Mostrando postagens com marcador Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mostrar todas as postagens

Para uma nova declaração universal dos direitos humanos, por Boaventura de Sousa Santos


Boaventura de Sousa Santos. (FOTO/ Reprodução).

O grande filósofo do século XVII, Bento Espinosa, escreveu que os dois sentimentos básicos do ser humano (afetos, na sua linguagem) são o medo e a esperança, e sugeriu que é necessário um equilíbrio entre ambos, pois medo sem esperança leva à desistência e a esperança sem medo pode levar a uma auto-confiança destrutiva. Esta ideia pode ser transferida para as sociedades contemporâneas, sobretudo num tempo em que, com o ciberespaço, as comunicações digitais interpessoais instantâneas, a massificação do entretenimento industrial e a personificação massiva do microtargeting comercial e político, os sentimentos coletivos são cada vez mais “parecidos” com os sentimentos individuais, ainda que sejam sempre agregações seletivas.