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Da esquerda para a direita: Hamilton Assis, Sônia Guajajara, Nildo Ouriques, Guilherme Boulos e Plínio de Arruda Sampaio Jr. (Fotomontagem: Blog Negro Nicolau). |
No
próximo dia 10 de março de 2018, o Psol define quem será o candidato ou
candidata a disputar a Presidência da República. Na disputa interna, cinco
nomes são cotados: o paulista Guilherme Boulos, ativista do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST); a maranhense Sônia Guajajara, líder indígena; o
professor de economia Plínio Arruda Sampaio Júnior, filho do candidato do
partido em 2010; o mestre em educação Hamilton Assis e o economista Nildo
Ouriques.
O
presidente do Psol no Ceará Ailton Lopes, explica que não é a primeira vez que
o partido tem mais de um pré-candidato a Presidência, e que isso mostra a
"pluralidade" da sigla. "Atesto a qualidade política e técnica
de todos os pré-candidatos, cada um com perspectivas distintas, mas todos com o
mesmo interesse de servir ao povo e não a pequenos grupos", afirma.
Ailton,
que apoia a candidatura de Sônia Guajajara, diz que ela traz contribuições da
cultura indígena "com propriedade" que podem ser relevantes para uma
nova perspectiva política e econômica para o Brasil. "A atual política
econômica visa a produção desenfreada, e não impõe limites para ter lucros, e
acaba não atendendo a maioria da população".
O
presidente da sigla no Estado destaca também que a lógica dos povos indígenas
tem como base o respeito ao coletivo, a produção voltada para as pessoas, além
de um modo de vida mais harmônico.
O
deputado estadual Renato Roseno (Psol), defende a possibilidade de chapa
Guilherme Boulos e Sônia Guajajara. Ele explica que uma aliança do Psol com
movimentos sociais, tais como o MTST e o movimento indígena sintetiza "uma
série de lutas contra os retrocessos em curso no Brasil", além da
possibilidade avançar para abertura de um "novo ciclo de esquerda no
País", que dialoga com as novas gerações.
Em
relação à quantidade de pré-candidatos pelo partido, Renato considera
"natural aos partidos de esquerda, que são partidos vivos". "A
unidade deve ser construída na diversidade e pluralidade. Todas as pré-candidaturas
são boas e temos muito orgulho e muito respeito por todas elas. Isso nos
fortalecerá e caminharemos juntos em 2018", complementa.
Quem são os 5 pré-candidatos
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Guilherme Boulos. (Foto: Reprodução/ Facebook). |
Guilherme Boulos:
liderou inúmeras invasões. Foi espancado e preso. Chegou ao posto de
estrategista do movimento. Admite ambições muito maiores do que teto para quem
precisa: promover transformações das relações sócio-econômicas e políticas no
Brasil – mesmo mantendo parcerias com o poder público.
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Hamilton Assis. (Foto: Reprodução/ PSOL). |
Hamilton Assis:
é professor, pedagogo e mestre em educação. Trabalha na rede Municipal de
Salvador como Coordenador Pedagógico. Contribui para a reflexão de um novo
projeto educacional para a cidade: uma educação pública, gratuita e de
qualidade em todos os níveis, que considere nossa ancestralidade e a
contribuição dos povos africanos e indígenas em seus elementos de identificação
indispensáveis para garantir uma perspectiva libertadora.
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Plínio de Arruda Sampaio Júnior. (Foto: Reprodução/ PSOL). |
Plínio de Arruda Sampaio Júnior:
professor livre-docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (IE/UNICAMP). Com pesquisas na área de história econômica do Brasil e
teoria do desenvolvimento, dedica-se ao estudo do impacto da globalização
capitalista sobre a economia brasileira. É filho de Plínio de Arruda Sampaio,
candidato do partido a presidente em 2010.
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Nildo Ouriques. (Foto: Reprodução/ PSOL). |
Nildo Ouriques:
presidente do IELA e Professor do Departamento de Economia e Relações
internacionais da UFSC. Ouriques quer diálogo com a população, convocando
grandes referendos para revogar as reformas trabalhista e da Previdência.
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Sônia Guajajara. (Foto: Reprodução/ PSOL). |
Sônia Guajajara:
é líder indígena, formada em Letras e em Enfermagem, especialista em Educação
especial pela Universidade Estadual do Maranhão. Recebeu em 2015 a Ordem do
Mérito Cultural.
(Por Marcela Benevides, no O Povo).