Departamento de Esporte de Altaneira

O ENSINO DE HISTÓRIA EM DEBATE


A coordenação do GT Ensino de História e Educação da Anpuh vem, desde meados de 2011, se articulando para desenvolver as ações da pauta do GT para o biênio 2012 e 2013. O primeiro passo foi justamente a própria consolidação da pauta de ações. Uma primeira indicação foi feita durante a reunião de eleição, quando a coordenação anterior fez um balanço das ações realizadas e resultados alcançados e desafios para o GT no âmbito da ANPUH. Na ocasião foram levantadas questões relacionadas a 5 pautas básicas: 1. Comunicação do GT: a Revista História Hoje, a construção de um site ou blog como veículo de comunicação digital e integração entre os membros do GT; 2- Pesquisa: articulações e realizações do Projeto Panorama do Ensino de História; 3- Articulações do GT: no plano externo à ANPUH, as aproximações e diálogos com a ABEH (Associação Brasileira de Ensino de História) , e os eventos da área de pesquisa sobre o ensino de História, o ENPEH (Encontro Nacional dos Pesquisadores de Ensino de História) e o encontro "Perspectivas do Ensino de História", e no plano interno a aproximação do GT com as pautas da ANPUH tais como regulamentação da profissão, campanha de filiação, aproximação com os docentes das redes públicas de ensino, articulação com os fóruns de graduação e pós-graduação; 4- Ações políticas: inserção do GT nos debates acerca dos currículos da educação básica, projetos de formação de professores (inicial e continuada), acompanhamento das políticas públicas de educação e realização de balanços sobre profissão docente e condições de trabalho. Em setembro de 2011 realizamos em Vitória, no Espírito Santo, uma primeira reunião da coordenação do GT, que contou com a valiosa presença da profª Juçara Luzia Leite (UFES), na qual consolidamos a pauta acima indicada e esboçamos um plano de trabalho para o biênio.
Dentre as prioridades desta agenda está uma aproximação e maior articulação com os pesquisadores do ensino de História. Uma via que está sendo construída e que conta com a generosa acolhida e apoio das professoras Ernesta Zamboni e Maria Carolina Bovério Galzerani é a aproximação do GT com a comissão organizadora do VIII Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História e do III Encontro Internacional de Ensino de História, a ser realizado na UNICAMP, no período de 02 a 05 de julho de 2012. Outra via é a aproximação com os pesquisadores do projeto "Panorama do Ensino de História". Nesse sentido reconhecemos e valorizamos os esforços individuais e atuações das várias pessoas já engajadas no processo, e cujas iniciativas de pesquisa foram fundamentais para a sustentabilidade da proposta. Nossa intenção é contribuir para fortalecer as articulações e a continuidade do projeto colaborando para a definição de uma agenda comum junto aos me mbros do GT. Entendemos que dentre as possibilidades de continuidade e desdobramento da proposta, o Projeto Panorama pode vir a se constituir em um Observatório do Ensino de História, adquirindo elementos do formato já adotado para outros, como o Observatório da Educação Indígena, da Educação de Jovens e Adultos, e que são apoiados pela CAPES. Dentro dessa perspectiva de abertura para o diálogo, esse primeiro contato tem como objetivo realizar um balanço do quadro atual do projeto, identificando os envolvidos, suas instituições, temas e perspectivas metodológicas.

Para tanto, programamos para início deste ano um encontro que possa reunir os representantes de todos os GTs estaduais, com o objetivo de estreitar o diálogo e estabelecer compartilhadamente as estratégias de ação. Com apoio incondicional da Direção da ANPUH, essa primeira reunião nacional do GT ficou definida para o dia 23 de março de 2012, em São Paulo, na sede da ANPUH-Nacional, no prédio da História, na Cidade Universitária USP. Na pauta trataremos dos seguintes pontos que consideramos fundamentais:

Balanço da situação dos GTs regionais de Ensino de História e definição de estratégias para sua organização ou reorganização;

Participação do GT na campanha de filiação junto aos professores da Educação Básica;
Balanço e perspectivas de desenvolvimento da Pesquisa "Panorama do Ensino de História" e outros projetos;

Discussão sobre o papel do GT no debate acerca das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os currículos estaduais e o ensino da disciplina na Educação Básica;

Definição de estratégias para apoiar as ações da atual diretoria da Anpuh;
Construção da agenda de encontros nacionais e regionais para o biênio. Acreditamos que com esforço coletivo, mobilização e apoio dos parceiros institucionais conseguiremos enfrentar e responder a esses desafios.

Por favor, confirme sua presença, ou indique um representante do GT regional, enviando mensagem para o e-mail anpuh@usp.br. Sua presença é muito importante.
Coordenação do GT Ensino de História e Educação da Anpuh

O STF NÃO SABE O QUE É HISTÓRIA

O Ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), promulgou, em 29 de novembro de 2011, a Resolução No 474 que "estabelece critérios para atribuição de relevância e de valor histórico aos processos e demais documentos do Supremo Tribunal Federal". O documento causa perplexidade aos historiadores e a todos aqueles que, minimamente, tem acompanhado o desenvolvimento da historiografia contemporânea, em especial por duas razões: por procurar estabelecer "por decreto" o que é ou não histórico e por apontar como subsídio para essa classificação critérios considerados ultrapassados há, pelo menos, um século. Por esse motivo, a Associação Nacional de História (ANPUH), entidade que congrega os profissionais de história atuantes no ensino, na pesquisa e nas entidades ligadas ao patrimônio histórico-cultural, não poderia deixar de trazer a público a sua inconformidade com a referida Resolução.
Apesar de seus precursores mais remotos (como os gregos Heródoto e Tucídides), o conhecimento histórico só se estabeleceu como disciplina autônoma e com pretensões científicas no século XIX, acompanhando o processo de surgimento e/ou consolidação dos Estados nacionais. Naquele momento era importante alicerçar em uma narrativa fidedigna, ancorada em provas documentais, a história desses Estados, comprovando sua existência ao longo do tempo e reforçando os laços de identidade entre seus habitantes, com base em uma presumida origem comum. Não é à toa que, justamente nesse período, surgiram os Arquivos Nacionais, inclusive no Brasil, como forma de reunir e conservar os documentos oficiais que dissessem respeito à "biografia" das jovens nações. Muitos historiadores, por seu turno, voltavam sua atenção aos ditos "acontecimentos consagrados", aos "grandes personagens", aos "fatos marcantes" da história de seus países; acontecimentos, persona gens e fatos esses, diga-se de passagem, em geral ligados às elites políticas, econômicas, culturais, militares e intelectuais a quem se atribuía o "fazer da História".

Ora, desde ao menos o final da década de 1920, tal visão do que é ou não histórico foi fortemente contestada pelas principais correntes contemporâneas da historiografia por seu caráter limitado e elitista. Desde então, se sabe que nenhum documento possui "relevância" ou "valor" histórico em si, mas somente a partir das perguntas que o historiador dirige ao passado. Por exemplo: por muito tempo, não se deu valor às experiências das mulheres na história, ou apenas quando elas participavam de espaços tradicionalmente masculinos como a política e a guerra. Hoje uma das áreas mais desenvolvidas da historiografia brasileira e mundial é, justamente, a história das mulheres, que, para se desenvolver, precisou se utilizar de documentos antes considerados "não históricos" (talvez por envolver mulheres pouco famosas), como registros policiais e documentos judiciais referentes a, por exemplo, violência doméstica, guarda de crianças, brigas entre vizinhos, etc. Neste sentido, um exemplo entre muitos outros é o livro da consagrada historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias, "Quotidiano e poder no século XIX", cuja leitura indicamos aos ministros do STF, que apresenta as lutas femininas em São Paulo naquele período e as estratégias de sobrevivência de mulheres pobres, talvez "sem valor histórico" na visão desses magistrados, como lavadeiras, quitandeiras, escravas, forras, entre outras.

COMISSÃO DA VERDADE: ENTRE A MEMÓRIA E A HISTÓRIA

Recentemente foi aprovada pelo Congresso Nacional a formação da Comissão da Verdade que terá como função apurar as violações aos direitos humanos ocorridas em nosso país entre 1946 e 1988. A ela não cabe punir ou julgar culpados, mas lançar luz sobre uma série de crimes perpetrados por agentes governamentais, em especial no período da ditadura civil-militar iniciada com o golpe de 1964, esclarecendo suas circunstâncias, motivações, agentes, entre outros aspectos. Alguns, sobretudo aqueles setores identificados com os governos autoritários, a acusam de "revanchista", por querer reacender conflitos que deveriam, em sua visão, ter sido esquecidos com a Lei da Anistia de 1979. Outros, em especial os militantes de direitos humanos e os familiares de mortos e desaparecidos políticos, denuncia m seu caráter limitado e seus precários recursos (incluindo um número reduzido de membros e um tempo curto para as investigações). De qualquer forma, trata-se de uma iniciativa fundamental para que se possa encarar de frente uma série de situações traumáticas próprias desse passado recente que insiste em não passar, e que macula até hoje a nossa democracia.

A Comissão da Verdade assemelha-se a outras iniciativas ocorridas em países que passaram por traumas coletivos, em geral provocados por governos ditatoriais e autoritários, os quais pareciam impedir-lhes de seguir em frente com seus projetos de organização democrática. Isso aconteceu, através de modalidades e com resultados variados, na Alemanha após o nazismo, nos países do Leste europeu na sequência da débâcle do bloco comunista, na África do Sul depois do apartheid e em países do Cone Sul com o fim das ditaduras de Segurança Nacional. Em todos esses casos, muito se falou do dever de memória, ou seja, do dever de lembrar o horror para não repeti-lo, o que, em alguns casos, implicou também reparações materiais e simbólicas às vítimas, aos seus familiares ou mesmo a grupos sociais inteiros (como judeus e negros) que haviam sido submetidos a terríveis violências por parte do aparato estatal.



Fonte: ANPUH