21 de agosto de 2012

A criminalização da política



Política para a mídia brasileira em geral é sinônimo de escândalo. Para grande parte da população resume-se a eleições.

Pessoas menos informadas costumam referir-se ao ano eleitoral como o "ano da política", fechando dessa forma o círculo da incultura cívica do país, do qual não escapa um ensino alheio ao tema.

Nação de base escravocrata, às camadas subalternas brasileiras sempre foi negado o direito de efetiva participação no jogo político.

Como concessão permite-se o exercício do voto, dentro de regras restritivas, feitas sob modelo para perpetuação das elites tradicionais no poder.

O descompasso entre presidentes da República eleitos a partir de programas de governo reformistas, com apelo popular, e composições parlamentares no Congresso conservadoras e patrimonialistas têm sido uma constante da política brasileira desde a metade do século passado.

O suicídio de Vargas e o golpe de Estado sacramentado pelo senador Auro de Moura Andrade em 1964 ao declarar vaga a presidência da República legalmente ocupada pelo presidente João Goulart são símbolos da ambiguidade política brasileira, na qual enquadra-se até a renúncia tresloucada de Jânio Quadros. Cabem aí também as chantagens exercidas por grupos parlamentares contra os governos Lula e Dilma, obrigando-os a dolorosas composições partidárias.

Diferentemente da eleição majoritária, onde os candidatos a chefe do executivo falam às grandes massas e são obrigados a mostrar seus projetos nacionais, deputados e senadores apóiam-se no voto paroquial, no compadrio, no tráfico de influência, herdeiros que são do velho coronelismo eleitoral.

E no Congresso, sem compromisso ideológico com o eleitor, defendem os interesses dos financiadores de suas campanhas, quase sempre poderosos grupos econômicos do campo e da cidade, ao lado das igrejas e até de entidades esportivas.

São candidaturas cujo sucesso só ocorre pela falta de um crivo crítico, proporcionado por debates constantes que apenas a mídia tem condições de oferecer em larga escala. No entanto, jornais, revistas, o rádio e a televisão não estão interessados em mudanças. Por pertencerem, no geral, aos herdeiros dos escravocratas (reais ou ideológicos), a existência de um eleitorado esclarecido e consciente apresenta-se como um perigo para os seus interesses.

Por isso, usam de todos os meios para manter a maioria da população distante da política, criminalizado-a sempre que possível.

As raízes da tensão histórica existente entre o executivo e o legislativo brasileiros não fazem parte da pauta da mídia nacional.

Como também não fazem parte as várias propostas existentes no Congresso voltadas para uma necessária e urgente reforma política.

Entre elas, por exemplo, a que acaba com o peso desigual dos votos de cidadãos de diferentes Estados, as que propõem a adoção do voto distrital misto, o financiamento público de campanha ou até o fim do Senado, cujo debate e votação são sempre bloqueados pelos grupos conservadores dominantes.

O dever social da mídia seria o de ampliar esse debate, levando-o à toda sociedade e tornando seus membros participantes regulares da vida política nacional. Mas ela não presta esse serviço.

Prefere destacar apenas os desvios éticos de parlamentares e os "bate-bocas" nas CPIs. São temas que caem como uma luva nas linhas editoriais dos grandes veículos, movidas por escândalos e tragédias espetaculares, sempre tratadas como "fait-divers", sem causas ou consequências, apenas como show.

O resultado é a criação de um imaginário popular que nivela por baixo toda a atuação política institucionalizada. Seus atores são desacreditados, mesmo aqueles com compromissos sérios, voltados para interesses sociais efetivos.

A definição de uso corrente de que "são todos iguais" reflete essa imagem parcial e deformada da política, criada pela mídia.

No caso específico da televisão, por onde se informa a maioria absoluta da população, a situação é ainda mais grave.

O Brasil é a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos regulares nas redes nacionais abertas.

Só aparecem, por força de lei, às vésperas dos pleitos, reforçando ainda mais a ideia popular de que política resume-se a eleições.

Ao exercerem no cotidiano a criminalização da política, os meios de comunicação, em sua maioria, brincam com o fogo, traçando o caminho mais curto em direção ao golpismo.

















Fonte: Carta Maior

20 de agosto de 2012

Vasco perde do Flamengo e eles já se acham livre do rebaixamento

TORCIDA DO GIGANTE DA COLINA


Era apenas mais um jogo do brasileirão, certo? Nada disso. Em campo, duas das maiores equipes do futebol brasileiro, em situações inversas na competição, é bem verdade.  Para o Gigante da Colina, mais uma oportunidade de não deixar o Clube Atlético Mineiro se distanciar na ponta da tabela. Para o mulambo (Flamengo), a chance de conseguir seis pontos em um único jogo, afinal de contas, o jogo era contra o Vasco e, isso já resume todo o contexto.

Porem, mesmo nesses momentos em que há um em fase tranquila e outro em queda livre foi possível notar que somente o futebol proporciona as famosas mudanças e permanências. Assim, permanece o velho chavão de que em clássico há superação.

Dessa forma, o Vasco se mostrou ineficiente nessa partida, não mostrou o bom futebol e as excelentes atuações de jogos recentes.  Mas o gigante honra a denominação e não se abala. Um dos símbolos vascaínos, o Juninho Pernambucano afirmou “não conseguimos repetir a atuação do primeiro tempo. Caímos de produção no segundo, e o Flamengo jogou mais tranquilo por estar à frente no placar. Só criamos nas bolas paradas. Mas o campeonato é longo e vamos lutar até o fim.”

Já o flamengo, está em êxtase. Ganhar do Vasco (1 X 0), principalmente nessas situações, não é todo dia. Por isso já surge certo clima de ei, tu viu? Já estamos livres do rebaixamento.  Estamos com uma equipe bem estruturada. Será mesmo?

Quanto ao Vasco, só resta vestir o terno, amarrar as chuteiras, treinar e partir para os jogos com o pensamento de campeão.

19 de agosto de 2012

Filosofia, História e Ateismo



A definição de ateísmo como toda postura teórica ou de vida que negue a existência de Deus parece ter significado preciso. O certo, porém, é que a própria diversidade das concepções humanas sobre Deus envolve sua negação em um manto de inevitável ambigüidade.

Ao longo da história, o qualificativo "ateu" foi com freqüência empregado de modo pejorativo contra pessoas ou comunidades que em nada correspondiam ao conceito moderno de ateísmo. Assim, Sócrates, cujas concepções influenciaram decisivamente o desenvolvimento da espiritualidade ocidental, foi acusado de ateu por não acreditar nas divindades atenienses. Sob outra perspectiva, o fato de uma pessoa que não admite a existência de um Deus único, livre e pessoal afirmar sua crença em alguma outra realidade transcendente, Deus ou Ser Supremo, muito possivelmente não abalará, no crente de uma fé monoteísta, a convicção de que essa pessoa é atéia. Portanto, a compreensão do ateísmo exige uma análise do significado histórico do termo, de suas relações com outras posturas -- filosóficas ou religiosas -- com as quais se identificou ou a que se opôs e, em indissolúvel ligação com isso, das diferentes formas de ateísmo.

Ateísmo na filosofia ocidental - Antiguidade. A dificuldade de se aplicar o conceito atual de ateísmo a pensadores de outras épocas se patenteia já no caso do primeiro filósofo grego conhecido, Tales de Mileto, que identificava o princípio vital com a água; a depender de onde se põe a ênfase -- se na noção de princípio ou na da água como entidade física --, tal afirmação pode ser entendida como transcendente ou como meramente materialista. Entre os sofistas, Crítias denunciou as religiões como invenções dos políticos para controlarem o povo e, no século III a.C., Evêmero esboçou uma interpretação racionalista da religião, considerando os deuses como antigos heróis divinizados.

Platão achava que a pior forma de ateísmo é a das pessoas más, que esperam poder propiciar a divindade mediante doações e oferendas que lhes justifiquem os descaminhos. Entre os ateus materialistas da antiguidade, foram particularmente radicais os gregos Demócrito e Epicuro, assim como o romano Lucrécio. De Epicuro é o célebre argumento: se Deus quer suprimir o mal e não pode, é impotente; se pode mas não quer, é invejoso; se não quer nem pode, é invejoso e impotente; se quer e pode, por que não o faz? Para os estóicos, Deus, Razão, Destino e Natureza constituem uma mesma coisa; mas seu panteísmo fundamenta uma calorosa e profunda religiosidade.

Renascimento e racionalismo - Na Idade Média esboçaram-se indícios de algumas posições atéias, mas a organização política e social impediu que ganhassem formulação explícita. Foram as novas concepções do Renascimento, com seus interesses antropocêntricos, sua volta à avaliação de todas as coisas segundo a medida do homem, seu paganismo cultural, sua descoberta da natureza e do método científico, que diluíram a concepção teológica medieval e orientaram numerosos pensadores para o materialismo, o panteísmo ou o deísmo -- e da relação das duas últimas doutrinas com o ateísmo trataremos adiante.

Assim, entre os séculos XV e XVI, o italiano Pietro Pomponazzi negou a imortalidade da alma e, veladamente, a existência de Deus. Seu compatriota Maquiavel separou a política da religião e considerou esta última um instrumento do poder: Roma deve mais a Numa Pompílio, que lhe deu os primeiros regulamentos religiosos, do que a seu próprio fundador, Rômulo. Outro italiano, Giordano Bruno, foi queimado na fogueira em 1600, acusado de ateu por suas teses panteístas, nas quais identificava Deus com a unicidade infinita. No século seguinte, o judeu holandês Baruch de Spinoza foi acusado de ateísmo por assemelhar Deus à substância.

Iluminismo - O movimento cultural do século XVIII conhecido como Iluminismo apresentava-se como continuação do Renascimento em seu racionalismo e antropocentrismo, embora a medida humana já não fosse a do sábio ou a do artista, mas a de todo cidadão, a quem se dirigia a Enciclopédia. Os ingleses adotaram o deísmo -- o Deus da razão meramente humana; David Hume, como empirista, rejeitou toda metafísica e, portanto, as provas racionais da existência de Deus, mas declarou aceitar, como homem, a irracionalidade da fé, gerada pelo medo do desconhecido. Os franceses seguiram duas correntes distintas: a mais radical, a do materialismo ateu, era representada por Denis Diderot, entre outros, e a corrente deísta foi significativamente exposta por Voltaire, para quem Deus era o "Geômetra Eterno". Na Alemanha, Kant negou a possibilidade da prova metafísica da existência de Deus. A religião de Hegel era pura intelectualidade, tendo sido interpretada como teísta, como panteísta e como atéia.

Ateísmo moderno - A partir de meados do século XIX, o ateísmo se tornou mais explícito e militante. O alemão Ludwig Feuerbach subverteu a dialética hegeliana, concedendo primazia à sensação frente à razão. Paralelamente, inverteu a relação Deus-homem. Não foi Deus que criou o homem a sua imagem e semelhança; foi o homem que projetou suas melhores qualidades sobre a tela do conceito de Deus.

Em suas teses sobre Feuerbach, Marx criticou o fato de que a filosofia se tivesse limitado a interpretar o mundo, em vez de tratar de modificá-lo. O estudo da história levou Marx à conclusão de que as estruturas sociais vão sendo construídas como muros protetores para evitar a mudança das relações de produção: a religião é o ópio, o consolo adormecedor do povo.

Nietzsche, sob uma postura mais existencialista, não proclamou a inexistência de Deus, mas sua morte nas mãos dos homens, o que provocaria uma mudança de valores que prepararia a chegada do super-homem.

Já no século XX, o ateísmo seria expressado das mais diversas formas. Para Freud, a religião é uma projeção simbólica do inconsciente, na qual Deus ocupa a imagem paterna. Para o positivismo lógico do círculo de Viena, as proposições "Deus existe" ou "Deus não existe" carecem de sentido e sobre elas não é possível emitir juízo algum. Para Jean-Paul Sartre, o ateísmo é um pressuposto existencial, necessário para preservar a liberdade humana.

Conceito filosófico e religioso - Tipos de ateísmo. Muito concisamente, pode-se dizer que o ateísmo é constituído por todas as doutrinas ou atitudes que negam a existência de Deus. Quando se trata apenas de atitudes, temos um ateísmo prático. Quando se prescinde totalmente de Deus para elaborar uma teoria sobre o homem e o universo, temos um ateísmo teórico negativo. Quando se nega explicitamente sua existência, como fazem os materialistas, trata-se de um ateísmo teórico positivo. Esta última concepção, que nega não só a existência de Deus, mas a de qualquer realidade que não seja a meramente física, é aquela que em geral se associa ao conceito de ateísmo, e portanto constitui a melhor referência para assinalar as diferenças entre essa e outras doutrinas filosóficas.

Ateísmo e outras posturas filosóficas e religiosas - Em primeiro lugar, é preciso distinguir o ateísmo de outras duas doutrinas que freqüentemente se confundem com ele: o agnosticismo e o ceticismo. Alguns pensadores não negam nem afirmam a existência de Deus, mas consideram que não é possível chegar a nenhuma conclusão sobre o tema. Esses pensadores são denominados agnósticos, e entre eles se podem incluir os positivistas, que só afirmam aquilo que é objeto da experiência. Outros -- os céticos -- negam a possibilidade de se conhecer qualquer verdade e, por conseguinte, a possibilidade de se conhecer a existência de Deus. Desta forma, o ateu se diferencia do agnóstico no sentido de que não admite sequer a mera possibilidade da existência de Deus, e do cético pelo fato de admitir a possibilidade de conhecimento, embora negue Deus.

Por outro lado, as doutrinas que afirmam a existência de Deus originaram três posturas básicas: o teísmo, característico das religiões monoteístas, afirma a existência de um Deus único, pessoal e transcendente; o panteísmo identifica Deus com o universo; o deísmo crê em um Deus que criou o mundo e lhe deu leis, mas que não intervém nos acontecimentos posteriores à criação, e do qual não é possível conhecer coisa alguma. Panteístas e deístas, contudo, foram freqüentemente acusados de ateísmo pelos teístas.

Ateísmo e panteísmo, é certo, compartilham a idéia da inexistência de um Deus transcendente. Mas o panteísmo, em sua variante mais comum, não tende a definir a natureza do universo, nem considera que sua natureza última tenha que ser necessariamente material, e até freqüentemente lhe atribui um caráter espiritual. Nesse sentido, portanto, o ateísmo e o panteísmo diferem; mas não é menos certo que, do ponto de vista teísta, a assimilação dos dois se justifica, uma vez que ambos rejeitam a noção de um Deus pessoal criador do mundo. Parece muito menos lógico que possam ser considerados ateus os deístas, que admitem explicitamente a existência de um Deus supremo conhecido pela razão, embora prescindam de qualquer elemento sobrenatural e neguem sua comunicação com os homens.

Possibilidade de um ateísmo religioso. Logo depois da segunda guerra mundial surgiu entre os protestantes um movimento religioso denominado "teólogos da morte de Deus" -- ou ainda cristãos ateus -- que pretendeu depurar a idéia de Deus daquilo que consideravam aderências culturais espúrias, dos temores que turvavam a busca do verdadeiro Deus. Para esses pensadores, como o suíço Karl Barth, o teísmo corre o risco de crer que apreendeu o infinito, que expressou o inefável; isto é, por pouco deixa de converter Deus em um ídolo. Ao precisar com inflexibilidade lógica sua linguagem sobre Deus, destrói seu mistério, coisifica Deus. O ateísmo, ao contrário, quando rejeita como incompreensível o conceito de infinito, devolve-lhe sua carga de mistério. Dessa forma, seria preciso destruir o Deus metafísico para facilitar a busca do Deus vivo: as atitudes de autêntico amor -- descobertas por alguns deles nos campos de concentração -- são um veículo de comunicação melhor do que os conceitos.

O conceito de ateísmo, em suma, só adquire significado cabal na medida em que é confrontado com uma determinada doutrina e um conceito específico de divindade. Finalmente, ante a impossibilidade de se precisar um conceito da divindade comum a todas as religiões, as posturas não relacionadas estritamente com a existência ou inexistência de uma realidade superior -- por exemplo, a descrença na imortalidade pessoal -- costumam levar à qualificação de uma pessoa como atéia.






































Fonte: Choli

18 de agosto de 2012

DIAP divulga lista dos 100 parlamentares mais influentes de 2012

Luciana Santos, liderança em ascensão


Entre os 100 “Cabeças” do Congresso, divulgado nesta quinta-feira (16), pelo Departamento Intersindical de Assessoria parlamentar (Diap), há 61 deputados e 39 senadores. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 28 nomes, detentor de maior bancada na Câmara dos Deputados e o PMDB, segunda maior bancada, com 16. O PCdoB tem cinco parlamentares entre os “Cabeças”, além de três “em ascensão”.
Relativamente o PCdoB está bem representado na lista; seus dois senadores (Inácio Arruda, do Ceará, e Vanessa Grazziotin, do Amazonas) figuram nela, além oito deputados federais, que constituem mais da metade da bancada comunista: Daniel Almeida e Alice Portugal, da Bahia; e Manuela D’ Ávila (RS), e três deputadas citadas como parlamantares em ascensão: a atual líder do Partido na Câmara, deputada Luciana Santos (PE) e as deputadas Jandira Feghali (RJ) e Jô Moraes (MG).

Além dos “Cabeças”, desde a sétima edição da série, o Diap divulga levantamento incluindo na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida essa trajetória, estar futuramente na elite parlamentar.

Pode-se afirmar que os parlamentares em ascensão estariam entre os 150 mais influentes do Congresso Nacional. Nesta 19º Edição, 10 parlamentares entraram para o seleto grupo dos mais influentes do Legislativo. Todos estavam no grupo dos parlamentares em ascensão em 2011.

O Diap classifica os “100 Cabeças” em cinco categorias, de acordo com suas habilidades, dando destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo. As categorias são debatedores; articuladores/organizadores; formuladores; negociadores; e formadores de opinião. As classificações não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias.

Participação Feminina

A presença feminina entre os “Cabeças” do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto as mulheres representam 15,31% do Congresso (91, sendo 83 deputadas e 8 senadoras), na elite do Congresso (Câmara e Senado) elas correspondem a apenas 9% (cinco senadoras e quatro deputadas).

São as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Marta Suplicy (PT-SP) Ana Amélia (PP-RS), Kátia Abreu (PSD-TO) e Lúcia Vânia (PSDB-GO), e as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Manuela D´Ávila (PCdoB-RS), Luiza Erundina (PSB-SP) e Rose de Freitas (PMDB-ES).

Confira a lista aqui

Com informações do Portal Vermelho

17 de agosto de 2012

MEC propõe fusão de disciplinas para o Ensino Médio


O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).

Mudança é boa, mas difícil de aplicar, dizem educadores
Enem será o modelo do novo currículo, afirma Mercadante

A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).

A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país.
Mudança no Ensino Médio


Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilita a compreensão do que é ensinado.

"O aluno não vai ter mais a dispersão de disciplinas", afirmou Mercadante ontem, em entrevista à Folha.

Outra vantagem, diz, é que os professores poderão se fixar em uma escola.

Um docente de física, em vez de ensinar a disciplina em três colégios, por exemplo, fará parte do grupo de ciências da natureza em uma única escola.

Ainda não está definida, porém, como será a distribuição dos docentes nas áreas.

A mudança curricular é uma resposta da pasta à baixa qualidade do ensino médio, especialmente o da rede pública, que concentra 88% das matrículas do país.

Dados do ministério mostram que, em geral, alunos das públicas estão mais de três anos defasados em relação aos das particulares.

Educadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta do governo é interessante, mas a implementação é difícil, uma vez que os professores foram formados nas disciplinas específicas.

O secretário da Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, diz que os dados do ensino médio forçam a aceleração nas mudanças, mas afirma que o processo será negociado com os Estados, responsáveis pelas escolas.

Já a formação docente, afirma, será articulada com universidades e Capes (órgão da União responsável pela área).

Uma mudança mais imediata deverá ocorrer no material didático. Na compra que deve começar neste ano, a pasta procurará também livros que trabalhem as quatro áreas do conhecimento.

Organização semelhante foi sugerida em 2009, quando o governo anunciou que mandaria verbas a escolas que alterassem seus currículos. O projeto, porém, era de caráter experimental.



















Com informações do Folha de São Paulo

Eleições em Juazeiro do Norte: Ibope divulga pesquisa para Prefeito



O deputado federal Raimundo Macêdo (Raimundão), candidato do PMDB à Prefeitura de Juazeiro do Norte, hoje seria o escolhido para administrar aquele Município, a partir de janeiro do próximo ano, segundo os números apresentados pela pesquisa do Ibope, contratada pela TV Verdes Mares. Raimundão, segundo o relatório da enquete, tem a maioria absoluta da preferência do eleitorado da terra do Padre Cícero.

A pesquisa, registrada no Tribunal Regional Eleitoral, foi realizada entre os dias 13 e 15 de agosto e ouviu 504 eleitores com a finalidade de levantar junto aos eleitores da área em estudo opiniões relacionadas a assuntos políticos e administrativos, com eleitores de 16 anos ou mais, tendo como modelo de amostragem o de conglomerado em dois estágios.

O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. Foram pessoais as entrevistas com utilização de questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa. As entrevistas foram realizadas por uma equipe de entrevistadores contratados pelo Ibope, devidamente treinada para abordagem deste tipo de público.

São três os candidatos a prefeito de Juazeiro do Norte: Francisco Demontieux Fernandes (PSOL), Manoel Raimundo de Santana Neto (PT) e Raimundo Antônio de Macêdo (PMDB). Parta a pergunta se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem esses (o Ibope apresenta a relação dos candidatos), Francisco Demontieux, registrado como Demontieux do Jornal, conseguiu 7% da preferência do eleitorado. Dr. Santana, como está registrado o candidato Manoel Santana, atual prefeito de Juazeiro, conseguiu 16% das preferências. Já o candidato Raimundo Macêdo, deputado federal registrado como Raimundão somou 63% das intenções de voto.

Na pesquisa espontânea, aquela em que o entrevistador só pergunta em que o eleitor votaria para prefeito se as eleições fossem hoje, Demontieu obteve 2%, Dr. Santana 14% e Raimundão 53%. Para este quisito, 24% dos eleitores disseram não saber ou não responderam e 6% deixaram optaram pelo nulo ou branco.
O Ibope ouviu 276 eleitores do sexo feminino e 228 do sexo masculino e os dividiu em dois em conglomerados com dois estágios. No primeiro estágio foram selecionados is conglomerados setores censitários, com Probabilidade Proporcional ao Tamanho sistemático. A medida do tamanho é a população de 16 anos ou mais residente nos setores. No segundo estágio são selecionados de cada conglomerado um número fixo de eleitores segundo cotas variáveis.

Em Juazeiro do Norte, como tem sido em outros municípios pesquisados, o principal problema da população é na área da saúde. 56% dos eleitores apontam para esse setor. Para chegar aos resultados apontados, o Ibope apresenta uma lista "de áreas onde as pessoas vem enfrentando problemas de maior ou menor gravidade" e indaga: "por favor diga qual é a área em que, na sua opinião, a população de Juazeiro do Norte está enfrentando os maiores problemas. O entrevistado pode apresentar até três ítens.

Menor

Depois da saúde, em gráu bem menor, a preocupação do juazeirense é com a falta de rede de esgoto na cidade, 10%, ficando a segurança pública com apenas 8% e a educação com 4%. O governador Cid Gomes e a presidente Dilma Rousseff são muito bem avaliados pelo eleitorado da cidade de Juazeiro do Norte.

Veja mais sobre os números aqui.

16 de agosto de 2012

“As armas da crítica”: Debates marcam o lançamento



O sociólogo Emir Sader participará, neste mês de agosto, de uma série de eventos de lançamento do livro "As armas da crítica" (Boitempo Editorial), do qual é um dos organizadores. Serão sete dias de eventos, entre os dias 16 e 29, nas cidades de São Bernardo do Campo, São Paulo, Campinas, Fortaleza, Belo Horizonte e Caxias do Sul. A obra abrange autores clássicos do pensamento da esquerda, como Marx, Engels, Gramsci, Lenin, Trotski e Rosa Luxemburgo. Livro inaugura um projeto planejado para três volumes, divididos entre os autores clássicos, os do chamado marxismo ocidental e os contemporâneos.

São Paulo - Neste mês de agosto, o sociólogo Emir Sader participará de uma série de eventos de lançamento do livro As armas da crítica, do qual é um dos organizadores. Serão sete dias de eventos, entre os dias 16 e 29, nas cidades de São Bernardo do Campo, São Paulo, Campinas, Fortaleza, Belo Horizonte e Caxias do Sul.

A obra abrange os chamados ‘clássicos’ – os autores que vão de Marx e Engels a Gramsci, passando por Lenin, Trotski e Rosa Luxemburgo. Essa coletânea de textos essenciais apresenta, por exemplo, alguns dos mais importantes capítulos de obras como Manifesto Comunista, 18 de Brumário de Luis Bonaparte, A guerra civil na França, Grundrisse, Contribuição à crítica da economia política, Luta de classes na Alemanha e o texto “O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo”, que faz parte do Livro 1 de O capital, a ser publicado pela Boitempo em 2013, com tradução direta dos originais por Rubens Enderle. No segundo volume de As armas da crítica serão apresentados autores intermediários entre os clássicos e os contemporâneos, a quem será dedicado o terceiro volume. A organização é de Ivana Jinkings e Emir Sader.

Os eventos presenciais são gratuitos e não há necessidade de inscrição prévia.

Veja mais sobre o livro

15 de agosto de 2012

Caso Mensalão: Advogados reforçam tese de caixa dois e criticam imprensa



No nono dia do julgamento do mensalão, defesas de ex-deputados e ex-ministro reforçam a tese de prática de caixa dois, negam outros crimes e condenam o comportamento nocivo da imprensa, que clama pela condenação automática dos réus. “Querem transformar esta corte em mero executor de uma sentença ditada por editorialistas e chefes de redação, contra a qual não cabe recurso”, destacou o advogado Sebastião Reis.
Brasília - O ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), então presidente do Diretório Regional do PT no Pará, pagou dívidas de campanha com dinheiro de caixa dois do PT Nacional, mas não praticou o crime de lavagem de dinheiro, pelo qual é acusado na ação penal 470, o chamado “mensalão”. Esta foi a tese sustentada pelo advogado João dos Santos Gomes Filho, que abriu, nesta terça (14), o nono dia de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado questionou, principalmente, a falta da tipificação do crime antecedente, requesito necessário, segundo ele, para a configuração da lavagem. “Eu não sei qual é o crime antecedente que tenho que enfrentar. Não está escrito na denúncia. Não vem nas alegações finais”, afirmou.

Gomes Filho ressaltou que o destino dado aos R$ 820 mil recebidos por Rocha do PT Nacional, via repasses bancários das empresas do publicitário Marcos Valério, está amplamente comprovado: foi utilizado para pagar dívidas de campanha do PSB, que disputou as eleições de 2002 na mesma coligação que o PT regional. O advogado destacou também que seu cliente sabia que se tratava de dinheiro não declarado, mas desconhecia sua possível origem ilícita, outro requesito para a configuração de lavagem. “Se o dinheiro foi lavado, ele já chegou limpo no diretório regional do PT”, sustentou.

Para o advogado, está claro, desde a apresentação da denúncia, que se trata de crime eleitoral. “É evidente que era um caixa dois desde o início, o que me parece que é uma prática recorrente no modelo eleitoral brasileiro. É duro falar isso, ainda mais no STF, mas é uma realidade. E nós tangenciamos essa realidade, quando nos propomos a discutir lavagem e negligenciamos o dinheiro não contabilizado”.

O advogado Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, responsável pela defesa da assessora parlamentar Anita Leocádia Pereira da Costa, acusada da sacar o dinheiro destinado ao Diretoria Regional do PT no Pará, argumentou que ela só cumpria ordenas do seu superior hierárquico, o ex-deputado Paulo Rocha. “Existia uma realidade de dívidas. A Anita estava cumprindo uma ordem superior que demandava o pagamento de uma conta”, destacou.

Crítica à imprensa e seus conluios
A defesa do ex-deputado João Magno (PT-SP), dividida na tribuna pelos advogados Sebastião Reis e Wellington Valente, também insistiu na tese de que houve prática de caixa dois, mas não de crime de lavagem de dinheiro. Segundo eles, o socorro financeiro de R$ 360 mil solicitado por Magno ao PT Nacional foi usado para saldar dívidas da campanha de 2002 e alavancar sua pré-campanha para prefeito de Ipatinga (MG), em 2004.
Reis fez duras críticas ao comportamento da mídia, que vem pressionando a corte a condenar os réus do chamado mensalão. “Querem transformar esta corte em mero executor de uma sentença ditada por editorialistas e chefes de redação, contra a qual não cabe recurso”, destacou.

O advogado argumentou que o diretor da maior revista brasileira, Policarpo Junior, é acusado por parlamentares de manter relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. “É preciso que a opinião pública se atente para esses detalhes, que essa grande imprensa também pratica alguns conluios, faz conchavos com pessoas que estão respondendo por crimes”, insistiu.

Líder do governo não vota com o governo?
Foi a defesa do ex-deputado Professor Luisinho (PT-MG), sustentada pelo advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que mais escancarou as incongruências presentes na denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF). Líder do governo na Câmara à época das denúncias, Professor Luisinho é acusado de ter recebido R$ 20 mil do esquema de Marcos Valério. Foi enquadrado por crime de lavagem de dinheiro, dado o evidente absurdo que seria acusar o líder de governo de vender seu voto para o próprio governo.

De acordo com Bottini, a acusação ao ex-líder se deve ao fato que, em 23 de dezembro de 2003, seu assessor parlamentar, José Nilson dos Santos, foi até uma agência do Banco Rural, em São Paulo, e sacou R$ 20 mil para comprar material de campanha para três pré-candidatos do partido à Câmara Municipal. Ele alegou, entretanto, que Santos é um militante histórico do partido e pediu a verba diretamente ao tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, com quem mantinha relações de amizade. “Não há indícios de que o Professor Luisinho tivesse conhecimento do saque”.

O advogado ironizou o fato da defesa ter “errado”até mesmo a data e local do saque: disse que ocorreu em 17 de setembro de 2003, na agência do Banco Rural do Brasília Shopping, na capital federal. E acusou o MPF de “deselegância” por sugerir que seu cliente tenha sido escolhido líder do governo não por sua trajetória política, mas por participar do suposto “esquema”. “Ser líder do governo não é indício de prática de crie. Aliás, ser líder do governo o poupou da denúncia de vender votos”.

Ex-ministro também alega caixa dois
Último a subir no plenário, o advogado Roberto Pagliuso defendeu o hoje prefeito de Uberaba (MG), Anderson Adauto (PL) das acusações de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Tal como os colegas que o antecederam, Pagliuso admitiu que Adauto recebeu dinheiro do PT para saldar dívidas de campanha. E negou que seu cliente tivesse conhecimento da origem ilícita dos recursos.

Na denúncia do MPF, o ex-ministro é acusado de recebe propina de Marcos Valério, por meio de assessores, e intermediar repasses de recursos para o PTB. O advogado rebateu, em tempo recorde, que o ex-ministro dos Transportes (2003-2004) não transitava entre as cúpulas dos partidos da base aliada, em especial PT e PTB. Portanto, não poderia ter corrompido os deputados Roberto Jefferson e Romeu Queiroz, como é acusado.



















Com informações do Carta maior