6 de janeiro de 2023

Lula sanciona Dia Nacional de Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé

 

Integrantes da caminhada contra a intolerância religiosa em Juazeiro do Norte. (FOTO |Acervo do blog).

Por Nicolau Neto, editor

Foi sancionada nesta sexta-feira, 06, pelo presidente Lula (PT) a Lei 14.519/2023, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser celebrado anualmente no dia 21 de março.

O deputado Vicentinho (PT | SP) é o autor do projeto que deu origem a referida Léo que foi aprovado no último dia 21 de dezembro de 2021 no Congresso Nacional.

Além de Lula, as ministras da Igualdade Racial é da Cultura, Margareth Menezes e Anielle Franco, respectivamente, também assinaram a lei publicada na edição desta sexta-feira, do Diário Oficial da União (DOU).

Morre Zé Mariano, aos 70 anos, o poeta cordelista de Altaneira

 

Morre Zé Mariano, o poeta cordelista de Altaneira. (FOTO/ Reprodução/ YouTube/ Papo Social PodCast).

Por Nicolau Neto, editor

Recebi com muita tristeza na tarde desta terça-feira, 03 de janeiro, a morte Zé Mariano, o poeta cordelista de Altaneira. Segundo informações extraoficiais, ele sofreu um infarto. Familiares e amigos e amigas participaram da missa de corpo presente da Igreja Matriz na manhã desta quarta, 04, onde se despediram de um dos representantes da cultura popular local.

José Mariano de Lima, O poeta Zé Mariano, nasceu em 06 de junho de 1952 no município de Princesa Isabel, no Estado da Paraiba. Com seis anos de idade mudou-se junto à família para Juazeiro do Norte, no Ceará, fugindo da “seca” como ele mesmo descreveu em sua última aparição no Papo Social Podcast, da Fundação ARCA, apresentado pelo educador social Fábio Barbosa.

Seu Zé Mariano relatou que seu pai, Raimundo Mariano, possuía familiares na Baixa Grande e que através deles vieram para Altaneira ainda em 1958. Segundo ele, nesse período vinham participar da feira aqui. “Eram só três ruas. Mas tinha feira, tinha tudo”, disse. A vida estudantil não foi fácil para ele, como também não era para muitos da mesma época. Chegou a andar mais de 8 quilômetros para chegar até a escola. “O ensino era muito decorativo. Eu tinha que ler uma página e decorar para dizer para a professora. Não podia errar uma letra se não palmatória comia de esmola”, destacou.

O gosto pela poesia, pelas rimas veio com o contado com os cordéis que ele via e comprava nas andanças pelas feiras. Ele contava que começou a ler e comprar. E não parou mais. Mas somente depois dos 50 anos é que ele voltou a estudar. “Eu sabia ler e escrever, mas não entendia o que lia”, contou ele no podcast em novembro de 2021. “Então fui incentivado a voltar a estudar pela primeira dama e secretária de educação de Altaneira na época, a Damares Arraes”, frisou. Concluiu o fundamental e o contato com a tecnologia e a internet só veio durante o ensino médio na Escola Santa Tereza a partir do professor de História e Filosofia Fabrício Ferrraz, hoje residente em Brejo Santo – CE. “O professor Fabrício chegou pra mim e disse: seu Zé Mariano, o senhor é poeta e participa de apresentações nos eventos. Então eu vou lhe ajudar”, comentou ao mencionar que por meio de Fabrício aprendeu a digitar suas poesias e as publicar no blog criado para esta finalidade.

Hoje, o blog desatualizado (http://opoetacordelista.blogspot.com/) conta com várias poesias de sua autoria, dentre elas a autobiografia; a que fala sobre o ex-vereador e médico popular Euclides Nogueira Santana (seu Quido), já falecido; a Lagoa Santa Tereza, onde fontes orais destacam ter surgido o município de Altaneira; a riqueza do sertão; elogio do sertão; a 1ª conferência dos idosos de Altaneira e interpretação do Hino de Altaneira.

O poeta deixa uma esposa, quatro filhos, nove netos, um irmão e uma irmã.

Zé Mariano, assim como os já falecidos João Zuba em 24 de fevereiro de 2017 e Dona Angelita em 24 de novembro de 2021, são exemplos de patrimônios histórico-culturais do município.

Minha lembrança de Zé, que ainda não era o poeta, vem da infância. Ainda criança quando morava no Mutirão – e as diversões preferidas eram brincar de pião e jogar bola no beco na casa de Dona Santana – era comum parar a noite e ouvir as histórias que ele contava. A que mais ficou gravada foi a que ele contatava entusiasmado da primeira missa no Brasil. “Frei Henrique Soares de Coimbra”, dizia.

Meus sentimentos à família, amigas e amigos de seu Zé, o poeta cordelista de Altaneira.

Como se eleger sem dinheiro? Crítica aos Partidos Políticos de Esquerda em consideração à candidatura de mulheres negras no Nordeste

 

Maria Raiane. (FOTO/ Acervo Pessoal).

Por Maria Raiane, Colunista

O texto foi publicado originalmente no Letras Negras, uma iniciativa do projeto “Enegrecer a Política” com o objetivo de divulgar o pensamento e as ações de pessoas negras do Norte e Nordeste. Segundo Raiane, foram selecionados 8 textos do norte e do nordeste. Do nordeste, um do Ceará, o seu.

Maria Raiane Felix Bezerra[1]

 

Após o feminicídio político de Marielle Franco no ano de 2018, houve um salto positivo de candidaturas negras. Algo surpreendente foi a quantidade de candidaturas coletivas que se formaram em todo o Brasil, principalmente, de mulheres negras que se colocaram na disputa para pleitear uma vaga nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras brasileiras, com destaque para a região Nordeste.

As mulheres negras, peças-chave para a mudança radical dessa sociedade em que vivemos, nas últimas eleições (2018, 2020 e 2022) ousaram se candidatar em um cenário em que estávamos quase perdendo os mínimos direitos sociais conquistados e que muitos foram totalmente extinguidos pelo governo Bolsonaro. O atual  governo representa/ou a forma mais antidemocrática, anti vida, punitivista, proibicionista, racista, feminicida, LGBTQIAPN+fóbico, entre outras violências, que o país já viveu desde o processo de redemocratização.

Acredito que o cenário caótico em que vivemos fez com que as pessoas negras se colocassem como ponta de lança, pois são elas que estão nas lutas árduas e cotidianas em prol das ações afirmativas e que finalmente conseguiu inserir, minimamente, essa população preta, periférica, das classes mais afetadas nos espaços que foram negados historicamente.

Refletir sobre a sociedade brasileira, me faz querer debruçar sobre os limites da falsa democracia e do sonho que ela se torne de fato realidade, pois com racismo não há democracia.

E é sobre isso que eu quero falar. Acredita-se que os partidos políticos considerados progressistas ou de “esquerda”, possuem programas partidários que mais se aproximam de um projeto para uma sociedade mais “igualitária”. Neste ponto, vale lembrar o mito da democracia racial, pois essa fantasia tem sido uma pedra no caminho da população negra no Brasil, visto que entrou com muita facilidade nas mentes daqueles/as que assim como a maioria no país, agem em negação quanto à existência do racismo estrutural.

Trago essa discussão para o debate, para conseguirmos vislumbrar o quanto esse conceito criado por um sociólogo nordestino[2] atravessou e fundou os partidos políticos de esquerda.  Ter esses fatos em mente, nos ajuda a diagnosticar e dimensionar o problema gerado pelo mito da democracia racial.

É preciso denunciar que existe um problema de formato estrutural que não é solucionado pelos partidos políticos, pois quando se trata das barreiras enfrentadas por pessoas negras, ou eles tratam subdividindo o problema em setoriais, ou, sequer fomentam iniciativas em seus programas de ações partidárias direcionadas à mitigação dessas barreiras, e tais omissões são classificadas como racismo. Até porque, quando não debatemos ou não tratamos de certos problemas, é porque negamos a sua existência. Se eles deixam de falar sobre ou colocam apenas pessoas negras para falarem do assunto, novamente, eles estão sendo racistas.

E quando se trata de candidaturas de mulheres negras que, felizmente, estão saindo em candidaturas coletivas ? O que os partidos de esquerda têm a declarar do apoio que dão ou deixam de dar para essas corpas? Consegue refletir de onde estou enxergando? Exponho todos estes pontos para finalmente chegarmos ao conceito de Racismo por Omissão.

O conceito foi criado por Lélia González para denunciar o Partido dos Trabalhadores (PT) que nos anos 80, quase cem anos após a falsa abolição, não integrou ao seu programa partidário e nem denunciou em rede televisiva, a situação em que a população negra se encontrava no país.

Partindo desse conceito, como já busquei desenhar, tento refletir e expor as candidaturas recentes das mulheres negras no Nordeste. Principalmente, daquelas que denunciaram de forma aberta em suas redes sociais, as dificuldades de financiamentos negados ou não distribuídos de forma coerente pelos partidos de esquerda.

Este é o caso das vereadoras (Pretas Juntas) Elaine Cristina e Débora Aguiar do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), da cidade de Recife-PE, que mesmo recebendo mais de 3 mil votos em sua campanha para vereança, não receberam recursos suficientes do partido (PSOL), mesmo diante da magnitude da campanha.  Percebo isso como uma estratégia de boicote ao projeto político pensado e conduzido por mulheres negras, pois estamos falando de partidos políticos que tem um quantitativo que se autodeclara negro relevante. Mas que ainda segue os princípios branco, masculino, cis, hétero etc., por isso, para eles, só vale apostar financeiramente naquelas/es que “já estão ganhos”. Importante lembrar, que isso não é apenas uma situação isolada em Recife-PE.

Foi por meio dos financiamentos coletivos que várias campanhas coletivas de mulheres negras se sustentaram.  Foi com o apoio de uma coletividade, que as candidatas tiveram apoio psico-socio-político dos seus coletivos comprometidos com as pautas para continuarem no enfrentamento às desigualdades intrapartidárias.

Importante destacar que, os partidos políticos, ainda nos tratam como pessoas que estão propondo uma candidatura apenas por questões “identitárias”, algo que quem faz parte dos movimentos negros, de mulheres e outros escutam com frequeência. Mas vos digo, eles têm medo do que propõem as mulheres negras, pois estamos falando de atores sociais que pensam a sociedade como um todo.

Que deixemos bem nítido, não queremos apenas nos candidatar, queremos ser eleitas e para isso precisamos do compromisso real com a dívida não paga daqueles que nos devem e que estão alocados nas estruturas partidárias. Para a “esquerda”, deixo um recado, é preciso reconfigurar esse padrão que usa nossa imagem para cumprir coeficiente de representação, não iremos aceitar mais isso.




[1] Maria Raiane, negra jovem de 24 anos, pansexual, licenciada em ciências sociais pela Universidade Regional do Cariri (URCA), mestranda em Sociologia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), professora de sociologia e filosofia na educação básica, escritora independente/marginal, colunista do blog Negro Nicolau, pesquisadora do NEGRER; compõe a coordenação do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC); ativista da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas RENFA; nascida e criada em Juazeiro do Norte, região do Cariri, no Estado do Ceará-Nordeste

[2] O conceito de “Democracia Racial” foi criado por Gilberto Freyre e na obra Casa-Grande e Senzala (1933) foi onde o conceito ganhou relevo e reconhecimento. Esse conceito, nega a existência do racismo no Brasil.

Escuto silêncios

 

Alexandre Lucas. (FOTO/ Acervo Pessoal).

Por Alexandre Lucas, Colunista

Se essa rua fosse minha, abriria de silêncio e a fecharia para escutar o vento e os pássaros. Aqui faz barulho. As músicas brigam. Os cachorros não descansam e, à noite, a gatalhada se ama nas alturas.  Não dá tempo para se escutar. Ao ler um livro, o som esbarra no entendimento das palavras.

A rua não é minha. Escuto um jazz para distrair o barulho, no fundo, vozes de crianças celebram suas brincadeiras. Chupetinha, a velha louca, bêbada e solitária canta para encontrar companhia, as crianças se divertem. O carro com som volante anuncia um bingo, enquanto a furadeira do vizinho perfura as paredes.

Na calçada, homens e mulheres riem narrando a vida alheia. Dentro da casa, a família chora o assassinato do filho.

A polícia grita com a jovem preta e espanca o seu namorado que tem menos de 18 anos. A população grita por dentro e silencia por fora.

Como essa rua não é minha, aprendi a escutá-la e sentir como nossa.  Percebo que ela é mais silenciosa que os gritos contra a impunidade.

30 de dezembro de 2022

Zelma Madeira será secretária da igualdade racial do governo Elmano no Ceará

 

Zelma Madeira. (FOTO | Igor Reis).


Por Nicolau Neto, editor

A professora Zelma Madeira foi anunciada para a Secretaria da Igualdade Racial que foi criada por esta gestão que irá iniciar no próximo domingo, 1° de janeiro. O comunicado foi feito nesta quinta-feira, 29, pelo governador eleito Elmano de Freitas (PT) em suas redes sociais.

A professora já exerceu a função de coordenadora de política de igualdade racial no Estado entre os anos de 2015 e 2020. Este ano estava como Assessoria Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Governo do Ceará.

Zelma Madeira possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), tem mestrado em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorado em Sociologia também por esta universidade. Ela é professora dos cursos de graduação e mestrado em Serviço Social pela UFC.


Juliana Alves será secretária dos povos indígenas do governo Elmano no Ceará

 

Juliana Alves. (FOTO | Reprodução)

Por Nicolau Neto, editor

O governador eleito pelo Ceará, Elmano de Freitas (PT), anunciou nesta quinta-feira, 29, a terceira lista de secretariado para sua gestão 2023 - 2026.

Dentre os novos anunciados eatá o de Juliana Alves que irá assumir a Secretaria dos Povos Indígenas que foi criada.

Juliana é professora Indígenas e possui licenciatura em Educação Indígena e mestrado em Antropologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Chegou a exercer o cargo de diretora na Escola Indígena do Povo Jenipapo-Kanindé.

Cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreira da Ancestralidade (Anmiga), ela é Cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, no município de Aquiraz.


29 de dezembro de 2022

Prefeito de Potengi prorroga validade de concurso público

 

Edson Veriato. (FOTO | Reprodução | Facebook).

Por Nicolau Neto, editor

O prefeito de Potengi, Edson Veriato (PT), decidiu prorrogar por mais dois anos a validade do último concurso público realizado em 2015. A comunicação foi feita na tarde desta quinta-feira, 29, em suas redes sociais.

O concurso havia sido suspenso por meio de uma Ação Civil Pública (ACP) em 2016 apresentada pelo Ministério Público do Estado do Ceará, fazendo com que os/as profissionais que lograram êxito e foram convocados/as tivessem seus trabalhos paralisados. Posteriormente, a ação foi julgada improcedente e os/as aprovados/as tiveram que ser reconvocados/as.

As novas convocações foram feitas em 19 de junho de 2021, já na gestão do atual prefeito.

"Usando das minhas atribuições legais, prorroguei por mais dois anos o concurso público realizado em 2015", escreveu Edson Veriato em suas redes sociais.

Morre Pelé, considerado o rei do futebol, aos 82 anos

 

(FOTO/ Reprodução/ Redes Sociais).

Morreu hoje, aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, Rei do Futebol. Internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o ex-atleta faleceu em decorrência de um câncer de intestino, doença que tratava desde 2021.

A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório, mas uma estrutura foi montada na Vila Belmiro nos últimos dias para receber a vigília. O sepultamento vai acontecer em Santos (SP). No ano passado, o tricampeão mundial foi hospitalizado para realização de exames de rotina, em que foi constatado um tumor no colón direito, que faz parte do intestino grosso. O Rei do Futebol ficou internado por um mês.

Após isso, Pelé vinha comparecendo ao hospital periodicamente para sessões de quimioterapia e outros exames de rotina. No início de 2022, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.

Filho de dona Maria Celeste Arantes do Nascimento e de João Ramos do Nascimento – ou Dondinho, Pelé desde cedo mostrou sua aptidão para o futebol, passando do futsal para os gramados. Aos 15 anos foi contratado pelo Santos, em 1956, e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois.

Pelo Peixe, Pelé conquistou diversos títulos: bicampeonato da Taça Libertadores da América (1962 e 1963), bicampeonato Mundial de Interclubes (1962 e 1963), Campeão da Taça de Prata (1968), cinco vezes campeão da Taça Brasil (1961, 62, 63, 64 e 65), quatro vezes campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Rio-São Paulo (1959. 1963,1964 e 1966) e 25 títulos de torneios no exterior.

Em 1974 fez o seu último jogo com a camisa do Santos.

Ídolo da seleção brasileira

Pelé fez sua estreia na seleção brasileira no dia 7 de julho de 1957, com 16 anos, na Copa Rocca, no jogo contra a Argentina, no Estádio do Maracanã (RJ), ocasião em que marcou seu primeiro gol pela seleção. Em 1958, na Copa do Mundo na Suécia, o Rei passou a usar a camisa 10, que se tornou sua marca. Nos dois primeiros jogos ele ficou na reserva, só vindo a jogar na terceira partida, contra a União Soviética. Na ocasião, Garrincha marcou o primeiro gol e Pelé deu assistência ao segundo gol de Vavá. No jogo seguinte, Pelé marcou o segundo gol na vitória sobre a Inglaterra, conquistando o seu primeiro gol na Copa.

No jogo final contra a França, no dia 29 de junho, Pelé marcou dois gols quando o Brasil foi campeão mundial vencendo a Suécia por 5 a 2. Ele se tornou o jogador mais jovem a conquistar uma Copa do Mundo.

Na Copa do Mundo de 1962, no Chile, Pelé já era considerado o melhor jogador do mundo. Na primeira partida contra o México, Pelé foi fundamental na vitória por 2 a 0. No entanto, no jogo seguinte contra a Tchecoslováquia, Pelé sofreu uma distensão muscular e ficou fora da equipe. Quem brilhou no seu lugar foi o jogador Garrincha, quando o Brasil conquistou a segunda Copa do Mundo.

Na Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra, embora o Brasil estivesse formado com um time de grandes jogadores como Pelé, Garrincha, Gilmar, Djalma Santos, Jairzinho, Gérson e Tostão, disputou apenas três partidas, sendo eliminado na primeira rodada.

Já na Copa do Mundo de 1970, no México, sob o comando do técnico Zagallo, o Brasil jogou seis partidas e conquistou seis vitórias. O Rei Pelé marcou quatro gols e protagonizou alguns dos lances mais bonitos da história do futebol.

Na final, Brasil e Itália entraram em campo na disputa pelo tricampeonato mundial e consequentemente a posse definitiva da Taça Jules Rimet. Em uma cabeçada, Pelé abriu o placar. Em seguida, a Itália empatou. No segundo tempo, Gérson fez 2 a 1, Jairzinho fez 3 a 1 e Carlos Alberto, em uma bola rolada por Pelé, fez 4 a 1, conquistando o tricampeonato e definitivamente a Taça Jules Rimet.

Aposentadoria

Em 1971, Pelé decidiu se aposentar da Seleção Brasileira e sua despedida se fez em dois jogos. A primeira partida foi realizada em 11 de julho, contra a Áustria, no Estádio do Morumbi (SP), que terminou empatada em 1 a 1.

A segunda partida foi no Estádio do Maracanã em 18 de julho, contra a Iugoslávia, com o placar de 2 a 2. Pelé, que atuou apenas no primeiro tempo, deu a volta olímpica no intervalo da partida.

O milésimo gol de Pelé, que entrou para a história, foi marcado no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969, na cobrança de um pênalti, no jogo entre Santos e Vasco.

Ele se aposentou do futebol no ano de 1977, quando jogava no Cosmos. Em 1994 foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO, e em 1995, nomeado Ministro do Esporte no governo de Fernando Henrique Cardoso, cargo que exerceu até 1998. Durante esse período, Pelé criou uma lei que, entre outras medidas, visava dar maior transparência e profissionalismo ao esporte, que ficou conhecida como “Lei Pelé”.

Em seu último aniversário, o Rei publicou no Instagram: "eu apenas quero expressar a minha gratidão. A vida é muito boa. Completar 82 anos junto a vocês, com saúde, é o melhor presente. Obrigado por tudo o que tenho recebido”.

____

Com informações do Alma Preta.