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Com desgaste de Bolsonaro na CPI, frentes antecipam manifestações para 3 de julho

 

As ruas foram pintadas com as cores da esquerda, mas há nuances entre os 50 tons de vermelho. (FOTO/  Pedro Rocha/Sintufrj).

Em reunião na tarde deste sábado (26), a Frente Fora Bolsonaro definiu como data para novas manifestações pelo país o 3 de julho. As mobilizações também acompanharão a entrega do pedido de impeachment unificado, definida para a próxima quarta-feira (30) em Brasília. Na quinta-feira (1), será realizada uma plenária nacional da Campanha Fora, Bolsonaro.

O desgaste do presidente Jair Bolsonaro, com as últimas revelações feitas pela CPI da Covid nesta sexta-feira (25) acelerou o processo de mobilização por sua saída e houve unidade entre as correntes para que a nova manifestação aconteça já no próximo sábado (3).

"A unidade desse conjunto é que tem sido capaz de apontar um caminho para a derrota de Bolsonaro", afirma o membro da Frente Povo Sem Medo e secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, referindo-se à Campanha Fora Bolsonaro. 

Unidade na esquerda

A plenária da "Campanha Fora Bolsonaro" é a articulação mais relevante, do ponto de vista nacional, na convocação dos protestos massivos deste ano. Ela é composta pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam os maiores partidos políticos e centrais sindicais. 

"É fundamental também lembrar da importância de dialogar nas periferias da cidade, com som, lembrar da carestia, do preço do botijão, da energia, do desemprego, da necessidade do auxílio de R$ 600 contra essa miséria desse auxilio de 250 que sequer compra um terço de uma cesta básica", completa. 

A construção de unidade é um desafio permanente no horizonte político da esquerda brasileira. Consequência da unificação de setores que nem sempre atuaram em parceria, as manifestações de 29 de maio e 19 de junho significaram um passo importante nessa direção. 

Os movimentos populares envolvidos na nova manifestação haviam deliberado, a princípio, uma nova mobilização para o 24 de julho, com um "esquenta" para o dia 13 de julho, feita "por fora" do ato unificado do dia 24 de julho, ainda sem hora definida. 

O "esquenta" para o 13 de julho havia sido convocado pelo perfil nas redes sociais intitulado "Povo na rua #Fora Bolsonaro", coordenada pela Unidade Popular Socialista (UP), sem participação da articulação nacional formada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. 

Aglutinando partidos e correntes de menor alcance nacional, a articulação "Povo na rua #Fora Bolsonaro" é coordenada pela Unidade Popular pelo Socialista (UP), braço eleitoral do Partido Comunista Revolucionário (PCR), que não tem registro no Tribunal Superior Eleitoral.

Com um programa político de perspectivas revolucionárias, a UP lançou 100 candidatos a vereador e 15 a prefeito, mas nenhum foi eleito.

A "Povo na rua #Fora Bolsonaro" conta ainda com apoio de correntes trotskistas regionais, entre elas o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) e o Movimento Esquerda Socialista (MES), que integra o PSOL. Também participam integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do Partido Socialista de Trabalhadores Unificado (PSTU).

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Com informações do Brasil de Fato.