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Núcleo de Educação e Promoção para a Igualdade Racial (NEPIR) é reinaugurado em Juazeiro do Norte

 

Stéphanie Matos, do NEPIR. (FOTO/ Reprodução/ WhatsApp).

Por Nicolau Neto, editor

Movimentos sociais, grupos ligados à área cultural da população negra, povos de terreiros e outras lideranças religiosas estiveram nesta sexta-feira, 15, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho do município de Juazeiro do Norte (SEDEST), participando da reinauguração do Núcleo de Educação e Promoção para a Igualdade Racial (NEPIR).

O evento teve início às 15h00 e contou também com a representante da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado do Ceará (CEPPIR), Antônia Araujo e, da psicóloga Luziana Florenço a quem Stéphanie Matos, ativista e uma das responsáveis pelo NEPIR, atribuiu a contribuição no processo de reabertura.

Matos, ainda, agradeceu aos ancestrais. “Muito obrigada a todes que vieram antes de nós. Obrigada ancentrais, familiares e companheiros de luta”, escreveu ela depois em suas redes sociais. Matos que é Terapeuta Ocupacional, falou que o dia foi muito importante ao tempo em que mencionou a força da representatividade e o lugar de fala enquanto mulher negra.

Não foi fácil. Chorei mesmo. “Só a gente sabe o que a gente passa por ser quem a gente é..... NEGRO”, disse. “Mas eu estava feliz”, asseverou ao se referir outras pessoas negras no momento. “Percebi que eu podia ser eu e que nós podíamos e devíamos sermos nós”, complementou.

Representantes religiosos na reinauguração do NEPIR. (FOTO/ Reprodução/ WhatsApp).

Nas redes sociais ela publicou o poema do Adam Vinícius, homem trans, negro e umbandista e que foi lido durante o evento. “Brasil, terra roubada e assassinada em 1500, a tal da colonização. Brasil, terra ‘colonizada’ em 1500, mas que em pleno século XXI ainda quer trazer o enbranquecimento. Me chamando de pardo, mulato ou moreno”, traz um dos trechos do poema.

A gente que é preto, tá se armando e se amando pra não ter mais sequer um pé na senzala. A gente que é preto tá ocupando as universidades e se unificando pra não aceitar mais sentado aplaudindo os branco que acham que estão nos representando”, frisa em outra parte.