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Bianca Santana: ‘Mulher negra no STF não é só representatividade, é mudar a Justiça no Brasil’

 

Em entrevista ao BdF, Bianca Santana analisa a agenda do movimento negro no governo Lula. (FOTO | João Benz).

A ministra Rosa Weber se aposentou de suas funções no Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, passando a presidência da Corte para o ministro Luís Roberto Barroso. A questão que ainda paira no ar é: quem será o escolhido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a cadeira do Supremo deixada por Weber? Essa será a segunda nomeação feita pelo petista neste seu terceiro mandato presidencial, após a aposentadoria de Ricardo Lewandowski e a nomeação de Cristiano Zanin.

Falta postura antirracista na esquerda, diz biógrafa de Sueli Carneiro

 

(FOTO/ Divulgação).

 Entre esquerda e direita, continuo preta”. Dita no começo dos anos 2000, a frase da ativista e intelectual Sueli Carneiro segue atual. A reflexão agora inspirou o título da biografia que a jornalista Bianca Santana lança sobre Carneiro. Resume, segundo a biógrafa, a falta de interesse da direita em ter pessoas negras no poder, e evidencia como a esquerda, que diz ser antirracista, tem poucas posturas de fato antirracistas.

Em entrevista à coluna (assista aqui via YouTube ou ouça aqui pelo Spotify), Santana falou também, baseando-se na história do ativismo e da obra de Carneiro, sobre a conquista de espaço das mulheres negras no feminismo e na luta antirracista. Carneiro questionou a ordem social racista presente também no movimento feminista. Nela, o homem branco vem primeiro, seguido da mulher branca, do homem preto e, aí sim, da mulher negra.

A autora detalhou como foi a busca pelos ancestrais escravizados de Carneiro, o começo de seu ativismo e o momento em que teve que lidar com a misoginia de homens negros.

A jornalista contou ainda que o assassinato de Marielle Franco a fez rever sua própria trajetória de ativista e pesquisadora do tema. O episódio revelou à jornalista, mesmo após tantas conquistas das mulheres negras, uma dureza do racismo e do machismo que ela julgava não mais existir. “Para mim ficou evidente que mulheres negras podiam estudar, fazer mestrado, doutorado, podiam até ser eleitas, mas que, se elas estivessem incomodando muito, mesmo com um cargo de vereadoras, elas podiam levar tiros na cara”, contou.

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Com informações do Metrópole. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.