Manifestantes tomam a Avenida Paulista para protestar contra Bolsonaro. (FOTO/ Roberto Parizotto/ Fotos Públicas). |
A
Coordenação da Campanha Fora Bolsonaro convoca as entidades participantes para
nova manifestação no próximo dia 2 de outubro (sábado) pelo impeachment. A data
foi escolhida em reunião realizada na noite desta sexta-feira (10).
Conforme
os organizadores, a nova convocação é a “continuidade
da pressão pelo fim deste governo genocida e criminoso, responsável pelo
desemprego, fome, inflação, miséria e a morte de quase 600 mil pessoas”.
E
está em está em sintonia com os partidos de oposição e movimentos sociais que
se reuniram e apontaram a construção de mobilizações para o início do mês de
outubro.
Impeachment de Bolsonaro
A
coordenação da Campanha informou, ainda, que não faz parte da organização e nem
da convocação de manifestantes para o ato deste domingo (12), articulado pelo
Movimento Brasil Livre ou convoca as manifestações anunciadas para o próximo
domingo, 12 de setembro.
No
meio da semana a CUT já havia divulgado que “não participará, não convocará e não faz parte da organização de
nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro”. Mas
reforçou seu compromisso a luta pelos direitos da classe trabalhadora e pelo
impeachment de Jair Bolsonaro. Outras centrais, porém, anunciaram participação
no ato. Entre elas, Força Sindical, UGT e Nova Central.
Integrante
da Campanha Fora Bolsonaro, a Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia
(ABJD) divulgou nota informando que não vai participar das manifestações
convocadas para este domingo. Para a entidade, o MBL “vem tentando vender o
discurso de “união” contra Bolsonaro
para chamar atos.
Incoerente
Mas
o ato deste domingo é convocado, divulgado e organizado pelo Movimento Brasil
Livre (MBL), “sem qualquer participação
da sociedade civil organizada em seus diversos movimentos, entidades, coletivos
plurais. Um convite para aderir a eles, com diversas limitações sobre
identificação, não guarda coerência com a estruturação horizontal que
defendemos”.
O
ex-deputado Jean Wyllys, filiado ao PT, elencou em nota diversos motivos pelos
quais não participará da manifestação. Todos eles relacionados ao histórico de
MBL e de seu líder, o deputado Kim Kataguiru (DEM-SP) na campanha golpista que
derrubou Dilma Rousseff e abriu caminho para seu então aliado, Jair Bolsonaro,
chegar ao poder.
E
se dirigindo às esquerdas que se respeitam e respeitam a memória, pediu que
seja traçada uma linha clara, “que não
permita que o MBL se misture com elas e que impeça esses criminosos de lavarem
suas biografias sujas para as eleições do ano que vem”. “A rua é livre, mas cada qual no seu
quadrado!”
Movimento mudou
A
princípio, o ato do MBL era pelo impeachment de Bolsonaro e contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas para atrair mais adesão de
movimentos e lideranças do campo progressista, focaram o ato somente no Fora
Bolsonaro. E as adesões vieram. Anunciaram participação a deputada estadual em
São Paulo Isa Penna (Psol-SP), os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ),
Alexandre Frota (PSDB-SP), Tabata Amaral (PDT-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP),
André Janones (Avante-MG), Marcelo Van Hattem (Novo-RS).
O
ato, que será realizado em 15 estados, mas terá peso maior em São Paulo.
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Com informações da RBA.