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A
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) e o Ilê Omolu
Oxum lançam nesta sexta-feira (11), uma pesquisa que irá mapear o racismo
religioso no Brasil, a partir dos 53 Núcleos Regionais da rede, situados em
todo o território nacional. A ideia é organizar um verdadeiro raio-x sobre a
violência contra os povos de religiões de matriz africana, a partir de um
formulário dirigido às lideranças religiosas.
Além
do objetivo principal, focado no crescente número de casos de intolerância
religiosa, será possível também traçar um perfil dos terreiros, suas tradições
e relações com a comunidade com esta pesquisa inédita, que só é possível graças
ao apoio da organização internacional Raça & Igualdade. De acordo com a
Coordenadora Nacional da Renafro e idealizadora do projeto “Respeite o meu
terreiro”, Mãe Nilce de Iansã, “é preciso revelar onde e de que formas o
racismo religioso se manifesta e fomentar ações protetivas de combate à
escalada da violência, contra as religiões de matriz africana”, afirma.
Durante
os próximos três meses, as informações coletadas com a pesquisa serão
compiladas e analisadas pelo projeto e o seu resultado será entregue ao
Ministério Público Federal, Comissão de Direitos Humanos (Senado Federal),
Comissão de Direitos Humanos e Minorias (Câmara dos Deputados), Comissão
Nacional de Direitos Humanos (OAB), Conselho de Direitos Humanos (ONU),
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (ONU) e Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (OEA).
O
projeto “Respeite o meu terreiro”
prevê ainda neste semestre, a realização de capacitação para líderes religiosos
sobre direitos dos povos de terreiro, e também para os profissionais da área
jurídica, em parceria com o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões
Afro-Brasileiras (Idafro).
O
formulário da pesquisa leva em média cinco minutos para ser respondido e estará
disponível nas redes sociais da Renafro e Ilê Omolu Oxum, até o dia 30 de maio.
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Com informações do Notícia Preta.