A
adoção do chamado semipresidencialismo como regime de governo voltou à pauta na
última quarta-feira (17), após o ex-presidente Michel Temer e ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) como Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Dias
Toffoli defenderem a ideia. Para a cientista política Rosemary Segurado, a
proposta é um “balão de ensaio” para
agradar as elites.
Na
avaliação da especialista, colocar a questão em discussão a menos de um ano da
próxima eleição presidencial parece uma resposta às pesquisas eleitorais, que
colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro lugar, em todos
os cenários.
“Nós já tivemos debates anteriores, e que
passaram por esse tema, mas não avançaram. Isso é uma agenda para as elites,
não para o eleitor comum. Colocar esse debate agora é um medo do resultado da
próxima eleição, uma tentativa de mudar a regra do jogo de última hora”,
criticou, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.
Semipresidencialismo
De
acordo com a cientista política e professora da PUC-SP, há mudanças que só são
feitas para acomodar setores específicos no poder. E o semipresidencialismo é
um desses casos. Em 1997, por exemplo, foi aprovada a emenda que permitia a
reeleição em cargos do Executivo. Já 1993, a revisão constitucional reduziu o
tempo de mandato do presidente de cinco para quatro anos, época em que Lula
também liderava as pesquisas.
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Com informações da RBA. Clique aqui e confira integra do texto.